domingo, 21 de dezembro de 2008

Crise matrimonial

É do conhecimento de quem tem pachorra para ler o meu tasco que há romance e casamento marcado no Abobrinha. E se o compromisso entre uma courgete e um pokemon que não se conhecem de lado nenhum não é o casamento do ano, não sei o que é!

Contudo, este fim de semana pensei que o casamento estaria já ameaçado de morte. Por quê? Pela traição? Não, porque eu mesmo arranjei quem me "botasse" os cornos (no caso, um peixe a saltar de um aquário, também conhecida por menina das alianças ou pelo nick "Eu mesma") e estou a viver um platónico romance lésbico com a minha alma gémea que está na lua e escreve poesia (eu levo também gostar do CSI Las Vegas muito a sério).

Não, o pedido de casamento deu-se na sequência de um ódio de morte pelo Natal e vontade de chacinar pais natal com requintes de malvadez. Ora este fim de semana comecei a pensar que talvez até gostasse do Natal... ... e fiquei preocupada!

Comecei a pensar no que teria motivado aquele pensamento peregrino! Ora aqui a menina foi à baixa do Porto fazer compras e encontrar-se com uma amiga. E a baixa estava cheia de povo! A baixa do Porto parecia um enorme centro comercial, algo mais difuso e sem cobertura! Ora eu gosto de confusão! Gosto muito de confusão! De gente a passear de um lado para o outro, de carros (OK, dispenso a parte de arrancar os cabelos a arranjar onde estacionar), de miúdos e graúdos aos berros, de animação na cidade. As luzes de Natal não pareciam muito de Carnaval, o que é bom (diz que é a crise)! E por um momento pensei: ah, isto de Natal até é fixe!

Perigo! O meu casamento está em perigo! Antes de saltar para um casamento que pode ser um erro, comecei a pensar nas reais motivações para tal pensamento peregrino! Afinal, ainda estou a tempo para recuar sem ter que abandonar o noivo no altar (ou de ser abandonada no altar)!

Concluí que realmente era a animação da cidade que me atraía. O facto de os pais terem coisitas para mostrar às crias, de terem que calcorrear os espaços tradicionais da cidade à procura de qualquer coisa baratinha para dar à sogra (não merece mais), umas meias para o filho da vizinha (para não gastar muito dinheiro, que a vida está cara!) e um pratinho nos chineses para a colega de trabalho (só para não dizer que não se dá nada). De apreciarem um dia de relativo bom tempo fora da cobertura de um centro comercial, como deviam fazer fora da época de Natal.

Fez-me pensar em ir à baixa ainda mais vezes. O frio e o Inverno não são desculpa, muito pelo contrário: o Porto é frequentemente cinzento de dia, mas à noite tem uma iluminação e uma dinâmica recente que lhe dá um carácter muito próprio. Mas mesmo de dia e mesmo cinzento, dá gosto calcorrear as ruas da baixa e tropeçar em pessoas que não se fecham em centros comerciais! E no Rui Reininho (mas isso é outra história).

Mesmo assim, considerei seriamente se o Natal não seria o motor de toda esta minha felicidade. Até que... vi pessoal com gorros de Pai Natal e vestidos de Pai Natal... ... e aí sorri e fui assaltada por pensamentos homicidas! Aí tive a certeza que este casamento estava certo! Mais ainda quando o meu noivo me deixou esta prendinha no meu tasco: matei o gajo várias vezes! Bacardi... o casamento mantém-se! Temos é que fazer os preparativos!

5 comentários:

Abobrinha disse...

Carol

Por acaso o comentário ao Rui Reininho foi mesmo só porque passei por ele! É mais alto ainda do que parece na televisão, sabias?

Não me "titila" muito: até é bem parecido e tem uma voz agradável, mas a ideia dos excessos... não é comigo, sinceramente! Nós é mesmo mais Grissom!

Bacardi disse...

Por momentos assustei-me ao ler o post. Mas olha que a nossa relação ainda não está de facto em perigo. Essa tua compaixão por criancinhas (ou, como tu lhes chamas, crias) não é bem do meu agrado. Mas como eu sou uma pessoa bastante equilibrada (nota-se pelas tendências homicidas face a pais natais) proponho o seguinte:

Quando formos na rua os dois, de mão dada, nas nossas tardes românticas de homicídio de pais natais, prometo só matar metade das criancinhas. Assim podes contemplar as restantes (as que não fugirem entretanto, claro). Porque, tal como já descrevi inúmeras vezes, as criancinhas (vulgo gremlins) são uma espécie extremamente irritante, especialmente quando gritam. Parecem o Chewbacca, mas mais agudo e irritante.

E já agora, porque raio sou um Pokemon?

Cristina disse...

O Bacardi é uma das personagens do 'Happy Tree Friends', right?!

Abobrinha, devo confessar... adoroooo o Natal e o frenesim à volta dele. Gosto de decorar a casa, gosto de andar na rua e ouvir as músicas de Natal, gosto da cidade enfeitada e gosto de ver os miúdos felizes. Gosto, 'prontes.

No sábado, percorri toda a zona antiga da cidade. Eu e duas amigas entrámos em todas as lojas, remexemos cabides, vestimos roupa que não íamos comprar, andávamos felizes (quase histéricas, devo acrescentar), mas a disposição de quem nos aturou foi brilhante. Adoro adoro adoro

Bacardi disse...

FLAKY ====>

Sim, este é um dos personagens do Happy Tree Friends. Se algum dos presentes não conhecer a saga destes bonecos fofinho e queridinhos, é obrigatório ir ao site

Abobrinha disse...

Cristina e Bacardi

Pois este tempo todo eu a pensar que estava noiva de um Pokemon e afinal é um happy tree friend...

BAcardi

Deixa os gremlins em paz!!! EU gosto de gremlinzinhos! E depois, podemos sempre aliciá-los para o nosso lado contra o Pai Natal! Tens que pensar no futuro!