quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Rapunzel - parte 3

Há uma eternidade escrevi a parte 1 e depois a parte 2 da minha própria versão da Rapunzel, versão século XXI. Aliás, ocorre-me que se fosse hoje os irmãos Grimm talvez não escrevessem contos de fadas mas contos de fo... ora bem, não era para aqui!

Entretanto perdi-me em coisas que doem e moem mas não matam (e a apreciar o rabo do Sadeek, por isso não foi tudo mau!), mas vou retomar a história. Isto apesar de vocês conhecerem o final: fui salva!

Ia eu na parte em que os meus vizinhos decidiam o meu destino. Mesmo! Descoberta a nesga estreitinha (mmm... que sugestivo!) na janela, vislubrou-se uma janela (passe a redundância) de oportunidade para salvar o vosso legume preferido. Se não preferido, pelo menos o mais badalhoco, se bem que ultimamente pareço mais uma cebola por causa das lágrimas (acontece aos melhores).

Os vizinhos começaram a falar imediatamente em quem a tinha maior! E um sacou de uma desapontadoramente pequena. Escada, naturalmente! Não dava! Pensei que estava perdida e que estavam a perder tempo precioso que podiam estar a usar a chamar a polícia ou os bombeiros. Mas uma mulher não devia subestimar o valor dos acessórios! No caso não se tratou de um vibrador nem sequer de algum esquema marado para aumentar o tamanho. Para falar verdade... o acessório, meus amigos era a escada!

Na realidade, os meus vizinhos eram pintores de construção civil, o que me fez recordar outros tempos (ver este, este, este, este e este post, e ainda este por estar ilustrado e ainda mais porco)! Suponho que isto seja solidariedade entre pares. E enquanto eu, nos meus tempos de pintura de construção civil andava de trincha na mão, a molhar o pincel e com uma fixação pelo cabo da vassoura (se não acreditam leiam os posts: é tudo verdade e eu escrevi pior que isso ainda!), eles eram mais kitados: tinham ANDAIMES! Ora a escada era o acessório porque os meus colegas de actividade montaram a estrutura dos andaimes até chegar à janela e a escada serviu para a encostarem.

O café nunca viu semelhante agitação (não desde o dia em que roubaram a máquina do tabaco à noite, mas isso é outra história e o tabaco faz mal de qualquer modo) e a malta estava extasiada a ver os preparativos de salvamento. Eu mesma quase me esqueci que era a estrela da companhia, a dama indefesa a ser salva pelo príncipe num andaime branco: não fosse estar presa na varanda, assistiria ao espectáculo com gosto (se bem que era capaz de fazer um intervalo para fazer uma mijinha, mas na varanda era um pouco exposto).

E eis que finalmente aparece o meu salvador entrando pela minha janela dentro. E ouço do lado de fora "cuidado que ele mete directamente da mão para os bolsos" e um coro de risos. Engraçadinhos! Mas realmente, quando a casa for assaltada, já sei de um candidato para o assalto! Reparem que a construção civil pode estar em crise, mas os seus profissionais são perfeitamente adaptáveis e escoam com facilidade para outras especialidades: apesar do excesso de oferta há sempre lugar para mais um gatuno! Sobretudo quando está tão bem equipado!

O clímax da história: o meu salvador a salvar-me!! O verdadeiro conto de fadas! Numa curiosa reviravolta do conceito, nesse dia antes da meia-noite fui a correr na minha carruagem feita de abóbora buscar um príncipe... e ele mais tarde transformou-se num sapo...

9 comentários:

Sadeek disse...

"Reparem que a construção civil pode estar em crise, mas os seus profissionais são perfeitamente adaptáveis e escoam com facilidade para outras especialidades"...temos este encanto...isto e pelo no cu...HAHAHA

BEIJOOOOOOOOOOOOOOOO

Abobrinha disse...

Sadeek

Se precisares de alguém, ficas a saber que sou boa a segurar a trincha!

A respeito dos pêlos no rabo, abordei isso ainda noutro post: este.

Sadeek disse...

Boa?! A segurar a trincha?! Tu queres mesmo arrastar-me para o lodo...ai queres queres...HAHAHA

Abobrinha disse...

Sadeek

Neste blogue não se aprende nada! Mas eu ensinei a pintar paredes! E a trincha é a de pintar, não outra porcaria qualquer que te tenha passado pela cabeça (por qualquer uma delas).

Ninguém aqui é arrastado para a lama, sobretudo não um homem casado! A Djinn escorregou na calçada, mas isso foi mesmo a lama que lhe ia dando cabo do carro (eu não tive nada que ver com isso).

Sadeek disse...

Outras porcarias que me passaram pela cabeça?! olhó caraças hein....a menina é que é só maldade nesse corpinho e diz-me uma coisa dessas?!?! E sim...não me arrastas mas dás-me um empurrãozinho...HAHAHA

Abobrinha disse...

Sadeek

Eu não arrasto homens casados ou de algum modo comprometidos pela lama! Tu é que tens uma mente porca. E olha que este blogue costumava ser um pedaço mais badalhoco... mas estou a ver se volta a entrar em forma!

Sadeek disse...

Mente porca?! A minha?! A menina acha?! AInda não viste foi nada...AHAHAH...mas se continuas a puxar assim por mim...AHAHHA

BEIJOOOOOOOOOOOOOOO

Abobrinha disse...

Sadeek

Eu estou a tentar puxar o nível deste blogue para baixo! Ajuda-me que isto parece um convento!

Anónimo disse...

Parabéns pelo dia, confraternize-se, pois a vida é assim, de sapos em sapos, se faz um pântano, resta saber dos mosquitos!