domingo, 8 de junho de 2008

O resto das fotografias e mais um bocadinho de javardice

Não sei que performance era esta, mas pelos vistos uns tipos com máscara de raposinhos a dançar é arte. Por esta altura até estou inclinada a concordar, sinceramente!


O que não ser se engulo é isto: "SPLASH - Vídeo filmado numa das fontes em frente à Casa de Serralves que regista uma acção simples, mas que pode contribuir para uma reflexão sobre a relação do museu com os seus públicos e sobre o papel de eventos como o Serralves em Festa na redefinição dessa relação. Um jacto de água produzido por uma mangueira de rega faz primeiro aproximar um conjunto de pétalas de flores, para imediatamente a seguir o fazer afastar-se. Segundo o artista, nesta festa "ao mesmo tempo que se dá uma atracção dos públicos o museu afasta-se da ideia de contemplação, talvez o seu propósito original".

O que me aborrece é que alguém foi pago para esta merda, só por vestir uma insignificância com umas palavras que parecem querer dizer algo e vender isso como arte! Mas aquilo tudo era mesmo um vídeo de 1 minuto com o jacto de água de uma fonte em Serralves. Ainda se fosse uma mijadela, eu era capaz de já considerar aquilo arte.


Os putos devem ter-se divertido à brava e ainda tiveram direito a exposição. Ora vejam as fotos. Podem não acreditar, mas dentro do museu grande havia obras bem menos elaboradas. O que me deixou estupefacta foi ver uma amiga minha a concordar comigo quando disse isso: é que ela até é das artes e come muita coisa como sendo arte... estranho!

Não sei se isto é arte, mas eu gostei. Sobretudo porque esta fotografia foi tirada com o rabo em cima de um pouf onde descansei os meus pobres chispes já cansados de tanto andar. Lá está: descansar os chispes também é arte. E se não é, passa a ser.


Fui ainda ver a exposição da fonte dos 100 peixes e tenho que dizer que gostei. Não gostei só: gostei muito! Não tenho uma foto minha para pôr aqui, simplesmente porque não era permitido tirar fotografias (deixo a que está disponível no site de Serralves). Mas a peça era lindíssima e o ruído da água a cair é absolutamente relaxante. Era o tipo de peça que eu era capaz de estar uma tarde inteira a olhar para ela. Se não foram ver, vão que vale a pena. O que é mais do que o que se pode dizer do resto da exposição.

Deixo ainda a famosa fotografia minha de corpo inteiro. O que é curioso é que eu mesma não me tinha dado conta de que tinha as pernas tão compridas. Claro que se pode dizer que era da inclinação do sol e de ser fim de dia, mas isso são só más línguas: vê-se claramente visto que eu tenho pernas compridíssimas. E eu não sou defeituosinha: aquilo são as sombras dos 50 sacos e bolsas que eu tinha aos ombros.

E fotos ainda mais giras. Digo eu. E pronto, para o ano há mais Serralves em festa!


8 comentários:

Anónimo disse...

Desde que o Duchamp inventou o 'happening' todos se acharam capazes de fazer o mesmo e chamar-lhe arte. Na minha opinião, a maioria do que se quer passar por arte não tem valor nenhum, são espertalhões que nos querem impingir algo que não lhes custou nada a fazer como se se tratasse da 8ª maravilha do mundo.
Mas isto não me incomóda. O que me incomóda é quando estes pseudo são amigos ou familiares dos gajos que gerem o dinheiro público, pois aí já sai do meu bolso.
Bjs Karin

Anónimo disse...

Karin!
Posso subscrever a opinião? Posso? Posso?

Abobrinha
Bem sei que neste blog não se aprende nada, mas uma sucessão de posts com exemplos de escrita pós-modernista (ou lá perto) é descer demasiado baixo...

Joaninha disse...

Karin, cham-se CAGA segundo o artista Krippmeister :)

Krippmeister disse...

É simples meus amigos: A "obra" pode ser a maior merda do planeta, mas se for apresentada num contexto artístico, passa a ser arte. A arte já não está na obra em si, mas apenas no aparato que aenvolve. Um bocado como o que acontece com os D'Zrt.

Abobrinha disse...

Karin

Essa parte da falta de esforço aborrece-me. Não tem valor absolutamente nenhum e não compreendo como diabo alguém lhe chama arte, com ou sem CAGA (um texto absolutamente brilhante do teu irmão, se não leste ainda).

Incomoda-me que seja quem for lhes pague por aquela porcaria e conto os dias para que estes palermóides sejam expostos como a fraude que são e tenham que trabalhar para ganhar a vida em vez de fazer que fazem.

Dito isto, eu fui ver! Critiquei mas fui ver. Mas eu fui ver Serralves e Serralves tem muito mais para mostrar. E não vou ser eu a mudar o rumo da arte. Ia dizer que não me interessa, mas até interessa: a arte para mim é o belo e todos precisamos de beleza na nossa vida. Não de energúmenos que encontram significados esotéricos no que não o tem... eeek!

Abobrinha disse...

Osvaldo

O drama não é esse: o drama é que ainda assim eu escolhi muito e coloquei só o estritamente essencial. Havia muito mais porcaria do que o que eu já aqui coloquei. Serralves é capaz de muito mais e merece muito mais. O mesmo se pode dizer do públido que o visita. De mim, por exemplo.

Abobrinha disse...

Herr K

Acabaste de confirmar que eu sou uma artista. Vou ver se recomeço os posts às gajas e gajos descascados a ver se sou descoberta como artista mesmo. Pode ser que mude mesmo de profissão e ganhe muito dinheiro. À cautela é melhor jogar no euromilhões...

Anónimo disse...

belo lugar! merecedor de uma visitinha breve!