sábado, 16 de fevereiro de 2008

Provavelmente a pior tentativa de engate da história da humanidade!

E a merda toda é que foi comigo!

Estava eu no café, com 3 ou 4 revistas de decoração a tentar encontrar formas, materiais ou lojas para embonecar a minha linda mas vazia casa quando entra um homem. Estão a ver o Adónis? Não tem nada a ver! Estão a ver o Einstein? Não tem rigorosamente nada a ver. Estão a ver o Zezé Camarinha? Nem isso!

Cumprimentei-o porque cumprimento quem me cumprimenta e ele é uma presença assídua deste estaminé em particular, o que me levou a pensar (estava com a cabeça noutro lado) que já teria conversado com ele. Não era o caso, mas eu não sou selectiva a esse ponto: eu falo com as pessoas só porque sim, não porque me tenham apresentado o curriculum vitae e os vários certificados de habilitações.

Além disso estava com a cabeça enterrada nas revistas e tentar olhar para os vários sofás e a pensar se queria uma cama com ou sem arrumação por baixo, quantos sofás,... tudo coisas que prendem a atenção de uma mulher, porque pouco antes do jantar e depois do trabalho a pessoa ainda está meia loura!

De repente ouço uma voz:

- Gostas de ler revistas de decoração?

O que me apeteceu dizer: Vai para o c***. O que eu disse: Mm! Não desistiu.

- Cada um tem os seus gostos.
- Mm!

Tenho que admitir que era persistente. Mas uns furos abaixo de fraquinho.

- Há quem goste de ver aquelas revistas de manequins e assim.
- Mm!

O meu sorriso nº 3 estava a fazer efeito.

- OK, continua a ler.
- Mm!

Como podem ver, eu sou sempre muito conversadeira. Quando fui pagar ainda insistiu:

- Já leste tudo?
- Não, não tudo. - Se bem que o que me tenha apetecido dizer tenha sido "mm!", mas o meu sorriso nº 5 tenha dito tudo.

Para vocês não pensarem que eu sou má, um amigo meu respondeu com a maior das calmas "eu não fumo" a uma moça que lhe pediu lumes. O que não seria grave se ele não fumasse à época como um animal e se não estivesse com um cigarro na mão naquele preciso momento. Possivelmente o que ele teria respondido se fosse mau teria sido "para que é que te vou dar lumes se não me puseste a ponta em brasa?".

Nota 1: Ainda não escrevi nenhum dos posts a que me propus porque ando pouco inspirada. E ainda tenho um de bónus para as meninas. Possivelmente não ando pouco inspirada mas com vontade de conversar, pelo que tenho ido a outros blogues ver a opinião das outras pessoas e dar a minha.

Nota 2: O consultório sexual não está esquecido. Mas o meu compromisso é responder ao longo do fim de semana.

9 comentários:

Krippmeister disse...

O Sr tentou. Quantos não haveriam nesse café com a mesma vontade e sem os tomates para se envolver com uma mulher em conversa? Ainda por cima sobre decoração, esse território inóspito e desconhecido.

Eu próprio não faria melhor.

-Olá! Então é aí que voçês aprendem que as colchas devem condizer com os cortinados e as almofadas e a mala e os sapatos e o porta-chaves?

-Mmm!

Abobrinha disse...

Herr K

Hoje não há colchas: é muito século passado. São edredons, que é mais chique. De qualquer modo, faço notar que abordaste o assunto "cama", "malas" e "sapatos", pelo que a conversa estava bem lançada.

Hoje o tipo voltou a atacar e eu dei-lhe o ar de desprezo nº 7. Desta vez o tema foi o tempo, por isso estás a ver como a coisa está má.

Por acaso àquela hora estava pouco povo no café. Mas a merda toda é mesmo a falta de material que valha a pena assediar ou pelo qual valha a pena ser assediado, como já expliquei num post mais antigo. É um drama! Tenho que mudar de ares!

JP disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JP disse...

Abobrinha,
não chegaste a escrever quantos sofás pensas comprar e se a cama é com ou sem arrumação por baixo.
Se estás sem paciência descansa um tempo, a malta perdoa-te.

JP disse...

Há umas semanas atrás deu-me para fazer uma tarte de maçã reineta, mas a coisa não correu como tinha planeado. Ainda saiu do forno mais ou menos mas acabou por baixar.
Não desisti! No fim-de-semana seguinte lá estava novamente na cozinha mas nada, decidi então alterar algo. Por causa do fermento troquei de tipo de farinha, nada. Troquei de receita, de tipo de ovos, de margarina, de maçãs, de forma, experimentei cozer sem papel vegetal, sem as rodelas, sem a canela, aumentei a temperatura, diminuí a temperatura, et cetera. Passaram-se várias semanas e nada de tarte à maneira.
Até que na passada semana a minha mãe me deu uma dica que não vem mencionada nas receitas, bater muito bem a massa, e «voilà tout»... agora saem umas tartes que são uma delicia.
... o que isto tem a haver com o post?
:)

Abobrinha disse...

JP

Não disse porque ainda não decidi. Estou ainda a pensar. Nisso e em muitas coisas.

Eu não vou só comprar: eu vou desenhar e mandar fazer a um amigo muito perfeitinho e com muito bom gosto.

Abobrinha disse...

JP

O que é que tem a tua tarte que ver com este post? Daaah! Tudo! Quem estavas a tentar engatar? Espero que ninguém diabética ou em dieta.

Bom esforço, de qualquer modo. Espero que funcione.

JP disse...

:)

Rui leprechaun disse...

Mas que Menina tão má!!! :D

Ora bem, já que andei a publicitar o Ludwig mai-la a Abóbora no fórum onde escrevo, sempre convém conhecer mais em pormenor aquilo que enalteço! :)

E não pode haver Adónis à distância?! Ou é mesmo preciso a presença física real?! Por mim, de há muito que a dispenso, acredito mesmo que "thinking is the best way to travel"!

Deveras, o conhecimento à distância tem justamente essa vantagem de não haver o obstáculo da aparência e o espírito poder traduzir-se muito melhor por palavras ou símbolos que exprimam emoções...

Bem, ou talvez só seja assim para quem não tenha dificuldade em se exprimir assim.

Anyway... you are not an easy going lady, that I can see! Still, why do you make yourself so difficult for me?!

Meaning... each one of us searches its own thing and mine is never a material ou physical one, really...

Movo-me pela curiosidade e empatia...

Rui leprechaun

(...talvez satisfeita qualquer dia! :))