Vou ignorar para efeitos de simplicidade que mantive sempre em mente o sofrimento de um grande amigo por quem não posso fazer mais que desejar sorte e ouvi-lo se for o caso. Ignoro ainda o facto de não ter presenciado duas tragédias em dois dias consecutivos por uma questão de 2 minutos, dado que me cruzei com elas depois de terem acontecido e imediatamente antes de ter chegado socorro (o que, bem contado, deve dar exactamente 2 minutos). Mas isto é um post positivo.
Podia descrever-vos as emoções que senti durante esse saudável passeio (a butes), a melancolia, a declaração de amor à cidade do Porto, mas isso é um bocado seca! E eu tenho uma reputação a manter! Além disso, o Jorge Fiel já fez a declaração de amor à cidade do Porto muito melhor do que eu conseguiria, por isso leiam a dele e coloquem dúvidas se for o caso. Vou então cortar as partes seca e passo directamente às curiosas e/ou badalhocas. Omito também a parte em que é a segunda vez que escrevo esta merda porque o blogger achou por bem apagar o texto e as imagens... que tristeza!
Começamos pelo facto já conhecido que aqui o "je" tem um fetiche pelas línguas. Há doenças piores! Acho ainda a linguagem gestual super-sexy (por simplicidade vamos esquecer que resulta da necessidade de comunicar de pessoas que não são capazes de ouvir) porque envolve algum jeitinho com as mãos. O que é sempre bom e pode ser útil! A imagem mostra uma mensagem em linguagem gestual (com a vantagem que foi deixada obviamente por um extra-terrestre), uma em árabe (a sombra é a minha mão a segurar na máquina) e uma em português.
As três mensagens encontram-se no ou perto do Largo de S. Domingos, pelo que ignoro se a imagem da direita é a tradução das outras. Pode ter perdido em elegância, mas ganhou em eficiência!
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Continuando no tema línguas, temos... ... ora bem... eu não sabia que isto entupia! Nem que também havia fogões envolvidos! É o que dá: há aí muita mulher incompetente e muito más línguas! Também ignorava que havia gases envolvidos (o que nos leva à anedota do 69). Como os portuenses e nortenhos em geral sempre foram muito empreendedores, para a problemática dos gases abriu outra casa em 1850. Ignoro se uma mana Salgado é frequentadora da casa para resolver sublimantes problemas (para quem não sabe, a sublimação é a passagem de uma substância do estado sólido ao estado gasosos. Não especifica o cheiro, que é propriedade da substância em si). Pode-se argumentar que também não interessa minimamente para o caso!
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No largo S. Domingos ficamos ainda a saber que a Mona Lisa ou sorri por causa da qualidade da "bejeca" ou porque pode pintar com tintas adequadas a qualquer temperatura. E todos nós sabemos como a pintura de construção civil é sensual por nesta altura do campeonato (em que ainda por cima o Benfica deu uma cabazada de 6-1 ao Boavista; não vem a propósito, mas não é todos os dias!)! Pode também pôr-se a hipótese de ela estar a rir e não a sorrir. E nessa altura está a rir-se de haver palermas que perdem tempo a pensar porque é que ela sorri.
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Tenho ainda para mostrar-vos umas imagens de baixo valor badalhocal mas com muita beleza. Fizerm parte da minha caça a pormenores de grande beleza no Porto. Mas aviso já que os pormenores são muitos!
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E nesta altura a questão: então... e o título? É parte daquela tendência de falar, falar e não dizer nenhum? Não! É parte da tendência de deixar o título para o fim (há pior: não ter o título nada que ver com o texto, mas eu não sou jornalista para fazer isso).
Na verdade, fui desaguar à Ribeira a dada altura desta minha caminhada. Concretamente à casa do Infante (que eu tenho vergonha de dizer, nem sabia que existia). Lá encontrei o casal de americanos com quem conversei o resto da tarde toda acerca de política.
Eram uns queridos: professores reformados (ele de história das religiões, ela de inglês) e que deram umas quantas de voltas ao mundo. Eram ambos de ascendência 100% sueca e viviam numa pequena cidade (acho que) do Illinois (tive vergonha de perguntar, porque a isso seguia-se a constatação de que não sabia onde é o Illinois), onde os únicos estrangeiros que lá desaguavam eram os que eles levavam em programas de intercâmbio de professores e alunos.
Falamos, falamos, fomos para uma esplanada e continuamos na conversa até estar frio demais para se poder estar confortável. E até que uma amiga me ligou a arranjar programa (comprar uma rã, mas isso é outra história). Tiramos uma fotografia (por motivos óbvios não a reproduzo aqui) e trocamos e-mails. O endereço de e-mail deles é a coisa mais kitsch do mundo: um compósito do nome dele e dela! Eeeeeeeeeeeeeeek! Mas perdoa-se porque eles realmente são uma doçura! E ainda fizeram questão de abraçar um hábito muito português: despedir-se de mim com dois beijinhos.
Quando for aos Estados Unidos já tenho onde ficar durante 2 ou 3 semanas (foi o que eles disseram). Pode ser um bom ponto de passagem para Los Angeles, onde procurarei o estilo de vida "letra L" (nem por isso, mas não tenho falado de fufas). Pena não saber onde é a cidade deles!
Perguntei-lhes se eram conotados como esquerdistas. Bem, depois de sairem à rua com faixas anti-Bush e anti-guerra no Iraque, trazerem estrangeiros para uma cidade rural esquecida por Deus... qual era a dúvida?
Acresce que era a terceira vez deles em Portugal. Estiveram aqui em 75, mas disseram que não conseguiam encontrar um hotel em lado nenhum porque estavam todos ocupados. Pôs-se a hipótese de ser por causa de termos que receber o fluxo de refugiados absurdo que se seguiu à perda das colónias. Faz sentido ou é muito rebuscado?
Já agora, dink não tem nada que ver com coisas sinistras como swinging ou outros hábitos sexuais. Significa somente "Double Income, No Kids", que era precisamente o que eles tinham: trabalhavam os dois e não tinham filhos. E ela tinha uma mãe sueca de 90 anos, completamente para as curvas e com todo o aspecto de durar muito tempo sem precisar grandemente do seguro de saúde de que também falamos. Há pessoal assim! Claro que de vez em quando toda a gente tem uma mazelita por outra, mas vai passando!
Fiquei também supreendida com a revelação que me fizeram: antigamente os professores não tinham um currículo para seguir. Ou seja, o que ensinavam era ao seu próprio critério. A cena dos "guiões" do que se ensina era coisa recente. O que explica umas coisas. Se eu fosse cínica diria que quase podia jurar que cá, na prática, era o mesmo! Mas não vamos por aí!
E foi mais ou menos isto (as partes interessantes) para animar as hostes e a mim mesma e começar a semana com saúde e alegria... e muita estupidez natural! BOA SEMANA!
14 comentários:
Estou chocado e acho que vou deixar de comentar neste blog. Depois dos posts, com alguma qualidade intelectual e até algum bom gosto, temos este post tremendamente badalhoco e ofensivo!
Não discuto o gosto da autora por línguas, nem as piadas que consegue fazer sobre o 69, mas quando chegámos à rã (animal dotado de uma língua versátil) e ao que duas amigas podem fazer com ela… mão dá! Não consegui ler mais!
É badalhoquice a mais para mim!
António
Chama-lhe rã! Ficaste foi chateado por eu estar a falar com americanos! Preconceituoso! Ficas a saber que eram uma doçura de casal!
Abobrinha, nem me atrevi a chegar a essa parte! Nem quero imaginar!
O meu preconceito vai mesmo para actividades eróticas com animais de sangue frio...
oi, como está... bem.. que bom.
gostei das fotos dos detalhes.
sensacional a foto das linguagens... copiei, sei que nuuunca irá se indispor comigo.
António
Antes de mais, acho que as rãs não são animais de sangue frio. Os americanos também não: eram um casal amoroso. Os americanos não mordem, sabias?
Tenho provas cientificas que todos os bichos verdes são de sangue frio. (incluindo os que estás a pensar)
Quantos aos americanos, neste caso, temi mais por eles...
António
A rã era albina, para tua informação. Acho que estás a levar a badalhoquice um pouco longe demais.
Ou isso ou estás a mandar uma indirecta à falta de actividade do badalhocómetro. Se é isso, prometo que o próximo post será sobre a queca real e terá imagens explícitas e linguagem apropriada à pouca vergonha aflorada (ou desflorada, mas não creio que tenha sido esse o caso).
Espera só...
Prontos: já vi, és do Sporting.
António,
como é que o sporting vem cair aqui?
Abobrinha,
Foi soft mas giro o post. Gosto particularmente da foto das torneiras .
fico em pulgas para saber o que é isso da queca real, por isso despacha-te!
By the way, as rãs são animais de sangue frio, conhecidos por pecilotérmicos ;)
Joaninha
Olha lá, só porque eu gosto muito de ti isso não te dá o direito de vir dizer asneiras para o meu blogue! Olha agora pec... peci... pciló... coisos... isso parece-me muito estranho! E racista: a rã era albina, mas não é motivo para lhe chamar nomes!
Estou à espera de desenvolvimentos na queca real. Ainda não sei exactamente se alguém foi enrrrr... eeeeeeeeeee... depois vês! Mas vai ser muito badalhoco!
António,
Juntando os teus vários comentários, que reproduzo:
"O meu preconceito vai mesmo para actividades eróticas com animais de sangue frio..."
"Tenho provas cientificas que todos os bichos verdes são de sangue frio. (incluindo os que estás a pensar)"
"Prontos: já vi, és do Sporting."
Concluo que as minhas actividades eróticas, na qualidade inata de sportinguista, serão certamente censuradas pelo teu preconceito. Tudo bem, eu respeito essa posição, e prometo tentar doravante restringir ao mínimo esses objectáveis comportamentos (também podia mudar para o glorioso, mas não, mal por mal, a falta de sexo é melhor). De qualquer modo, se um dia encarnar noutro animal, escolherei, por exemplo, a girafa. Não é verde, nem de sangue frio, e tem uma língua interessantíssima.
Abobríssima,
"...umas imagens de baixo valor badalhocal mas com muita beleza."
De baixo valor badalhocal? Deves estar a brincar. Atão aquela mãozinha, na foto da direita, hein? Assim a modos que a agarrar a bola, hein? Com suavidade, mas firmeza! Hein, hein, hein?
Sim, eu sei, nem tudo no mundo tem um segundo sentido, de natureza erótica (veja-se, por exemplo, a Lili Caneças). Mas a maioria tem.
Obrigado pela tua visita. Ainda não li o post sobre a importância social do corno, mas não deixarei de o fazer. Estou certo que poderei aprender bastante sobre essa bicuda questão, que chega a ser, para alguns, uma verdadeira dor de cabeça.
Um abraço...
Nuno
Oh diabo! Então eu insinuei que se podia aprender alguma coisa sobre o corno no meu post? É um erro: aqui não se aprende nada!
Obrigada: foste o único a reparar no pormenor badalhocal da mãozinha. Estás no bom caminho!
Estou perdida com a ligação entre o Sporting, os animais de sangue frio e as quecas (as reais e as outras). Pelo que entendi, alguém anda com falta de sexo. Isso é grave! Muito mais grave que a porra do campeonato (eu sou benfiquista, falo por experiência). Mas como não sei do que estou a falar...
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