domingo, 4 de novembro de 2007

Badalhoquice na imprensa

Continuo sem inspiração, mas vou tentar compensar com transpiração. Usando um artifício muito moderno, assim muito sociedade do conhecimento, vou optar pelo "copy-paste". E lá vou eu para mais uma revista de imprensa.

Antes de mais, reafirmo a minha falta de fé na Cosmopolitan. Nem aqui figura, por manifesta falta de badalhocómetria suficiente. A Happy, que me sugeriu a Annita, também me deixou €1.5 mais pobre, mas nem por isso mais badalhoca. Uma tristeza!

O Público, contudo, tem sido fértil em títulos-maravilha. A semana passada chamou-me o Joaquim a atenção para um título fantástico:

"Forma de lidar com pilinhas dos bebés não reúne consenso entre a classe médica".


Bem, muito se poderia dizer acerca do assunto, mas não li o artigo por isso não sei do que tratava. E ainda estou com o badalhocómetro muito em baixo! Mas o que dizer deste:




Hoje mesmo, fresquinho! Refira-se que é uma declaração de amor à gaita de foles. Mirandesa. Não sei se é de qualidade superior às restantes, mas aqui estou a apelar à badalhoquice: é que a diferença entre os meninos e as meninas é que os meninos têm gaita de foles e as meninas gaita de beiços! E cada qual toca o que pode e a mais não é obrigado!


O Público tem ainda o destaque para uma exposição muito peculiar... há mais que uma semana, diga-se! Trata-se de uma exposição no Barbican Art Gallery sobre... sexo e arte! Não percebo grande coisa de arte, mas o artigo está ilustrado com figuras tão peculiares como um vaso em que mostra uma grega a apanhar qualquer coisa do chão; ora nesse preciso momento um indivíduo atraca-se a ela como uma lapa! Não se faz: apanhou a senhora desprevenida!


Noutra ilustração um nativo de Pompeia concorda com a afirmação de não há festa sem gaita... de beiços! Esta tenho-a aqui:


Sim, eu sei que isto mal se vê, mas não consegui apanhar a figura maior que isto.
Esta folha serviu para esconder as vergonhas de uns nús masculinos da rainha Victória. Se não me falha a memória, ela teve 9 filhos... digo eu que ela devia saber para o que é que aquilo servia! Parece que, ao contrário da classe médica, ela sabia o que fazer com as pilinhas!
E o que dizer deste comboiinho? Bem mais fixe do que aquele do qual foi atirado o Gandi!
Atenção que isto não é porcaria: é arte! Do mesmo modo, um desenho de um rabo não é um rabo mas um (pelo menos é o que diz o Herr Krippmeister)!
O Expresso tem a sua quota-parte de títulos fantásticos. Como este:
O sobre-título diz: "Medida visa reforçar o papel da família", mas eu acho que é para atrair turistas, ao afirmar que Singapura é uma cidade moderna e sem complexos. Senão vejamos: em que é que o sexo oral e anal contribuem para a família? Em nada! É como disparar munições secas! Não é produtivo! Pode-se argumentar que isto é a interpretação lata demais da afirmação que diz que o caminho mais rápido para o coração de um homem é pelo estómago... o que pode querer dizer que uma gaja tem que aprender a cozinhar... com "o" ou com "u".
Fica-me a dúvida: como é que se fazia antes de ser livre? Pedia-se autorização à polícia ou ia-se à Malásia? E se não é livre... quem é que vai denunciar? Não valia mais a pena proibir os gays? Ou isso ou ir para o Irão (ir... irão... olha que trocadilho fixe!), onde diz o mongo que manda naquilo que não há gays... estou em crer que ele está equivocado, mas ele é que sabe!
Possivelmente ainda, estamos perante um governo de Singapura muito preocupado com o aquecimento global , dado que o Expresso também noticia a afirmação de um tal Alan Weisman:
E é tudo por hoje! Não está ao nível dos posts de fufas (e duvido que chegue a esse ponto tão cedo), mas posso atribuir a culpa à Milla Jovovitch. Como? Porque na tentativa de recuperar a inspiração, fui ver um filme "calmo" (para mim um filme calmo é um filme cheio de sangue, mortes e cenas que tais, desde que de ficção). Ora o Resident Evil 3 - Extinction não é tão sangrento como o 1 (não vi o 2), além de que o gajo giro morre.
E fico por saber como é que se anda de calções e meias de ligas assim para o retro no deserto, mas pronto! É a Milla Jovovitch, por isso tudo se perdoa (mesmo porque um saco de serapilheira nela fica sexy, se for preciso). E porque vai ser mãe. O fim do filme tem que ver com a maternidade da Milla, mas não como vocês julgam. Mas estou em crer que os meninos vão gostar! Ai vão, vão!
Não foi muito inspirado, mas a intenção foi boa! Mas de boas intenções está o inferno cheio, certo?

12 comentários:

Anónimo disse...

Abobora da horta! Olá de volta!
Já começava a sentir saudades desta tua libertinagem linguistica, da proficuidade vocabular! Ahahahah, não ligues, a introdução à linguistica está a dar cabo de mim (estava a ver se passava um bocadinho do stress a outros!)
Mas vamos lá ao que interessa. dizes tu que a badalhoquice anda a faltar-te e eu tive uma dose avantajada noutra noite que fui ao cinema com o mais que tudo. A Milla é boa, é sim senhora e não é só fama, não senhora. A rapariga tem dotes de fazer inveja a muita gente, eu incluida.
Tiveste sorte, que gostas de sangue e, convenhamos, sangue com cinto de ligas à mistura, sempre é muito interessante.
Agora, se fosse ver, como eu fui, um filme que mete o teu badalhocómetro a léguas... fui eu com a gula da Nicole Kidman e do exuberante e musculado James Bond, e só não vomitei na sala do cinema porque ao intervalo decidimos que ficariamos a comer as pipocas no átrio do cinema.
O James tem pouco de Bond na "Invasão". Só mesmo o sotaque o salva e dos musculos nem com uma lupa se dá conta. Já a Nicole, pobre rapariga, parece que os invasores antes de chegarem ao filme já a tinha chupado inteirinha, porque a moça nem uma curva tem para contar a estória.
É claro que fiquei chateada, é que falam, falam, falam, falam da moça, que é a mais bela, a mais elegante, a mais mais e eu saí de lá com um gostinho a osso seco que nem queiras saber.
O badalhocómetro nem sequer aqueceu com as beijocas sensaboronas entre os dois protagonistas, mas no que diz respeito a nojice, bastou-me ver o fulano que faz de ex-marido da dita Nicole vomitar-lhe para cima... é que não habia nexexidade!
resumindo e simplificando... NÃO VÃO VER!!!!
Palavra de indomável.

Nuno Baptista Coelho disse...

Isto não há como um post badalhoco para puxar comentários à altura. A agulha do meu badalhocómetro dançou assim uma espécie de tango porcalhão com a tua análise dos diversos tipos de gaita, mas depois contorceu-se positivamente de concupiscência com a questão dos invasores a chuparem a Nicole Kidman inteirinha, mais o pormenor do gostinho a osso seco. A coisa ainda só vai no segundo comentário, e já promete.

Não leves a mal estas observações, Indomável, isto se calhar sou só eu a imaginar porcarias onde elas não existem. Não, pensando melhor, acho que não sou. Mas posso estar errado.

Seja como for, é um comentário perfeitamente à altura de um post que merecia um comentário assim. Este blog voltou!

Abobrinha disse...

Nuno e Indomável

Vocês parecem ser os únicos a pensar que o nível de badalhocómetro descolou sequer do vermelho, por isso obrigada pela solidariedade.

Estou a preparar o post ilustrado com a minha fixação pelo cabo da vassoura nos meus tempos de pintora de construção civil, a ver se isto vai a algum lado. Já vi cemitérios mais animados que isto, carago!

Mas a verdade é que estou pouco inspirada e com dificuldade em escrever seja o que for.

antonio ganhão disse...

Eu acho que é a mente distorcida das pessoas que faz deslocar o badalhocómetro.

Parece-me relevante a política de sexo anal no reforço da coesão familiar. Nas culturas pré-colombianas (América do Sul, para quem não saiba do que estou a falar), após o parto o casal era aconselhado a manter o coito anal durante um certo tempo.

Fazia parte dos bons conselhos que as mães davam às suas filhas.

Joaninha disse...

Abobrinha,

Eu gosto da história do sexo anal em singapura, essa bela cidade, pilar forte da moralidade!!

O badalhocometro bateu no vermelho sim senhora, óh lá se bateu!
A forma de lidar com as pilinhas dos bébés não reune consenso??
Os judeus arranjaram um consensa. Faca com elas !!! ehehehehe.Isto foi para assustar os meninos:)

Abobrinha disse...

Indomável

Ainda bem que me avisas a tempo, que eu ia ver essa maravilha da Nicole Kidman. Essa do vomitanço não havia necessidade.

Sabias que o vómito é verde por causa da bílis? As coisas que eu fiquei a saber por ter ido a Lisboa ver a exposição "Que treta". Também fiquei a saber umas coisas sobre o flato, mas deixei esse tipo de conhecimento no blogue do Jorge Fiel, onde recomecei a comentar. Depois deixo a anedota do 69 quando isto começar a ficar lamechas!

Não tenho ainda opinião formada sobre o Daniel Craig, mas hei-de arranjar uma foto do menino que teria comido a Milla no filme não fosse o pormenor de ter morrido. Era bem giro e já lhe tinha posto os olhos na "Múmia". Não tem nada aspecto de múmia: é muito lindo!

Quanto à Nicole, é jeitosa mas um bocado para o pau de virar tripas. É muito bonita, um maná para os criadores de moda, mas nunca na vida chegarei a parecer-me com aquele estilo de mulher. Em algumas coisas ainda bem, porque o pai dela é cientista (bioquímico ou coisa que o valha) e ela a dada altura disse que não queria estudar aquelas coisas, que não queria ficar cheia de "fórmulas na cabeça". Quer dizer, eu sabia que ela era loura (meia ruiva, que ainda é mais giro), mas pensei que era só a cor do cabelo!

Abobrinha disse...

Olha, isso da proficuidade vocabular é argumento de badalhoquice? ;-)

Abobrinha disse...

Joaninha

Li a dada altura que em Singapura e na Malásia os jovens pensavam... demasiado pouco em sexo. Achas isto normal?

Passado um tempo diz-me um amigo que tinha uma colega desses lados que lhe revelou que era virgem, mas que fazia tudo menos penetração vaginal! Isto eu também não acho normal!

Uma operação relativamente corriqueira nos orientes é reconstrução do hímen. Normal?

Depois eu é que falo de badalhoquices!

Ou seja, ainda me falta um bocado até ter que recorrer à anedota do 69!

OS judeus nunca me enganaram! Badalhocos! Curiosamente a higiene deles na idade média fez com que não apanhassem doenças que apanhavam os cristãos (ter porcos quase dentro de casa e comê-los nunca deu demasiada saúde a ninguém). O resultado: arder no espeto. Pensando bem, deve ter sido a vingança por essa cena de darem naifadas nas pilinhas dos meninos.

Pode argumentar-se que os chineses não optaram nunca pela circuncisão... porque senão ficavam sem nada!! Ha ha ha! Não é racismo: é necessidade de manter um certo (falta de) nível! Mesmo porque enquanto houver língua e dedo...

Patrícia Grade disse...

Este badalhocómetro está prestes a rebentar o mercúrio.
Abobrinha, a tua proficuidade vocabular tem tudo a ver com badalhoquice. É que isto de escrever à badalhoca não tem nada de fácil. É necessário esgrimir os argumentos com a facilidade de quem doma um leão, o vocabulário para além de extenso tem de se pautar pela ironia e a inteligência.
Até parece que te consigo ver, sentada à frente do computador, qual maestro de batuta na mão, aquecendo os pulsos e os dedos, cruzando as mãos e estalando as articualções em sinal de preparação. Uma sobrancelha levemente soerguida e a réstea de um sorriso no canto esquerdo dos lábios. A velocidade com que os dedos vão tocando nas teclas ao ritmo do pensamento, mais lento enquanto o assunto não se define, mais rápido quando se faz luz.
A tua proficuidade tem a ver com isto, com a capacidade infinita com que expressas os assuntos mais insuspeitados. a libertinagem com que invocas assuntos que para outros poderão parecer apenas supérfluos e afinal nos dão tanto que pensar.
Ah! ainda não era para a lamechice? Olha, o que é que queres, acabei de ler "A festa de Babette" e a comida tem sempre este efeito em mim... deixa-me mole...

Krippmeister disse...

Epá ser pompidiano é que era! Se é pra morrer carbonizado numa torrernte de lava, é assim que eu quero ir! (partindo do princípio que a pessoa que está de joelhos é uma mulher...)

Abobrinha disse...

Herr Krippmeister

Depois eu é que sou pitosga: não vês que se trata de um pompeu em plena lição de línguas com uma "pompeua"? Daaah! Não uses óculos que não é preciso!

Podias ter aflorado (ou desflorado, conforme prefiras) a problemática do tamanho e refilado que interessa e que assim não se vê nada! Assim tinhas desculpa para não ser capaz de distinhuir um episódio claro de cunnilingus.

Aliás, o título deste post era para ser "como o sexo não foi inventado na segunda metade do século XX", mas entretanto andei um bocado em baixo de forma. Mas isto passa! Nem que seja com o cabo da vassoura (insisto que se trata do post seguinte e de nada que possas imaginar com essa mente imunda!).

I'll be back soon for another cartoon!

Abobrinha disse...

Indomável

Olha que essa da batuta...

Obrigada pelos elogios, mas ainda sinto este post muito atamancado. Muito descuidado.

Mas isto vai ao sítio!