terça-feira, 16 de dezembro de 2008

"Não é possível duas pessoas que dormiram juntas ficarem amigas"

OK, para quê as aspas? Porque quem disse isto não fui eu. Na altura não me apercebi que era uma declaração de intenções, um aviso. Não percebi que não estava aberto a discussão sequer: era mesmo assim.

Não gosto de ser confrontada com factos consumados. Não gosto de não ter opção, sobretudo quando está em causa a minha intimidade, as minhas emoções, os meus sentimentos. Não gosto de ser obrigada a contentar-me com menos respeito e consideração que aquela que mereço. E depois o famoso: eu avisei-te! Porque está bom de ver o que me aconteceu com este indivíduo (foi há muito tempo).

Que amizade resta depois? Baseada em quê? Eu digo que numa relação (seja ela de que natureza for), há um esforço para mantê-la, para nutri-la. Quando não vale a pena ou não justifica, quebra-se a relação e inicia-se uma outra, de outra natureza. Não valerá a pena manter a amizade baseada no que se partilhou antes? Sim, mas...

Há duas partes numa relação: enquanto durou e quando quebrou. Alguém a quebrou, por algum motivo. E essa quebra, os motivos que levaram a ela têm que ser levados em conta quando se tenta manter a amizade. Porque deve tentar-se. Contudo, como na relação que terminou, não pode ser por cedências de uma parte. Por submissão aos termos da outra, só porque é só isso que essa pessoa tem para dar. A dignidade que se tem que ter na relação tem que se manter depois. De outro modo, talvez não valha mesmo a pena. Tavez seja melhor dar mesmo o tratamento da indiferença. Que tem um problema: não é para quem quer, mas para quem consegue.

Hoje punha eu este assunto a discussão. Chamemos-lhe o consultório sentimental e (como no sexual), estejam à vontade para usar nicks falsos. E sim, também podem javardar. Porque possivelmente a coisa não merece ser levada tão a sério. Não sei...

36 comentários:

Bruno Fehr disse...

"Não é possível duas pessoas que dormiram juntas ficarem amigas"

Este é dos comentários mais idióticos que li nos últimos tempos e digo isto de uma forma sentida.

Primeiro, parto de principio que foi um homem que disse isto. Um homem, nao, um puto, pois mostra ter pouco controlo sobre o seu pénis. Os pénis mandam em putos, mas nao mandam em homem.

Após este desabafo em forma de ataque ao/à autor/a de tão infeliz comentário. Quero referir três pontos:

1- É possível dormir com uma mulher, na mesma cama, sem haver sexo.

2- É possível construir uma amizade, após o sexo.

3- É possível manter uma amizade após o sexo.

É possível e já provei isso a mim mesmo, pois 3 das mulheres que mais respeito, já dormi com elas, numa nunca lhe toquei, noutra a amizade nasceu depois do sexo e a ultima era uma amiga com a qual partilhei um momento de fraqueza que não afectou a amizade.

Para isso só é preciso que exista diálogo e que ambos sejam adultos mentalmente. No caso de putos que se apaixonam não pelas mulheres mas sim pelas suas vaginas, a frase aplica-se a 100%.

Bacardi disse...

Para mim, essa frase não faz sentido. Duas pessoas que dormiram juntas podem ficar amigas se ambas quiserem. Sim, as coisas podem decorrer mal, mas depende dos intervenientes saber (ou conseguir) resolver os “extras” da amizade. Isto não acontece porque normalmente é mais simples dizer “adeus, até nunca mais” do que “adeus, até um dia”. Porque resolver problemas é chato, dá trabalho, e algumas pessoas preferem ignorar a existência de outra do que tentar manter uma amizade. E, em parte, porque é regra social que duas pessoas que tiveram algo e terminaram não sejam amigos.

Mas, como já disse, nada disto poderia fazer menos sentido. Sim, deve haver um afastamento inicial, se necessário, para que cada uma das partes “arrume as ideias”. Mas depois disso, não há motivos para que uma amizade não exista. Uma das minhas melhores amigas foi, em tempos, minha namorada, e temos uma amizade normalíssima. Devido a esse namoro que existiu, e que durou ainda algum tempo, conhecemo-nos muito bem, temos alguns amigos em comum, e falamos abertamente de tudo e mais alguma coisa. Mesmo aqueles momentos que tivemos enquanto namorados não se tornam “elefantes na sala”. Simplesmente porque lidámos com isso, e neste momento ambos sabemos que somos apenas amigos, e não sentimos mais do que isso um pelo outro.

Isto pode parecer estranho para muita gente. Há pessoas que fazem uma expressão algo estranha quando lhes digo que a dita rapariga já foi minha namorada, talvez por não acharem que tal seja possível, penso eu. Sinceramente, não vejo como pode ser possível simplesmente ter algo com alguém e depois ignorar essa pessoa para o resto dos meus dias. Acho que este tipo de situações deveria ser a regra e não a excepção.

Abobrinha disse...

Crest

Isto foi-me dito há quase 10 anos. Curiosamente o "puto" até era mais velho que eu agora. Eu simplesmente não me encaixava mais na agenda dele. Deixei de lhe ser necessária e sou-lhe indiferente há... tanto tempo quanto o que ele me encornou, porque a outra encaixava na agenda dele e eu não.

A ideia dele de consideração por mim é que não me encornou mais que um fim de semana. Mas pronto, ninguém me pediu a opinião, pois não? Afinal, eu só estava apaixonada por ele!

Suponho que era por isso que não dava para manter a amizade: porque ele não queria. Para ele era um facto consumado e ainda por cima ele avisou-me (muita consideração da parte dele, não achas?!). Que me tivesse deixado destroçada não contava. Ainda hoje isso me afecta um pouco, acreditas?

Andava para escrever este post há um tempo, estava em "draft" e finalmente ganhei coragem para o pôr cá para fora. Tenho, definitivamente, que tentar ganhar o dom da indiferença. Mas se não é da minha natureza é complicado!

Nunca mais o vi. Mas pergunto-me se o visse agora se lhe dirigiria a palavra.

Sadeek disse...

o Crest disse tudo!!! Completamente absurda o raio da afirmação...

BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS

Abobrinha disse...

Bacardi

Lá está: eu não acho estranho: acho que é a única coisa correcta a fazer. Há quem ache e inclusive se tente meter no meio de amizades dessas com a desculpa de proteger uma das partes. Mas não passa mais que disso: meter-se no meio. Porque as pessoas são adultas (e se não são, deviam).

A minha questão é também um pouco até que ponto é que a pessoa cede para manter a amizade. Eu acho que não deve ceder. Como não devia ceder na relação. Há coisas que implicam um esforço extra e os assuntos que se tinham pendentes devem ficar resolvidos no tempo certo. No caso desse "puto", a questão é que ele nem disposto estava a que isso acontecesse, por isso a questão não se punha sequer. Mas os assuntos não se resolvem por si, fingindo que se se falar de futebol e outras futilidades durante tempo suficiente acabem por esquecer... porque não esquecem! E fica a mágoa muito tempo quando é caso disso!

Bruno Fehr disse...

Mas Abobrinha eu já nao acredito na amizade depois de um par de cornos.

Primeiro porque de um lado fica o rancor, do outro a culpa. É que se a encornada é realmente amiga depois de ser namorada e traída, o sentimento de culpa é maior.

Há um rapariga que não encornei mas que deixei por causa de outra, mais tarde quando precisei de uma amiga, ela esteve lá e o meu sentimento de culpa aumentou, pois ela apoiou-me sem depois me "dar nas orelhas" pelo que lhe fiz.

Continuou e sempre será minha amiga, mas das ausentes, visto que nela há sentimentos não resolvidos e em mim, há culpa por ter magoado uma mulher fantástica.

Vai casar para o ano e eu fui convidado para padrinho... muito desconfortável esta situação :S

Bacardi disse...

Acho que a questão não se centra sobre fazer ou não cedências. Duas pessoas conseguem ou não ter uma relação para lá da amizade fazendo ou não cedências quando necessário. A amizade por si só não necessita de cedências. As pessoas ou querem ser amigas ou não querem. A partir daí é apenas uma questão de regras de boa convivência, que se têm de cumprir com toda a gente, independentemente de se ter ido para a cama com elas ou não.

A tua questão é mais outra. Acho que a origem dessa frase nunca foi a amizade, sim a relação que vocês tiveram que, para ele, talvez nunca tenha sido amizade. Há pessoas que acham que todas as relações se baseiam na amizade. Outras pensam o contrário, e acham que se pode ter amizades coloridas e mesmo namoros sem nunca se ser amigo da pessoa.

Bacardi disse...

Crest

Talvez te sintas desconfortável por isso mesmo: por ela não te ter dado nas orelhas. Não sei se chegaram a falar sobre isso abertamente, mas acho que, quando temos um sentimento de culpa, a melhor coisa que podemos ouvir é o lesado a recriminar-nos. Ao menos assim sabemos que a pessoa disse o que tinha a dizer, e temos oportunidade de pedir desculpa perante isso.

Mas concordo contigo numa coisa: amizade depois de cornos… jamais!

Anónimo disse...

Não só é possivel, como é normal e deveria ser sempre assim ... Como ficar inimiga de uma pessoa c/ quem, em determinada altura, se foi feliz? Com quem se partilhou momentos únicos de intimidade e cumplicidade? Para mim é muito dificil deixar de gostar das pessoas de quem já gostei, a não ser que me tenham feito mal ...

Abobrinha disse...

Crest

Quase tudo é perdoável se há consciência do que se fez, reconhecimento do mesmo, pedido de desculpa e passos concretos para merecer essa desculpa. Isto não é uma submissão à vontade do outro.

Se a moça te perdoou, se tem isso para te dar, fazes mal em manter-te afastado dela. É esse o passo concreto que tens que dar para merecer realmente o perdão dela. Eu não tenho a certeza se conseguiria fazer o mesmo. Aceita, porque o pior que se pode fazer a quem dá de bom grado é rejeitar. Para gesto de amor/amizade, pior ainda.

Repara que ela possivelmente não te deu nas orelhas porque achou que se eras mais feliz com a outra, era com a outra que terias que estar. Estás a ver? Possivelmente não viu isso sequer encornanço!

Os sentimentos mal resolvidos resolvem-se, não se ignoram. Às tantas era mais isso que eu queria dizer do que propriamente cedências.

Abobrinha disse...

Bacardi

No caso foi mesmo puro e simples desprendimento dele. Foi fazer as regras e manter-se fiel a elas. Eu fui só um acidente de percurso nessas regras.

A partir do momento em que ele arranjou outra, esqueceu-me. De facto, ele pode argumentar que me avisou (porque avisou)... mas isso não era desculpa!

Abobrinha disse...

Annita

Como é possível? Com um desprendimento de que não sou capaz. Mas pelos vistos há quem seja.

Em relação ao fazer mal, é o que eu digo: quase tudo se perdoa. Talvez as excepções sejam a indiferença e a falta de vontade de resolver as coisas. Perdoa, contudo, não é o mesmo que passar por cima das coisas e pura e simplesmente esquecer.

Anónimo disse...

Eu poderia contar uma história muito interessante sobre o assunto, mas o momento ainda não chegou. Talvez nunca chegue a chegar, mas prontos...
Acho que a afirmação não é verdadeira, é um reflexo da preguiça emocional da pessoa que a fez, ou de uma certa atitude da gaja descartável, que serve para o que interessa e se deita fora sem que isso cause mossa na outra parte envolvida.
Cá para mim é também um reflexo do pouco nível moral do indivíduo envolvido, o que me faria desinteressar dele a grande velocidade, ficando no entanto com um grande ressentimento contra mim própria por me ter andado a dedicar a quem não vale o esforço.
Mas tu, abobrinha, tens uma grandecíssima colecção de trastes do género masculino no teu passado. Será um problema de escolha? É que se costuma dizer que um raio nunca cai duas vezes no mesmo sítio, agora tu...abusas da pouca sorte!

Abobrinha disse...

Mary Carmen

Ora bolas, podias ter contado sob anonimato! Mas ias sentir-te exposta na mesma, certo? Estás à vontade quando quiseres.

Atenção que eu não tive só momentos maus nem fins tristes com homens. Calhou ultimamente andar a contar estas coisas, porque tem dado para momentos "Sexo e a Cidade". Um dia destes conto um momento recente que tive com um ex-namorado com quem as coisas acabaram a bem e com quem mantenho uma relação de grande amizade.

Mas antes tenho parte da saga das minhas férias, que está quase pronta e que acredito que vá arrancar alguns sorrisos.

E mesmo este post não é para chorar: é para aprender!

Anónimo disse...

LOL
((Sabes que eu não me chamo mesmo marycarmen, não é?))

Esse assunto dava um livro. Tenho imensa pena de não estar á altura para o escrever. Um dia ainda tento contactar o José Luís Peixoto a ver se ele era gajo para pegar nisto. É que é mesmo "novel material", e é nestas alturas em que penso que Deus não existe. Se existisse, obrigava-me a detestá-lo por me ter dado habilidade suficiente para avaliar o que escrevo, mas não a suficiente para escrever como gostaria. Assim, se assumir que não acredito nele, sempre é menos um gajo que tenho a detestar.

E um dia sai. Tem que sair...até lá vou-te lendo que me fazes lembrar um bocadinho a mim própria. Uma versão muito mais madura de mim.

Lança disse...

Com todo o respeito por todos e por todas as opiniões... frase de merda! ;)

Krippmeister disse...

Pois, até porque se dormiram é porque não aconteceu nada.

A Gata Christie disse...

Esta é a minha primeira vez por aqui, mas isto promete...

A frase é muito usada, mas não faz o menor sentido e passo a explicar porque é que penso assim:

1º: é possível dormirem juntos e não se passar nada;

2º: é possível que haja sexo e que as pessoas continuem amigas;

3º: é possível que, para ter havido sexo, a coisa não seja uma simples amizade;

4º: quando as pessoas namoram, casam, têm um relacionamento também são amigas uma da outra e continuam a sê-lo.

Como tal, há várias razões para essa frase ser uma idiotice...

A Gata Christie disse...

Olha, vou colocar o teu link no meu espaço. Não quero perder a animação que por aqui vi.

Eu Mesma! disse...

E que tal contares exactamente o que aconteceu para conseguirmos comentar devidamente????

Eu cá acho possivel duas pessoas que dormiram juntas continuarem amigas... desde que conversem, falem e se respeitem....

e sei que é possível porque... tenho amigos com quem dormi no passado e que hoje somos realmente e apenas amigos :)

Bruno Fehr disse...

Abobrinha disse...

"Quase tudo é perdoável se há consciência do que se fez"

Eu acho que tudo se perdoa, mas não se esquece!

"pedido de desculpa e passos concretos para merecer essa desculpa."

??? Ui, com esta deixas-me sem palavras, eu não vejo sentido nenhum no que dizes.
Uma pessoa que desculpe ter sido traída, faz porque quer e nao porque a outra pediu desculpa, faz porque é superior à merda de pessoa que a outra foi. Mas se o/a traído desculpam, isso nao significa que o/a traidor/a merecam essa desculpa. Quem trai nao merece desculpa, se a damos é porque somos superiores e perdoamos os fracos.

"Se a moça te perdoou, se tem isso para te dar, fazes mal em manter-te afastado dela."

Perdoou, porque é uma grande mulher, mas não esqueceu e nunca nada me tinha doido tanto quanto o ouvi-la um dia a contar-me tudo o que passou, depois de eu a ter deixado. Juro que tentei mate-la como amiga próxima depois disso, mas era impossível, devido aos sentimentos que ela nutria por mim, eu tinha de a afastar para que ela resolvesse a sua vida sentimental. Tal como resolveu e vai agora casar com um tipo 5 estrelas.

"Repara que ela possivelmente não te deu nas orelhas porque achou que se eras mais feliz com a outra, era com a outra que terias que estar. Estás a ver?"

Ela nao me deu nas orelhas naquele dia, por não ser vingativa ao ponto de me colocar ainda mais deprimido, mas passado poucos dias recebo uma chamada dela, pois era ela que precisava de um ombro amigo. Aí ouvi o problema dela com o namorado e ouvi o que não gostei, o que nunca imaginei e tudo, e tudo e tudo. Ouvi até me sentir pequenino ao ponto de poder ser esmagado por um folha de papel. Ela perdoou, mas não esqueceu, ninguém esquece.

"Possivelmente não viu isso sequer encornanço!"

Eu quando acabei com ela, garanti que não a tinha traído e não o fiz. Fui ter com ela ANTES de ter alguma coisa com a outra, algo que tive umas 12h depois...

Eu Mesma! disse...

Crest
tens razão.... nós (as mulheres) (pelos homens não falo pois não sei...) até podemos não perdoar... mas sim tentar não lembrar....

mas sim... nunca mas nunca iremos esquecer... e não é exactamente a traição em si, e a outra gaja por si mas... o porque.... o porque é algo que nunca mas nunca iremos esquecer....

se ela manteve esse respeito por ti... foi uma grande mulher e tu... apesar de tudo... és um grande homem por assumires o quão mulher ela é!

Eu Mesma! disse...

Bacardi
concordo quando dizes que

não vejo como pode ser possível simplesmente ter algo com alguém e depois ignorar essa pessoa para o resto dos meus dias

mas também entendo que muitas pessoas não se sintam à vontade com essas situações e acima de tudo... não consigam lidar com os tempos após ruturas...

penso que é necessário existir respeito entre ambas as partes e... a amizade realmente justificar tudo!

Abobrinha disse...

Marycarmen

Pois... também não achas que eu me chamo Abobrinha, pois não? Mas és conhecida por Marycarmen, por isso ias sentir-te exposta. Mas deixa estar: é melhor deitares isso pela borda fora (ou furar-lhe os pneus... ou mandares uns ciganos dar-lhe uma coça... ou...).

Deus está muito ocupado para estas coisas. Em contrapartida, uns drogados faziam justiça na boa por pouco dinheiro...

Claro que estou a brincar! E claro que sei (logo eu!) que não se deita estas coisas pela janela fora de um momento para o outro. Mas sabes que têm que se deitar, por isso é melhor começar com o processo o mais rápido possível! Tipo já!

Abobrinha disse...

Lança

Infelizmente na altura não tive a presença de espírito para lhe dizer isso. Nem para lhe dar um murro. Mesmo porque o filho da puta me disse isso ao telefone e não foi homem suficiente para me repetir isso na cara. Mas pronto, já passou!

Abobrinha disse...

Herr K

Olha agora é que me lixaste! Eu não gosto de ti: quem costuma dizer essa de "se dormiram só não há problema" sou eu!

Por acaso não estavas a insinuar que ele era incompetente, pois não?

Abobrinha disse...

Gata Christie

Ena! Isto está a ficar bem frequentado: duas gatas, gajas de olhos de gato (eu, por exemplo) e um monte de touros! Fogo, qualquer dia isto ainda fica um blogue onde se aprende alguma coisa... ... naaaaaaaaaaaah!

Ai lá animado isto é por norma! Mas normalmente é mais com espremedores de citrinos e outras coisas tais... deixa lá, não tardas a perceber!

Também vou linkar o teu espaço. Mais que não seja porque me embeicei por esse gatinho branco!

Abobrinha disse...

Eu mesma

Deixa lá, já passou! E isto era para discutir no abstracto (o que já é suficientemente grave, não?).

Abobrinha disse...

Crest

"Uma pessoa que desculpe ter sido traída, faz porque quer e nao porque a outra pediu desculpa, faz porque é superior à merda de pessoa que a outra foi."

Tens razão... o que significa que eu não sou superior, porque espero passos concretos para começar a perdoar. E sabes que mais? Nem quero ser superior!

E tens razão: não esqueço uma traição! Nunca!

Quanto a não estar a fazer sentido também tens razão: é visceral demais para eu estar completamente lógica a falar de um assunto destes.

Espero que a tua experiência com essa moça te tenha ensinado a ser melhor. E aceita o convite para padrinho, não sejas corta! Será o fechar de um círculo! Vá, ela merece!

Abobrinha disse...

Marycarmen

"até lá vou-te lendo que me fazes lembrar um bocadinho a mim própria. Uma versão muito mais madura de mim"

Bem, espero que não me estivesses a chamar velha! ;)

Quanto à maturidade, não creio. Ainda tenho muito que aprender para tentar não me magoar nem aos outros. Para ser feliz e fazer os outros felizes.

Bacardi disse...

Qualquer dia tenho de deixar de sair de casa para me manter a par aqui do tasco. É que há quem diga que não se aprende nada, mas diz-se muita coisa e eu, como opinante compulsivo que sou, não posso deixar de meter o bedelho (especialmente quando se trata da vida alheia)

Crest
Cornos desculpa quem quer. Eu acho que não desculparia (mas não tenho a certeza), mas isso sou eu. Também já fiz muita coisa por andar interessado numa rapariga que muita gente não faria. Neste tipo de coisas, nada é linear, e cada um é como cada qual. Não podemos chamar “corno manso” a quem desculpa, ou radical a quem não desculpa.
E concordo com a Eu mesma, e acrescento: muita gente teria metido os cornos à “actual” por gostar mais da “nova”. Tu tomaste a atitude certa: disseste-lhe que tinhas alguém por quem estavas interessado, terminaste essa relação, e começaste uma nova. Sim, a rapariga ficou magoada. Mas não tens de te sentir culpado por isso. Porque tu agiste bem. Magoaste-a, mas não poderias fazer outra coisa. Se a tivesses traído, seria pior. Se a tivesses enganado, ficado com ela gostando da outra, estarias a levar para a frente uma relação com base numa mentira, e isso pior ainda seria (talvez pior mesmo que um encornamento). E quando ela precisou de ti, tu estavas lá para a apoiar e para a ouvir. E se a vida dela teve um momento mau depois de terem terminado, não te podes culpar por isso.
Existe uma frase, daquelas cliché, que é: “O que não tem remédio, remediado está”. Adaptando um bocadinho a frase ao teu caso, diz-me: que mais poderias ter feito para, sendo sincero a ti mesmo e a ela, não a teres magoado tanto? Acho que, daquilo que contaste, posso responder por ti: nada. Se te sentes mal é porque és boa pessoa, não por teres agido mal.

Esposa citrinada
Acho que, no meio de tudo isto, devias era ligar ao gajo e dizer-lhe “vai à merda”. Acredita, mandar pessoas à merda tem um efeito terapêutico espectacular. Vou-te enviar um mail (se o encontrar) que certamente merecerá uma crónica tua aqui no tasco. E se não for digno de tal, ao menos vais-te rir bastante, e tirar algumas ideias para esse telefonema que acho que deverias fazer ;)

Anónimo disse...

Este tema é deveras interessante.
Os cornos e as suas múltiplas formas, impactos, etc.

Escrevi muito sobre a fidelidade sexual nos relacionamentos a longo prazo. Não sou minimamente ciumenta, nunca fui, nem exigi ao mei maisketudo que tivesse um comportamento digamos que irrepreensível nesse aspecto. Nos meus "wildest dreams" imaginava muitas vezes que poderia com facilidade experimentar uma cena tipo swing, já que em toda a minha vida só conheci um homem (no sentido bíblico da coisa) e sou uma porra de uma gata curiosa.

Daí que nunca exigi ao gajo que não olhasse para outras, que não fosse beber cafés com outras, nem que não dormisse com outras, desde que nunca me mentisse. Até hoje a coisa que mais me custa é a ausência de verdade e transparência nas relações, que acho a última forma de falta de respeito.
Ou seja, não considerava que estivesse a ser encornada sempre que tal fosse apenas uma cena física e eu soubesse dela atempadamente. Tipo num prazo de duas ou três semanas, prontos...
Não se pode dizer que o tenha sido muitas vezes, porque o meu maisketudo não é propriamente um pinga amor, mas teve muitas ocasiões e diz-se que estas fazem em parte os ladrões. Sempre lhe dei muito espaço, porque eu preciso de imenso espaço para mim e sou incapaz de negar a outros o que considero que me faz falta.

Falta de calo, portanto. Conclui, no fim desta trapalhada toda, que tenho a mentalidade de uma menina de 8 anos, daquelas que são fans da Ana dos Cabelos Ruivose acreditam que os príncipes e as princesas no fim vivem felizes para sempre e têm para cima de 8 meninos, já que a compra das botinhas nunca constitui problema no orçamento familiar. Tenho a mentalidade de uma heriona romântica do séc. XIX, e não sei crescer para fora dela. Não sou capaz. Ou não sou actualmente capaz. Tenho uma relação com qualidade, tenho dois inocentes que seriam seriamente prejudicados com uma decisão de outro tipo, e portanto, nem sequer vejo grande sentido numa ruptura que aparentemente, não foi desejada por ninguém a não ser o 3º elemento.
Mas é verdade que uma traição não se perdoa. Não seria honesto da minha parte dizer que a perdoei. "O que vocês fizeram não tem perdão." Pode ter volta a dar, mas foi um dano de proporções muito acima do perdoável. "Mas não achas que a nossa relação beneficiou muito? Que ganhámos uma qualidade que há muito tempo não tínhamos?""Talvez, mas pagámos um preço demasiado alto. Eu paguei, pelo menos, e continuo a pagar." Teria rematado com um "já que eu não me vim nem uma única vez por conta disto..." se me desse para ser cínica, mas poupei-o. Sou uma pessoa extremamente misericordiosa, sem que tenha ainda recebido um retorno kármico por isso. Diz-se que a esperança é a última a morrer, por isso olha...enquanto houver vida pode ser que receba algum...

Deixo-os com uma canção que descobri na altura em que andava caída pelos cantos a lamber as feridas. Não, não é o "The winner takes it all", dos ABBA, é o "If I apologised" da Josefine Cronholm, que é da banda sonora do Mirrormask, filme que gostaria de ver mas ainda não conseguir sacar em condições. Ou é o som que não dá com a boca das pessoas ou é o filme que dá saltos...enfim, uma tristeza.

Fiquem bem. Ao que parece, isto está To be continued...

Abobrinha disse...

Bacardi

Deixar de sair de casa? Estás louco! Tu não de desgraces! Tu sai de casa e diverte-te! Mas tens razão: este post foi muito participado. Em quantidade e qualidade.

Quanto a opinar, estás à vontade!

Abobrinha disse...

Oooops... opinar... o-pinar... palavra tão traiçoeira!

Abobrinha disse...

Bacardi

O fulano não merece o telefonema, acredita. Nem que merecesse, ele agora tem família.

Já li o teu mais e vou fazer um post dele brevemente. Aliás, já te estou a dever dois posts. Um tu sabes qual é. O outro... o outro é surpresa!

Eu Mesma! disse...

demasiado grave mesmo....