AVISO: Entrada longa (e não, não tem nada a ver com a cornadura: é mesmo porque tem muito que se lhe diga)
Ora o que é um corno, em primeiro lugar? Um corno é um homem a quem cresceram dois apêndices cartilaginosos ou ósseos, um de cada lado da testa, devido à infidelidade da sua companheira. Diz-se também de um gajo que foi enganado num negócio ou equivalente que foi encornado. Mas essa parte já não interessa muito.
Um corno nem sempre o é por opção, mas há o que o são por vocação. Há os cornos activos, os passivos, os ignorantes e os múltiplos.
Os activos provocam a sua própria cornadura através de uma série de comportamentos. A saber: mau hálito, dentes podres, sovaqueira sem desodorizante, estadas prolongadas em trabalho ou lazer sem compensação emocional e física, personalidade pouco interessante ou (e esta costuma ser fatal) falta de jeitinho com as gajas. O corno activo desta última sub-categoria já ouviu falar nas mulheres, sabe tecnicamente o que é uma, onde estão os botões, mas não sabe onde se metem as pilhas... parecendo que não... ajuda!
O corno passivo é o que apanha com uma cornadura de todo o tamanho independentemente do que faz ou deixa de fazer para agradar a gaja. Cornos passivos estão associados a uma espécie de gaja que tecnicamente se designa por vaca ou cabra (depende da envergadura dos cornos e da gaja em si). Por ser um assunto deprimente e nada abonatório em relação às mulheres, vamos fingir (por redução ao absurdo) que este tipo de cornos não existe!
O corno ignorante, como o próprio nome indica, não sabe que o é. Mas é! E bastaria olhar com atenção para o modo como baixa os cornos para entrar em portas mais baixas para se reconhecer um. Se bem que o mesmo pense apenas, distraído como é, que é uma leve dor de costas provocada por um pequeno aumento de peso na região abdominal, fruto da comidinha que a esposa lhe cozinha (ou do restaurante que frequenta, porque a gaja não sabe cozinhar ou não tem tempo, dado que se dedica a encornar o gajo). Regra geral é feliz.
O corno múltiplo é encornado várias vezes. Pode ser activo, passivo ou ignorante. Reconhece-se facilmente este por andar de olhos postos no chão constantemente (pelo peso da cornadura) e por de vez em quando dizer “muuuuuuuuuuuuuuuuuuuu”!!! O que facilmente é confundido com hmmmmmmmmm, uma outra interjeição que não tem nada a ver e que se usa quando um gajo está pensativo. O corno múltiplo é por vezes também encornado nos negócios.
Qual a importância sociológica do corno? Não faço ideia, mas achei que era um título fixe! Tenho agora duas opções: ou faço juz ao título ou deixo à consideração dos comentadores que tiveram a pachorra de ler até aqui.
Ora bem, quem quiser pode continuar a ler. Podem ir fazer um chichizinho ou comer qualquer coisinha entretanto (de preferência separadamente) que eu espero.
O corno com maior importância sociológica é o ignorante puro. Isto porque permite à gaja explorar sem limites a sua capacidade de encornar. O corno é triplamente abençoado: tem a mulher satisfeita, é feliz porque não sabe que é corno e ainda pode beneficiar com uns truques que a mulher possa aprender noutro lado qualquer.
Claro que o que é demais é moléstia, e a fronteira entre um corno puro e um corno múltiplo é ténue e não convém ser atravessada. A bem da saúde: as costas ressentem-se com a posição vergada, as articulações não se dão bem com o excesso de peso e ao fim de um tempo há sempre quem repare no “muuuuu” e goze com a situação. Ou aproveite para encornar noutros aspectos da vida do corno, o que é mais que muito mau! Pode levá-lo a outra categoria que é o teso. E não, não estou a falar de potência sexual ou viagra.
Outras combinações se podem fazer com o ignorante, mas agora não tenho paciência! Ajudem-me nesta demanda pela defesa do corno e da cornadura saudável.
O corno activo pode considerar-se em determinados casos uma questão de justiça. Se não dá à gaja o que ela merece, apanha com um par de cornos! Significa que numa coisa acertou: juntou-se a uma mulher de tomates! Mas é como aqueles que ganham o euromilhões, mas distribuem o dinheirinho todo pelos amigos e familiares (mesmo os que não sabiam que tinham) e acabam por ficar a pedir. O corno activo merece ajuda especializada.
Sociologicamente pode conceptualizar e problematizar-se muita coisa à volta do corno. Normalmente quando o sociólogo está sentado à secretária, aborrecido de morte porque não consegue chegar ao último nível do tetris. Nessas alturas, e quando se sente uma comichãozinha na testa é importante reflectir sobre a importância cornal.
As implicações de saúde são muitas: a nível de articulações e má postura, como já se explorou brevemente, e ainda a nível de dores de cabeça. Ora a cefaleia é responsável por perdas incríveis de productividade, pelo que o fenómeno do corno é de uma importância muito grande e merece ser estudado. Especialmente quando além de tudo o tetris não corre naquele sistema operativo ou encrava regularmente.
A instituição do corno vem já de longa data. Um gajo nunca podia ter a certeza de que a mulher não estaria a arrastar a asa para outra freguesia, pelo que se inventaram todo o tipo de hábitos castrantes para as mulheres. Uma das mais eficientes terá sido apedrejar mulheres adúlteras.
Nunca entendi porque é que se podia apedrejar uma mulher adúltera e não um homem adúltero, mas a justiça dos homens é o que é (depois temos a justiça à portuguesa e à americana, mas isso é outra história)! O ponto de viragem poderá ter-se dado quando o Cristo disse que quem nunca tivesse falhado podia atirar a primeira pedra.
E aí descobriu-se porque é que as mulheres judias precisavam de baixar a cabeça para entrar pelas portas: para poder caber a armadura. Cá para mim, foi por isso que o penduraram numa cruz com uns preguinhos!
Aqui entra-se num outro dilema de proporções bíblicas: qual é o feminino de corno?? Mas isso... já é outra entrada!!!
Ora o que é um corno, em primeiro lugar? Um corno é um homem a quem cresceram dois apêndices cartilaginosos ou ósseos, um de cada lado da testa, devido à infidelidade da sua companheira. Diz-se também de um gajo que foi enganado num negócio ou equivalente que foi encornado. Mas essa parte já não interessa muito.
Um corno nem sempre o é por opção, mas há o que o são por vocação. Há os cornos activos, os passivos, os ignorantes e os múltiplos.
Os activos provocam a sua própria cornadura através de uma série de comportamentos. A saber: mau hálito, dentes podres, sovaqueira sem desodorizante, estadas prolongadas em trabalho ou lazer sem compensação emocional e física, personalidade pouco interessante ou (e esta costuma ser fatal) falta de jeitinho com as gajas. O corno activo desta última sub-categoria já ouviu falar nas mulheres, sabe tecnicamente o que é uma, onde estão os botões, mas não sabe onde se metem as pilhas... parecendo que não... ajuda!
O corno passivo é o que apanha com uma cornadura de todo o tamanho independentemente do que faz ou deixa de fazer para agradar a gaja. Cornos passivos estão associados a uma espécie de gaja que tecnicamente se designa por vaca ou cabra (depende da envergadura dos cornos e da gaja em si). Por ser um assunto deprimente e nada abonatório em relação às mulheres, vamos fingir (por redução ao absurdo) que este tipo de cornos não existe!
O corno ignorante, como o próprio nome indica, não sabe que o é. Mas é! E bastaria olhar com atenção para o modo como baixa os cornos para entrar em portas mais baixas para se reconhecer um. Se bem que o mesmo pense apenas, distraído como é, que é uma leve dor de costas provocada por um pequeno aumento de peso na região abdominal, fruto da comidinha que a esposa lhe cozinha (ou do restaurante que frequenta, porque a gaja não sabe cozinhar ou não tem tempo, dado que se dedica a encornar o gajo). Regra geral é feliz.
O corno múltiplo é encornado várias vezes. Pode ser activo, passivo ou ignorante. Reconhece-se facilmente este por andar de olhos postos no chão constantemente (pelo peso da cornadura) e por de vez em quando dizer “muuuuuuuuuuuuuuuuuuuu”!!! O que facilmente é confundido com hmmmmmmmmm, uma outra interjeição que não tem nada a ver e que se usa quando um gajo está pensativo. O corno múltiplo é por vezes também encornado nos negócios.
Qual a importância sociológica do corno? Não faço ideia, mas achei que era um título fixe! Tenho agora duas opções: ou faço juz ao título ou deixo à consideração dos comentadores que tiveram a pachorra de ler até aqui.
Ora bem, quem quiser pode continuar a ler. Podem ir fazer um chichizinho ou comer qualquer coisinha entretanto (de preferência separadamente) que eu espero.
O corno com maior importância sociológica é o ignorante puro. Isto porque permite à gaja explorar sem limites a sua capacidade de encornar. O corno é triplamente abençoado: tem a mulher satisfeita, é feliz porque não sabe que é corno e ainda pode beneficiar com uns truques que a mulher possa aprender noutro lado qualquer.
Claro que o que é demais é moléstia, e a fronteira entre um corno puro e um corno múltiplo é ténue e não convém ser atravessada. A bem da saúde: as costas ressentem-se com a posição vergada, as articulações não se dão bem com o excesso de peso e ao fim de um tempo há sempre quem repare no “muuuuu” e goze com a situação. Ou aproveite para encornar noutros aspectos da vida do corno, o que é mais que muito mau! Pode levá-lo a outra categoria que é o teso. E não, não estou a falar de potência sexual ou viagra.
Outras combinações se podem fazer com o ignorante, mas agora não tenho paciência! Ajudem-me nesta demanda pela defesa do corno e da cornadura saudável.
O corno activo pode considerar-se em determinados casos uma questão de justiça. Se não dá à gaja o que ela merece, apanha com um par de cornos! Significa que numa coisa acertou: juntou-se a uma mulher de tomates! Mas é como aqueles que ganham o euromilhões, mas distribuem o dinheirinho todo pelos amigos e familiares (mesmo os que não sabiam que tinham) e acabam por ficar a pedir. O corno activo merece ajuda especializada.
Sociologicamente pode conceptualizar e problematizar-se muita coisa à volta do corno. Normalmente quando o sociólogo está sentado à secretária, aborrecido de morte porque não consegue chegar ao último nível do tetris. Nessas alturas, e quando se sente uma comichãozinha na testa é importante reflectir sobre a importância cornal.
As implicações de saúde são muitas: a nível de articulações e má postura, como já se explorou brevemente, e ainda a nível de dores de cabeça. Ora a cefaleia é responsável por perdas incríveis de productividade, pelo que o fenómeno do corno é de uma importância muito grande e merece ser estudado. Especialmente quando além de tudo o tetris não corre naquele sistema operativo ou encrava regularmente.
A instituição do corno vem já de longa data. Um gajo nunca podia ter a certeza de que a mulher não estaria a arrastar a asa para outra freguesia, pelo que se inventaram todo o tipo de hábitos castrantes para as mulheres. Uma das mais eficientes terá sido apedrejar mulheres adúlteras.
Nunca entendi porque é que se podia apedrejar uma mulher adúltera e não um homem adúltero, mas a justiça dos homens é o que é (depois temos a justiça à portuguesa e à americana, mas isso é outra história)! O ponto de viragem poderá ter-se dado quando o Cristo disse que quem nunca tivesse falhado podia atirar a primeira pedra.
E aí descobriu-se porque é que as mulheres judias precisavam de baixar a cabeça para entrar pelas portas: para poder caber a armadura. Cá para mim, foi por isso que o penduraram numa cruz com uns preguinhos!
Aqui entra-se num outro dilema de proporções bíblicas: qual é o feminino de corno?? Mas isso... já é outra entrada!!!
10 comentários:
Dear, tenho umas que ao fim de semana , lembrei de usted!
Passei os olhospor uma revistinha, que assinalava algumas preciosidades da estante do poeta Pessoa... e lembrei imediatamente da Srta.
segue:
Astrology and birth control. Bailley.
Marriage and heredity. Fnisbert.
La inferioridadmental de la mujer. Moebius ( me decepcionei com este)
La indigencia espiritual del sexo feminino. Nóvoa ( que cretino)
Love affairs of some famous men.
...Hardy...que tal?
..basta, nao vou ler mais poesias deste homem... bjim
Afinal anda com os cavalinhos à chuva.
LOL
Farfalho
Cavalinhos? Quais cavalinhos??? Livros? Quais livros?
Raiodesol
Não desista nunca de ler poesias de Pessoa: é pecado em algumas religiões. Mesmo eu, que sou dura de ouvido para poesia gosto de umas coisinhas dele.
Mas para isso pergunte ao nosso Farfalho, que é o especialista da casa da poesia.
abobrinha, vc para alé de lingua de trapo (rds),
é uma esquecida dum camandro, não se lembra de ficar picada quando sobre prática, cá o maltês lhe disse... "tira o cavalinho da chuva". Vá agora finja que não é de cá.
Uma sabidona é que vc é. E não é novidade nenhuma.
........ efe de farfalho.
Já foram ver o blog da freudiana?
Tadinha da piquena...
Pharphalho
Eu digo muitas coisas! Está à espera que eu me lembre de tudo? Além de que sou esquecida por natureza (ou cabeça no ar, conforme as versões). Pois se eu nem me lembro do que é que comi ao jantar!
Atenção que eu não encornei ninguém! Mas sou muito observadora e na minha terrinha fala-se muito da vida alheia (nem todos têm tv cabo).
Sou muito dedicada e só consigo pensar num homem de cada vez. Antes de encornar teria que passar por etapas a mais, incluindo nojo. E eu não chego aí: salto fora antes.
O problema é que tenho investido nos cavalos errados. Faz-me lembrar uma cena nos "anjos de Charlie - 2", em que se diz que uma delas só se sente atraída pelos maus rapazes. Eu sou um bocado assim. Ou então arrasto a asa para os bons rapazes, mas eles assustam-se (ou não são assim tão bons).
Abobrinha,
Em relação á importância social do corno, esclareço-a com um exemplo:
- Se não houvesse cornudos e cornudas de que é que a gente agora estaria a falar?
Carago! Ninguém falou sobre os cornos em si! Tenho que falar mais do assunto!
SOS.? O farfalho acode.
Mulher corneada = Boa esposa, amiga da família, uma santa.
Só pode com o motorista/almocreve/carteiro.
Esta porra do ph lixa-me sempre.
...f. de...??????
Pharphalho
Tenho que voltar à mulher corneada com tempo!
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