A pintura tem o seu clímax quando, molhado o pincel e usado onde era preciso e como era preciso o pintor de construção civil agarra na trincha! E passa ao ataque! À bruta, como qualquer parede quer e gosta!
O pintor de contrução civil mergulha a trincha e retira o excesso de tinta... e PIMBA! Para trás, para a frente, num movimento firme e um pouco bruto mas com um toque paradoxal de elegância, delicadeza e mesmo sensibilidade, o pintor de construção civil ataca a parede. Esta permance impávida e serena, confiante nas mãos rudes do nosso heroi! As paredes louras olham distraidamente para o tecto e replicam convencidas de que estão a dizer uma grande coisa: "beje! Vou pintar o tecto de beje!".
Para cima e para baixo, para cima e para baixo, movimentos ritmados! Pára. Mais tinta! Para cima e para baixo, para cima e para baixo. Ai, queirido, tenho aí uma rachadela estreitinha que me está a fazer comichão... ai, ai, siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim, era mesmo aí, continua amor!
Depois de dias de preliminares e horas e horas de trabalho em que não pode parar (senão a tinta não liga e ficam emendas), o pintor de construção civil pára, exausto! Saca de um cigarro, e vai fumar lá para fora enquanto a parede fica a arfar de contente e espera pela secagem. Aí não quer que ninguém lhe toque, para manter a memória das mãos do pintor de construção civil.
E depois queixam-se as mulheres de ouvirem piropos nas obras! De facto, tão grande talento tem que ser recompensado NO MÍNIMO com favores das damas! Só gente com muito má índole não reconhece este simples facto! Ou inveja.
Voltamos ao início (vocês já começavam a pensar que ia deixar esta ponta solta... ora ponta... mmmm... não interessa!): ser pintor de contrução civil é uma forma séria de sobredotação. Ou seja, não é para quem quer, mas para quem pode! São poucos os eleitos! E é disso que os pais de gerações de meninos têm andado a proteger os seus rebentos: da frustração de descobrirem que afinal não são competentes!!
(continua... sim... há mais)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Agora percebo a verdadeira dimensão da relação entre o Alvin e a Murphy Brown.
Mais uma vez, o Herr Krippmeister é que sabe! Tens toda a razão! E isso ainda explica a pele extraordinária da Candice Bergen: uma ou duas demãos!
Enviar um comentário