quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Decidi que não quero ganhar um ordenado

Não, não me estou a fazer a uma bolsa da FCT, da FLAD, da Gulbenkian ou da Fundação Oriente (assumo que esses também atribuam bolsas). Também não me estou a bater ao rendimento mínimo (o que é bom, porque realmente não preciso).

O que eu quero é uma indemnização por tempo perdido + despesas de represtação. E para quem pensa honesta (e justificadamente) que desta vez é que eu queimei mesmo o fusível e estou completamente louca, eu cito Vicente Moura aqui.

"Recebo esse dinheiro, de facto, mas aqui ninguém recebe ordenados. Foi deliberado que o presidente, o secretário-geral e o tesoureiro recebessem uma verba a título de indemnização pelo tempo perdido. São 2500 euros mensais para mim, 75 por cento para o secretário-geral e 50 por cento para o tesoureiro. "

Sendo que "esse dinheiro" é € 2500... mas atenção, porque são só 12 salá... indemnizações e não 14! Nada consta em relação aos limites das despesa de representação (está omissa a menção na resposta, mas estava citado na pergunta). Por tempo perdido parece-me bem pago!

Depois de o Sr. Duarte Pio ter (alegadamente) recusado o cargo de Administrador de um banco porque um Administrador de um banco não faz nada (mas recebe salários, não indemnizações), começo a pensar que no fazer nada é que está o ganho e que a salários ninguém vai lá. Dito isto, é possível que outros também já tenham pensado o mesmo antes de mim!



NOTA: Quem é Vicente Moura? Vicente Moura é o presidente em exercício do Comité Olímpico Português e acumula funções (não remuneradas) com a duvidosa honra de ter sido citado num post neste meu tasco, como podem ver aqui, por ter num dia cascado nos atletas por uma estrondosa derrota na comitiva olímpica em Pequim e ter colocado o lugar à disposição... e no outro ter assumido a "responsabilidade" para a melhor representação portuguesa de sempre nos JO e dizer que se recandidataria ao lugar!

Voltou à ribalta pela sua recandidatura e por ter dito que "as críticas feitas pelos atletas olímpicos não alteram em nada a sua motivação para se candidatar às eleições de Março e só reforçam a sua vontade de continuar" (citação do Público).

As razões de descontentamente dos atletas estão aqui... e são muitas! De reter que não é só dizer mal: muitos chamam a atenção para o excelente trabalho feito antes, mas para a necessidade de outra pessoa para fazer face a desafios futuros. Isto eu levo como uma coisa positiva: criticar com fundamento e com vontade de fazer melhor!

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