sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A pequena terrorista

Está estabelecido que o Natal não é (para dizer o mínimo) a minha altura do ano preferida. O ano passado dediquei-lhe posts hilariantes (na minha opinião, que acho francamente honesta) a dizer mal e/ou ridicularizar o carnaval que é a época.

Este ano não sei se me apetece estar a gastar energia nessa problemática quando poderia perfeitamente gastar esse tempo a discutir espremedores de citrinos e outros que virão (como um conceito inovador de robô de cozinha). Basicamente, este ano não me apetece estar a destilar veneno contra o Natal de maneira sistemática, preferindo ser mais positiva. Ou pelo menos mais esporádica. E pronto!

De qualquer forma, os meus sentimentos mantêm-se, pelo que há coisas que faço como segunda (ou primeira) natureza. Mas de forma mais dissimulada. Como, por exemplo, sabotar o pisca-pisca da árvore de Natal aqui do tasco, desligando-a "acidentalmente" sempre que posso e justificando com poupança de energia, com o facto de as luzes não sobressairem de dia ou como argumento que de noite ninguém vai estar a reparar. São estas as pequenas coisas que me fazem feliz. Pequenos gestos que não significam nada, mas às vezes significam qualquer coisa. Sim, eu sou reles às vezes, mas gosto de mim assim!

10 comentários:

NI disse...

Bom, já é uma melhoria e, verdade se diga, uma atitude bem mais positiva.

Apesar de ter perdido a maioria dos meus entes públicos nesta época (um deles morreu mesmo no dia de Natal), continuo uma eterna apaixonada por esta época. Posso mesmo dizer que o meu espírito de criança (arredado na maioria dos dias)se manifesta em força nesta altura.

Mas isso sou eu.

:-)

Beijos

Salto-Alto disse...

LOL! És sacaninha!!! :)

Anuska disse...

Sempre gostei do Natal... apesar de ser uma época de grande confusão em todo o lado e do gastar de dinheiro :))
Adoro dar e receber prendas :))
bjs

L!NGU@$ disse...

Que mal te fez o Natal? Alguém te bateu na noite de Natal aqui há uns anos?

Abobrinha disse...

Ni

COmo disse a uma pessoa há pouco, o oposto do amor não é o ódio mas a indiferença. E estou a "indiferentar-me" do Natal em vez de lhe dedicar emoções. Não sei se é positivo, mas é para o que me deu.

Recentemente tive uma série de perdas, uma perto do Natal (que doeu particularmente). Está a passar, mas é no dia-a-dia que eu mais sinto falta dessa pessoa, quando me dá na cabeça convidá-lo para tomar café ou ir ao cinema e verifico que não posso.

Não é nas ocasiões especiais que lhe sinto a falta. Mas, como já disse, a maior prova de amor e homenagem a essa e todas as outras pessoas que perdi é continuar a viver, a lutar, a amar.

Abobrinha disse...

Salto-Alto

Cadito...

Abobrinha disse...

Anuska

Adoro confusão, gente, compras, dar e receber prendas. Mas... odeio o Natal!

Abobrinha disse...

L!ng@$

Olha, por acaso o ano passado até me mataram a minha gata (está algures num post), mas não é por causa disso. É... bah, lê nos posts do ano passado! Nem me apetece pensar nisso agora!

NI disse...

Concordo em absoluto contigo. E é por saber que as pessoas que eu perdi dedicavam tempo e amor a esta quadra que faço questão de as recordar e homenagear desta forma em particular.

Bjs

Bacardi disse...

Finalmente encontro alguém que despreza tanto o Natal como eu. Abobrinha, casa-te comigo!!!! De preferência, dia 25 deste mês.

O Natal para mim é sinónimo de trabalho. Não no sentido remunerado, mas sim no sentido pessoal. Senão vejamos:

1º- Convencer a minha mãe a comprar qualquer coisa para agradar aos mais selectos (leia-se picuinhas) cá da casa (leia-se eu). Bacalhau com couves não é para mim
2º- Há os míticos jantares de Natal com os amigos, que até são agradáveis. Amigos esses para os quais tens de comprar prendas. Não tão agradável. Não que me custe gastar dinheiro ou dar-lhes uma prenda. Custa-me é escolher prendas para eles.
3º- Há sempre aquelas pessoas para quem não se sabe se se há de comprar prenda ou não. Se nos dão prenda e não retribuímos, ficamos a sentir-nos mal. Se damos prenda e não recebemos, a outra pessoa fica a sentir-se mal, e nós ficamos a sentir-nos mal por isso. É o que os ingleses chama “lose-lose situation”
4º- Escolher as prendas. O que comprar para a pessoa que já tem tudo? O que comprar para a pessoa que não tem hobbies, que não fuma, não usa fatos, não lê, não ouve musica, não nada? Complicado, não é?
5º- O mais importante de todos. Ir comprar prendas. Compro normalmente todas as prendas que dou no Fórum Almada, porque tem imensas lojas e imensa variedade. Alem do mais, fica a 5m da minha universidade (o que dá um jeitão. O problema é mesmo ir ao Fórum Almada durante o mês de Dezembro. Para quem viva perto de tal centro comercial, sabe ao que me estou a referir. Existem 50 pessoas por metro quadrado, a qualquer altura do dia. Possivelmente, mesmo quando está fechado. É o total caos.
6º- O típico “ficar em casa dia 24 à noite”. Meus amigos, confesso com bastante orgulho: a maior bebedeira que apanhei na minha vida foi na noite de 24 para 25 de Dezembro de há 2 anos. Esta é, de resto, das melhores recordações que tenho desta quadra. Sair com uns amigos para um bar e beber uns copos. Ok, há prendas para abrir. Ok, é a noite da família (conceito muito hipócrita, mas explicar isto aos familiares que apenas aparecem cá em casa uma vez por ano é o mesmo que dizer a uma criança que o Pai Natal não existe). Ok, jantar e não sei mais o quê. Mas, meus amigos, há que conviver um pouco. Sair. Apanhar ar. Afinal de contas, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus. Quando celebramos o aniversário de alguém, é comum irmos para os copos. Não discriminemos Jesus.