terça-feira, 1 de abril de 2008

Como afinal Deus existe e é bonzinho!

Uma coisa que sempre me meteu confusão foram mulheres lindíssimas em número que suplanta largamente o número de homens assediáveis. É daquelas coisas que faz uma gaja perder toda a fé num mundo justo e equilibrado.

Eis senão quando... a bonitona e boazona da Solange revela ao mundo que é fufa! Ou lésbica, ou homossexual, não quero saber! Gosta de gajas e é linda! Ou seja, arrastará outra (pelo menos) do calibre dela para o dark side, dando um valente rombo na concorrência!

Solange, sempre te achei lindíssima, antes e depois de recauchutares os airbags frontais! Agora que sei que não és concorrência, subiste mais uns pontos na minha consideração! Não te considero esperta por aí além, mas isso não interessa. Mesmo assim estás uns furos acima da concorrência. Para seres perfeita só se me assediares. E já agora, quero paz duradoura no mundo e arredores e a regressão dos efeitos do aquecimento global e ainda neve em Lisboa ao ponto de um menino que se queixa de estar com o rabo a ficar pouco assediável poder fazer snowboard. Achas que estou a pedir demais? Qual é o teu problema? Eu quando peço, peço muita coisa! Pode ser que alguma coisa cole!

Por outro lado, contrariando a afirmação de que Deus existe e é bonzinho, há as centenas de comentários mesquinhos neste site (não garanto que abra, porque a página parece estar de vez em quando com problemas), que são prova de que Ele ou está distraído ou não sabe o que fazer com quem se mete na vida dos outros. Muito gostava eu de saber o que é que a tua opção sexual tem que ver com os outros. Comigo só tem que ver uma coisa: é menos concorrência e dá-me valor acrescentado se me assediares. De resto, só quero o mesmo que quero para o resto das criaturas de Deus: que sejam felizes e não façam mal a ninguém. E gostares de mulheres só me beneficia, como já percebeste.

Fica o vídeo do Expresso (e a pena de não ter comprado o jornal este fim de semana).



Outra coisa, jeitosona: esse vestido não te fica bem. A ti nem a ninguém! Só digo isto porque podes perder gaja por causa disso: estou a cuidar dos teus interesses, não te queixes (e dos meus!). Outra coisa: despede a maquilhadora ou dá um enxerto de porrada ao fotógrafo que não sabe retocar os cantos dos teus beiços (lindos!) porque esse gloss ficou um bocado borratado. Se quiseres, eu conheço um designer muito querido que te retocava isso (e mais qualquer coisinha que pedisses, se pedisses com jeitinho).

Estás a ver? Além de gostar da tua opção sexual (em ti, especialmente), ainda te dou opiniões informadas! Pena neste blogue não se aprender nada, não achas?

E se quiseres tomar um café um dia destes, liga! Desde que possa levar uns amiguinhos para eles se babarem a ver uma fufa bonitona. E sim, é só no meu próprio interesse!

18 comentários:

- com - da + disse...

Abobrinha,
pode-se falar a sério neste blog ?
É que não concordo muito com a tua premissa de não existirem tantos homens assediáveis como mulheres lindíssimas. Tenho conhecido cada estafermo que faziam o Ferro Rodrigues parecer a miss universo.
O que acho mesmo é que, por educação ou por causa da teosterona, são raros os homens que cuidam do corpo (não, não estou a falar dessa coisa dos músculos) e que se sabem produzir de forma a disfarçar os aspectos menos agradáveis ou a realçar as "partes" mais interessantes.
Já quanto às mulheres acontece precisamente o contrário e depois há com cada desilusão !!!
Oops, acho que já fiz asneira! Estavas a falar da beleza interior não era !? ;-)

ablogando disse...

Dra. Abobrinha:
Os homens não se babam por lésbicas, babam-se por bissexuais! É uma questão de beleza interior.

Anónimo disse...

A Solange nunca me enganou, via-se "que era gajo". O que eu mais gosto, é ver as outras "matronas" ao lado dela, a babarem-se e a pensar quem sabe, e tal... Bom, isto leva-me a pensar que a coitada da Solange, farta de ter de "comer" gaja feia p'ra xuxu, decidiu facilitar a sua vida e "vai daí" e "abriu-se" toda... a sua estratégia passa por: a partir de agora, as fufas giras que lhe achem graça, já podem ir ter com ela sem receio... digam lá se a moça não é esperta?!

Joaninha disse...

Pois deixa-me dizer-te que conheci a figura assim muito de raspão e é muito mas muito antipatica e convencida. Ela fala de respeito mas tem 0 de respeito pelos outros, pelas demonstrações a que assisti, que foram só duas.
Enfim se calhar estava naqueles dias não sei. Mas é uma pessoa de quem tenho muita fraca impressão e nãao tem nada haver com a orientação sexual dela que isso para mim é igual ao litro. ;)

Abobrinha disse...

- com - dá +

Neste blogue vale tudo menos arrancar olhos (e é negociável). Às vezes falo a sério, mas esforço-me para não se notar.

Um homem é um homem. Uma mulher é uma mulher. A beleza vem de muita coisa, desde a verdadeira beleza interior à beleza puramente física até combinações várias dessas duas. Uma e outra só existirão eventualmente no estado bruto em pessoas muito especiais e durante períodos muito definidos. Isto é o caso da adolescente boazona que não envelhece bem (sendo que isso pode ser aos 20 ou aos 30 ou aos 40, mas se ela tiver sorte envelhece). Pode ainda ser o caso da moça inteligentíssima, mas que não desenvolve mecanismos de socialização. Ou não, porque neste caso o envelhecimento está mais salvaguardado (desde que a socialização também o esteja).

Making a long story short, é preciso um equilíbrio entre o que se tem e o que se cuida e o físico, o intelectual e o emocional e afectivo. No aspecto físico as mulheres têm tido mais pressão para se embonecarem. O que dantes considerava como uma pressão sufocante (e é: sou suficientemente bonita e há sempre uma mulher que tem mais um atributo que eu) levo agora como uma pressão benéfica para não me... desleixar!

Não é inócuo: eu tenho olhinhos, sei que estou a envelhecer e que mesmo não estando há mulheres (muitas, mais que muitas) que me põe num chinelo na boa! E controlar o peso, o cabelo, a pele, a moda... é muita coisa e muitas vezes não apetece. É um esforço muito grande!

O que se passa é que o mito do "ah, e tal, é beleza natural" é uma treta valente! E o esforço (porque é um esforço muito grande) é pago com a pessoa sentir-se bem. A coisa da beleza natural só aplico em relação a maquilhagem (estou toda kitada de produtos que raramente uso) e cabelo de manhã: eu não me penteio, mas é mesmo só porque é um esforço muito grande (e ele tem vontade própria de qualquer modo).

A pressão também tem sido no sentido de não se ser vazia. Nem emocional nem intelectualmente.

Os homens acham que não precisam de ter esses cuidados, e é quanto perdem. Porque eu vejo homens a viverem só para si mesmos e para prazeres imediatos como os 5 kg de picanha que são capazes de deitar abaixo em 1 hora ou a quantidade de cervejas. E isso é o padrão de muitos de cuidar do corpo: dar-lhe o que pensam que ele quer.

Isto tem efeitos devastadores a nível de assediabilidade e de saúde. E as mulheres continuam a ter que ser perfeitas. O mecanismo de defesa deles é que cuidar do corpo e dos outros aspectos como uma gaja é coisa de panasca... até um dia!

POr isso, eu estava a falar de todos os aspectos, mas a esta hora e depois de ter corrido o dia todo, não sei se faço sentido.

Pois não sabem o que perdem por se cuidar. Alguns não chegarão a saber mesmo porque podem perder a vida e/ou saúde neste tipo de comportamentos.

Abobrinha disse...

E depois, eu fico mais míope: se não tenho nada de jeito para que olhar, não me esforço e os olhos vão degradando!

Abobrinha disse...

Joaquim... é assim, um dia destes vou pôr aqui a foto de uma moça com essas características... se usas óculos... vais deixar de precisar!!!!

Só preciso de saber o nome dela e de ter tempo para a procurar.

Abobrinha disse...

Anónimo

Bem, é assim: a Solange já me é vantajosa por ela mesma. Mas se arrastar outra com as mesmas características, seria um extra muito interessante. E que coma uma matrona! São muito digestivas, têm muita fibra e não engordam nada!

Abobrinha disse...

Joaninha

Estou-me borrifando para se ela respeita os outros ou não: quero é que ela seduza umas quantas e as passe para o dark side.

Não vejo o programa dela (só conhecia a figura mesmo, porque é uma mulher muito bonita) nem conheço a peça. Mas uma coisa é respeito/cidadania ("dá-me o telemóvel já!"), outra é respeito pelas opções dos outros a nível pessoal e sexual. Nesse aspecto, estou-me borrifando para as opções de cada um e respectivas manifestações públicas: desde que não se faça mal a ninguém, cada qual durma com quem quiser (alternativamente, fique acordado em actividades recreativas e... ahem... culturais!).

Que ela parece convencida, parece. E sinceramente não me parece muito esperta. Mas como disso há muito! E não quero saber.

Só quero saber se ela me apalpa ou me manda um piropo se se cruzar comigo! Isso sim, são as questões que verdadeiramente me preocupam na homossexualidade dela!

E tu, Joaninha, se fosses fufa assediávas-me? Repara que tens uma escolha muito limitada se queres continuar a ser convidada de honra deste tasco...

Rui leprechaun disse...

Mas que divertida a Abobrinha da horta... que ao amor não fecha a porta! :)

Nem sei se alguma vez escrevi alguma coisa aqui ou se é esta a primeira. Bem, de facto a temática tântrica não é mesmo a que mais me seduz... mas p'ra muitos é de truz!

Depois, quase não conheço nenhuma dessas figuras públicas e por certo que vejo menos TV do que muitos Jeovás!

Mas apreciei essa longa resposta ao matemático. E é para nós mesmos que nos cuidamos, se isso tem reflexo nos outros tal é apenas acidental. That's how I feel it, really...

Sempre a relação essencial e básica, sem a qual nenhuma outra tem pleno significado. Pois, mas se de facto dás tanta importância a algo que eu deveras ignoro, ora abóbora! :P

É como essas discussões para mim algo áridas religião vs. ciência, quando é tão mais simples o foco na unidade, naquilo que é sempre comum e humano... sem idade!

Still... we do long so much for Love...

Rui leprechaun

(...while He lives in our own abode! :))

Anónimo disse...

Abobrinha,
Portanto, em suma, a questão é : o que é que nos faz sentir bem ?
e, se a resposta está polarizada num ou outro aspecto da vida (tal como dizes físico, intelectual, ou emocional e afectivo) então o mais provável é que nunca se seja realmente feliz ! Faz sentido ?
Ainda bem que não gosto por aí além de picanha, mas quanto às bjecas já não digo o mesmo.

Anónimo disse...

Dear,deveras.. tens olhos a mais !!!!
com óculos ou não.

Rui leprechaun disse...

Este blogue está aberto apenas a leitores convidados


Homessa! Isso é que é ser exclusivo, ó Dinis!!! :)

E eu todo lampeiro a ver o que por lá se escrevia, já que tanto aqui como no site do Ludwig aprecio essa escrita elaborada e concisa... directa ao assunto e nada indecisa!

A propósito, essa polarização lembrou-me o exemplo dos sapatos ou a complementaridade dos aspectos materiais e espirituais da existência. O ideal é que ambos tenham o mesmo tamanho ou importância similar, já que algo demasiado apertado ou lasso torna o andar desconfortável.

Mas está visto que só as histórias não bastam. Quando era jovem, eu ouvi repetidamente essa comparação que me fazia tanto sentido e, contudo, nunca a passei para a minha vida prática. Tschhh... Gnomito nada inteligente, fácil de ver!

E o que nos faz sentir bem...

Rui leprechaun

(...é um algo inefável que do mais íntimo vem! :))

Abobrinha disse...

- com - dá +

"Portanto, em suma, a questão é : o que é que nos faz sentir bem ?"

Em suma... tudo! Isto é um ponto de vista extremamente feminino, e parece ser por isso que os homens acham que nunca estamos satisfeitas. O que não é verdade, mas já lá vou (mesmo porque estou mesmo a adivinhar outro lençol de texto).

Entre o tudo e o nada há, contudo, aqui uma proximidade estranha (perigosa mesmo), porque a procura do tudo pode ser uma luta como uma frustração. Porque todos sabemos que não se pode ter tudo, mas tem que se chegar a compromisso.

Ter muita coisa como objectivo e como pressão externa pode ser bom se se mantém o um grau de exequibilidade realista. O inverso não é verdade: ter pouco como objectivo pode não levar a sucesso mas a acomodamento.

É neste sentido que falava dos 5 kg de picanha: como objectivo é vazio, mas extremamente exequível. Mas umas bejecas, um bocadinho de picanha, um rabo assediável, uma mente em forma e uma sociabilidade saudável são muita coisa. São exequíveis? Depende: a picanha e a bejeca podem destruir o rabo assediável por um tempo; mas o querer o rabo assediável implica sacrificar alguma picanha e alguma bejeca; a mente em forma não é compatível com bejeca a mais... mas tudo em equilíbrio mais ou menos instável forma um todo interessante (mas eu odeio o sabor a cerveja e não como carne nem peixe). E tudo isto é fácil? Nem pensar! É mais fácil comer 5 kg de picanha e muita bejeca, cujo único desafio é mesmo esticar o estómago! Mas há quem se contente só com isto e se considere um sucesso.

E as mulheres nunca estão satisfeitas? Sim e não: querem mais! O que não significa que não apreciem o que têm, na maioria das vezes. Mas claro que há as que nunca estão satisfeitas: aquelas que têm o zero e o infinito demasiado próximas, o que é um drama maior do que estão preparadas para aceitar.

Nunca se ser inteiramente feliz faz todo o sentido. Ser-se sempre quase inteiramente infeliz pode ser outra maneira de dizer a mesma coisa. Mas é preferível ficar-se pela primeira hipótese.

- com - da + disse...

Místico, Courguette,
não, não é um blogue para convidados, é um projecto de blogue que nunca mais vai para a frente porque ainda não encontrei a fórmula que me agrade. Se algum dia o vier a abrir garanto que serão dos primeiros a ser avisados :)



"Nunca se ser inteiramente feliz faz todo o sentido"

pois é abobrinha, ando a ler umas coisas que me estão a deixar com o cérebro em papas (não é da bjeca) e um destes dias começo a falar como o leprechaun.
Nunca se ser inteiramente feliz faz todo o sentido porque (e lá estou eu a querer reduzir as coisas) os seres humanos, os seres vivos e os deuses se existirem, estão sobre tensão entre dois extremos a que eu chamo o principio da energia mínima e o principio do prazer máximo.

Rui leprechaun disse...

Deveras, és um Ser muitíssimo cativante, ó linda Abóbora!

Pelo menos, cá por mim eu adoro a filosofia ora sóbria ora divertida da tua escrita.

Anyway... quanto a isso da felicidade, também tem a ver um pouco com a tal história dos sapatos ou o equilíbrio entre as diversas dualidades.

No Budismo, isso chama-se o "caminho do meio", longe dos extremos do excesso ou da exiguidade. Buda aprendeu essa lição com um grupo de lavadeiras que cantavam: "Não estiques demasiado as cordas da tua vina, que se podem partir. Nem as deixes demasiado lassas, porque então não produzem som algum."

A extrema simplicidade interior, ó muito Bela! Saber quem somos e sermos apenas o que somos... que maior preenchimento do que esse auto-conhecimento?!

Ou a plena e perfeita aceitação... to be true to our innermost core... na sinceridade radical onde nem há bem nem mal!

E saber estar presente a cada instante, um segredo incrível e inebriante!!!

Quando como como e quando durmo durmo!

Toda a felicidade da vida está contida nessa desarmante afirmação zen... what else is needed?!

Sabes jogar xadrez? Eu representei o CDUP e o CPN de Ermesinde quando vivia na tua cidade, há muitos muitos anos! É um jogo fascinante, porque quando te concentras não há nada mais no mundo senão aquelas peças e a multitude das suas combinações.

Mas nele não pode haver medo, tal como no jogo da vida ou a divina lila... este intrincado xadrez universal!

Só e apenas confiança... no outro Eu que connosco dança!

So... melt your heart... do let that kindness start!!! :)

Thank YOU!

Abobrinha disse...

- com - dá +

Ficar com o cérebro em papa pode ser bom. Pode ser muito bom, desde que seja de boas leituras. Dito isto, para mim leituras místicas não são boas leituras, mas em dias certos fazem-me rir. Ou pensar que aquilo é treta. Conta lá, que tipo de leituras são? Eu ando a ler pouco... muito pouco...

Quanto ao blogue, o que eu sugiro é que comeces e depois vê-se. Foi como surgiu este blogue (meio por acidente, porque eu era muito activa no ex-blogue do Jorge Fiel, no Expresso). Só depois é que se vão limando arestas e eventualmente sairá qualquer coisa parecida com o que se pretendia.

Por acaso reparei que era aberto a convidados, mas cada qual revela o que pode e a mais não é obrigado. Ninguém é obrigado a revelar a alma aos outros. Nem isso é bom.

Quanto aos princípios que regem deuses e seres vivos, parece-me bem. Mas cada qual tem que econtrar o seu próprio equilíbrio e saber que é flexível.

Rui leprechaun disse...

Pois eu também ando a ler pouquíssimo... salvo blogs e fóruns e afins!

Mas hoje à noite falava de Francesco Alberoni, o sociólogo italiano muito lido em Portugal, a uma amiga da Net, a propósito dos amores infantis a que ele dedicou um livro verdadeiramente delicioso e surpreendente: "O Primeiro Amor".

Provavelmente já conheces, mas obras como "Sexo e amor", "Enamoramento e Amor", "O Mistério do Enamoramento", "Amo-Te" e "O Erotismo" devem interessar-te, para além de vários outros temas que ele aborda.

O mais recente "Lições de Amor" ainda não está publicado em Portugal, mas não deve tardar. Alberoni lê-se muito facilmente e a sua escrita é bem atraente... ou cativante como a tua, meiga estrela e doce lua! :)

Hummm... e por que não dedicar um tema aos teus gostos literários, por exemplo?! Olha, mesmo no campo mais revelador, digamos assim, das delícias no jardim!

Ou o "Jardim das Delícias"...

Rui leprechaun

(...e seu perfume de carícias! :))