sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Eu quero um troll só para mim!

Eu gosto muito do Paulo Querido. Sobretudo de o arreliar, mas isso agora não interessa. Não é nada pessoal, mesmo porque já um grande pensador (e os meus pais, que também são grandes pensadores) disse que eu sou refilona, por isso devo ser mesmo! Por falar nisso, há muito tempo que não o arrelio, mas desde que o Jorge Fiel saiu do Expresso que não dá tanta vontade de lá ir.
Mas dizia eu que o Paulo Querido parece que percebe umas coisas de internet e ciber-comportamentos e bota escrevedura sobre essas mesmas coisas. Um dia destes falou de trolls, neste post. Há os da internet e os da mitologia nórdica, como podem ver nas entradas da wikipédia que forneci atrás. Mas agora isto vai dar uma volta, antes de voltar ao Paulo Querido!

A definição e todos os dados estão atrás, mas o que eu me recordo é de uma estátua parecida (ou igual?) a esta no pavilhão da Noruega, na Expo 98 e de um tipo lá a explicar que um troll era uma criatura mitológica e que trazia sorte a quem a visse. O que eu pensei imediatamente foi: bem... se não existe... é mesmo uma sorte encontrar um! Digo eu! E no pavilhão da Noruega vendia trolls para dar sorte por uma pipa de massa, que eu não comprei porque tinha mais que fazer ao dinheiro.


Mais tarde um troll de outra espécie mas dos mesmos lados disse-me que o troll era uma coisa qualquer de ligação com a natureza (mas sem carraças, imagino!), maroto, feio (a sério!) e que fazia partidas ou maldades às pessoas. E que não era visto. Dito isto, se não existe, é mais ou menos isso que se tende a fazer, certo? Ou seja, tanto quanto sei, o Pai Natal pode ser um troll!


O tal troll depois deu-me a volta, mas deu-me azar. Às tantas devia ter comprado a merda do boneco no pavilhão da Noruega na Expo, mas em vez disso fui tomar doses maciças de café no pavilhão da Suécia onde tinha um rapazinho lindo de pele negra e olhos azuis. Não sei que diabo de criatura era aquela (não era africano, não parecia indiano, não sei de onde lhe vinha aquela cor, mas ficava fantástico com aquele rosto e aqueles olhos azuis), mas não tive lata de meter conversa com ele. E falava português do nosso, com o nosso sotaque e a nossa fluência! Não entendo, mas regalei os olhos!

Os trolls da mitologia nórdica são excelentes pontos de partida para um grande artista (e grande pensador, embora possa não pensar em si mesmo dessa maneira) começar a escrevinhar. Se é que já não o fez. Não sei se o paleontólogo de serviço terá algo a dizer acerca do assunto, mas se tiver, cá estou eu para o ler e recomendar.

Voltando ao Paulo Querido, com quem não converso há muito tempo (um alívio para ele, estou em crer), fala dos trolls da internet: tipos que parasitam e envenenam a conversa, com comentários completamente a despropósito e/ou insultuosos. Por vezes ele mesmo intervém nessas conversas, às vezes com mais elegância que outras, mas isso agora não interessa. No Expresso (e eu participei num par de discussões antes de me fartar porque não se aprendia nada) parasitam o blogue do Miguel Sousa Tavares e o dele, por exemplo. No De Rerum Natura temos o nosso querido amigo Perspectiva, com lençóis de texto que não leio e anónimos vários. A Joaninha também já teve direito a um, aqui. O Ludwig come trolls ao pequeno almoço... só eu... estava só e abandonada! Sem direito a trolls! E eu queria um troll só para mim!

Até que activei o aviso de novos comentários por e-mail e... voilá! Hoje apanhei dois trolls!!! Só meus! Ora vejam!

"3D deixou um novo comentário na sua mensagem "As minhas aventuras com a letra L":

Desculpe a ousadia, mas de certeza que têm um problema mal resolvido com o sexo feminino, ou melhor, com as fufas... "

E ainda:

"Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Badalhoquice... mas não a que pensam": És intragável...! Arght!! Só a tiro! BAM! BAM! "

Vamos por partes:

3D... mmmm... um nick que pode ir longe!

Eu não tenho problema nenhum com o sexo feminino (nem com sexo nenhum, para dizer a verdade: muito pelo contrário). Eu gosto muito dos dois! Com as fufas não tenho problema nenhum. Muito pelo contrário: acho que devia haver mais! Muitas mais! Neste blogue têm uma importância muito específica: atrair a atenção dos meninos mulher-sexuais!

Não tenho nada contra os meninos homem-sexuais, mas acho uma perda de dois meninos, pelo que devia haver uma lei que só permitisse o acesso a esta inclinação sexual para homens desinteressantes e feios. Mas vozes de burro não chegam ao céu e a legislação não contempla as reais necessidades no cidadão! No caso, desta cidadã! E depois admiram-se que eu não acredite na justiça!

Em todo o caso, acho que já escrevi o suficiente acerca do assunto das mulheres-sexuais para clarificar que não há nada para aprender aqui sobre esse (nem sobre outro) assunto. Mas a malta diverte-se.

3D: volte sempre!

Anónimo. Vamos ver uma coisa: eu não sou intragável! Quem já teve o privilégio de me provar não se queixou (ou pelo menos não viveu para contar, mas não vamos desconversar, que a conversa está longa). A tiro acredito que a carne fique mais amaciada, mas um pouco desfeita. Ou seja, nem por isso mais tragável! E corre-se o risco de trincar um chumbo, o que pode dar cabo dos dentes. E depois, cagar um chumbo é chato! Pior ainda que ser ferrado por uma carraça!

E depois, se sou assim intragável, há uma opção interessante: não comer! Pôr na beirinha do prato! Há uma cruzinha no cimo do browser. Sabe para que é que serve? Para fechar a aplicação! É remédio santo! Mas voltamos ao mesmo: para saber se sou ou não tragável, há que me apanhar e deitar-me as mãos... e isso não é para qualquer um! Certamente não para quem não tem capacidade de encaixe!

Relaxe: tome um copo! A vida são dois dias, por isso ao menos vamos fazer dele um fim de semana!

Eu tenho 2 trolls! Eu tenho 2 trolls!!!

15 comentários:

Joaninha disse...

És mesmo show off, eu até agora só me saiu um na rifa e nunca mais voltou. Ainda por cima acho que veio atravéz do teu blog, lembraste?
Pois é, tinhas logo que vir esfregar na cara do pessoal que tens dois e nós não temos nenhum, tens mesmo mau feitio!!!

Abobrinha disse...

Joaninha

Não é ser show-off: é aproveitar enquanto dura!

Pensando bem, acho que aterrou uma vez uma criatura a dizer que abobrinha=nojo. Nesse aspecto, intragável é bem mais fixe porque dá para fazer mais trocadilhos (a parte dos tiros é que me preocupa mais!).

O que é curioso é que já há uns dias (depois de ter saído aquele post do Paulo Querido) que eu andava a pensar fazer um post destes. Faltava-me a oportunidade.

Se quiseres, posso sempre deixar um comentário anónimo no teu estaminé a dizer que tens as pernas tortas ou assim uma coisa. Os amigos são para estas coisas!

Manuel Rocha disse...

Obrigado minha cara!

Finalmente percebo o que foi que me chamaram aqui há dias em resposta a um comentário. Vou lá chatear-me e já volto.

Estes teus esclarecimentos mereciam estatuto de serviço público e financiamento em conformidade !!

:)

Joaninha disse...

Se mencionares as minhas pernas eu fico logo a saber que foste tu!
Escolhe outra parte do corpo...

Joaninha disse...

É pá só li o que escrevi depois de postar, já vai dar para o torto isto...Enfim Abobrinha é isto mesmo ;)

Abobrinha disse...

Joaninha

DA maneira que isto está, pouco badalhoco, duvido e pago para ver que tenhas um troll. Ou para ti ou para quem for! Estes meninos estão muito fraquinhos!

Olha, o Herr Krippmeister só faz anos em Julho, não é? Olha que pena... e eu que tinha uma prenda para ele... achas que lha dê na mesma ou que o faça sofrer? Afinal, acho que os outros meninos iam gostar.

Mas ele pediu especificamente isto! E não é uma cópia do Guitar Hero assinada pelo Slash... é beeeeeeeeeeeeeem melhor! Envolve uma guitarra, mas só muito vagamente!

Abobrinha disse...

Manuel

Essa do financiamento eu também já tentei insinuar ao sugerir dar o meu NIB, mas não colou! Pena! Ia ser engraçado dar o nome Abobrinha da Horta no banco! Se bem que desde que tivesse dinheiro, desconfio que eles aceitariam!

Olha, não te chateies: chatear, só por coisas que valem a pena. Ou menos! Relaaaaaaaaaaaaaax!

Onde é que te chamaram troll e porquê?

Joaninha disse...

Óh dá-lhe lá a prendinha que ele é bom rapaz ;)

Abobrinha disse...

Não sei se merece: anda muito desaparecido! Ainda vou ver se lha dou (e a todos os meninos) ou se me faço difícil um tempo! Uma gaja de vez em quando tem que se fazer difícil, senão estes homens tomam tudo por garantido!

Dito isto, depois de desdenhar da Angelina, já não sei se ele gostará!

Quem vai gostar é o Jorge Fiel, mas como ele não tem aparecido aqui pelo estaminé, também não faz diferença!

Manuel Rocha disse...

Querida Solanácea:

Quem me chamou troll a primeira vez foi um rotwailler que costuma estar de serviço no Rerum Natura, que não gosta que lhe contrariem as ilustres divindades cientificas que de lá debitam para os ignaros plebeus.

Na altura disse-lhe que ficavamos assim porque eu não sabia inglés técnico.

Tempos depois,a avaliar pela prosa,fez-me uma visita anónima e reincidiu numa coisa que publiquei com o titulo de ciência em contra ponto V. Aí recorri ao meu avô para lhe dar troco, e vai lá ver que talvez te sirva de inspiração para performances futuras.

Abobrinha disse...

Manuel

Dizem-me que o meu avô tinha melhor feitio qualquer coisinha (não conheci nenhum deles). Apesar de tudo, apreciei o gesto conciliatório, que fica bem em qualquer lado e em qualquer situação.

Só li brevemente este post e um outro, mas parece-me que dás à Ciência uma conotação e um poder que não têm. Quer dizer, não daquele modo.

Como muita coisa, depende de como se encara, de quem a pratica e quem a divulga. Não necessariamente no sentido do cientista como divulgador científico, mas na volta do ignorante que se arma em superior por ir beber umas gotas de sabedoria à Ciência e reclamá-la como sua.

Mas isto é uma longa conversa e há blogues melhores para a ter. É preciso saber muito mais do que aquilo que eu sei para a ter em condições. O De Rerum Natura é um desses sítios, e é um sítio curioso onde se encontra uma fauna curiosa. E muita dela interessante. E alguns são trolls (queres o meu NIB agora? Só aceito transferências de 4 dígitos para cima!).

Abobrinha disse...

Manuel

A minha idade, o meu estatuto e a minha ocupação não me permitem ter certas liberdades em ambiente de trabalho. Hoje apetecia-me dizer umas quantas a um tipo, mas só lhe mandei um olhar de desprezo total e absoluto. A pena é que acho que ele não foi suficientemente inteligente para lá chegar. Fica para a próxima: ele há-de lá pousar de novo!

Krippmeister disse...

Olha, eu não tenho nenhum. O menlhor que consegui até hoje foi atazanar aquele atrasado mental que andava cá pelo teu blog que já não me lembro o nome, mas fugiu logo antes de dar pra aquecer.

Vamos lá ver essa trollada.

Abobrinha disse...

O QUÊ??? Tu não tens um troll??? Não é normal! Um dia destes mando umas aneirolas para o teu estaminé, só para não ficares triste.

De certo modo eu fui um troll no teu blogue: caí ali de pára-quedas e comecei logo a fazer estragos. Por causa de uma tendinite, ó grande pensador!

Abobrinha disse...

Herr Krippmeister

O troll que enxotaste estava aqui:

http://aboborapequenina.blogspot.com/2007/08/dramas-ignorados-e-design.html

Fui lá ter hoje meio por acidente e desatei-me a rir com a conversa e com o Fiel Amigo (que continuo não a saber que era e nem interessa).

Afinal já tive aí uns 4 trolls! Isto é que é fartura!