domingo, 24 de junho de 2007

Gizo responde a Martaires e eu meto o bedelho

O comentador Gizo responde a Martaires sobre o porquê do seu nick:


"Cara martaires

Sou gizo, de delinear, traçar, escrever aqui ou acolá. Sou pseudo-arquitecto da minha própria existência. Desenhador nas horas vagas.

Sou o esboço de um projecto abandonado. Isto não faz sentido nenhum. Nem sei se sou… se materialmente falando existo ou desisto."

É profundo!! Eu podia ter dito isto! Mas sendo palavrosa e faladora (há quem diga que sou chata, mas isso são más línguas), nem eu posso ter a pretensão de dizer tudo!

Mas retorqui nos seguintes termos:

"Gizo

Atendendo a essa reflexão... veio ter ao sítio certo! Onde as abóboras se transformam em carruagens majestosas! Onde os sapos se transformam em príncipes! E vice-versa, porque não há prova que uma carruagem e um príncipe sejam melhores que uma abóbora e um sapo respectivamente!

Olhe que a sua reflexão foi profunda! Todos temos que ser "work in progress" desde que nascemos até nos finarmos. Não podemos é passar demasiado tempo enrolados naquela tela verde: mostrar ao mundo como vai a obra, porque também isso é belo e merece ser mostrado!

Ou então usar a tela só para quando as obras em si constituirem um perigo para a circulação. Mesmo assim, a opacidade total não é boa ideia! Sobretudo, não fazer como no Hotel da Ribeira (não me lembro do nome, mas é aquele na Ribeira do Porto que fica na praça do cubo), que mostrava uma tela com uma imagem lindíssima para esconder as obras. Ver como vai ficar é uma coisa, mas esconder o processo é diferente.

Hoje ouvi um senhor que não me lembro o nome a dizer que a arquitectura serve a qualidade de vida. Não podemos esquecer-nos disso! Obres de Santa Engrácia e/ou com valores 3 e 4 e 5 vezes o do orçamento não são favoráveis a ninguém. Mormente ao arquitecto, que fica com má fama!"

Isto está a ficar animado: esboços inacabados, sapos por encantar, Martinhas encantadoras e mesmo o cheirinho de África de um Mussicadzi que nem sabe se está desencantado se realista e por isso mais capaz de fazer alguma coisa. Pelo pouco que cada um pode fazer, sempre há-de ter algum impacto!

Isto para não falar dos restantes lavadores de roupa do blogue do meu Guru, o Jorge Fiel, que me vai puxar as orelhas por lhe estar a roubar a freguesia. Por acaso era fixe que ele aparecesse por cá! Seria particularmente engraçado se aparecesse com um nick e não como ele mesmo, para poder brincar mais à vontade! Mas isso sou eu a inventar!

1 comentário:

Anónimo disse...

Cara Magri,
Agradeço muitíssimo que tenha colocado o meu comentário. Hoje, sinto-me incorrigivelmente pessoano. Ser em intervalo e tal…numa faceta mais negativa. Vou citar o BS numa versão mais solarenga e animada: “Depois que as últimas chuvas passaram para o sul, e só ficou o vento que as varreu, regressou aos montões da cidade a alegria do sol certo e apareceu muita roupa branca pendurada a saltar nas cordas esticadas por paus médicos nas janelas altas dos prédios de todas as cores.
Também fiquei contente, porque existo.” (LD) A ver se a magia nasce no agora.