Apanhando o telefone apesar de estar numa reunião porque estava a tocar há tempo a mais e não é boa prática pôr fregueses à espera.
"- Bom dia, minha senhora, estou a ligar-lhe de uma instituição de solidariedade social e queria pedir a atenção dos responsáveis da sua empresa para o nosso projecto. Costumam contribuir para instituições de solidariedade?
- Olhe, agora não posso estar a atender porque estou a trabalhar. Mas de qualquer modo, não costumamos dar para instituições de solidariedade social. - Leia-se: quer mesmo que eu chateie o patrão com uma mensagem tão vaga como essa?
- Ah! Mas olhe que eu também estou a trabalhar! Respeite quem está a trabalhar! - visivelmente irritada e debita mais umas coisas que não me interessam.
- Minha senhora, com licença que eu vou desligar. - ouço um "teteté, teteté" de refilanços vários do outro lado - Com licença."
E ouço o telefone a desligar antes de ter tempo (e eu fui rápida!) de pôr o dedo no descanso do telefone.
... olha, desligou-me o telefone na cara antes de eu ter tempo de educada e avisadamente desligar o telefone!
Cada qual dá o que pode e quer, quando quer. Ninguém é forçado a dar (ou porque não quer ou porque não pode) e muito menos levar com má educação de senhoras que exigem respeito porque estão a trabalhar, sobretudo quando esse trabalho parece ser correr a lista telefónica à cata de quem as ature. Essas é que precisavam de um par de tomates para coçar!
Quando tinha telefone fixo e estava muito tempo dentro de casa apanhava com 50 chamadas destas por mês, pelo que desenvolvi esta estratégia e transportei-a para o trabalho. A minha mãe faz o mesmo. Sinceramente, parece-me bem e não creio ser menos solidária por causa disso! Tem outra: só dou quando quero e quanto quero a quem conheço. Porque desconfio destas organizações! Chamem-me cínica, mas sou assim mesmo e sou feliz assim!
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13 comentários:
Que senhora tão simpatica! com um tratamento desses ficamos logo cheios de vontade de dar rios de dinheiro, não haja duvida.
beijos
Bem! Essa instituição tem pessoas simpáticas e educadas a angariar fundos, sim senhora! E se também está a trabalhar sabe que não te compete a ti disponibilizar dinheiro da empresa! Enfim...
Beijinhos
"Quem dá aos pobres, empresta a Deus". E se a senhora fosse procuradora do Altíssimo? Vê lá se és mais cuidadosa, que ainda te tramas...
Bem, se me apanham com telefonemas destes quando estou em casa digo sempre que estou a calçar os sapatos para sair mesmo, mesmo naquele instante. Geralmente resulta!:)
Aboborinha,
No seu caso, a melhor estratégia seria dizer-lhes que você também precisa de solidariedade e perguntar o que teria de fazer para receber a ajuda deles.
Afinal, você é pobre!! Nem televisão em casa tem!!!
Com um pouco de sorte pegava, davam-lhe um televisor e ainda vinha um gajo a casa pôr a TVcabo e, com ainda mais sorte, o técnico era muito melhor que o que lhe tratou do portátil.
Mais tarde, se voltassem a ligar a pedir a "limosna", você dizia-lhes: "Agora não posso falar que está a começar a novela", e desligava-lhes o telefone.
Joaninha
Mais que isso, pensei logo em recomendá-la para atendimento ao público aqui para o estaminé (o que dá dinheiro, não este)! Aliás, para gestora logo! Ou melhor, para "chefa"!
SAlto-Alto
Acho que isso era um salto demasiado grande na compreensão da senhora.
Ficas a saber que a minha mãe, quando está em casa e atende esses cromos, diz que fala a empregada e que "a senhora" ainda não veio. Quando lhe perguntam a que horas vem, diz logo que é muuuuuuuuuuuuito tarde, porque a patroa tem uma vida profissional muito complicada! De onde se conclui que a minha mãe também sabe mentir quando quer!
A melhor da minha mãe nem foi essa. Quando perguntaram com nome e apelido pelo meu pai, porque tinham uma oferta para ele, a minha mãe pergunta de repente se não tinham um para ela também! A menina do outro lado ficou sem saber o que dizer. E depois de a minha mãe dizer "ah pois, é que o meu nome não está na lista telefónica, é só o do meu marido!"... ficou verdadeiramente sem palavras! Eu mesma não sabia que a minha mãe era tão brava!
Joaquim
Pois... e é para pobres? Esse é que é o problema! Eu e Deus depois acertamos contas um dia destes... temos a eternidade... é muito tempo! E depois, há sempre a questão da metade da eternidade, mas não vamos entrar em pormenores!
Blonde
Cá para mim ainda és da minha família pela parte da minha mãe!
ZumZum
Olhe que dizer-lhes que não tinha televisão era mesmo capaz de os calar! E realmente... sou um bocado pobre!
A parte do técnico não sei, mas agora me lembro que uma vez um técnico do gás era o máximo!
Isso faz-me lembrar a história de um amigo meu que foi assaltado no Porto e começou a dizer que compreendia que ele viesse de um meio desfavorecido e mais não sei quê. E depois... começou a contar a história da vida dele ao assaltante. O fulano a dada altura quase teve pena dele, porque realmente a vida do meu amigo estava um bocadinho caótica na altura... mas levou-lhe o dinheiro na mesma! Amigos, amigos, negócios à parte!
É preciso é que a menina seja feliz, pá...AHHAHAHA
Vai dar graveto à mulher que o natal tá a chegar pá.... e as compras são para se fazer antes...AHAHAHAH
BEIJOOOOOOOOOOOOOOO
Sadeek
Eu ODEIO o Natal! Mais um motivo para eu não dar nem um botão!
Os saldos a seguir ao Natal, contudo, já são outra história!
Dio Mio...como pode alguém não gostar do Natal?!?! HEREGE pá...
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