Há uns dias dei aqui a entender que queria mal a alguém que me fez mal. Possivelmente na hora queria dizer isso mesmo e senti exactamente isso. Isso e mais um cento de outras coisas (boas e más) que hoje já tenho distância suficiente para ver melhor. Os sentimentos já estão controlados, já estou em mim, não tenho o sofrimento à flor da pele.
Este fim de semana dizia eu a alguém que queria que a pessoa que me magoou fosse feliz. Que certas atitudes que tomei com ele poderiam, de uma maneira estranha, ter contribuído para que ele tivesse a oportunidade de ser feliz precisamente por serem de rotura e confrontação. A pessoa com quem eu estava a falar perguntou-me: mas a felicidade dele é mesmo importante ou estás só a dizer isso por dizer? A pergunta foi desconcertante porque para mim a resposta era óbvia e única: sim! Quero vê-lo feliz! Quero vê-lo a ter amor próprio suficiente para tomar decisões que o tornem feliz e às pessoas que o rodeiam.
Nada disso invalida o mal que ele me fez e mantenho que não o perdoo pelos mesmíssimos motivos. Por esse me afasto: por amor a mim... que mereço! Paradoxalmente quero que ele sofra as consequências do que fez. É estranhamente um acto de amor: ele tem que compreender a gravidade do que fez para que o assunto fique resolvido e possa seguir em frente. Claro que com a liberdade de resolver as coisas bem... vem a liberdade de as resolver mal. Mas a escolha não é minha. A responsabilidade não é minha. Só posso ficar a torcer pela felicidade dele à distância.
Quero-lhe bem, mas afasto-me. Até um dia ou até nunca mais. Eu fiz parte do caminho dele e ele do meu. Saí mais rica de ter partilhado uma parte da minha vida com ele e espero ter contribuído nem que um pouquinho para lhe colocar um sorriso no rosto. Ele que fica tão bonito a sorrir!
Não fico bem com os outros a sofrer, mas tenho também que me preservar. Fica bem, que eu também fico...
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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12 comentários:
Abobrinha, e se eu te dissesse que continuas apaixonada por ele?
Donde é que poderia ter retirado essa ideia, se eu nem te conheço?
:-)
Pois, eu sou mais fria... Se alguém me fez mal, eu estou-me lixando para a pessoa! Não lhe desejo mal mas também não lhe desejo bem, desejo apenas que fique longe de mim e... "what goes around comes around"! E isto aplica-se a amizade e amor.
A vida também é isto... ;)
BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Pensador
Digo-te que não! Para isso era preciso que não gostasse de mim e isso ninguém merece. Além de que não o perdoei.
Mas eu estou neste mundo para fazer os outros felizes, não infelizes.
Gata
Pois... não estou a ser santa, acredita. Mas quero-lhe bem.
Sadeek
Isto e rabos arrebitados ;)
Valha-nos isso!
Não me fales em rabos arrebitados que eu fico já para aqui a miar.... :P
Abobrinha confesso que gosto mais desta tua postura.
:-)
Beijos
Sadeek
Mia para aí, homem!
NI
Também eu. Especialmente porque esta é que sou eu!
E cá para mim o ideal era que depois de todo esse trabalho interno ele voltasse, qual edição nova e melhorada da mesma coisa. Porque se as coisas correrem pelo melhor e ele aprender, já vai ser outra pessoa a usufruir daquilo que tu sofreste para lhe ensinar. Não me parece justo, nesta perspectiva.
Confuso?
Mary Carmen
Não, ele não volta. Espero sinceramente que ele melhore e aprenda, mas não volta. Tem outra: sem reconhecer que errou e em quê, não o aceito sequer de volta como amigo. Mas há outros problemas, e por essas e por outras ele não volta mesmo.
Na volta regresso a isto num post posterior. Na volta não... não sei... depende se estiver para aí inclinada.
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