quinta-feira, 5 de julho de 2007

Agora um pouco de cultura: Museu Berardo

Na horta também se planta cultura!! Na exposição Berardo estavam expostos 2 objectos da vida quotidiana. Reparem nas linhas, na segurança, na ergonomia. A cor vermelha denota paixão. As letras e símbolos brancos e pretos são como tatuagens que lhes conferem um carácter distinto e no entanto padronizado. O paradoxo num dos seus aspectos mais sublimes!

O acessório negro tem um certo valor fálico. E é longo, como todas nós gostamos, se bem que um pouco fino. Como que a lembrar-nos que não se pode ter tudo.

O facto de dois destes objectos (obviamente do mesmo sexo) serem apresentados juntos tem obviamente uma referência homossexual implícida. Ou mesmo explícita, já que se tocam. Muito levemente. De forma provocadora.

A colocação ao nível do solo não é acidental: o sexo homossexual é olhado de cima, como se fosse algo de inferior! O preconceito! A sociedade espartilhante. Numa determinada luz.



Aqui é a mesma interpretação, mas com outra luz. Reparem que em ambos os casos os objectos ficam na sombra! Quase ao sol, mas nunca chegando lá! Quase entrando na sala ao lado, a reservada aos comportamentos convencionais, mas nunca lá dentro! O drama de um amor não aceite pela sociedade!



Uma outra peça de grande importância, mas que passou compeltamente despercebida à generalidade do público foi este símbolo. As opiniões de especialistas dividem-se entre considerar um código extra-terrestre (destinado, certamente, a sinalizar algum local de importâncias estratégica) e um símbolo... fálico!

Enrolado, o falo ainda maior mas mais fininho revela toda a sua potência, pela sua dimensão, mas também toda a sua impotência, pois só consegue estar cheio e hirto em alturas de emergência.



A cultura é complicada e não está ao alcance de qualquer um!

2 comentários:

Anónimo disse...

Achei os comentários às fotos fabulásticos! Sublime! Rasgo de génio!

Releio, agora, a espiral da última imagem numa visão mais clitoriana.

Explico: uma linha de emergência originada num ponto que se desloca sobre uma recta que em movimentos circulatórios sucessivos retoma a sua origem.

Abobrinha disse...

Rasgo de génio?? Bolas, eu pensei que estava a regar! Mas não vou protestar muito: gosto de me fazer de esperta!

Para o assunto clitoriano, ver o novo post ilustrado. Aquilo era mesmo um quadro e não um outro objecto mais mundano com um rasgão... acho eu!! E o outro não é um pin. E estava ao lado de outra coisa bem mais engraçada, que vou "postar" agora.