domingo, 29 de julho de 2007

Lady Chatterley em imagens 2

O corno, Sir Clifford (agora imaginem a coisa com sotaque francês!!!). Dá para ter pena do homem, mas até é uma personagem simpática.



O criado, Oliver Parkin. As fotos não o favorecem, mas o moço até é bem parecido: tem um certo "je ne sais quoi"!



A Lady Chatterley, antes de soltar a franga (mas o chapéu é giro!) e depois de soltar a franga.



As imagens e mais podem ser encontradas em
www.kino.com/ladychatterley

Lady Chatterley em imagens 1

Com ou sem roupa, todas estas imagens pertencem a cenas 50 000 vezes mais sensuais que qualquer filme porno!







Revista de imprensa

Os seguintes títulos e citações encontravam-se no Público de ontem.

"Ministério da Justiça promove mediação de conflitos no mundo virtual do Second Life"
Eu tenho uma sugestão revolucionária: porque é que não tentam resolver primeiro os da First Life, dado que demoram de carago? Eu que o diga, que possivelmente vou ser chamada a depor e contar coisas que se passaram há cerca de 4 anos. Eu já não me lembro de algumas coisas, porra!

"Múmia egípcia pode ter a mais antiga prótese"
Parabéns!

"OS jesuítas italianos decidiram suprir as "necessidades de ordem espiritual" dos avatares da Second Life, o mundo virtual. O Vaticano, qua já disse ser pecaminoso passar muitas horas na Internet, vê com bons olhos a exploração deste novo espaço de evangelização."
Muitos comentários a isto:

1. Os avatares têm alma.
2. Os jesuítas são pecaminosos
3. Eu vou para o inferno (eu já sabia, mas ao menos sou capaz de ter companhia)
4. Às vezes o Vaticano dá uma no cravo e outra na ferradura. Mas já sabíamos isto. (Eu sou católica praticante, mas um pouquinho preguiçosa)

"Astronautas embebedaram-se antes de partir em missões espaciais, diz um relatório"
Disseram-lhes que o espaço era uma moca, e eles levaram isso à letra! Mas faz pensar!

José Penedo, no Jornal de Negócios:
"Em Portugal, o mundo empresarial é dominado por pessoas que têm complexos em relação aos partidos de esquerda"
Mmmm... eu estaria inclinada a dizer que os partidos de esquerda têm complexos em relação ao mundo empresarial. Mas o que é que eu percebo disso?

Contabilidade do post anterior

Segundo o Word, escrevi:

2 245 palavras
10 471 caracteres (sem espaços)
12 709 caracteres (com espaços)
195 linhas
6 páginas

Haja paciência!

Lady Chatterly – the movie

AVISO: Post EXTREMAMENTE longo e contendo lamechice explícita e em clara overdose! Contém vestígios de badalhoquice.


Só europeus conseguiriam fazer um filme como o Lady Chatterly: um americano nunca teria feito determindadas coisas que até podem ser consideradas como mau cinema, má técnica e baixo orçamento. E algumas são-no, diga-se, mas não tiram valor ao filme, porque globalmente ele é excelente.

Comecemos pelas coisas más que eu reconheço como más (há outra que eu entendo que são relevantes e que ficam bem), que é para despachar o assunto (porque nem é muito importante): uma certa e determinada cena de chuva é lamentavelmente mal feita (eu faria melhor que aquilo), assim como as cenas de noite no exterior (vê-se claramente as sombras do sol, o que não costuma acontecer de noite). Há ainda a registar um por outro plano “Manoel de Oliveira”, mas nada de grave. E pronto: isto foi o mais grave do mais grave do filme, na minha modesta opinião. Não é uma lista muito grande.

Uma super-produção hollywoodesca nunca poria uma actriz completamente desmaquinhada com uma sarda por outra (com o rosto transpirado e corado do sol e da pele excessivamente clara numa cena) a actuar. Bom ou mau? Ficou bem! Do mesmo modo, a vaga flacidez das coxas da actriz seria tratadas digitalmente, assim como possivelmente os seios e os dentes ligeiramente tortos. É que numa super-produção de Hollywood, seria mais importante o parecer que o ser. E nem toda a gente (nem uma actriz tão bonita) é perfeita, com rabos perfeitos, seios perfeitos a apontar para o céu e dentes como chicletes perfeitamente alinhados (o que me lembra o “Dennis o pimentinha”, mas isso é outra história).

Tinham-me dito que o filme era tórrido. Um cínico diria que havia só um par de cenas de nudez (rigorosamente falando podemos contabilizar três ou quatro, mas a primeira delas foi muito breve). Como pode ser tórrido um filme em que todas as cenas de sexo são filmadas com a roupa toda, há poucos beijos e quase nenhum gemido de prazer? Mas é! Digo mais: o filme devia ser mostrado como manifesto anti-pornografia. Não pela roupa vestida, mas por tudo o resto que tentarei explicar (mas recomendo que se vá ver o filme).

Em filmes com uma carga erótica muito grande ou mesmo pornográficos, as gajas descascam-se todas só por dois motivos: por tudo ou por nada. E sempre que lhes tocam com a ponta da unha têm um orgasmo. Como é que sabemos que têm um orgasmo? Porque berram de modo a acordar a vizinhança num raio de 30 km (mortos incluídos), saltam, trepam paredes, fecham os olhos (porque estão a actuar de cor, possivelmente) e têm episódios breves de epilepsia ou possessão demoníaca. Ou qualquer coisa assim.

Se atendermos a que normalmente são tocadas com mais que a ponta da unha, durante muito tempo, que posam de várias maneiras e feitios e ainda que têm orgasmos múltiplos e simultâneos com os gajos... acho que alguém devia dedicar-se a produzir energia para consumo industrial a partir deste tipo de filmes!! Os homens não escapam completamente ilesos: têm que ser sensíveis, saber as primeiras 300 páginas do Kama Sutra de cor, beijar de todas as maneiras possíveis e (sobretudo) estar sempre prontos para a acção e “em sentido” 25 horas por dia. Mas não consigo ter grande pena dos meninos, dado que nós é que temos “obrigação” de fazer sexo como uma estrela porno, menos o fingimento. Se não o fizermos, a culpa é toda nossa! Claro! De quem é que havia de ser?

Ora a realidade não é essa! Mas bombardeadas e bombardeados como estamos por exemplos destes, começamos a pensar que é mesmo assim que se faz e que já algo de errado connosco se não fazemos assim. O Lady Chatterly é um certo regresso à inocência, embora com uma saudável carga lasciva e erótica. Porque somos seres sexuais e o resto é treta!

A Lady Chatterly não tem televisão e muito menos TV cabo: é casada com um paraplégico não funcional no departamenteo de truca-truca e um pouco amargurado por uma Grande Guerra (a primeira) recente e que lhe levou a saúde, se bem que feliz por estar vivo. A Lady Chatterly é uma jovem e sente o despontar de uma sexualidade natural, mas frustrada pela condição do marido (que não sabe o que disse o outro: enquanto houver língua e dedo não há mulher que me meta medo). Nem sabe bem o que lhe falta e começa a somatizar a sua frustração na forma de cansaços, fraquezas e falta de vitalidade.

Uma visita ao couteiro para pedir dois faisões dá-lhe a ver algo de profundamente perturbador: o couteiro, homem da terra e com os músculos saudáveis (nada de esculpido hollywoodesco, de novo) de um homem do campo, o que contrasta com as roupas que escondem tudo e o corpo flácido do marido impotente e amargurado, de quem ainda por cima só ouve as conversas com os amigos sentada na outra sala, como uma boa dona de casa, à espera que a chamem. Como em sentinela, à espera que o marido ou os convidados precisem dela. As outras manifestações de intimidade que tem com ele são servir-lhe o chá e tratar-lhe da higiene. Mas nem tem jeito e vocação para esta última (como muita gente não tem), pelo que se impõe contratar uma enfermeira.

A visão do couteiro em tronco nú põe-na doente, fraca, débil, inerte. O próprio exame médico, com o modo como o médico coloca as mãos, como respira (um teórico erro em cinema, que seria disfarçado perfeitamente por uma banda sonora lamechas num filme “em condições”) é meio sensual, meio perturbador: tocar numa senhora modesta e tão despida (leia-se: cheia de atavios, mas a que se chama roupa interior)? A respiração do médico, o roçar da roupa e a cara de meia incomodada meio interessada da Lady são a melhor banda sonora possível. Porque na vida real não há música de fundo!

A partir daí começa a descobrir o próprio corpo e a sua beleza olhando-se ao espelho nua. Inicialmente por acidente e depois em nú meio envergonhado, como quem olha surpreencida para algo que nunca tinha visto apesar de estar sempre ali. Os cuecões modestos e um soutien teórico (aquilo não segura nada!!!) são do mais horrível que já vi. Mas por isso mesmo tem um certo encanto de descoberta: é como descobrir algo de maravilhoso no último sítio onde se procuraria, porque é terreno proibido!

As visitas à cabana de ferramentas do couteiro, alegadamente para repousar um pouco têm o efeito de pôr o pessoal a olhar para o relógio: vá, quando é que há truca-truca?
Não vou estar a fazer suspense no que não o merece: é claro que eles se enrolam eventualmente (mas dá luta!)!!

De novo, num filme de Hollywood haveria efeitos especiais, 50 minutos de preliminares e nudez necessária e não necessária e orgasmos múltiplos (ver acima a descrição mais completa). Pois na primeira cena de sexo quase não há carne à vista, toda a gente mantém as roupas numa aparentemente hipócrita demonstração de puritanismo e o couteiro demora 5 segundos a ir à lua e vir e geme como se tivesse medo de ser descoberto. Depois veste as calças e vai-se embora com um ar estranho. E a Lady Chatterley? Nicles! Só sabe que gostou. Possivelmente gostou da intimidade, de o couteiro lhe ter tirado as meias devagarinho como quem desembrulha um tesouro precioso mas quer saborear a antecipação, tirar as cuecas e se ter enrolado nela. É perfeitamente óbvio pelo rosto da actriz que ela não foi a lado nenhum. Mas gostou e quer mais!

O encontro seguinte é estranho porque o couteiro está perfeitamente ciente do seu lugar muito baixo da hierarquia social: ele não é homem para ela e não se usa comer a patroa por comer a patroa (lá está: não há televisão com canais com bolinha nessa altura)! Tem receio que por causa disso a Senhora não goste dele. Tem receio de não a agradar. Nesse e nos encontros seguintes geram-se diálogos estranho em que o “tu” e o “você” e o “a senhora” se confundem. Ela nunca o trata por tu, estranhamente. O que faz sentido, dado que ela é a mulher, ela é que tem que se reservar. Isso ou o guionista estava distraído.

Anda-se boa parte do filme nisto, de sexo desejado mas meio envergonhado e sem ela atingir um orgasmo. E o que a faz voltar? Possivelmente não ter sido bombardeada com publicidade algo enganosa de mulheres a treparem pelas paredes em êxtase. Possivelmente a intimidade e o amor que sente por um homem de quem gosta e a quem reconhece o que mais tarde se descreve como “sensibilidade feminina”: Que pode ser característica de um homem que trabalha a terra, lida com a vida (há uma cena maternal dele com pintaínhos com uma semana de vida). Um homem daqueles seria destruído por um emprego numa mina ou numa fábrica, como também se reconhece mais tarde no filme.

O primeiro orgasmo dela dá-se com a roupa toda e numa posição que ela obviamente desconhecia, mas em que está numa posição de igualdade em relação a ele. Não se vêm 1 cm2 de carne e de novo ela geme como uma pessoa e não como um animal ou como uma estrela porno. Tudo ruídos reais, de gente real. Mas isto é para aí depois de 2/3 do filme (de quase 3 horas!) passado.

A partir daí a sexualidade dela explode e ela começa a sentir-se completamente livre. Mais que o couteiro, que em vez de se sentir ameaçado por a mulher ser mais interessada que ele nas “cousas do sexo”, tenta acompanhar e satisfazê-la. Numa cena entre o embaraçoso, o ternurento e o sensual, ele despem-se totalmente e ela pede-lhe para lhe mostrar a “arma do crime”, completamente erecta, e fica excitada. Aquela excitação contida de uma Lady, que obviamente não devia andar a comer um criado. No dia seguinte olha-o de novo e diz com inocência que parece um botão de rosa, assim pequenino e recolhido. Pode ser perfeitamente coisa de gaja, mas achei mais excitante que muita conversa de cama em filmes teoricamente mais badalhocos.

Claro que acaba por se chegar a dois pontos perfeitamente inevitáveis: o marido desconfia, ela engravida. Ela toma as rédeas à situação e à gravidez impossível pelo marido impotente. Tanta emancipação e tanta coragem numa mulher que começou por ter crises de fraqueza física e psicológica, mantendo a mesma fachada, a menos de um sorriso mais aberto 2 milimetros é extraordinário. A actriz e o argumento dão-lhe a volta com mestria.

Fica-me a dúvida nesse ponto de como se poderá resolver o imbróglio a partir daí, e há o risco de cair em clichés e finais previsíveis. Muitos dos acontecimentos que se seguem são só relatados por correspondência trocada, com mais subentendidos que outra coisa. E chegada a casa é altura de resolver o assunto com o couteiro. Todos os dado apontam para que aquilo tenha que acabar, adivinha-se um adeus lamechas, mas o final é aberto. Dentro do final aberto, ele submete-se ao amor autêntico de uma mulher socialmente muito acima dele e ela o mesmo mas em sentido contrário. O paradoxo: quando estão ao lado um do outro não há patroa e criado, mas dois enamorados. O que é perfeitamente enternecedor sem chegar à lamechice.

Não li o livro, mas não vou lê-lo tão cedo: quero saborear o filme por enquanto. Fui ver o filme com duas meninas, uma das quais disse que lhe apetecia chorar por todos os motivos certos. OK, coisa de gajas, mas só o facto de andar a 1000 é que me impede possivelmente de ter a mesma reacção. É que o filme, sem chegar à náusea, é extremamente romântico.

Social e politicamente tem particularidades curiosas como aquele diálogo em que o marido (aka corno resignado, por reconhecer que é mais que natural que uma mulher tão nova e tão bonita precise de actividades extra-curriculares e um bebé) disserta sobre haverem duas classes: os que nascem para mandar e os que nascem para servir. Ela duvida e pergunta se o marido não encontrará algum encanto nos discursos socialistas. Claro que não confronta o marido: é uma senhora de sociedade e isso não se faz! Aí ele lembra-lhe que por mais cuidadosa e atenciosa que seja com os criados... continua a patroa. E é respeitada como patroa. O diálogo é único, mas ao longo do filme vê-se, sente-se e respira-se isso mesmo: ela é atenciosa, respeitadora, pergunta se não faz mal e se não incomoda... mas quem é que vai dizer que não à patroa? Pois se até o seu amante tem receio de o fazer!

Adorei o filme! Foi dos mais sensuais e romântidos que tenho visto ultimamente.

Claro que tenho que acabar com este choradinho e elogios com uma piada: é hilariante ver franceses a pronunciar “Connie”, “Mrs Wilson” e outros nomes ingleses. Mas o filme está tão bem feito que nem é muito importante nem é o que me fica mais na memória...

A quem conseguiu ler isto até ao fim, parabéns: eu não sei se não teria adormecido ou atirado o computador pela janela. Claramente ou está apaixonado, pronto para o estar ou não tem mais nada de interessante para fazer. Agora imaginem aqui o “je” a escrever isto! No fundo estava a pensar alto e publicamente.

sábado, 28 de julho de 2007

Mais grandes títulos

Sugestões de leitura

Homens que choram na televisão

Os seguintes homens choraram na televisão:


- Luís Filipe Meneses, ao anunciar que ia deixar a política... ainda lá está!


- Paulo Bento, sem dranquilidade nenhuma, a anunciar o fim da carreira como futebolista.


- Simão Sabrosa ao anunciar a saída do Benfica. Não estou convencida que a partida não tenha a ver com a camisola cor de rosa.


Mais meninos para a lista?? Porque choram estes e outros meninos?

So sprach Tarantino

" Não sou um desses tipos que só gostam de mulheres que têm determinadas características físicas. Há sete ou nove tipos de mulheres que são capazes de me cativar mas é sempre por uma razão diferente. Não gosto apenas das magrinhas ou das gordinhas, de loiras ou morenas. Do que eu gosto é que haja uma certa camaradagem na relação. "

"O segredo está em manter a relação tingida pelo desejo e sexualidade. Se não for nestes moldes, a coisa torna-se muito fraterna, assim para o incestuoso. A minha camaradagem nunca pode transformar-se numa relação sentida de irmão para irmã. Se isso acontece, ainda sinto amor por ela, ainda sou capaz de morrer por ela, mas é difícil vê-la como mulher. Portanto, é bom sermos todos amigos e companheiros, mas o mais importante é manter tudo o mais "sexy" possível."

Estas e outras estão na Única desta semana com uma foto bestial do Tarantino. No primeiro parágrafo, se tirarem "mulher" e colocarem "homem" sou eu!

O segundo parágrafo é uma boa filosofia, não acham?

Vão ver o "À prova de morte, que é bestial". Claro que é violento: qual era a dúvida???

Já agora, voluntários para me fazer uma "foot massage"??? Tive um colega que confessou a dada altura ter um fetiche por pés. Uma vez uma amiga minha apanhou-o a olhar para os pés dela com um olhar lascivo, o que é lamentável: ela tem uns pés lindos (completamente de Cinderela: pequeninos, elegantes e direitinhos), mas o fulano é gorduroso, fumador, pequenino e fala fininho. Se as duas últimas não são culpa dele, as duas primeiras são. Com a agravante que a primeira não é característica física mas psicológica. Está-se a ver que eu gostava muito dele! Não será ele a fazer-me uma "foot massage" de certeza absoluta.

P.S 1: Espero não ter feito asneira com o título!

P.S 2: Eu sei que ainda não postei o resumo (?) do Lady Chatterley, mas tenho que estar inspirada. E vou agora cuidar da minha vida social. Também mereço!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Vamos às compras - o espírito inquieto do ZumZumMataMoscas

O ZumZumMataMoscas parece uma gaja: curioso como o carago! É um elogio! Tanto que em vez de responder na caixa de comentários às questões que inquietaram o espírito do ZumZum a propósito do último post, vou aqui colocar a resposta a TODAS as questões que o meu amigo colocou. Se se justificar e se surgirem mais questões, actualizarei este comentário.

Eu sou como o meu Guru Jorge Fiel: respondo a tudo! Posso é chutar para canto de vez em quando! Mas respondo!

"Também se pode escolher a cor?"

Suponho que sim. Mas às escuras ou a meia-luz ou num sítio abrigadinho (como uma gaveta, claro!) não estou a ver que faça grande diferença ter um Zézinho postiço azul-bebé, rosa-choque ou com tatuagens de hena falsas.

"É preciso fazer uma depilação antes da clonação?"

Bem, a questão não é bem essa... acho que se não se fizer antes, depois fica depilado por natureza. Nunca reparou que depilação é uma palavra muito traiçoeira??? Mormente quando se usa neste contexto!

"Também clona os cheiros?"

Não me parece, mas pode fazer a proposta ao departamento de relações... bem... das relações que melhor lhe aprouverem. Não tenho nada a ver com isso e respeito todas as opções e estilos de vida como naturais. Dito isto, se tem um problema com os cheiros, é capaz de ser melhor consultar um especialista ou comprar sabão macaco e uma garrafinha de água!

"Se quiser descreva lá o modelo da sua preferência segundo os seguintes parametros: tamanho (pode usar a mão de 20 cm), grossura (pode usar a ...bem), se tende para a direita ou esquerda, se está circuncizada, etc..)"

Ora bem, eu só olhei para o catálogo, não comprei. Esta é uma especificidade das mulheres: conseguem andar horas e horas às compras... e trazer um saquinho com 1 kg de cebolas para a sopa. Mesmo quando o objectivo era mudar o guarda-roupa do grunho do marido!

O tamanho não é tudo e há outros instrumentos de medição que não a minha "bem". Aliás, se não for visível a olhómetro que aquilo vale alguma coisa, temos um pequeno (exactly!) problema.

Esquerda ou direita não sei: politicamente sou um pouco ambígua. A circuncisão tem para mim a mesma importância que a cor: no escuro não faz grande diferença!

Dito isto, não sou muito esquisita! E, como disse, há outros parâmetros a ter em consideração.
Em inglês diz-se de alguns homens que são "a prick" (em tradução livre, um "Zézinho"). Para alguns, isso é literal: são EXCLUSIVAMENTE Zézinhos. E isso não pode ser bom!

"Considera a dupla penetraçao uma opção?"

Não sei, mas estou em crer que nestes moldes (precisamente!) não será: nos catálogos de originais que recebi (não tenho muitos catálogos porque ocupam muito espaço e depois não sei que lhes faça) não creio que nenhum tenha oferecido duplas como equipamento de série. Fica assim a saber que eu nunca namorei um mutante!

E daí, não nego à partida uma ciência que não conheço, mas este kit não parece ser capaz de produzir mais que uma imitação da realidade (de qualidade, não tóxica, não emprenhante e sem latex). Não tem, portanto o condão de esticar os limites da realidade.

Agora tenho eu uma questão: para que diabo se "detailed mold of the outer pussy"??

Vamos às compras

Este post é a resposta ao do meu companheiro de lavandaria ZumZumMataMoscas. Ou como eu estou interessada em poupar dinheiro à malta.


Ora aqui está um acessório interessante: um clonador de pilas!

O objectivo é clonar o material que já se tem quando ele não está presente (não diz nas especificações, mas eu acrescento que pode também funcionar como duplo em vídeos caseiros, mesmo estando a máquina de filmar desligada).

Digo eu que quando o habitual está ausente seria uma boa oportunidade de fazer prospecção de mercado. Afinal, pode ser interessante mudar de prestador de serviço (estamos numa sociedade democrática, capitalista e consumista). Dito isto, aprecio a fidelidade dos clientes. Um cliente satisfeito é um cliente para o resto da vida.

O kit tem várias especificidades como instruções (os verdadeiros vêm sem instruções e a maioria das pessoas sabe usá-las. Já é um mau argumento de venda!), não tóxicos (nem todos se podem gabar disso) e isento de latex (alguns naturais também não têm latex, mas estes têm a vantagem que não engravidam e não são tóxicos). Não percebi para que são as pilhas, mas os autênticos não precisam! E costumam estar à mão!

E tudo isto pela módica quantia de 40 libras (menos de 60 euros) + portes de envio.




Especificações técnicas



CLONE A WILLY
Ron Jeremy, Jeff Stryker and the cream of Hollywood's porn stars have all immortalised their cocks into dildos. Now he can too!This genius kit contains everything you need to make an exact vibrating rubber copy of his penis. The detail is extraordinary yet it's easy-peasy to make. Just imagine the possibilities...sex with him when he's away, double penetration by the same man, phew...steady on now.
Clone a Willy
Price: £40

**Creates a life-size vibrating rubber copy of his penis
**Non-toxic, non-allergenic, latex-free
**kit includes easy-to-follow directions
**1xAA battery not included>





Aqui temos o par do willy: a pussy! É mais fácil porque basta acrescentar água. Ora nunca clonar foi tão fácil! Andam geneticistas aí a matar a cabeça quando é mesmo só acrescentar água. Qualquer Zézinho com talento sabe fazer uma coisa dessas.

Tem uma limitação que é só clonar a outer pussy. Santinho para eles também! As instruções são aqui preciosas, já que muitos homens não sabem usar as autênticas. Temos, portanto, um bom modelo de treino! E não precisa de pi(l)has. Dito isto, não sei onde se meteriam nem a fazer o quê.

Mas eu sou uma mulher solteira e não percebo muito da poda! E é mais barata: por 20 libras tem-se uma pussy clonada. Suponho que por mais 20 ou 30 dará para uma inner pussy. Ou pelo menos para as pilhas e um manual de instruções interactivo. Alternativamente (palavra interessante e oportuna) um workshop: como tirar o maior partido da sua outer pussy e da modelo da coisa.



Especificações técnicas:

CLONE A PUSSY
Q:What do you give a man who has everything?A:An intricate rubber copy of your cha-cha.This fab DIY moulding kit contains everything you need to create an exact life-size copy - just add water!It's the ultimate gift for an anniversary, birthday or sexy weekend away. It takes only minutes but he'll treasure it forever (preferably not in his trophy cabinet)
Clone a Pussy
Price: £20
**Creates a detailed mold of the outer pussy
**Non-toxic, non-allergenic, latex free
**Kit includes easy-to-follow directions.

Phónix! Isto foi badalhoquice pura e dura! Já tinha saudades!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Dois gatinhos, uma flor e um par de crocs

O da esquerda é uma menina, magrinha e chata como a potassa. O da direita encontrei-o no Parque da Cidade (Porto city) e é gordo e fofinho. Dormia o sono dos justos e desconfio que só acordaria se a casa caísse abaixo. Tive um gatinho parecido com este e tenho saudades dele.






A flora do Parque da Cidade incluia este e outros nenúfares e vários pares de lamentáveis, perfeitamente escusados e autênticos crocs!

Coisas que me espantam, outras que nem por isso e vice-versa

- Como é que o Luiz Carvalho conseguiu focar a Soraia Chaves e as "gémeas" ao mesmo tempo para a Única desta semana? Uma outra questão que me inquieta o espírito é como é que com esta descrição do trabalhinho ainda se considera fotógrafo profissional. Ai, senhor, que faltinha de jeito! Também gostava de saber porque é que se chama Luiz com "z", mas isso fica para outras núpcias.

- Porque é que o canal National Geographic dá com uma inquetante frequência documentários acerca de acidentes de avião (ao estilo "Pearl Harbour", em que um evento de 10-15 minutos demora 2 horas a ser contado), "provas" de OVNIS, percepção extra-sensorial, fantasmas e almas do outro mundo?

- Porque é que o meu amigo Mussicadzi e outros nunca mais apareceram (Gajo, Gizo, Seda_quente e Annita)?

- O futebol (aka soccer) joga-se nos Estados Unidos como aqui em Portugal: da frente para trás. Ou seja, ninguém liga um caroço ao que se passa em campo (excepto eu, que estou sempre a olhar para o Abel Xavier nos LA Galaxy), mas para o que se passa nas bancadas. Claro que tudo à sua escala: lá há donas de casa desesperadas e actores famosos; cá há donas de casa de alterne e escritores.

- Porque é que ultimamente só gajas feias e gajos tipo farronca hibridizado com fóssil é que olham para o meu decote? Ou sou eu que ando a ver mal?

- Como é que um cabeleireiro de olhos de gato chegou à brilhante conclusão que eu estou a ficar careca? É verdade: daqui a 250 anos desconfio que não terei cabelo nenhum!

- Como é que consegui andar metade da tarde com o fecho das calças desapertado sem reparar? A minha sorte é que as calças estão um niquinho largas e a camisola (cor de rosa, muito feminina, à Benfica) é compridita... acho!

- Porque é que havendo excesso de oferta de casas (aí 2 casas para cada pessoa), se vende cada uma delas pelo preço de duas e não de meia? A Estatística é uma porra, é o que digo!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

TV Rural - diversos

Uma dália branca, que é uma flor a que normalmente não tenho grande apego e duas rosas com umas cores engraçadas.



E... abóboras! Ou cabaças. Ou abóboras meninas... não sei! Tenho sempre que perguntar aos meus pais o que são.



Senhores blogospectadores, despeço-me com amizade, este foi o TV Rural de hoje, com o patrocínio do Eng. Sousa Veloso.

TV Rural - os meus verdes e os meus bichinhos

Os feijoeiros ainda pequeninos e o milho já grande.



Uma garniza com cara de má, porque está choca (são mães mais dedicadas que as galinhas) e um coelho à beira de um ataque cardíaco porque não sabe o que diabo eu estou prestes a fazer com uma coisa que lhe aponta uma luz vermelha. Os irmãos conseguiram fugir, mas este ficou na fotografia. Normalmente não tem medo de mim, porque eu falo com ele.

TV Rural - A minha fruta

Senhores blogespectadores, benvidos à segunda parte do TV Rural (ai as saudades do Eng. Sousa Veloso). Depois da visão chocante dos meus tomates, deixo-vos a minha fruta: limões, kiwis (ainda verdes), pêssegos, ameixas (ainda verdes) e mais pêssegos (tenho MONTES!).


TV Rural - Os meus tomates

A pedido de várias famílias, mostro sem demora e sem complexos... os meus tomates! Ainda estão pouco maduros, ou seja, alguns dão para salada (sou saladinha, não alfacinha), mas estou orgulhosa deles.


segunda-feira, 16 de julho de 2007

Arte nos sítios mais inesperados

No CCB a arte rodeava-me por todos os lados. Mesmo quando resolvi dar uma mijinha apercebi-me que também pode haver arte na entrada da casa de banho. Ora visionai!

Ficam ainda a saber que o Berardo deu pins a toda a gente, como mostra esta saladeira. Deu um a um menino de olhos de gato (lindo, mas muito mau rapaz). Não sei porquê, mas possivelmente os olhos de gato tiveram qualquer coisa a ver com o assunto. Não sou superficial na minha avaliação de homens... mas tenho uma fraqueza por meninos com olhos de gato (e por maus rapazes, mas isso já é outra história).

sexta-feira, 13 de julho de 2007

A exploração sensorial pela via óscular – ou como deixar o parceiro nas núvens sem recorrer a substâncias legais nem ilegais

AVISO: Posta de prosa longa de carago!!!

Já cantava a Sher

Does he love me, I wanna know,
how can I tell if he loves me so?
(Is it in his eyes)
oh no you'll be deceived
(is it in his sighs)
oh no he'll make believe.
If you wanna know
if he loves you so
it's in his kiss

A Sher sempre teve aspecto de quem percebeu destas coisas. Disso e de botox, mas isso não vem agora ao caso, além de que acho muito bem que a rapariga se cuide. Gaja que é gaja tem que fazer o que lhe apetece. Sobretudo se pode pagar por isso e se sente bem ou isso contribuirá para tal.

De qualquer modo, numa canção como poético nome “shoop shoop song” (por certo algum nome derivado da metafísica pessoal da filologia científica evolutiva da génese do plistocénio) encerra em si grandes verdades, das quais só esta pequena amostra dá uma ideia.

Senão, vejamos: será que se sabe como a pessoa é pelos olhos. Se olharmos para a Lena Coelho vemos já que não: ela não tem olhos verdes, do mesmo modo que a Paris Hilton não os tem azuis (mas ao menos tem dinheiro e sabedoria para adquirir umas lentes de contacto convincentes). Está-se mesmo a ver que só por aqui uma pessoa não pode confiar nos olhos da outra criatura. Mesmo porque depois há o pequeno pormenor de que os horrorosos que não são míopes começam entre os 45 e os 50 a perder a visão ao perto.

De modo que se a maneira de se conhecer a outra pessoa for mesmo pelos olhos, o (horroroso, indecente, imoral) indivíduo que não tenha sofrido na pele as agruras da miopia durante uma vida inteira, não poderá mesmo olhar a outra pertinho nos olhos a ver se aquilo são lentes de contacto ou não. E não creio que seja assim particularmente romântico afastar a pessoa a uns 50 ou mais centímetros para conseguir ver alguma coisa (ou ir buscar os óculos de ver ao perto), olhar a pessoa nos olhos e dizer: aha, os teus olhos afinal são de outra cor! Sua mentirosa!

Um míope tem essa vantagem: a miopia compensa a perda de visão ao perto. Para os mais desatentos, eu sou míope e estou à espera de capitalizar o “investimento” daqui a uns 15 anitos.
Pelos suspiros também não me parece que se conheça a pessoa. Mesmo porque suspeito fortemente que só lá foi posto na canção para que sighs rimasse com eyes. Mas isto sou eu aqui a conjecturar.

Não entrando no resto da canção, e defendida que está a honra dos míopes (os estrábicos estão representados hábil e magistralmente pelas preferências do Guru Jorg Fiel e os que sofrem de hipermetropia que se desenrasquem), entremos no beijo. Pelo beijo conhece-se muito da pessoa. Se não se sabe beijar em condições, não pode haver ali grande talento.

Claro que uma gaja não pode chegar assim à campeão ao pé de alguém interessante e PIMBA: ouve lá, acho-te giro e tal, mas só se conhece mesmo bem um tipo pelo beijo, por isso espeta cá os beiços! Mmmm… pensando bem, é uma abordagem interessante. Um dia destes tenho que fazer um ensaio no terreno. Posso definir as variáveis, uma metodologia científica, o método aleatório ou não da amostragem, uma amostra significativa da população masculina, um seguimento pós-experiência… mas na volta não seria pior ir directa ao assunto. Assim como assim, vou distorcer as conclusões à minha conveniência, por isso não vale a pena dar-me a tanto trabalho para uma coisa cujas conclusões já conheço à partida.

Um beijo é das melhores maneiras de avaliar se um gajo fuma, lava os dentes ou tem boa higiene oral. Do ponto de vista evolutivo, parecendo que não, é importante. Sabe-se que as gajas procuram os melhores genes para transmitir à sua descendência, pois o número de óvulos que carregam é limitado, mas o número de espermatozóides dos gajos além de brutal está em permanente renovação, salvo casos médicos, que vão tendo solução. Claro que para algumas, o “hálito” da carteira pode com eficácia anular o do tabaco ou o daquele dente podre lá ao fundo, mas isso já é outra história e não me interessa particularmente.

Beijar um gajo que fuma não deve ser bem como lamber um cinzeiro (mesmo porque eu nunca lamberia um cinzeiro mas já beijei fumadores). Contudo, há poucas coisas mais desagradáveis que uma boca imediatamente depois de um cigarro ou de uma cerveja. A cerveja acredito que não seja consensual, mesmo porque eu não gosto do sabor, mas mesmo assim desaparece ao fim de pouco tempo.

O tabaco deixa um sabor desagradável, que pica na língua mas de todas as maneiras erradas, possivelmente semelhante à sensação de meter a boca num tubo de escape de um daqueles motores a diesel antigos, barulhentos e poluentes. Devo dizer que também nunca meti a boca num tubo de escape mas também não recomendo. Por este motivo, faço um apelo: meninos, deixem de fumar. As meninas podem ou não deixar porque eu também não gosto de gajas na óptica do utilizador. E depois, se a moda da boca limpa e fresca pegar… ficam mais para mim!

Depois, um beijo é um pouco o prelúdio das “bedside manners” de um gajo, ou em americano, bons modos na cama (ou noutros sítios da vossa preferência, que isto cada qual faz onde lhe dá mais jeito). Um gajo que saiba adequar o beijo à ocasião e seja jeitoso a distinguir as ocasiões, em princípio sabe uns truques. Digo eu! O inverso é geralmente também verdade: se beija como se fosse para despachar trabalho, não deve saber grande coisa “na óptica do utilizador”. Ou seja, o trabalhinho não deve ser grande coisa.

As crianças privilegiam a boca como meio de exploração sensorial muito jovens. Sabe disso quem tem que andar com 4 pares de olhos a fazer a sua vidinha e a impedir que as criaturinhas comam velas, botões ou o rabo do gato (que nem devia ali estar por causa dos pelos) e outras coisas que desgraçadamente se deixou ali no chão (possivelmente por nas 50 noites anteriores não se ter dormido em condições).

Ora as crianças ensinam-nos muitas coisas (o filho do Beckham ensinou o pai a fazer contas na escola primária, mas isso já é outra história), por isso mais vale aproveitar. Explorem o outro com a boca. De cima a baixo! Não deixem grande coisa por explorar e beijar. A sovaqueira e a planta do pé e outros sítios menos nobres podem perfeitamente ser poupados, mas isso sou eu. Afinal, também há tabus! Tratem dos vossos lábios e da vossa boca. A bem da nação e da reputação do amante latino.

Como o assunto é de grande importância, há já manuais pronto-a-usar, como o site http://www.videojug.com/film/how-to-kiss-someone-passionately, que em vídeo detalha uma série de questões importantes. A saber: o que fazer com a língua, cuidados com os dentes, posição das cabeças e o que fazer com as mãos. Aborda ainda os beijos em algumas outras partes do corpo, mas achei essa parte muito fraquinha, muito incompleta.

Para ter sucesso nesse particular, é preciso saber onde o outro tem cócegas, o que envolve tempo, paciência e método. E se não tiver cócegas… há que arranjar maneira de as provocar. Ou arrepios, que ainda é melhor! É possível, mas exige dedicação, tempo, ambiente e que o outro esteja para aí virado. Se não é o caso,também pode querer dizer que não será muito sensível. Nesses casos é preciso conquistar a criatura. Fazer com que queira, aos poucos, com jeitinho. Ou desistir!

Normalmente depois de bons beijos há bom sexy time, o sistema imunitário reage favoravelmente, o QI aumenta e as probabilidades de ganhar no euromilhões sobem exponencialmente. OK, exagerei ligeiramente os benefícios do beijo, mas é mais ou menos essa a ideia. Exagerar nos beijos é bom e não faz mal a ninguém.

Os beijos são bons para o ambiente porque diminuem as emissões de CO2, dado metade do dióxido de carbono emitido por uma pessoa é inalado pela outra, numa espécie de reciclagem estranha e sensual. Claro que eu inventei esta à pressão, mas é defensável. E se não for… é agradável na mesma.

Os artistas sempre viram no beijo matéria-prima para grandes obras de arte. Não duvido que alguns tenham visto na prima (ou no primo) matéria para outras coisas, mas isso já não é comigo, que tenho os meus primos como meus irmãos e irmãs. Além de que maluca por maluca já chego eu (e os meus primos ainda são piores que eu!). Não é preciso consanguinidade a ajudar à festa, que ela já é animada. Na fotografia, na pintura, na escultura e no cinema o beijo foi sempre assunto nobre.

Quem não se lembra da sequência final do “Cinema Paraíso”, com a sequência de beijos que tinham resultado dos cortes do padre púdico? Até que veio o beijo da sonsa da Floribella e do ainda mais sonso Frederico, que abalaram a instituição beijo até às fundações. Estão a ver aquele beijo? Não tem nada a ver! É completamente o oposto do que se deve fazer! Se o vosso beijo se assemelha àquele, comprem um manual de instruções novo e não saiam de casa antes de o ter lido de fio a pavio e feito uns exercícios práticos!

Restaurar a instituição do beijo é dever nacional. Empenhem-se, meus senhores e minhas senhoras! E agora no Verão, até apetece. Não esquecer de ter uma garrafinha de água ao pé para humedecer a boca.

Homens e mulheres deste país: beijai-vos!

Depois ainda temos o beijo do Richard Gere à Shilpa Setty, o Princípio KISS, o “Kiss” do Prince e a banda Kiss, nos horríveis anos 80. Mas isso são cenas de outros episódios.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A arte de bem vestir

Eu compreendo a importância da protecção, mas... espero que isto não seja material reciclado!!!




A legenda (no Público online de hoje) é: "Um modelo desfila com um vestido feito de preservativos, durante a Feira de Novas Tecnologias e Produtos de Saúde Reprodutiva que está a ter lugar em Pequim, na China."

terça-feira, 10 de julho de 2007

Não pode ser!!!


Protesto! Um metro sem condutor??? Então como se perpetuará uma tradição sem idade: a greve!!!

Portugueses e portuguesas, não podemos deixar que esta pouca vergonha chegue a Portugal!!! Exigimos as nossas greves e os nossos transportes públicos ineficientes!
Mas o que é que eu estou para aqui a falar?? Na minha terrinha não há metro de todo, e transportes públicos é uma coisa de que já ouvi falar. Aqui transporte público é o primo que de vez em quando nos transporta ao Porto... pobreza!
Mas aqui que ninguém nos ouve, é uma ideia bestial!
Imagem retirada do OJE de hoje.

O corno e a sua importância sociológica


AVISO: Entrada longa (e não, não tem nada a ver com a cornadura: é mesmo porque tem muito que se lhe diga)

Ora o que é um corno, em primeiro lugar? Um corno é um homem a quem cresceram dois apêndices cartilaginosos ou ósseos, um de cada lado da testa, devido à infidelidade da sua companheira. Diz-se também de um gajo que foi enganado num negócio ou equivalente que foi encornado. Mas essa parte já não interessa muito.

Um corno nem sempre o é por opção, mas há o que o são por vocação. Há os cornos activos, os passivos, os ignorantes e os múltiplos.

Os activos provocam a sua própria cornadura através de uma série de comportamentos. A saber: mau hálito, dentes podres, sovaqueira sem desodorizante, estadas prolongadas em trabalho ou lazer sem compensação emocional e física, personalidade pouco interessante ou (e esta costuma ser fatal) falta de jeitinho com as gajas. O corno activo desta última sub-categoria já ouviu falar nas mulheres, sabe tecnicamente o que é uma, onde estão os botões, mas não sabe onde se metem as pilhas... parecendo que não... ajuda!

O corno passivo é o que apanha com uma cornadura de todo o tamanho independentemente do que faz ou deixa de fazer para agradar a gaja. Cornos passivos estão associados a uma espécie de gaja que tecnicamente se designa por vaca ou cabra (depende da envergadura dos cornos e da gaja em si). Por ser um assunto deprimente e nada abonatório em relação às mulheres, vamos fingir (por redução ao absurdo) que este tipo de cornos não existe!

O corno ignorante, como o próprio nome indica, não sabe que o é. Mas é! E bastaria olhar com atenção para o modo como baixa os cornos para entrar em portas mais baixas para se reconhecer um. Se bem que o mesmo pense apenas, distraído como é, que é uma leve dor de costas provocada por um pequeno aumento de peso na região abdominal, fruto da comidinha que a esposa lhe cozinha (ou do restaurante que frequenta, porque a gaja não sabe cozinhar ou não tem tempo, dado que se dedica a encornar o gajo). Regra geral é feliz.

O corno múltiplo é encornado várias vezes. Pode ser activo, passivo ou ignorante. Reconhece-se facilmente este por andar de olhos postos no chão constantemente (pelo peso da cornadura) e por de vez em quando dizer “muuuuuuuuuuuuuuuuuuuu”!!! O que facilmente é confundido com hmmmmmmmmm, uma outra interjeição que não tem nada a ver e que se usa quando um gajo está pensativo. O corno múltiplo é por vezes também encornado nos negócios.

Qual a importância sociológica do corno? Não faço ideia, mas achei que era um título fixe! Tenho agora duas opções: ou faço juz ao título ou deixo à consideração dos comentadores que tiveram a pachorra de ler até aqui.

Ora bem, quem quiser pode continuar a ler. Podem ir fazer um chichizinho ou comer qualquer coisinha entretanto (de preferência separadamente) que eu espero.

O corno com maior importância sociológica é o ignorante puro. Isto porque permite à gaja explorar sem limites a sua capacidade de encornar. O corno é triplamente abençoado: tem a mulher satisfeita, é feliz porque não sabe que é corno e ainda pode beneficiar com uns truques que a mulher possa aprender noutro lado qualquer.

Claro que o que é demais é moléstia, e a fronteira entre um corno puro e um corno múltiplo é ténue e não convém ser atravessada. A bem da saúde: as costas ressentem-se com a posição vergada, as articulações não se dão bem com o excesso de peso e ao fim de um tempo há sempre quem repare no “muuuuu” e goze com a situação. Ou aproveite para encornar noutros aspectos da vida do corno, o que é mais que muito mau! Pode levá-lo a outra categoria que é o teso. E não, não estou a falar de potência sexual ou viagra.

Outras combinações se podem fazer com o ignorante, mas agora não tenho paciência! Ajudem-me nesta demanda pela defesa do corno e da cornadura saudável.

O corno activo pode considerar-se em determinados casos uma questão de justiça. Se não dá à gaja o que ela merece, apanha com um par de cornos! Significa que numa coisa acertou: juntou-se a uma mulher de tomates! Mas é como aqueles que ganham o euromilhões, mas distribuem o dinheirinho todo pelos amigos e familiares (mesmo os que não sabiam que tinham) e acabam por ficar a pedir. O corno activo merece ajuda especializada.

Sociologicamente pode conceptualizar e problematizar-se muita coisa à volta do corno. Normalmente quando o sociólogo está sentado à secretária, aborrecido de morte porque não consegue chegar ao último nível do tetris. Nessas alturas, e quando se sente uma comichãozinha na testa é importante reflectir sobre a importância cornal.

As implicações de saúde são muitas: a nível de articulações e má postura, como já se explorou brevemente, e ainda a nível de dores de cabeça. Ora a cefaleia é responsável por perdas incríveis de productividade, pelo que o fenómeno do corno é de uma importância muito grande e merece ser estudado. Especialmente quando além de tudo o tetris não corre naquele sistema operativo ou encrava regularmente.

A instituição do corno vem já de longa data. Um gajo nunca podia ter a certeza de que a mulher não estaria a arrastar a asa para outra freguesia, pelo que se inventaram todo o tipo de hábitos castrantes para as mulheres. Uma das mais eficientes terá sido apedrejar mulheres adúlteras.

Nunca entendi porque é que se podia apedrejar uma mulher adúltera e não um homem adúltero, mas a justiça dos homens é o que é (depois temos a justiça à portuguesa e à americana, mas isso é outra história)! O ponto de viragem poderá ter-se dado quando o Cristo disse que quem nunca tivesse falhado podia atirar a primeira pedra.

E aí descobriu-se porque é que as mulheres judias precisavam de baixar a cabeça para entrar pelas portas: para poder caber a armadura. Cá para mim, foi por isso que o penduraram numa cruz com uns preguinhos!

Aqui entra-se num outro dilema de proporções bíblicas: qual é o feminino de corno?? Mas isso... já é outra entrada!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Uma rapidinha

Só para não pensarem que sou só javarda ou desprovida de qualquer tipo de sensibilidade artística, deixo-vos três exemplos completamente distintos do que entendi como arte esta semana e meia.

Em primeiro lugar, uns azulejos bonitos que vi num edifício na Costa da Caparica (o edifício também é interessante). Só depois de ter tirado a foto reparei no que está escrito em baixo: Cargaleiro 1990.
As outras fotos, já no Porto, são de uns grafittis que povoam a rua de Cedofeita e arredores e ainda um de muitos azulejos que encontrei e acho lindíssimos (a escolha dos grafittis e do azulejo foram perfeitamente aleatórios, porque tinha MUITO por onde escolher).
Posso não ter necessariamente CAGA (vénia ao Krippmeister) ou veia artística, mas sei reconhecer beleza quando a vejo!
Entretanto estou a pensar numa coisa com mais preliminares para o corno. Acho que merece esse tipo de consideração!

domingo, 8 de julho de 2007

Falta de tempo

Meninos e meninas

Tenho andado com falta de tempo (ou solicitações a mais) para responder e actualizar o blogue. Podia responder à pressa, mas não sou muito adepta de rapidinhas. E os vossos comentários merecem mais. Prometo voltar à antena com toda a atenção que os preclaros merecem.

Viva o voleibol!!!

Comecei a escrever esta entrada nem sei bem há quanto tempo, mas estávamos a perder 2-1 com a Espanha na final da liga europeia em voleibol. Mas pela parte que me toca, éramos campeões. Neste momento estamos no 4º set, a ganhar 13-19, mas NADA é garantido. Não sei a que hora vai acabar o jogo (nem eu nem ninguém!) nem como vai acabar (está 13-20). Mas se sempre gostei de voleibol, agora estou a relembrar porquê.

Desde que joguei, quando tinha aí 15 anos, as regras mudaram e ainda não sei as regras todas depois dessa mudança. Que não haja ilusões: eu era muito má jogadora, numa equipa mesmo (mas mesmo!) muito má! Estranhamente ainda conseguia haver uma mocinha pior que eu! Não sei como era possível! Eu sou muito má a (17-21) desporto! E dana-me toda que aos putos agora entre a nota de Educação Física (19-21, porra!) para (19-22, bolas!) a média. (19-23) Ora eu chumbaria ou pelo menos não entraria na Faculdade (19-24... 19-25!!! Yes!!! O 4º set é nosso! Agora decide-se o jogo na “negra”: o 5º set).

Dito isto, detestava jogar quase tudo menos voleibol nas aulas de Educação Física (era especialista a andar a polir esquinas, mas a competição era cerrada!)! No volei, estranhamente e apesar da minha auto-proclamada mediocridade, eu brilhava na minha turma entre as meninas! É verdade: apesar dos meus pés de chumbo e baixa estatura (nunca na porca da vida fiz um bloco porque não tenho impulsão nenhuma), as minhas colegas de turma eram ainda piores que eu! E não sei bem como, enquadrava-me bem a jogar com o resto do pessoal. Tinha um serviço sofrível e de vez em quando fazia um quase em suspensão, o que impressionava ligeiramente. Lá está: em terra de cegos...

Ena! Começamos o 5º set com um ás! Engraçado, mas quando eu jogava não se podia fazer o que o menino fez, que foi raspar na rede na bola de serviço. É cada estouro!

Porque é que eu gosto de volei? Por tudo: é um jogo equilibradíssimo, as equipas não entram em contacto físico, o árbitro raramente pode fazer asneira, dá para interromper para conversar e beber um copito, todos têm que dominar quase todos os aspectos do jogo, todos têm que jogar mesmo (o oposto é um jogador açambarcar a bola), joga-se de princípio a fim e acaba quando acabar (5-5) e não quando o árbitro decidir!

Estranhamente, o jogo está a passar na futebol TV... perdão, na SportTV. O que só se explica, naturalmente, por não haver futebol e por a copa américa estar desfasada uns fusos horários.

Ora porra, está 9-9!! Isto está renhidíssimo! É o que eu digo: não sei quem vai ganhar, mas por mim já somos campeões! Independentemente do resultado final! Os nossos jogadores são mais bonitos. Ou então é o preto com as risquinhas discretas que contrasta com a camisola branca e calção vermelho dos espanhois. Acho que as camisolas e calções dos nossos também são mais justinhas, o que realça a elegância do corpo dos jogadores. Ora bolas, estamos em desvantagem 12-11.

É um jogo elegante em si: os jogadores são elegantes e têm um corpo musculado por todo de um modo muito harmonioso, os movimentos são elegantes, as regras são elegantes, os sinais que eles fazem por detrás das costas e o modo como se posicionam à espera da bola é de uma elegância despreocupada! Para os fotógrafos desportivos, deve ser um jogo extraordinário, porque deve ser impossível tirar uma foto má! Até a porra da bola é bonita! O volei feminino consegue ser mais sexy ainda, mas isso já é outra história.

Está 15-15... os nossos estão desconcentrados...

Ora bolas... perdemos... no 5º set ficou 20-18! Foi à justa! Falharam pontos que não deviam ter falhado no último set! Mas mantenho o que disse: para mim somos campeões! Em contrapartida os nossos são bem mais giros. Se bem que o treinador deles é um italiano lindíssimo (André Anastasi), com um aspecto à Mourinho, sem o ar grave.

É injusto o futebol ser o único desporto com um destaque decente. Eu sou a pior pessoa para acompanhar desporto, porque não tenho pachorra para acompanhar os resultados durante muito tempo, mas quem aprecia desporto a sério deveria seguir mais o voleibol. Mas vou tentar, para o ano!

Agora nomes. Não apanhei o nome do treinador, mas é brasileiro (não é mal parecido, mas o treinador dos espanhois é mais bonito, lamento!). Os outros meninos que apanhei o nome:

João José
Éder (?) Valdim
Ruca
Flávio
André Lopes
Carlos Teixeira
Hugo Gaspar
Nuno Pinheiro

Parabéns aos nossos meninos. Não compreendo porque é que estavam tão desiludidos, quando fizeram tão boa figura. E daí, a insatisfação deles ainda os faz mais extraordinários. Porque realmente fariam bons campeões.

Vou tentar mais tarde arranjar fotos para ilustrar esta entrada, porque eles merecem. E são giros!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Temas em falta

Ora bem, falta-me abordar com mais profundidade os seguintes temas:

- a utilidade da arte

- o corno: definição, utilidade, importância social e perspectiva histórica

- mais livros e obras de arte

- a magna e candente questão dos preliminares, mudança de óleo e revisão do motor (vou pescar pequenas postas de prosa que deixei no "Roupa para Lavar")

- mais qualquer coisa que não me lembro, porque sou esquecida e estou a morrer de sono e já não sei bem o que escrevo

Eu juro que isto não estava no salão erótico!


Ora porra! Pensei que se viam os pormenores! Mas dá para ver a ideia!
Agora imaginem-me a olhar para isto e a tentar não me rir muito alto. Se repente entra uma menina com 3 ou 4 anos com o pai e fica especada a olhar durante 3 ou 4 segundos para a linda figura que vos apresento. Logicae naturalmente conclui alto: "é o papá e a mamã". E seguiu para a obra seguinte. O pai estava a conseguir manter-se sério, até que olhou para mim. Eu não aguentei e comecei a rir-me. Por piedade fui para o outro lado da sala, porque estava a dar-lhe também um ataque de riso!
Eu não sou má: sou é javarda! E que diabo é que os artistas têm a mania de pôr nús no meio de tudo? Já fui ver peças em que, a propósito de absolutamente nada, de repente aparece uma gaja descascada! Só protesto por uma coisa: e os gajos??

Se a Seda_quente achou a mangueira de incêndio obscena...

... que dizer disto???

E disto????