sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Red Bull Air Race no Porto e Gaia parte 1 - Antes da corrida
Para já, infelizmente, há a registar desagrado pela alteração ao percurso e pela péssima desculpa (espero que seja uma péssima desculpa, senão é amadorismo na organização e é pior).
Há ainda a registar o facto de as Câmaras e a organização não se entenderem em relação a quem paga a segurança. Como tenho o Rui Rui como sério e competente e já estou picada com a organização do o evento, atribuo essa falha à Red Bull. Posso estar errada, mas não me parece!
Falhas que acho que são da Câmara: falta de parqueamento dedicado ao evento (ou organização de transporte para os locais a partir de qualquer lado em que o estacionamento seja mais fácil) e de bancadas para o povo assistir: parece que há umas, mas tinha que ser em todo o percurso! Amanhã digo-vos como foi. Não acho muito desculpável.
Falta de informação, mas aí a culpa vai para Câmaras, Red Bull e Metro do Porto. Ao ponto que estou a dar mau aspecto, porque amigos de Lisboa me têm pedido informações e, dado o caos de Gaia (não confundir com o Cais de Gaia, que é bem giro!) o meu conselho é: estacionem onde puderem, apanhem o metro da Câmara de Gaia a General Torres e venham a pé o resto do caminho.
Ou seja, estou um pouco desagradada com coisas a mais! Espero que o espectáculo se sobreponha às falhas!
Deixo ainda um comentário que deixei no blogue do Jorge Fiel, no âmbito da iniciativa Quinta das Respostas.
"Guru
Isto é uma pergunta para a Quinta das Respostas, mas leva muitos preliminares, pelo que tem que ser espremidinha (em Português, é daquelas em que eu faço a festa, lanço os foguetes e apanho as canas).
Diz no site http://www.redbullairrace.com/
"(...) os pilotos inspeccionaram o traçado da pista e existe alguma falta de visibilidade provocada pelos reflexos do sol naquele troço do rio Douro.(...) Os pilotos já demonstraram as suas capacidades ao voar por baixo de uma ponte a menos de dez metros da água e a velocidades que rondam os 400km/h na última corrida, em Budapeste, há pouco mais de uma semana. Mas as condições solares aqui no Porto obrigam mesmo a uma alteração no traçado. É por isso que a corrida irá mesmo ser efectuada para trás, com a aproximação a ser feita por Oeste e não por Leste."
Ora bem, os portuenses não fazem as coisas para trás nem por trás a não ser que se justifique (digo eu, que sempre tive namorados estrangeiros, mas há coisas que uma gaja sabe). E aqui? Justificava-se???
Dou-lhe várias perguntas (ou pode optar por escolher uma como verdadeira, assim tipo escolha múltipla):
a) A realidade é que os pilotos são uns artolas e não conseguiam passar por baixo da ponte sem pôr o D. Luís a rezar a todos os santinhos;
b) O sol muda constantemente de direção no Porto. De facto, quando o Porto e Gaia ganharam a organização do Red Bull Air Race, o sol nascia no Porto e punha-se em Gaia, deixando todo o curso do rio livre de reflexos. Sendo assim, quem é responsável pela mudança constante do percurso do sol?
b.1) O Rui Rio, aquele mau feitio, que ainda não me disse se aceitava representar-me nas reuniões de condomínio (o que possivelmente se deve a eu não lhe ter pedido, mas isso não interessa para o caso)
b.2) O Pinto da Costa... tem ar de fazer dessas e piores
b.3) O Luís Filipe Vieira. Ficou todo invejoso por o estádio da Luz não ter ganho a organização que recorreu a estas medidas extremas.
b.4) A galinhola louca dos posts do Benfica. O ódio ao Porto é tão grande que foi capaz de uma coisa destas que vendeu a alma por isto e um regaço de pepinos (gostou das sandes... há gostos!)
b.5) A organização do Red Bull na realidade estava com asas na altura da escolha do percurso e não reparou no sol. Mesmo porque quando escolheram era de noite
c) Em Budapeste apanharam muito sol, e isso fez-lhes mal à moleirinha
d) O Red Bull não dá mesmo asas e isso é publicidade enganosa. E para isso tentam atirar as culpas para o mui nobre rio Douro
e) Os consumidores regulares de Red Bull ficam a andar para trás a dada altura, pelo que esse foi o passo lógico neste percurso
f) Nenhum dos anteriores
g) Todos os anteriores
Se responder f ou g, saiba que o tempo de visita às taínhas aumenta para 3 minutos."
domingo, 26 de agosto de 2007
A minha rapidinha (que não o foi)
Voltei. Ora cá vamos!
Eu apresentei a rapidinha no post do Herr Krippmeister sobre o Jack in the box. Rezava o seguinte:
"Pela minha parte reafirmo a minha falta de jeito pelas rapidinhas: basta ver a gaffe que dei no blogue do Ludwig porque estava a ver o vídeo e a fazer mais 50 coisas. Moral da história: não dei conta que era no gozo! Às vezes faço coisas destas!
Dito isto, acabei de acabar de dar uma rapidinha por € 40 (é capaz de ser necessário mais outro tanto). À confiança! Claro que ainda não vou dizer o que é, mas aviso já que para rapidinha vai-me durar o fim de semana inteiro. Mesmo as rapidinhas são relativas, como se pode ver.
(...) A rapidinha vai levar-me longe e deixar-me acordada até altas horas da matina e aos gritos muito possivelmente. É ainda possível (e altamente provável) que me deixe toda molhada. Pelo menos os cabelos!
Vou complementar a falta de peso de uns e o excesso de outros e vai ser importante que a protecção seja justinha e quentinha. Mas não apertada demais, senão nem dá prazer. Mas larga também não (apesar de ficar mais molhada, estranhamente).
Não sei como vai ser com os pés. Espero que não atrapalhe, mas acho que não posso ir de salto alto. Estranhamente isto vem na sequência de uma tampa que levei de uma outra rapidinha. Espero que não doa: é a minha primeira vez!Aposto que não adivinham o que é!"
Perspicaz como é, o Herr Krippmeister Adivinhou que era rafting noturno. Só houve um pequeno problema: eu e as rapidinhas não nos entendemos e o S. Pedro deve achar que eu estou a dever uns créditos a alguém!
Vai daí, mandou uma chuvada e trovoada e relampagos (devia ser interessante meia dúzia de melros pelo rio abaixo a atrair os relâmpagos). Como apagou os incêndios que vi pelo caminho não levo a mal: rafting há daqui a uma semana, ou duas ou três ou um ano. Mas uma floresta demora mais tempo a crescer!
Começo o comentário às fotos pela base de sustentação: os pés. Mmmmm... atentendo a que conduzi 2 horas e pouco para cada lado, seria mais o rabo! Mas eu não vou mostrar fotos do meu rabo! Isso é um privilégio reservado a poucos (muito poucos e muito bem seleccionados). Adiante!
Dizia eu dos pés: lá fui eu de sandalinha! A sandalinha no rio Minho (salvo seja, que para entrar naquelas águas sem protecção era preciso ser suicida!). Estava um tempo lindíssimo e quente e eu já tinha "morenado" um pedaço no carro a caminho e estava a sentir-me transpirada, desconfortável e a precisar de um banhinho quente e uma roupinha lavada.
Mas... é preciso ter cuidado com o que se pede... porque de repente começou a chover! Mas quando eu digo "chover", é CHOVER MESMO!!! Adivinhem QUANDO é que começou a chover? Exactamente: no preciso momento em que saí do carro com as minhas cangalhas todas e sem guarda-chuva!
Parecia um dilúvio: pingas grossas, vento, agulheiras dos pinheiros a serem atirados contra mim... bem, lá tive o meu banho! Não era bem aquilo que eu tinha em mente, mas adiante! Fiquei encharcada!
Lá dentro, depois do check-in feito é que me ligaram a dizer que, por razões de segurança, a actividade tinha sido cancelada. Ora bolas!
Hoje tive que trocar das sandalinhas para as botifarras impermeáveis (isso com a camisola semi-pornográfica que mostrarei adiante fica uma combinação bestial!), como se pode ver ao fundo à esquerda. E mais tarde das botifarras para as sandalinhas porque ficou de novo muito quente! Vá lá entender isto!
Ficam a saber que eu ia para uma rapidinha, mas quem me visse poderia jurar que eu estava a preparar-me para um safari algures na África profunda. Ou para uma expedição de paleontologia na Patagónia (menos a parte do banho, bem entendido). Por isso, Luís, posso carregar as malas, mas fazê-las... é melhor não! Sobretudo porque me lembrei de tudo MENOS de uma porra de um guarda-chuva!
Faço notar que as garrafas de Alvarinho foram compradas lá, no solar do Alvarinho. Entendida como sou em vinhos (sei que têm água, etanol e são feitos da uva... a maioria deles, pelo menos), perguntei à senhora se me recomendava mais este ou aquele para levar para o meu pai. Resposta: "são todos bons!". Se há coisa que eu aprecio é um bom vendedor, mas não podia levar todos pelo que optei pelo que estava em promoção.
Já agora, a traseira daquele carro não é minha: é de um carro espanhol. O meu carro é mais giro, mas não tem paneleirices daquelas. Os bonequinhos são a indicação da casa de banho dos meninos e das meninas na pousada da Juventude.
A Pousada era muito boa, mas não dormi um carago! Não sei porquê, mas deve ter sido do colchão ou da trovoada. Para dar um toque de cor, apresento a minha camisola semi-pornográfica em patchwork. É muito gira e atraiu atenções que dispensava (a camisola ou o facto de ser usada por uma mulher sozinha).
No outro dia, fui ver Melgaço. Os nativos têm sentido de humor assim para o picante (ver concertina vs gaita) e uma torre muito máscula. Podia fazer uma piada com sentido fálico, mas não me apetece: a concertina chega!
É fácil fazer sorrir um melgacence: basta ter a rua limpa (e era o caso). Se tiverem problemas com montros, já sabem a quem ligar! Suponho que a sardanisca que posou para a minha maquininha vermelhinha não conta: é tão linda!
A camisola semi-pornográfica está só aqui para dar cor. E para lembrar que fiz tudo isto de botifarras e camisola de alcinha.
Descobri em Melgaço outro cliente das plantas do IKEA (estou com receio da minha se entusiasmar e começar a crescer, mas ela ainda está com um aspecto inofensivo). Apanhei ainda uma joaninha com o sarampo e com preocupações ecológicas (ver o saco de açúcar). Não dei conta de que o planeta estivesse assim a aquecer: reparei sim que o planeta estava a chover!
Uma vista ainda do meu cartão de alberguista, que tirei pela primeira vez e que tenciono usar mais vezes: o que gasto a mais em gasóleo poupo em alojamento. E eu não sou muito exigente nas dormidas.
Por último, li o Público e não pude deixar de ler a parte da jovem, elegante, loira... que speak english e habla espanhol. Para quê??? Com a boca cheia não conseguirá dizer grande coisa!
Depois fez-se luz: no quilómetro 69 da A3 (eu juro que não inventei!!! Isto é verificável), sentido Norte-Sul aparece-me uma bela localidade, perto de Vila Verde. Ora aqui já há mais espaço de manobra (se bem que desconfio que será mais "ai, ai, ai", pelo que até podia falar uzebeque).
Também dá para ver que o tempo estava de novo a mudar. Mais para sul ainda desabou uma cortina de água bestial. E cheguei ao Porto com bom tempo... vá-se lá entender isto!
Só para não parecer mal, deixo uma foto do rio Minho, que tirei à despedida (estão a ver o tempo limpo?). Só para disfarçar a badalhoquice um bocadinho.
Quero voltar a esta zona, mas sem ser em rapidinha. De preferência também não sozinha: andava a precisar de estar sozinha e sem computador (mas não sem telefone), mas o pior é quando a pessoa se apercebe que os outros se aperceberam de que anda uma mulher sozinha "à solta".
Por exemplo, quando estava a tirar as fotos à joaninha e à minha camisola, estavam um velhotes a observar. Começou-se aquele jogo de olhar fixamente a ver se o homem baixa os olhos e me deixa continuar na minha vidinha, nas minhas fotos e no meu jornal. Até que ele pergunta com um sorriso desdentado e olhar maldoso: "quer que tire uma fotografia?". Ao que respondi na minha voz de macho (tenho uma dessas para estas ocasiões): "não, está tudo controlado". Mas o que me apetecia mesmo era fazê-lo engolir o resto dos dentes.
É triste mas é assim! Foi nessa altura que peguei no carro e vim embora.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Da desobediência civil e outros demónios
Outros casos de desobediência civil, que (na minha mui humilde opinião) merecem destaque, aprovação ou desaprovação:
1. Dizem-me que querem cobrar mais € 15 euros à malta com via verde para substituirem o identificador. Muita malta não está a encostar às boxes porque acha (justamente) que não tem nada que pagar por um identificador porque acabaram as pilhas. Vou mais longe: não deviam (eu incluída) ter pago o primeiro só para começar!!! Então estamos a poupar dinheiro à Brisa, a fazer o possível por extinguir um emprego desumano e ainda temos que contribuir com mais?? Vão roubar a mãezinha deles! Com a agravante que algumas estradas são... enfim, mas isso é para outras núpcias!
APROVADO pela Abobrinha
2. Radares com limite de 80 km/h na 2ª circular (??) em Lisboa (isto vai tornar-me muito popular). Qual é o interesse de andar a mais de 80 km/h num sítio que é mais ou menos dentro da cidade (apesar de não ter cruzamentos)?? Mostrar que se é macho? Aumentar as probabilidades de se ter um acidente? Gastar mais pneus e combustível? Chegar mais depressa à fila (ou mesmo gerá-la!)? Alguém me explique, que eu não entendo!
CHUMBADO pela Abobrinha
3. Boicote ao pagamento de multas do número 2. ANDEM DEVAGAR, PORRA! E escolham as vossas causas! Os tribunais já estão suficientemente entupidos!
CHUMBADO pela Abobrinha
4. Não pagamos, não pagamos. Aqui tenho vergonha de dizer que participei numa manif por outra (mas sempre paguei propinas). Depois cresci e vi que tinha sido manipulada por políticos wannabe de várias cores, mas isso explico noutra altura.
CHUMBADO pela Abobrinha
Há outras coisas, porém, que não entendo porque é que a malta não boicota!
Se eu vos disser que a minha prima gastou 500 euros em livros (l-i-v-r-o-s, não é material escolar!!!) para as duas filhas. A vossa pergunta seria: então em que Faculdade é que elas estão? Nenhuma: uma vai para o 5º e a outra para o 7º ano... alguém me explique o que é que duas catraias fazem com livros tão caros!!! Isto é uma renda! E ainda falta o material escolar (e aí, acho eu, só se gasta muito se se quiser, porque há opções). Não era uma boa ocasião para se juntarem uns quantos de maus feitios e recusar pagar os livros tão caros e impressos naquele horroroso papel brilhante (os meu últimos livros da Faculdade, para meu desgosto também foram impressos assim), a cores, cheios de bonecada e erros? Não se pode ter tudo: muitos não têm um pingo de informação sequer!
APROVADO e patrocinado pela Abobrinha
Podia dizer que os reprovados têm que ir a oral, mas eu não caio assim numa piada tão fácil!!!
Naturezas vivas
Este é o administrador do BCP. Não dá para ver se é o Paulo Teixeira Pinto se o Jardim Gonçalves a esta distância, pelo que não ligo já ao Joe Berardo.
Este pombo da esquerda fez horas extraordinárias no escritório, mas o da direita saiu 5 minutinhos mais cedo. Ia tão rápido que a imagem ficou tremida! Para verem o que eu sofro pela arte, arrisquei-me a apanhar umas cagadelas de pássaro, porque estas fotos foram tiradas debaixo de uma árvore onde eles costumam recolher à noite! Artista sofre!
Mais um que anda a comprar plantas comedoras de paredes (ao centro). Espero que não sejam da raça da que comprei no IKEA... senão estou lixada!
Em baixo, um cão simpático e apressado!
Herr Krippmeister, tinhas a tua razão: o IKEA promove não só o clube da placenta como também a clonagem!
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Não é bem Ciência, e daí...
Depois da Lorena Bobbit
MOSCOW (Reuters) - A woman set fire to her ex-husband's penis as he sat naked watching television and drinking vodka, Moscow police said Wednesday.
Asked if the man would make a full recovery, a police spokeswoman said it was "difficult to predict."
The attack climaxed three years of acrimonious enforced co-habitation. The couple divorced three years ago but continued to share a small flat, something common in Russia where property costs are very high.
"It was monstrously painful," the wounded ex-husband told Tvoi Den newspaper. "I was burning like a torch. I don't know what I did to deserve this."
Moral da história:
1. Não casem com mulheres loucas. Ou russas. Diz quem sabe que são danadas.
2. Se cometerem esse erro, não se divorciem.
3. Se se divorciarem mudem de casa (é melhor viver debaixo da ponte com o "Zézinho" que sem ele dentro de um apartamento caro, mas isto é mesmo só uma opinião)
4. Acendam uma velinha e digam uma oraçãozinha pela Lorena Bobbit, que "só" arrancou o "Zézinho" à naifada. E deu para reimplantar e aparecer na playboy. Mesmo que entretanto se tenha sujeitado a piadas crueis como "how is is hanging".
5. Às vezes penso que sou meia louca, mas vendo bem as coisas, sou do mais normal que há!!!
Gosto muito do Openoffice
O que odeio é ter que pagar uma porra de uma fortuna por uma licença... e depois por outra... e depois por outra! Tenho windows vista porque fui obrigada a comprar com o portátil novo: vinha com a opção windows vista ou windows vista, o que (parecendo que não) limitou à partida a minha liberdade de escolha. A escolha era comprar outra marca (onde a opção seria a mesma) e convenhamos: este país tem muitas qualidades, mas ser grande não é uma delas. O consumidor tem assim à partida menos poder para pressionar no sentido dos seus interesses (com a agravante que a microsoft tem uma posição que poucos têm).
Por mim ter-me-ia ficado pelo windows 2000. Não gosto do XP e já não gostei de mudar do 2000 para o XP, mas também ninguém me perguntou a opinião. Não gostando, achava preferível ainda assim ficar com esse que ser obrigada a mudar para um sistema operativo pesadão e que já se arrasta mais do que o que eu gostaria (apesar dos 2 Gb de RAM). Para quem quer saber, não sou computer geek: só sei o suficiente ou menos para fazer umas coisinhas. E não sei fazer dirty talk de computadores. Deixo isso para quem saiba e quem queira (pode é ficar a falar sozinho, mas isso é outra história).
O meu problema é que tenho uma licença de estudante para um office 2000 que me servia às mil maravilhas. Na altura dei 150 euros ou coisa que o valha por ela, o que achei um abuso mas passou. E sabem que ele não corre bem na máquina nova? Isso foi a gota de água, e obrigou-me a fazer uma coisa que tinha vindo a adiar: descarregar o open office!
http://www.openoffice.org/
Até agora tá-se bem e algumas coisas até são mais catitas que no office do windows. Imagino que o excel (uma aplicação bestial para quase tudo menos gráficos) não seja tão potente no open office, mas para o que faço "domesticamente" deve chegar! Claro que estou à espera de problemas, mesmo porque tenho muito pouco tempo de utilização. Mas foi de borla e 100% legal.
Próximo passo: linux... mas para isso tenho que estar concentrada. Mesmo porque não tenho quem me ensine e oriente. E começar uma coisa do zero é sempre complicado!
Coisas que me tiram do sério
1. Dores nos pés. Há pior, mas não muito!
2. Estar com muita fome. A fome que não chega a queda de açúcar põe-me zangada!
3. Calotes. Fico doida por haver quem fique a dever dinheiro de propósito.
4. Ser enganada. Isto inclui os famosos (ou infames) documentários e cinetenimento apresentados como Ciência e o Tubarão (o Parque Jurássico não chegou lá porque não tinha ilusões
5. Ser enganada, parte II. Trair a minha confiança tem o duplo efeito de me tirar do sério e me deprimir com pensamentos parasitas do tipo: porque é que me fizeram isto?
6. Ter amigos a quem dou muito mais que o que recebo. Não faço as contas ao tostão, mas tenho feito umas contitas por alto e estão-me a "dever" umas coisas. Mas aí já aprendi que não se pode exigir às pessoas mais do que o que elas podem e querem dar. Acontece que um dia eu posso não estar disposta a dar mais, mas é naquela. (Isto não é para entender: sou eu a pensar alto e a fazer contas de cabeça)
7. Ser insultada. Se me sobe a mostarda ao nariz, é melhor sair da frente: eu falo mesmo muito alto! Curiosamente nestas alturas fico com sotaque do Porto (que não é o que veio de série com o modelo 1974/abobrinha/pt)! Não sei porquê, mas tem algo de mais catártico.
Há mais, mas a lista de coisas que me faz feliz é bem maior.
O objecto morto e fotografado - the Bull Sh...
Abobrinha é uma artista que se estreou na cena artística um pouco por acaso. Neste país* em que domina a cultura do betão, lucro e capitalismo desenfreado, a cultura é negligenciada como vivência humana de auto-exploração do próprio como oposto a si mesmo ou mesmo o contrário.
O suporte único é fotografia digital e a montagem é aparentemente descuidada ou mesmo amadora, revelando paradoxalmente o desejo pela envolvência tecnológica e o desprezo pela mesma.
A exploração da natureza revela a morte e não-morte dos espécimes. As formigas no passarinho já em decomposição lembram que a morte não é um fim senão um princípio de algo novo: a natureza renova-se a si mesma, como a arte, de resto!
A inocência e naturalidade da morte do pássaro está em profunda antítese com a instrumentalização do insecto, que de resto ainda não encontrou a aceitação na sociedade que merece.
Como qualquer marginal social, incompreendido por uma sociedade que ainda não está preparada para a sua presença, a libelinha só tem o reconhecimento pós-morte. Quando precisamente não tem mais a oportunidade de gozar a fama e a fortuna e as gajas libelinhas, que são umas gandas malucas com gajos famosos e rico (tiram as asas nos concertos, é uma loucura)!
Comum ainda é a objectificação da natureza, o que claramente acontece. Primeiro discretamente por uma foto que regista o acontecimento (já de si uma demonstração de depredação da alma de um ser vivo que acaba por passar para o outro lado). Depois em planos cada vez mais complexos, com a mistura cromática e mesmo a manipulação digital dos objectos.
A morte em si objectificada. A vaidade posta a nú pela interacção com objectos de desejo** humanizados. Sem dúvida uma demostração da sexualidade perturbada ou perturbadora da artista***. A luxúria que continua para além das fronteiras da morte.
A expressão do objecto ao aterrar acidentalmente nos instrumentos de comunicação revela a necessidade de pedir auxílio a uma sociedade em que os indivíduos cuidam de si mesmos e de mais ninguém. A libelinha está presa na morte e pós-morte nas garras de um individualismo pós-moderno****, libertador mas simultaneamente espartilhante das individualidades colectivas e da alienação do ser com o Karma***** de um organismo superior e vivenciado de modo estruturadamente orgânico e libertário.
Ou seja, a Abobrinha é genial e merece ser paga a peso de ouro!
* TINHA QUE TER um "neste país"
** Para as não gajas e meninos que não vão com as gajas às compras, aquela coisa verde com bom aspecto é uma caixa de sombra de olhos da Estée Lauder. Verde porque eu também tenho olhos de gato, mas se me quiserem oferecer uma preta para usar em vez do lápis (nunca dominei aquela porra), eu aceito!
*** arte que é arte tem sexo ou um nú (a libelinha está em nú total, se repararem) e a artista tem que se promover!
**** pós-moderno também fica bem em qualquer lado!
***** Tinha que meter uma treta destas e não estava a ver onde por o Reiki
Se leram até ao fim... que seca! Eu nem li de novo (e não, não sou o António Lobo Antunes), que nem eu aguentei! Às vezes sai um bocado ao lado, mas às vezes não é como se quer mas como se pode!
Herr Krippmeister, ora cá está uma oportunidade de valeres a uma donzela em apuros!
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Isto, em contrapartida, é do melhor!
Ainda estava na esperança de ter ligações ao artigo sobre "lesbianism", como "a outra", mas não: era sobre gajos mortos! E nada de gajas boas! Como é que quer ser eleito assim?
Nota mental: quanto ganhará uma consultora de imagem?
Depois eu é que escrevo porcarias!
Mais detalhes interessantes:
1. Foi descoberta por "uma estudante britânica da Universidade de Derby, Sarah Pickin"
2. "a goma tem impressa uma marca de dentes bem definida"
3. "A estudante britânica encontrou também um anel em âmbar e um gancho para o cabelo, peças que serão expostas, juntamente com a pastilha de mascar" (preferia o gancho e o anel em âmbar, mas se tivessem descoberto um broche era ouro sobre azul)
4. "Sarah Pickin, que faz parte de um grupo de cinco voluntários da Universidade de Derby, declarou-se "encantada" com a descoberta, que será tida em conta na nota final da sua licenciatura." Palerma! Quem é que a mandou ir para Arqueologia em primeiro lugar? E que mérito teve estar naquele lugar em particular? E se estivesse no outro lado da escavação e a Sharon Brown tivesse descoberto a pastilha elástica? Uma dúvida mais pertinente: isso dá-lhe perspectivas de ser a playmate de Novembro deste ano?
Tudo isto me leva a pensar nos motivos por que tenho andado arredada de canais de divulgação científica: além de blogar como se não houvesse amanhã (o que parecendo que não rouba tempo), não estou interessada em programas como um que começa com a hipótese de o grande dilúvio ter sido uma grande inundação (ou um tsunami, nem me lembro) no mar não-me lembro-o quê. Lógica como sou, entendi que se apresentariam provas... mas quem me manda a mim usar a lógica? A lógica é que eu estive a gastar 30 minutos ou mais do meu tempo a ver uma porra e a financiar cientenimento (pseudo-ciência + entretenimento) e missões caras e com brinquedos sofisticados! Isto entre outros. Daqui a livros que provam a cientificamente a existência de Deus escritas por jornalistas, é um passo (mmmm... algo me diz que este passo já foi dado, mas não me lembro!).
Outros exemplos de cientenimento: bonecada acerca da vida dos dinossauros. Se ainda fosse o Herr Krippmeister a animar uma coisa daquelas, tudo bem (e ia ficar o máximo. Tem qualquer coisa que ver com o canalizador, mas não entendi bem)! Seria um trabalho de arte, e algumas dessas animações são bem giras (para quem gosta de dinossauros, que nem é o caso). Mas não é Ciência! Algumas coisas roçam indecentemente a ficção científica!
Admito estar errada em tudo isto e mais, mas é assim que vejo as coisas. Ai que saudades dos documentários do Cousteau quando era pequenina! E de mais uma panafernália de séries honestas que retratavam a realidade! E que maioritariamente não eram dobradas!
... estou a ficar velha e rezingona! E com mais sono ainda!
terça-feira, 21 de agosto de 2007
O objecto morto e fotografado
domingo, 19 de agosto de 2007
O conceptualismo da arte na hermenêutica civilizacional das conquistas libertárias das sociedades matriarcais inuit
Para falar verdade, é bem mais impressionante que a exposição de uma tal Luísa Cunha na Casa de Serralves!
No site de Serralves descreve a exposição do seguinte modo:
"Luisa Cunha (Lisboa, 1949) é uma das artistas mais singulares e inovadoras do contexto artístico português. Revelada na década de 90, a sua obra tem-se desenvolvido em diferentes media, como a escultura, o som, a fotografia e o vídeo, mas partindo sempre de enunciados linguísticos.
Esta exposição, exibindo uma parcela considerável da sua obra vem finalmente permitir um confronto do público com as várias vertentes do seu trabalho e com a diversidade dos seus processos criativos, bem como um inédito confronto entre as próprias obras que foram sendo exibidas de modo avulso ao longo dos últimos 15 anos. "
Eu traduzo:
"artistas mais singulares e inovadoras" significa que é tão genial que ninguém (leia-se: eu e a parte da minha família que foi comigo ver a exposição) entende porque é que aquilo é arte. Ora como é tão estranho, deve ser inteligente!
"Revelada na década de 90" não sei o que significa, mas não deve ser importante. Terá tirado a burka?
"diferentes media, como a escultura, o som, a fotografia e o vídeo, mas partindo sempre de enunciados linguísticos"
- a parte de escultura foi muito apreciada pelos meus sobrinhos, que tinham conceptualizado e percepcionado coisas daquelas numa fase muito importante do seu desenvolvimento cognitivo, comportamental e social: a pré-escola!
Logo, os meus sobrinhos são artistas e eu não sabia (pensava que, especialmente o pequenito, era mais para o terrorista). Eu já sou mais javarda: dei por mim a olhar para uma sequência de 3 botões pregados à parede e apreciei muito a profundidade da obra... até me ter apercebido que aquilo era qualquer coisa relacionado com a instalação eléctrica ou para segurar uns fios noutra exposição. Ou seja, os meus sobrinhos são mais espertos que eu, o que eu já desconfiava.
- o som consistia de uns altifalantes (comprados na loja dos 300, digo eu) que diziam baboseiras e nem se ouvia bem. Mas atenção: era a voz da artista! E em americano! Que é para ser chique. Uma das instalações era um desses altifalantes numa folha de jornal que também tinha areia. Não sei o que significava, mas de certeza que era genial e artístico!
- a fotografia. Esta foi genial, tenho que admitir: duas fotos exactamente iguais lado a lado de um cartucho usado de caçaceira! Azul! Da cor do meu saco do IKEA (mas por quem vos é mais sagrado, não me denunciem às Finanças!).
Uma legendada "o objecto procurado e fotografado" e a outra "o objecto encontrado e fotografado". Eu e a minha irmã ainda tentamos brincar às diferenças, mas apercebemo-nos rapidamente ao fim de 20 minutos que aquilo estava viciado: nós somos muito perspicazes!
- o vídeo era uma sala escura com a fulana a dizer umas coisas em inglês que NÃO SE ENTENDIA e a passar duas cenas de 5 segundos cada, num dia de chuva... genial! Se bem que um pouquinho conceptual a mais para os gostos de algumas pessoas com mau feitio e sem a percepção libertadora e inovadora da arte: eu, por exemplo!
Não diz ainda que tinha um radiador a óleo (estava um calor simpático)... fora da casa!!! Não me perguntem porquê!!! E tinha uma outra obra que falou à minha sobrinha com muita saudade: grafismos do número 1 em verde. Ou isso ou a artista estava a tentar que o pessoal acreditasse que os 10 quadros com erva pintada em várias densidades era arte. Não acredito que ela achasse o pessoal parvo, pelo que estou inclinada para os grafismos!
- os enunciados linguísticos não percebi mesmo, mas pode ser que quem escreveu aquilo estivesse a pensar noutra coisa.
O resto do texto acho que fala por si: é mesmo parvoíce! Confronto de quê com o quê?? Ou será que o radiador a óleo estava fora da casa porque se mandou uma boca a um dos altifalantes? Vais daí, os outros que eram pequeninos mas muitos juntaram-se (ver o "Rattatuille"), deram-lhe uma coça, puseram-no a sangrar óleo e ficou fora da Casa de Serralves de castigo! Se foi isso, então retiro o que disse: foi interessante!
Perguntamos à minha pequenina se ela tinha gostado da arte e ela disse que aquilo era um bocado esquisito. Moral da história: a minha pequenina nunca será crítica de arte... uffff, que alívio! Ia ter que deserdá-la, mas assim já não é preciso!
Dito isto, os jardins continuam lidos (obras de arte) e a Casa e o Museu de Serralves são lindos todos os dias várias vezes ao dia, independentemente da quantidade e qualidade de palermices que lá se exponham. A loja do Museu é também um espectáculo. Arriscaria a dizer que tem peças mais giras que muitas expostas. Algumas delas obras de arte em si mesmas, como as malas LA.GA (design nacional, ficam a saber) com vários padrões.
Enquanto via a exposição só pensava:
1. O que diria o Herr Krippmeister disto?
2. Rir-se-ia ele mais alto ou menos que eu?
3. Faria tantas caretas como eu?
... ou será que ele é um artista civilizado e eu é que sou uma selvagem?
A bonecada antes da seca
Não sei se seria pelo dia lindíssimo, pelas mudanças recentes na minha vida, pelo marasmo relativo da cidade em Agosto ou por ir ter com uma boa amiga que já não via há um tempo, mas hoje tudo me parecia particularmente bonito. Não costumo frequentar muito a zona da Foz nem da Avenida da Boavista abaixo do viaduto que passa por cima da auto-estrada, mas de facto ando a perder qualquer coisa interessante.
Não sei se o dono da casa na foto do centro-esquerda comprou aquela planta no IKEA, mas a dita cuja parece que lhe engoliu a casa! Nem eu gosto de tanto verde! Parece uma figura de uns desenhos animados que eu via quando era pequenina e não me lembro do nome (e continuo pequenina, que 1.60 m não é propriamente uma mulher grande!). Era qualquer coisa como a lixeira, mas não me recordo.
Finalmente, achei por bem partilhar convosco um cão ridículo (ou um dono ridículo??).
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Abobrinha também é cultura
Se é proibida a afixação, não devia incluir este aviso??? Ou sou eu que não tenho mais em que pensar??
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Mr Bean - Um post ameaçador para ALGUNS homens
Imagino o que estão a pensar: enão agora a Sony faz vibradores portáteis?? Uma companhia reputada? Depois do i-Gasm (que NÃO é feito pela Apple, mas isso é outra história), já nada me espantaria!
Para ajudar, cá vai a revelação do que o Mr Bean pode fazer por mim:
E quando excitado tem... 20 cm!!!
Depois de tanta excitação, um cigarrinho...
Para quem duvidava que a minha mão esquerda desse para medir 20 cm certinhos, cá está a prova. Fica a dúvida: para que é que eu tenho uma régua de 20 cm na carteira? Ora bem, nesta altura não sei se convém dizer que também tenho um X-acto! Porquê? Isso é cá comigo!
Questão: o que é o Mr. Bean?? O Mr Bean é o nome cristão do Sony NW-E207... um network walkman (aka leitor de mp3 portátil)!
E hoje à tarde vou tentar passar esta cena toda para mp3. Não tinha reparado que a pilha mais alta era a de música portuguesa! Enquanto isso vou fazer umas arrumações... mas isso é para os meus OUTROS blogues!
Para quem tinha dúvidas: sim, eu sou um niquinho palavrosa!
Duas perguntas:
1. Porque é que este post é ameaçador para ALGUNS homens? Há motivo para isso?
2. Que tipo de pessoa só instala um leitor de mp3 quase 3 meses depois de o ter comprado?
P.S: SIm, algumas destas imagens estão um bocadinho mal montadas, o que se deve à falta de interesse da cabeça de abóbora da autora e ao facto e ainda estar a experimentar o open office. Que recomendo, by the way!
terça-feira, 14 de agosto de 2007
O pirulo, a bicla e mais uma foto minha
Mas o bazooka tem de facto um aspecto portentoso! Não vi um ao natural, mas parece-me coisa para aí uns 20 cm!
Depois do êxito retumbante da minha máquina fotográfica vermelha, o meu telemóvel azul de último modelo. Por "último" pode-se, naturalmente, entender muita coisa! Mas é à prova de azelhice (estou sempre a deixá-lo cair no chão) e de roubo (quem é que quer aquilo???).
Tenho-o há 3 anos e só não tenho há 5 porque afoguei o último tragicamente no Oceano Atlântico (assim é mais dramático que dizer que por azelhice o deixei cair à água, junto com a chave do carro e todos os documentos).
E sim, eu estou a perder qualidades a tirar fotografias. Mas um artista neste blogue já chega e sobra!!Como eu descobri que o Jorge Fiel tem um primo americano que não conhece
Este é o livro que comecei a ler. Comprei-o ao mesmo tempo que o da Zita Se Abra, mas tem prioridade: duvido que a Zita tenha badalhoquices no livro dela... e daí...
De início comecei a fazer o mesmo que o da anónima que (alegadamente) sabe do que fala: tirar os títulos dos capítulos e secções. Mas depois comecei a lê-lo e tive mesmo que o comprar. O livro pretende explicar "a verdadeira razão por que os homens e as mulheres são diferentes". Numa clara alusão ao livro "as mulheres são de Vénus e os homens são de Marte", afirma: "A astrologia não explica nada. A Biologia explica tudo. Os espermatozóides são dos homens, os óvulos são das mulheres e esta é a verdadeira razão por que os homens e as mulheres são diferentes."
Parece-me bem: a astrologia reserva-me um signo representado por um animar simpático mas com uma cornadura respeitável (a mulher do touro deve ser cá uma valente vaca!) e que é lançado para arenas atrás de um pano vermelho. Em dias bons dá uma marrada no toureiro. E a Biologia é uma Ciência simpática. Aliás, a divisão de três das Ciências fundamentais é a seguinte: se está vivo, é Biologia; se cheira mal é Química; se não funciona é Física! Eu prefiro coisas vivas a coisas que cheiram mal ou que não funcionam (vamos considerar, para efeitos dramáticos que algumas dessas coisas não matam nem são moscas).
E o autor segue a explicar que este livro trata de "tudo o que desejava ter aprendido nas aulas de Biologia". Não andou comigo na escola, nitidamente: a professora de Biologia de 11º era uma vaca e nós esforçámo-nos por a fazer corar quando estava a falar do pénis e do epidídimo. Nós nem éramos maus, mas ela era uma vaca mesmo! E não percebia nada da poda (mas tinha olhos de gato, o que nem assim a safou... mesmo porque não gosto de mulheres na óptica do utilizador).
Outras perguntas:
"- porque é que os homens precisam de tantas companheiras, quando as mulheres se dão por satisfeitas com um só, desde que seja bom?
- o que é que os homens têm em comum com os macacos e as mulheres com as gralhas?
- O que é que o tamanho dos seus testículos pode revelar?
- Porque razão é tão difícil encontrar o ponto G?"
Ora digam lá se o livro não promete!!! E continua:
"- por que razão os perús dão excelentes paus-de-cabeceira?
- Será do interesse das mulheres armazenar gordura no traseiro e nas coxas?
- Por que razão as mulheres são tímidas e os homens ignorantes?"
Eu juro que está isto no livro! As respostas (e as perguntas) a estas coisas não estão na Wikipédia, garanto!
Sobre o autor:
"Joe Quirk é um autor que gostava de espalhar as suas sementes até evoluir da traição à monogamia, depois de casar. Vive na Califórnia do Norte com a brasa da sua mulher , um cão e dois gatos, que muito gostava de matar. "
Espero que não seja um mau presságio, mas já encontrei uma gralha: "os espermatozóides desmiolados tentam impregnar os glóbulos vermelhos da mesma maneira que um cão se agarra à nossa perna". Ou eu dormi nesta parte das aulas de Biologia ou não vejo que interesse possa ter um espermatozóide num glóbulo vermelho. E impregnar será uma má tradução de "impregnate", ou seja, engravidar! Pensando bem, por várias ocasiões senti que os espermatozóides que pedi emprestados estavam cheios de más intenções em relação aos meus glóbulos vermelhos! Coisas que uma gaja sente!
Secções de interesse:
3. O que as mulheres querem (duvido e pago para ver que ele consiga responder a isto. Daí, é simples: queremos tudo!!)
7. Como os homens conseguem sexo
8. O gene arranca-cabelos (sem comentários)
9. O gene idiota (só um??? Há pessoas que o têm repetido, como os cromos!)
21. O amor cheira mal
22. Os orgasmos fingidos enganam os homens, mas os verdadeiros enganam as mulheres (mmm... acho que vou saltar para ler esta parte)
23. Você não tem um orgasmo: ele é que o tem a si (é uma ideia! Não percebo a diferença, mas pronto!)
24. Porque é que o seu clitóris é tão difícil de encontrar (o dos homens é tramado! OK, houve aqui uma falha!)
27. Galdérias e cornudos: o que nos torna ciumentos (tenho que retomar os cornudos, sem dúvida)
31. Ancas largas, rabos grandes, ombros largos, bela dicção (mmmm... promete!)
32. Porque é que o seu pénis é fácil de encontrar (nunca encontrei o meu: tive sempre que pedir um emprestado)
Entre outros. E no fim: "Para o caso de pensarem que estou a inventar: bibliografia" e ainda "pessoas que merecem reconhecimento mas não remuneração" (este lembra-me o gene egoísta - que de resto não sei o que é).
Mas agora vou nanar! Até amanhã!
E por falar em fotos...
Como eu descobri que o Fernando Alvim bebe
domingo, 12 de agosto de 2007
Porque é que eu comprei o "Foi assim" e não o "é assim" (o amarelo de há uns dias)
Ora uma anónima que sabe do que fala e que começa um livro com um parágrafo com:
"Desde os primórdios da Humanidade que os seres humanos usam a língua para se estimularem sexualmente uns aos outros. Não é precisamente isso que fazem quando se beijam?"
... pode (teoricamente) saber do que fala... mas não fala necessariamente bem nem de modo que dê vontade de ler! Nem fazer, que nestas coisas a prática faz a perfeição! Isto podia ser o prefácio do livro do Mantorras ou da Carolina Salgado. Mas não de um livro sobre sexo oral: é o primeiro de uma série de "turn offs".
Um livro sobre sexo sem figuras pode ser um handicap. Mormente se o autor não tem jeitinho para escrever: ao menos as figuras (com ou sem legendas) podiam ajudar (ou distrair da falta de talento para a escrita).
Eu sou uma badalhoca, mas no bom sentido. Há badalhocas no mau sentido! E esta anónima é uma delas! Por exemplo, tratar os "tools of the trade" por palavras que começam com "c" (uma acaba em "alho" e outra em "ona") é chato! Aliás, eu tenho a teoria que aquilo foi uma tramóia bem urdida para desincentivar as pessoas de praticar sexo oral (ou sexo de todo!). Senão, vejamos o índice:
1. O índice está dividido em duas partes: para ele e para ela. Sendo que o "para ele" é um manual de intruções para que o menino possa brincar com o brinquedo da menina com a boca e a menina possa meter coisas à boca sem comprometer a elegância (estou convencida que aquilo não tem muitas calorias, mesmo porque não é forçoso engolir). Pois, mas os termos são qualquer coisa como "como chupar um c****", o que me parece uma badalhoquice e qualquer coisa que não tenho a certeza se quero fazer! Além de que ignora por completo a opção menina+menina e menino+ menino, o que não deve ser boa estratégia de vendas!
2. Subdivisões do capítulo "para ele":
2.1 "O que ela tem entre as pernas" - digo eu que se o tipo ainda não descobriu isso... não é agora! Na volta ou nem com manual de instruções interactivo lá chega, pelo que é melhor ficar-se (ou vir-se!) pelo equipamento de série. Sozinho ou com amiguinhos!
2.2. "Posições" - OK, mas aviso já que não tem figuras. Dá jeito quando um gajo está a tentar fazer qualquer coisinha, mesmo porque nesses preparos fica com o campo de visão algo limitado.
2.3. "Vamos a isso" - Já vamos na página 30 e tal: nem eu demoro tanto tempo em preliminares!! Acho que por esta altura alguns já desistiram!
2.4 - "Língua" - Sim....??? Depois daquele prefácio acho que estamos mais ou menos conversados!
2.5 - "A todo o vapor" - Vapor??? Espero que não tenha nada a ver com gases!
2.6 - "Dedos" - Só agora??? Então... never mind! Ao menos não tem um capítulo "dentes"! Menos mal!
2.7 - "69" - Estranhamente, na página 65. Chamo a atenção para o facto de a esta hora a leitora ainda não saber "o que ele tem entre as pernas", pelo que é capaz de haver algumas surpresas quando algumas meninas repararem que os meninos vêm equipados de série com mangueiras!
2.8 - "Menstruação" - Ora bem, fala em tampões e apagar a luz... é preciso dizer mais? Um mérito tem: é o verdadeiro tabu!
Entramos (por assim dizer) no "para elas", mas por esta altura eu já estava a dar mau aspecto na Bertrand. E entendi que aquele livro não tinha nada para me ensinar (mesmo porque eu tenho uma vaga ideia do que é que os meninos têm entre as pernas e como funciona). Um dos sub-capítulos era "treinar, treinar, treinar". Ora eu acho que esse devia ter sido colocado na secção da gaita de beiços (e não na gaita de foles), dado que o equipamento das meninas (o cérebro) demora mais tempo a aquecer e a produzir energia. Mas quando produz....
É que alguns meninos continuam a achar que é só carregar no botão e aquilo entra em piloto automático. E não é bem assim! Esta secção, estranhamente, era mais comprida que a primeira, o que me leva a crer que foi um homem que escreveu o livro. Chamem-lhe pressentimento!
E agora, ainda acham que devia ter comprado o livro?
Porque é que eu me porto mal nos casamentos?
Contudo, de há um tempo para cá, tenho sido um terror para qualquer organizador de casamentos. A sorte é que normalmente os visados estão ocupados demais a casar e estar apaixonados e a fazer cenas lamentáveis de romantismo como abracinhos e beijinhos. Uns ensaiados, para a fotografia e outros (bem piores) espontâneos! Eeeek!
Todo o dia de casamento começa com uma ida ao cabeleireiro. Coincidência do carago, desta vez acertei com a noiva no cabeleireiro! Moral da história: fui fazendo a reportagem fotográfica (ganhei o hábito de levar a máquina para fotografar o meu lado da coisa e depois dar aos noivos, para que vejam o outro lado do casamento).
O cabeleireiro é um local privilegiado para pôr a leitura em dia. Revistas de fofoquice, claro! Fiquei assim a saber que, em férias, "Mário Soares caminha e Maria Barroso nada". É bom ver que qualquer pessoa pode ser um ex-presidente. Está ao alcance de qualquer um: andar ou nadar! Ser mau jornalista de imprensa cor de rosa também, mas não vamos aqui ser cínicos.
Na igreja não parei quieta e estava sempre a falar e a comentar para o lado coisas que não interessavam muito. Fez-me lembrar... o Jorge Fiel no prós e contras, a comentar com o menino do lado coisas que possivelmente não tinham nada a ver e a deixar o rapaz encabulado. Os meus pais olhavam para mim com ar reprovador a pensar: mas que mal fizemos nós??? A minha irmã estava aquele ar de "eu não te conheço". Os meus sobrinhos, em contrapartida, olhavam para mim divertidos e fazíamos caretas uns aos outros. É bom reconhecer pessoas com a mesma idade mental!
Um dos mistérios nos casamentos a que tenho ido é as horas dos "morfes":
1. Quando se casa às 10:00, compreendo que o almoço seja às 13:00 h. Nessa altura, o que é o aquilo que se come às 15:00? E às 16:00? E às 17:00? E por aí adiante. O que se come às 20:00 é tecnicamente jantar ou ainda o almoço??
2. Um casamento às 11:00 dá almoço ou lanche?
3. Um casamento às 13:00 dá direito a quê? E quando a noiva se atrasa "só" 45 minutos e a missa dura um pouco mais de 1 hora? E quando depois disso ainda se tem que conduzir aí 1 hora até ao sítio dos "morfes"? O objectivo é matar um convidado ou outro de fome para ter desconto na festa? Comigo ia resultando (ai que queda de acúcar!)!
Outro problema de um casamento de manhã: a que horas é suposto uma gaja ir ao cabeleireiro? Daah! Há que pensar nestas coisas!
Um casamento é fixe, e (para os meus lados) os padres são porreiros e fazem rir a malta. Mas a escolha de banda sonora é muito lamechas: Bach, avé marias e outras cenas deprimentes. Se eu casar, entro ao som de Prince "I would die for you/I'm not a woman/I'm not a man/I am something you will never understand"; a parte dos beijinhos é ao som de "Kiss"; o introduzir (ai que lasciva que eu estou) das alianças será ao som dos Doors "this is the end/beautiful friend, the end" (mas acho que não passa a parte edipiana, mesmo porque é muito comprida); e saio ao som de Prince e novo "tonight we're gonna party like it's 1999". E vou de verde, que é bem mais giro!! Ou de pin-up pirata (com tatuagem e tudo, mas falsa!).
Ao contrário do que eu descobri aquando da minha incursão ao deserto, no Norte não somos labregos como alguns mouros: não pomos fitinhas nos carros que vão ao casamento. Phónix, estamos no século XXI!!! E não contem comigo para vestidos de noite e outras merdas que nunca mais vou usar! Decotes, cabelão e maquilhagem tudo bem, mas de resto nem pensem! Aliás, fui ao café abastecer-me de cafeína antes de ir ao casamento e a aparência mais estudada rendeu-me logo um piropo (vou ignorar o facto de o menino que mo dirigiu mandar piropos a tudo quanto ande de saia. Se bem que eu ia de calças, como todos os restantes dias). Ou seja, já valeu a pena!
De resto, os casamentos são sempre excessivos e românticos demais. Safa-me ter uns primos javardos, mas estão casados ou a caminho de, pelo que por vezes perdem qualidades. Nessa altura sobram-me os meus sobrinhos e as minhas primitas mais pequeninas para a javardice (estou a exagerar: os meus primos também são javardos e brincam muito, mas é só para a malta sentir peninha de mim).
O momento mais alegre é mesmo o das sobremesas. Mesmo porque antecede o mais humilhante: o atirar do ramo. Eu ainda tentei ter uma saída à francês, mas fui apanhada. Só estávamos aí 6 gajas naqueles preparos, pelo que disse alto e bom som: ora porra, só somos estas as encalhadas? Saiu-me o tiro pela culatra, porque estavam quase todas de casamento marcado (o que tornou o ritual ainda mais humilhante). Ou seja: a piada saiu à casa! Ao menos a porra do ramo não aterrou para os meus lados, o que me poupou a mais atenção. Por outro lado, tive que gramar os beijos apaixonados (e eu ia jurar que um apalpão no rabo!) entre a gaja que a apanhou o ramo e ficou toda vermelha e o namorado. Valha-nos Deus! Não havia nexexidade!
Outro momento humilhante: dançar. Nunca ouviram dizer que branco não sabe dançar? É a mais pura verdade!!! Mas lá alinhei, matando as miseráveis hipóteses que tinha de engatar alguém (mesmo porque acho que não havia descomprometidos, e se os havia não era nenhum de jeito). Mas ao menos soltei a franga e humilhei os noivos e o resto da minha família, que é bem capaz de nunca mais me convidar para casamento nenhum.
Resta dizer que:
1. Algumas partes (a maioria, para falar verdade) do que aqui está é grandemente exagerado
2. Os casamentos são sempre excessivos e românticos até à naúsea, mas eu gosto deles na mesma e vou de bom grado aos das pessoas que me querem dizer muito. Mas isso não tinha tanta piada escrever, pois não??
3. Os casamentos são caros, dão chatices, dores de cabeça e nem são bons investimentos... mas continuam a ser giros quando se vê que o pessoal se dá bem e vai dar um casal unido. Mas eu tenho uma reputação de anti-romântica e javarda para manter!
As minhas aventuras com a letra L
Possivelmente já imaginaram mesmo a cena: algo do tipo a vizinha com uma camisa de dormir vaporosa e completamente transparente, olhar maroto, lábios molhados, vozinha dengosa, pé descalço, cabelos soltos e uma chávena na mão para me pedir farinha para fazer um bolinho.
Ou manteiga, que faz lembrar o “Último tango em Paris” em versão “Bound” (ia ter um bocado de azar, porque nunca tenho manteiga em casa: vesícula preguiçosa e não gosto de manteiga). Ou, por falar em “Bound”, podia estar nesta figura e pedir-me para lhe desentupir os canos...
É possível que já tenham mesmo imaginado as duas vizinhas, uma loiraça de cabelos pela cintura e uma mulatona roliça mas firme, uma a pedir farinha e outra a pedir azeite (isso tenho sempre, não haveria problema!) e de repente começariam a beijar-se torridamente no meio do corredor e a apalpar-se! Claro que eu as convidaria para entrar: e se vinha um polícia romano e as prendia? E logo assim de camisinha vaporosa ainda apanhavam uma gripe, tadinhas!
Falhando tudo, podia aparecer-me uma vizinha à porta com a toalha enrolada, corpo e cabelo molhado, cheia de frio a perguntar se eu lhe podia dar guarida até à namorada voltar, porque se tinha ido despedir dela ao carro e voltara para se aperceber que tinha deixado a chave lá dentro. Claro que quando a namorada (boazona) dela voltasse, poderia ou não haver lugar a qualquer tipo de cena com bolinha (ou dias, ou três, conforme os acessórios que elas tivessem à mão... ou a outra coisa qualquer).
É mesmo concebível que tenham imaginado duas gajas a bater-me à porta a pedir para lhes fazer companhia. Como é óbvio, não foi nada disto que aconteceu! Mas ao menos deu para entreter, não foi?
Na realidade, o que se passou foi que eu comecei a pensar que o apartamento tinha fantasmas: havia uns ruídos estranhos, quando nunca tinha tido grandes problemas de ouvir os vizinhos (nem o elevador). Ao fim de um tempo apercebi-me que os ruídos iam subindo de tom e da natureza exacta dos ruídos. Sim, desta vez acertaram: eram MESMO esses ruídos e era uma gaja que os fazia. Na minha mente de menina solteira e bem comportada (poooooooooooois), eram da senhora casada e em actividades lúdicas com um marido sabedor das coisas da vida.
Ora havia um problema: eu à época tinha namorado. E eu não sou uma gritadora: nunca fui e não ia começar a ser só por ter concorrência de uma gaja que tinha um namorado (achava eu) que gostava que ela mandasse uns gemidos muito altos, a fazer publicidade dele. Para isso mais valia pôr um cartaz: o meu namorado sabe uns truques! Era mais eficaz, mesmo porque o andar tinha uma exposição jeitosa. Há outro problema com o “je” falar enquanto eze eze: eu falo muito alto, por isso se eu “falasse” ao mesmo tempo que ela, ninguém ia ouvir a gaja e seria o “namorado” dela a ficar com ciúmes (o dela e todos os namorados do prédio e de um raio de 30 km).
Confesso que a dada altura tive que dar umas marretadas no chão para a tipa se calar: para ouvir aquilo, mais valia ligar no “sexy hot”. Ao menos tinha som e imagem!
A dada altura acompanhei (não era que tivesse opção) o degradar da vida amorosa do casal. Na minha inocência pensei: o pobre do gajo já deve ter os tímpanos furados, porque a gaja berra que nem gente grande! É motivo para divórcio, tem toda a razão! Mas havia uma série de coisas que não batiam certo:
1. A gaja tanto tinha sotaque espanhol como português
2. Nunca ouvi o gajo a discutir
3. Nunca vi um macho
Tudo isto tinha uma explicação mais ou menos plausível:
1. Há pessoal que só usa o sotaque para se armar (eu não tenho nada que ver com isso, mas quando estou mais animada ou zangada presumo no sotaque do Porto e atiro com “caragos” à esquerda e à direita, como se não houvesse amanhã e os caragos fossem a salvação do mundo)
2. O gajo podia ser discreto. Afinal, também nunca ouvi o gajo a gemer tão alto: os filmes pornográficos preconizam que deve ser a gaja a gritadora de serviço (de preferência em espanhol)
3. Eu não conhecia metade dos habitantes do prédio, e da metade que conhecia preferia não ter conhecido dois terços!
Eis senão quando (boa tirada dramática!) um dia sou acordada às 5 da madrugada por uns berros de natureza diferente. Pensei ir buscar a caçadeira para dar uns tiros à gaja (pequeno pormenor: não tenho uma caçadeira e sou muito pacífica. Mas com o sono fico a modos que para o violenta). Assomo à janela (outra boa tirada) e... vejo a gaja sentada no parapeito da janela aos urros e a dizer que se queria matar. Uma mão tentava puxar a gaja para dentro. Liguei à polícia a dizer que havia uma tentativa de suicídio (uma queda de um 7º andar é tecnicamente uma tentativa de suicídio, não?), como boa “cidadona” que sou (e depois aquilo ia sujar as áreas comuns todos e o condomínio já é suficientemente caro).
Ora a polícia nunca mais chegava (ficam a saber, quando a vossa vizinha tentar suicidar-se) e entretando o gajo conseguiu puxar a fulana para dentro. Nessa altura dei-me conta que ela era uma altona meia ruiva, com um cabelão lindo e muito elegante. E com uma voz quase tão potente como a minha, se bem que meio esganiçada quando comparada comigo (eu tenho quase voz de macho, se bem que depende da ocasião!).
Uns dias mais tarde, dei conta de uma animação idêntica e quando vi a ruiva debruçada sobre a janela fiquei na dúvida: mando-lhe um jarro de água pela moleirinha abaixo para refrescar as ideias, chamo a polícia ou vou pedir se posso ajudar a empurrar, mas que me dê um adiantamento para limpeza das áreas comuns? Nada disso foi relevante porque reparei que ela estava só a falar para baixo. E berrava: “Lu, amo-te”.
E foi aí que me apercebi que a “Lu” seria uma Luísa e não um Luís!! Mais tarde vi as duas a sair do elevador: a espanhola era a ruiva, a morena a portuguesa. A portuguesa era assim normalzita, mas a espanhola era lindíssima e tinha um cabelão fantástico!! Uma autêntica juba!
O meu namorado riu-se quando lhe disse que eram duas gajas. Não percebo porque é que se riu: será que tinha ou não fantasias com fufas? E sabem que mais: quero lá saber! Mesmo porque desse nada consta.
E pronto, é a história. Pouca coisa, mas rendeu um bocado. Tanto quanto sei as meninas estarão separadas e já não moram abaixo de mim.
Numa história completamente diferente, em Berlim duas meninas beijaram-se apaixonadamente à minha frente, quando saí com duas espanholas (não fufas, tanto quanto sei). Feita estúpida, fiz um sorriso de “oh, não!”. Parecia um gajo com problemas com a própria sexualidade. Daaah! Mais tarde pensei: estúpida, qual era o drama? Devia era ter tentado engatar uma (ou as duas!), só para ver se algum gajo caía na esparrela de tentar arrastar uma das três (eu, de preferência!) do "dark side".
Só havia vários problemas:
1. E se resultava e eu tinha que ir para a frente com a coisa, só para não parecer mal? Dito isto, não estou a ver eu a fazer seja o que for para não parecer mal!
2. E se o gajo tentava e conseguia converter uma das gajas e eu ficava com as sobras (e com uma gaja em quem não tinha interesse)? Bem, como diz o Pepe le Pew com um sotaque arrastado afrancesado: “there is plenty of other fish in the ocean. If you like fish...”.
3. E se eu afinal até experimentava e gostava? Bem, isso não era um problema: se gostasse, gostava e comia! Podia até ser promovido a prato do dia! Ou não! Mas eu não gosto de experimentar por experimentar. E não me parece que seja a minha especialidade (nem isso nem rapidinhas, mas isso é outra história).
4. E se elas me tratavam como um objecto? Um brinquedo para usar e deitar fora, como uma daquelas coisas que se encomenda na internet? Eu tenho sentimentos: não sou só um objecto sexual!
5. As gajas não valiam assim grande coisa: as espanholas que estavam comigo eram mais giras e eram boas a línguas. Se bem que eu era melhor (estou a falar de alemão, minhas cabeças porcas!).
6. E se uma delas era a minha vizinha? OK, é um falso problema este, mas era só para não esquecerem o objectivo do post!!!
E pronto, são estas as minhas aventuras com a letra L. Há outra aventura no Porto, mas eu não conto porque envolve uma mulher casada. Daí, posso simplesmente a fazer “teasing”... e não preliminares... é diferente... não tem nada a ver!!!
Ora opinai!
P.S: Herr Krippmeister, isto deu inspiração???