Eu sou uma mulher sensível! Sensível às palavras, aos sentimentos e extremamente sensível ao toque. Como toda a gente, suponho, mas eu falo por mim! Apesar de tudo, e ao contrário do que possa parecer, eu sou uma gaja recatada e tímida (OK, só recatada... um bocadinho!) e não ando por aí a pedir que me toquem, à vista de toda a gente.
Pois é isso precisamente que andam a pedir as lisboetas! Em plena entrada do metro andam uma série de lisboetas a pedir com a maior das latas “toque-me”! Em público, com a maior das naturalidades!
Não sei se é um bem pedido ou se será mais uma sugestão ou mesmo uma ordem. Sei que toquei numa na segunda-feira e introduzi-lhe com os dedos uma coisa numa racha. Como resultado, pediu-me dinheiro e deixou-me dar várias voltinhas. Por €3.70 tive aquela lisboeta ao meu serviço durante 24 horas e com muito convívio!
Pelo preço não foi mau! Há quem cobre fortunas por 1 hora ou só por uns minutos e até achei que para o serviço e o convívio estava um preço justo. Gostei e repeti na quarta-feira. Depois não foi que desgostasse mas não estava com estaleca para mais 24 horas (e não me apeteceu estar a entrar e sair de buracos) e passei a comprar só rapidinhas. Ou seja, a cada voltinha metia-lhe a coisa na racha e dinheiro só suficiente para uma vez.
Claro que a lisboeta de que estou a falar é a máquina de venda de bilhetes para o metro e carris, mas suponho que já lá tenham chegado e que a coisa é o bilhete recarregável Lisboa Viva... mas continuo a achar extraordinário tanto oferecimento!
Como se não bastasse, na Byblos uma máquina pedia que se lhe tocasse de graça! Mas aqui não toquei: preferi manipular os livros com os dedos, senti-los, cheirá-los. É que eu não cedo a tudo o que cheire a oferecimento! Afinal, não sou como muitos homens. Nem é bom nem é mau: sou assim e sou relativamente feliz deste modo!
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3 comentários:
Tem piada que eu tambem fazia essas coisas, mas agora já não ando de metro por isso já não tenho que andar a enfiar coisas nas rachas.
PS: Agora tenho uma coisa que esfrego noutra coisa...
Requiem
Deixar de enfiar coisas nas rachas é uma chatice. Porque, conforme te recordas de um post há um tempo, dá muito convívio! Para mim, que sou um animal gregário, o convívio é importante!
Mas olha que esfregar coisas em coisas também parece coisa para muito convívio e para aquecer (nem que não seja por atrito!)! Eu ia dizer qualquer coisa da máquina fotográfica e dos € 50 e tal euros, mas é melhor estar caladinha!
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