sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Perguntas cretinas e duas versões de respostas

Pergunta nº 1

Numa loja de lingerie, depois de uma moça ter comprado uma série de roupa interior gira para ela mesma:

- Precisa de alguma coisa para homem?

Pergunta que ela queria fazer:

- Tens gajo ou estás desempregada? Se estiveres, eu vendo-te umas coisas, senão desampara-me a loja!

Resposta que a moça deu:

- Não, obrigada, acho que ele não precisa de nada de momento. Se precisar, depois passamos por aqui. Mas tem coisas giras!

Resposta que a moça queria dar:

- Sim, preciso: de peças para construir um em condições, porque os que vêm já montados de série vêm com um defeito ou outro, ou então nem para sucata servem! E muitos dos mais ou menos ou estão ocupados ou gays.

Mas é claro que não é nada disso que estavas a perguntar! O que queres saber é se eu estou encalhada, minha parva!

Fica sabendo que só porque te contentas com qualquer coisa e usas esse soutien tão empinado e decote à mais-valia-andar-só-de-soutien-que-era-mais-honesto como principal (único?) argumento de venda isso não te faz superior! Pelo contrário: contribuis para baixar a exigência dos homens e depois gajas mais exigentes são chamadas de esquisitas!

E sim, estou chateada pela pergunta! Se eu precisasse de "alguma coisa para homem", pedia, não achas?? Tenho boca para falar! E ficas a saber que não é só para isso que a uso, o que possivelmente é mais do que o que pode ser dito de ti! Daaah!

Pergunta nº 2

Numa reunião de condomínio, confrontando um advogado. As perguntas cretinas são feitas duas moças com muito mau feitio e muita atitude. Assunto: uma indemnização de um funcionário por um despedimento mal feito (posto de um modo muito soft!).

- Sr. Dr., mas então qual foi o motivo que alegou para o despedimento?

- Extinção do posto de trabalho.

- Mas então isso não é legal? Não é assim que se faz?

- Pois, mas a jurisprudência diz que...

- Sr. Dr., não é essa a pergunta! O que eu quero saber é se as coisas foram feitas no devido prazo.

- Sim, pois, não! Quer dizer, a jurisprudência...

- Olhe, mas não havia também lugar eventualmente a processo disciplinar, por todos os motivos que lhe explicamos depois de horas de reunião consigo?

- Sim, a jurisprudência diz que...

- Então está a dizer que se podia ir por um despedimento por justa causa, ter mesmo entrado em acordo com ele e evitar a indemnização, certo?

- Bem, quer dizer, sim. Mas a jurisprudência nestes casos...

- Sr. Dr., mas então (...)

(muitas perguntas, muitas "jurisprudências" e um advogado a ficar de todas as cores depois)

- Então o que nos está a dizer é que o despedimento foi mal feito e em consequência disso estamos a pagar uma fortuna numa indemnização perfeitamente escusada, certo?

- Mmmm... quer dizer... ssssssssssssim...

- Ah! Era só isso que queríamos saber!

Informação complementar: por incompetência de falta de mau feitio de outros, além da indemnização, ainda pagamos ao advogado por serviços que ele obviamente não prestou, além de nos ter prejudicado. Há coisas fantásticas, não há?

O objectivo não era humilhar o homem: era ver se se apurava a verdade e se descobria como sair da situação. Infelizmente humilhamos o homem (lamento, mas ele prestou-se a isso, embora eu não tenha gostado de ver) e não saímos da situação. A solução foi procurar um independente da administração de condomínio, competente e interessado, com quem se pode falar!

Vá lá, algo de positivo saiu disto! Além da cumplicidade que dura até hoje com a outra moça de mau feitio. Colheita de 74 também! Logo, boa pessoa e revolucionária! Mas não fala tão alto como eu, o que é bom porque nas reuniões funcionamos bem em conjunto, mas cada qual no seu registo! Normalmente é ela quem me impede de saltar ao pescoço do administrador de condomínio! E eu que digo o que ela pensa em som mais audível!

Pergunta nº 3

Esta tem preliminares (o que é sempre bom!).

Estou eu na Ribeira do Porto, junto ao Cubo, na praça do dito cujo, na minha fase de má vida (ou boa vida, conforme a perspectiva). Tenho amigos de várias Faculdades, vários cursos, curso nenhum e os respectivos amigos. Os meus amigos, ao contrário do "je", fumam ganza e outras coisas maradas. Os amigos dos amigos a dada altura juntam-se (o que é natural, porque os outros foram fumar às escondidas) e de repente alguém diz: "Eh, pá, não acredito que nos juntamos aqui aí 6 pessoas que nem fumam tabaco nem ganza".

Imediatamente a seguir a ter dito isto, aparece um tipo rafeiro do pior que formula a pergunta cretina:

"-Queres ganza? Queres ganza" (que soa como "kés gánza, kés gánza" por causa do sotaque cerradíssimo)

Ao que a vossa abóbora de eleição responde com a mesma delicadeza que se estivesse numa loja de decoração e design na Foz perante um designer de interiores gay e cheio de trejeitos:

"- Não, obrigada, já temos!"

Bem, seria complicado explicar que nenhum de nós fumava tabaco nem ganza, não acham?

Pergunta nº 4

Outra da mesma altura de má vida. Também com preliminares.

Um amigo está a fazer Erasmus na Holanda e traz de lá uma folha de não sei o quê (não interessa o que é, só sei que se fuma. Estávamos no café Luso (quando aquilo estava aberto) e eles iam começar a fumar aquilo lá dentro.

A vossa abóbora de eleição protesta, e que não sei quê e que temos que ir lá para fora porque é proibido.

Chegados à rua, passam-me o charro.

"-Para que é isso?" - pergunto eu.

"- Então... não queres? Foste tu que insististe para virmos cá para fora!"

"- Vocês sabem que eu não fumo! Eu não disse que queria fumar isso cá fora! Eu disse que queria vir cá para fora, que era para dar mais o ambiente de ser proibido. Mas não quero isso!"

Fica ao vosso critério decidir de quem foi a pergunta cretina!

Bem, chega de histórias! Vou regressar ao que tenho que fazer, mesmo porque isto está a correr melhor! E isto já está muito comprido e o Pharphalho depois queixa-se dos "lençóis" de texto! Se bem que, se tem alergia aos lençóis... problema dele!

Para o fim de semana prometo uma leitura crítica da Cosmopolitan e da problemática dos rabos arrebitados. Isto SE E SÓ SE pintar a porra da casa!!!

4 comentários:

Krippmeister disse...

Rabos arrebitados? Cool. Post ilustrado por favor...

Abobrinha disse...

Herr Krippmeiter

És um pervertido! Passaste completamente ao lado das questões essenciais deste post que eram a superficialidade das relações humanas, a honestidade do direito, a impotência perante as injustiças de vida em condomínio e as drogas. Oh, as drogas, que minam a sociedade e os jovens deste e de outros países.

Atenção que eu não disse que ser pervertido era mau! Só te chamei pervertido! Não fiz juízos de valor! É diferente! Não é a mesma liga nem sequer é a mesma modalidade!

Não te preocupes que eu vou fazer um ou vários posts devidamente ilustrados sobre a problemática dos rabos arrebitados. Não prometo é que seja já, já, porque a porra da casa não se pinta sozinha. E já ficou estabelecido que pintar uma casa é altamente sensual! A Murphy Brown que o diga!

Mas só vou pôr uma demão: duas é demais para mim! A minha parede não aguentava e eu também não (não sei o que é que isto quer dizer, mas espero que seja interpretado da maneira mais badalhoca possível!)!

Joaninha disse...

Olá Abobrinha

Como vai a pintura da casa?

Bom relativamente a senhora da loja, pois ele há pessoas assim, cuscas até mais não!!
Porque a mim cheira-me que ela queria era saber se o "rapazito" usava o S, M, L ou XL. Só não sei se ela estava a falar do tamanho na cintura ou de outras zonas mais "Intimas". Fica ao teu critério.

Quanto ao condominio, eu nunca vou a reuniões de condominio, o meu anjo não me deixa, tem medo que eu morda aos condóminos.

Quanto as drogas :-).........


Fico á espera do post sobre os rabos arrebitados, parece-me interessante, vai ter ilustrações masculinas?? OU é só gajedo para o Herr Krippmeister ver??

Abobrinha disse...

Joaninha

Se a intenção era essa... azar! Eu não divulgo grande coisa!

Por acaso estava a pensar colocar um post mais a pender para o gajedo, mas nem era para o Herr Krippmeister: era para as gajas se aperceberem de que cada qual fica bem com o que lhe foi atribuído pela natureza! E para o Herr Krippmeister e outros meninos apreciarem a (ahem) dimensão artística deste blogue!

Mas ainda tenho que dar por encerrada a minha vida como pintora de construção civil! Olha que ficou um trabalhinho bem feito! Hoje tenho é que tirar o isolamento todo e começar a pôr a casa como um sítio habitável. Mas (e eu sei que me estou a repetir) ficou muito bom e estou orgulhosa de mim mesma e da minha cabeça de abóbora!

E estou dorida em vários sítios... preciso de uma massagem! Voluntários?