quinta-feira, 17 de julho de 2008

Uma gaja boazona lambeu-me as mamas e eu nem sequer a convidei para casa e nem um café lhe paguei

Isto é que eu chamo um título. E é tudo verdade! Mas aviso já que acaba mal, porque é um amor não correspondido!

Foi como a maioria dos encontros casuais. Eu sei que há quem use estes locais para engate, mas não faz bem o meu estilo. Foi na entrada do super-mercado. Nem sequer foi na secção da fruta, debruçada sobre a banca dos melões a apalpar a fruta. E apalpar fruta é sensual ou sou só eu que penso assim? Não sei se é mais sensual apalpar melões se maçãs, mas eu sou um bocado louca por maçãs. Aliás, o meu nome não é Eva, mas devia ser! E os tomates? Avaliar tomates maduros é sensual! Eu acho! E agarrar os pepinos e meter para o saco? OK, isso é um bocado lugar-comum... mas tem muitos anti-oxidantes e fibra, o que acaba por ser sensual!

Foi na entrada do super-mercado. Ela olhou para mim e sorriu. Os olhos grandes e perdidos encheram-se de alegria, dirigiu-se a mim. Reparei que era muito novinha, o que justificava o entusiasmo juvenil. Encostou-se a mim, sem pudor, em frente de toda a gente e eu não resisti aos seus encantos: debrucei-em sobre ela. E foi aí que ela me lambeu as mamas, porque realmente ficaram-lhe logo ao nível da boca e eu estava de camisola de alcinhas.

Não se ensaiou nada em meter-me a língua por dentro da camisola e aí eu tentei controlar-lhe o entusiasmo porque estava gente a ver. Mas acariciei-a sem medo do que as pessoas pudessem pensar: é que sou uma mulher moderna, muito descomplexada e completamente segura da minha sexualidade. Não contente com isso, mete-me o nariz no meio das pernas. Ali, à frente de toda a gente! Na volta tinha ouvido falar do tal perfume que falou o - com - dá +. Mas não é fácil controlar o entusiasmo de uma cadelinha que nitidamente foi abandonada há umas horas.

Pois... a parte sensual da história acaba aqui e acaba mal. É que eu não posso ficar com ela: não tenho tempo e não tenho condições. Um animal é um compromisso para muito tempo e ia ser cruel ficar com a bichinha. Era linda: pequenina, branquinha e muito brincalhona. Quando saí fiz um par de telefonemas, mas não deu em nada.

Ela tentou tudo para me agradar: lambeu-me, mordiscou-me as mãos na brincadeia, deitou-me as patinhas, mordeu o meu chaveiro na brincadeia... e agradou-me, mas eu não podia mesmo ficar com ela. Notou-se o contraste entre o prazer que teve em brincar comigo e o desespero de ver que eu não lhe ia ceder aos encantos. Fiquei mal, mas não lhe posso valer. Acho que amanhã vou tentar ligar a alguma associação para saber se posso levar lá a bichinha.

Mas tenho fé que ela vá ser adoptada (se é que já não foi): é que não fui a única a ceder aos encantos dela e até já lhe deixaram comida à entrada do super-mercado. Amanhã passo lá de novo. Mas desta vez vou com decote tipo freira!

Eu avisei que acabava mal!

10 comentários:

Requiem disse...

Não tomes as ampolas não miuda...a sério...

Depois conta se alguem adoptou (ou atropelou ou o que quer que seja) a cadelita.

Beijo

ablogando disse...

Pois, pode ser que a bichinha venha a ter mais sorte do que limitar-se lamber uma abóbora. Sim, porque isso, para um carnívoro... hás-de convir que não é propriamente sustento! Mas, se não tiver, diz qualquer coisa porque eu alerto um pessoal que me enche a caixa do correio com apelos para arranjar donos para animais e que até o conseguem fazer. Penso, aliás, que o núcleo principal até é aí do Porto.

Tisha disse...

:( aiiii já estou a ver a minha vida a andar pa trás assim que voltar a PT.

PS: Tem cuidado com as associações, vê as condições primeiro, às vezes mais vale ficar na rua do que tar em alguns sítios ...

Abobrinha disse...

Requiem

Pois isto já não vai a ampolas. Nem sei se com colete de forças!

Abobrinha disse...

Joaquim

Deram-lhe de comer, tadinha. Isso leva-me a crer que alguém que também se apaixone por ela a leve para casa... mas ela precisa mesmo é de carinho e uma casa!

Vou ver o que posso fazer, mas receio que seja pouco.

Abobrinha disse...

Gipsy

Há anos fui a uma associação e saí de lá com os cabelos em pé... e mais não digo...

Break Silence disse...

Seguramente que alguém a vai adoptar.
Beijocas

Blondewithaphd disse...

Pois comigo não foi bem um amor lésbico, foi mais para o hetero! Lindo, amoroso, tem um fetiche pelos meus pés, ciumento que só ele, alfa dominante o fulano. Com ele só o tango que ele é que manda e esta tipa obedece (raio que nunca me vi numa de submissão!!). Adoptei-o! Eu que até sou uma catperson! Indescritível. Fiquei sem jardim é certo, porque o tipo é todo de se espojar na relva e achou que os sprinklers da rega eram bons para afiar os dentes. Valeu a pena e vale todos os dias!
Contacta a ANIMAL, a União Zoófila e põe anúncios no supermercado que pode ser que ajude.
Sabes como arranjei dono para o irmão do meu macho alfa? Cheguei ao café à frente do qual eles tinham sido abandonados e basicamente disse ao people que tinam cinco minutos para adoptar um dos cachorrinhos se queriam que eu adoptasse o outro!! Em 2 minutos a coisa resolveu-se. Mas este foi um final feliz. Espero que haja aí um capítulo nessa história que não envolva tragédias! Good luck!

Joaninha disse...

E porque não fazes de familia de acolhimento temporario enquanto tentas encontrar uma solução?

Abobrinha disse...

Blonde

Não sei se já viste o Sexo e a cidade, mas a Samantha também tinha adoptado um cão só porque ele estava sempre com o cio, apesar de ser... castrado!

Ainda bem que essa história teve também um final feliz (a da minha "amante" também, como podes ver no post a seguir), mas realmente não havia necessidade de se abandonar o raio dos bichos!