sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Tenho a nítida sensação de ter sido enganada!

Desta vez é para aprender qualquer coisa. De preferência para eu ficar mais esperta qualquer coisinha.

Ontem anunciei que ia a Serralves ouvir uma conferência de Biologia. E fui. O que fiquei a faz até às 2 da manhã não vos interessa! O orador era Tim Crow, psiquiatra e investigador em Oxford. E tenho a nítida sensação que o tipo me enganou e que eu só comecei a pensar em perguntas para fazer depois de ter acabado a apresentação. Devido (possivelmente) à minha ignorância relativa na(s) especialidades que ele apresentou, mas também por ter a mania de ser lógica e de achar que os outros quando falam é para se entender a mensagem. Ou as duas coisas.


Vou correr o risco de escrever umas totozadas por realmente me ter passado qualquer coisa de muito importante ao lado (mas passaram muitas coisas ao lado, não nego!), mas acho que houve aqui coisas que não batem certo nem à lei da bala!


O e-mail de divulgação que recebi (mas já tinha os bilhetes comprados há muito) dizia: "Tim Crow, investigador inglês da Universidade de Oxford, vem a Serralves falar sobre "As Origens Genéticas do Homo Sapiens Moderno". Ge-né-ti-cas!!! Isto vai ser relevante mais daqui a pouco, mas a minha expectativa era a de uma qualquer lição sobre qual era a genética dos hominídeos da mesma linha, do furtivo neanthertal e outras que tais.


Como disse na brincadeira e na badalhoquice, a desilusão surge quando se cria uma ilusão. Neste caso não era uma ilusão mas uma expectativa fundamentada: prometeram-me uma origem genética do Homo Sapiens moderno! Mas o que recebi em troco de € 4.5 (tenho desconto por ser amiga de Serralves) foi o apresentar de uma teoria que me pareceu não ter grande nexo, ser por vezes despropositada e ter grandes saltos de fé! E vou tentar demonstrar isso, consciente de que posso apanhar uma grande abada por me ter falhado algo fundamental.


Podem encontrar aqui a página do Tim Crow em Oxford e aqui a da Wikipédia. O "resumo mais resumido" é:


"My research interests have been in the neural mechanisms of behaviour, and the nature and causation of psychosis. These two interests have overlapped. On the basis of certain key findings, my concepts of the nature of the problem of psychosis and the most relevant approaches and disciplines have evolved over time. Most recently I have become interested in its relationship to the origins of modern Homo sapiens and the evolution of language. Below I summarize the major areas of work and my current research interests."


Destaco que a origem do homem moderno é a última parte de um trabalho essencialmente de psiquiatria. A parte da genética, que me pareceu mal sedimentada (mas eu não sou a pessoa adequada para fazer esse julgamento) começa a fazer sentido. Mas é mais grave que isso.


O Tim Crow apresentou uma série de argumentos (o que eu chamo preliminares) acerca de como a linguagem definia o ser humano. Foi mais longe: se é o que nos define como espécie, a especiação do homem foi decerto algo que permitiu a aquisição da linguagem. Mas a hipótese (que me parece um pouco "ao dependura") não foi bem defendida nem do modo mais claro. Penso eu de que.


Depois falou de um conceito que não sei explicar a que chamou assimetria cerebral. O que eu pensei que era uma assimetria morfológica (pelo modo como apresentou um esquema de um cérebro em que a simetria não era total do lado esquerdo e direito, mas tinha umas bossas) passou a ser durante a discussão ou morfológica ou funcional (não deu bem para entender), por isso não me vou alongar. Sei que houve aqui um salto de fé que atribuí a eu não estar dentro do assunto. Sendo verdade, não era toda a verdade e não justificava tudo porque ele devia ter sido mais claro e não foi.


De repente a assimetria cerebral (recordo que não ficou claro o que era essa assimetria) explicava tudo desde a linguagem à esquizofrenia, psicoses e lateralidade. Mostrou que os chimpanzés não eram tão marcadamente dextros ou canhotos como nós, mas tenho dúvidas que um chimpanzé tenha tanta necessidade de escrever apontamentos de aulas (por exemplo). Explicava ainda (não sei como) a capacidade verbal.


Depois passou a como as mulheres tinham mais capacidade verbal que os homens, o que o surpreendeu muito. De onde se deduz logicamente que ele não sai muito e/ou não tem grande capacidade de observação. Esta parte é meio a sério meio a brincar: ficou surpreendido por meninas de 13 anos mostrarem claramente uma superioridade verbal em relação aos meninos da mesma idade. Ora isto até empiricamente se nota! Perdeu pontos logo aqui (e não é feminismo), mas já vinha em trajectória descendente.


E perguntam vocês: então e as As Origens Genéticas do Homo Sapiens Moderno??? Esta foi a pergunta que eu comecei a fazer a mim mesma a dada altura, porque a apresentação estava quase a acabar! Às vezes há preliminares a mais! No caso, os preliminares estragaram o efeito da coisa em si. Ou não, nem sei. Na volta foi o coisa e tal que era fraquinho mesmo!


Na Wikipedia diz o que ele tentou demonstrar resumidamente: "investigation of a gene (ProtocadherinXY) located on the X and Y chromosomes that has changed in the course of hominid evolution and may have played a particular role in the development of the cerebral cortex". Mas o que ele defendeu não foi um "particular role": o que ele disse foi que a especiação do Homo Sapiens se deveu a uma mutação NUM GENE!!! Esse tal, da assimetria (o que quer que ela seja), ou seja, o que possibilita a linguagem, que por sua vez define o homem. O que me parece um disparate: um gene???? Um único?


Pior que isso, não sabe o Tim Crow (nem ninguém, pelos vistos) se esse gene existia no Neanthertal (ele não sabia grande coisa sobre o Neanthertal, como se tornou óbvio pela presença de arqueólogos na plateia). Logo, se o que nos define como homem é a linguagem, o Neanthertal era homem? Era da nossa espécie? Possuía linguagem? Possuia o gene mas não a linguagem? Estranho! Muito estranho! Demasiadas pontas soltas! E depois voltamos ao mesmo: um único miserável gene de características obscuras caracteriza o homem? Parece-me... forçado! Não digo que não seja verdade (nem que seja verdade mesmo!), mas não me parece que tenha sido defendido da melhor maneira e da maneira mais clara.


Ainda tentou meter a selecção sexual ao barulho, o que também me pareceu forçado. Ou seja, coerente com o resto da apresentação.


Não fiz perguntas porque estas só me surgiram quando me apercebi que não compreendi coisas que não eram para compreender. Dito isto, não entendi coisas que ele disse por não ter conhecimentos para isso, pelo que é possível que grande parte (ou tudo) o que aqui escrevi seja um disparate! Mas queria partilhar isto com vocês. Abobrinha também é cultura! Mas não muita!
Uma nota final: pelos vistos foi anunciado em programas de rádio totozisses como "Tim Crow vai destruir a teoria de Darwin". O que só demonstra que há pessoas que obviamente não sabem ler. Ou pelo menos não sabem retirar informação do que conseguem ler, mas adoram um escândalo!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Série de rapidinhas - 11

Chama-lhe boas intenções!!! De novo no Expresso:

""27 horas de amor", cujos lucros vão reverter para uma instituição de crianças carentes. [...] Maria Carolina, 27 anos, divorciada, duas filhas, não quis ficar de fora do espírito solidário e decidiu usar a sua profissão para ajudar as crianças com problemas de saúde: o dinheiro arrecadado em 27 horas seguidas de sexo vai direitinho para a conta da Fundação. Ao preço de 200 euros por cada hora, a "caridade" poderá chegar aos 3.600 euros"

Bem, 200 euros é caro! Acho eu! Phone-ix!

Mas reparem bem como a tipa é esperta:

"Defendendo que a prostituição é uma profissão "rentável", Carolina considera importante regular a actividade, para bem do país: "No que diz aos impostos, o Chile perde quantias impressionantes porque, efectivamente, este é um trabalho super lucrativo". "

De facto, 21% de IVA 200 euros dava um nico mais de 40 euros. Já que o Estado nos... Phone-ix em tanta coisa, não vejo porque não aproveita esta actividade tão rentável!

Já agora, ela não é do Chile mas do... Chulo!

Série de rapidinhas - 10

No Expresso:

"Ovo Fabergé vendido por 12.5 milhões de euros"


Phone-ix, por este preço espero bem que não tenha colesterol! E que seja rico em... proteínas (se bem que isto para a carteira seja tecnicamente mais uma enrabadela...)!

Série de rapidinhas - 9

Se isto não tivesse saído do blogue do circunspecto Henrique Monteiro era possível que eu não acreditasse! Não há mente não retorcida e pouco maliciosa que aguente! O que chateia é que alguém foi pago para esta porra!

Rapidinha por rapidinha, badalhoquice por badalhoquice, eu tinha inventado melhor por uma fracção do preço! Qualquer coisa tipo Phou-dah! Ou Phon-dassss! Ou Và-T-Phon-Dar.

Do DN:

"Os Correios de Portugal - CTT vão lançar amanhã a sua oferta de telecomunicações móveis. O nome escolhido pretende "marcar a diferença" e ser associada a boa disposição. O serviço de telemóveis dos CTT vai chamar-se Phone-ix (foneticamente acaba por se ler 'fonix', uma palavra do calão português que é uma expressão de interjeição), que apesar de ser associado a um público mais jovem os CTT querem "vender" a todos os públicos."

Do Público:

"A nova rede de telemóveis dos CTT vai chamar-se phone-ix. O anúncio será feito esta semana, tal como o início da campanha de vendas nas estações dos correios.O nome tem sido mantido em segredo pela administração dos CTT, mas entre os altos quadros da empresa há quem comente a sua fonética ("fónix") como sendo de mau gosto."

É o que eu digo: o sitemeter anda-me a enganar! Eu tenho mais audiência que o que aquilo indica!

Série de rapidinhas - 8

Título de uma mensagem de SPAM que recebi mesmo agora: "grow an anaconda out of your trouser snake"...

... quer dizer, eu concordo que a anaconda é gira, potente, uma carinha bonita (um pouco para a má rapariga), mas uma constritora dentro das calças seja de quem for não é a minha ideia de um aperto que me excite por aí além!

Mesmo porque a "snake" não é possivelmente tão gira como a anaconda (e tem menos poder de mandíbula e de digestão): é funcional, mas o design não é lá grande coisa.
A apetência por humidade é só para enganar!

Série de rapidinhas - 7

Por falar em ovelhas, hoje à noite vou ver isto num dos meus sítios preferidos no Porto e no mundo. A ver se fico mais inteligente (ou menos burra pelo menos).

E tem qualquer coisa que ver com reprodução, por isso estamos dentro da badalhoquice na mesma!

TIM CROW (REINO UNIDO)

29/11/200721:30

"As origens genéticas do Homo Sapiens moderno"

Crítica do contemporâneo: BIOLOGIA

Uma série de rapidinhas - 6

Vocês sabem que eu sou vegetariana. Com esta imagem, não sei se dá vontade de ser vegetariano... ou ovelha mesmo... pastando em verdes pastos!

De todo o modo, "comer" aqui pode ou não tem uma conotação vegetariana (esqueçam a ideia do Luís de simetria bilateral, versão assassino em série, que isso não é mesmo vegetariano e só é badalhoquice de todas as maneiras erradas).

Uma série de rapidinhas - 5


Não sei se isto entra como lesbianismo, mas isto são duas gatinhas enroladas uma na outra, no bem bom!

Uma série de rapidinhas - 4

Como toda a gente sabe, não há mulheres frígidas: o que há são más línguas e dedos frios!

E quando a necessidade aperta, cada gaja desenrasca-se como pode! Por exemplo, com uma cidadã com o mesmo tipo de equipamento de série (ou como dizia o Herr Flick do "Hallo, Hallo", women of the opposite sex). Mesmo porque o equipamento opcional (aka acessórios) se encontra em muito lado. Por exemplo, no duty free da rapidinha nº2 ou na mãozinha da Medeia da rapidinha nº 3! E que mãozinha! A cidadã do lado esquerdo não tem aspecto de ser má língua!


A cidadã Madonna diz que beijou as cidadãs Britney e Christina por publicidade. Aqui para nós o Guy Richie tem todo o aspecto de ser má língua. Mas cá para nós, isto foi fingido demais e não houve língua! E a Madonna está com um aspecto um bocado recesso quando nem é o caso!

As Tatu... não sei! Nem quero saber!


Esta cena foi da "Letra L" (essa bela localidade). Depois deste beijo a personagem da direita (falha-me o nome) deixou um gajo giro pelo mulherão da direita. O gajo até era giro, mas a fulana da direita é mesmo um mulherão e põe qualquer uma na dúvida! Um dia destes dedico-lhe um post!

Estas duas cidadãs não sei quem são, mas estavam num site lésbico e a fotografia é gira!

Uma série de rapidinhas - 3

Eu estou convencida que há mais gente a ler a Abobrinha que o que o sitemeter acusa!


Senão vejamos:


Não, isto não é uma fotografia do último espectáculo de sexo ao vivo! Isto é a ilustração da peça "Medeia" que vai passar na Culturgest, em Lisboa e a imagem foi tirada daqui.


Não é badalhoquice: é arte! Conforme a filosofia da Abobrinha!


Só protesto porque a Medeia que eu vi era uma soprano finlandesa entradota (e com um vozeirão filho da mãe). Suponho que não se desnudaria para não constipar. Mas o que me interessava mesmo era o pianista!


Agora a conversa da treta para justificar a nudez:


"Os intérpretes estão nus a maior parte do tempo e o texto surge pontualmente - "só se diz o essencial" - em várias línguas. "Pode-se dizer que pusemos a roupa de lado, como pudemos o texto de lado. É uma espécie de partir do zero (no início o Homem andava nu) ou fazer tábua rasa de tudo. Esta é sobretudo uma viagem emocional, mais do que intelectual."


Pois... chama-lhe intelectual! E ainda por cima sem texto! Como conversa da treta, eu abadalhocava ainda mais a coisa! A posição, os sapatos do homem e os "penteados" são o máximo! Mas eu era capaz de passar uma gillette no rapazinho!


A cultura é fantástica, não é?!

Uma série de rapidinhas - 2



"Criado um "passaporte de sexo seguro" para os sítios de encontros on-line"


"O crescimento na Internet de sítios de socialização e encontros levou uma sociedade norte-americana a desenvolver o primeiro passaporte "Safe Sex" (sexo seguro), uma garantia de que o internauta não tem uma doença sexualmente transmissível."


Acho bem! A livre circulação de bens e serviços é para todos!


Não sei qual será o equivalente do espaço Shengen (e não sei se quero saber!) nem o que se terá que declarar na alfândega. Imaginem: tenho a declarar um pepino e dois tomates. Dimensões... mmmm... pois... métrico ou imperial?


O duty free deste tipo de viagens deve ser uma moca!


Não sei se quererei saber quem pertence ao clube de passageiro frequente.


Se os encontros são online não há problema. Quando passam a offline e se faz o (ahem) check-in é que se torna relevante o passaporte. Principalmente quando se faz logo check-out... e depois check-in/check-out, check-in/check-out, check-in/check-out, check-in/check-out, check-in/check-out, check-in/check-out, em movimentos ritmados.


O mercado negro de passaportes falsos não tardará a florescer.


A ilustração é de um passaporte alemão, porque em alemão passaporte é "Reisepass". Literalmente "passe de viagem" ou assim uma coisa. É menos insípido que "passaporte" e dá mais a conotação de lazer! E é vermelho! Não é só a língua do Camões que é traiçoeira: a do Goethe também é uma moca!

Uma série de rapidinhas - 1

Bem, já que as badalhoquices com muitos preliminares e muitos entretantos não parecem render muitos comentários, tenciono lançar uma série de rapidinhas a ver o que dá. Em vez de uma mulher de uma por dia, vou ser (até quando me apetecer) uma mulher de várias ao dia! Rapidinhas!


A primeira estava prometida para a Allanah: pensei que eras a "pinxeja" dourada, não sabia que eras a ninfa que salva o lado de um bidão de óleo. Na volta é mesmo só a diferença no grafismo. Seja como for, estavas muito gira e a minha pequenina gostou dos bailados e da mensagem ambiental do conto.


A próxima rapidinha segue... quando me apetecer! Afinal, o blogue é meu e eu sou uma mulher moderna e independente!

sábado, 24 de novembro de 2007

A nudez na arte - parte 2

Ora cá estamos, a debater a arte e a nudez na arte. Dado o número de avassalador de comentários (uuuuuuuuuuui!) no post anterior e o meu receio de sofrer represálias tipo um gato morto pelo correio ou um tiro de pistola de pressão de ar e ainda o facto de este ser um estabelecimento comercial (sem lucro, como muitos) que se preocupa com o número e qualidade de comentários por post, tenho que aumentar em muito o grau de badalhoquice deste tema. Espero que estejam preparados!

Ora passemos à análise socio-psicológico-hermenêutica da performance do senhor Kyungwoo Chun... ... ... não vale a pena! Vamos direitos à badalhoquice. Por exemplo, quando ele opta por propor: "Escolhe uma pessoa que não conheças. Sentem-se uma em frente à outra. Apoia a cabeça no ombro direito da pessoa que está à tua frente. Mantenham-se descontraídas durante 15 minutos". Fez ele muito bem!

Ora acontece que a notícia refere só gajas. Há várias hipóteses:

1. Os homens acharam que era extremamente gay andar a deitar a cabecinha no ombrinho de um outro homem;


2. As mulheres presentes não valiam o esforço de descobrir se "a relação com o outro é um apoio ou uma carga". E que tipo de carga... mesmo porque há quem defenda que as cargas são todas iguais, mas há umas cargas que valem mais a pena que outras,


3. As gajas é que acharam que não queriam “cargar” com os homens que tiveram o mau gosto de ir à feira de arte;

4. Definitivamente, feiras (de arte ou outras) são coisas de gaja, e arte não é excepção;


5 - o Kungwoo Chun só aceitou gajas para a performance. O porquê mereceria uma cuidadosa análise, cheia de badalhoquice, mas a melhor explicação é que:


6 . Só apareram fufas nas exposição!

Eu tinha que introduzir fufas em qualquer lado! Quer dizer, introduzir, salvo seja, porque boa parte dos truques das fufas não são introdutórios! Isto só quando eu era adolescente é que o pessoal perguntava “mas o que é que elas fazem”? OK, adolescente é capaz de ser um bocado forçado, porque eu fui muito inocente até muito tarde. Mas isso agora não interessa nada. Mas já apareceu a palavra fufas... faltam as imagens!!!

Vamos assumir que o Kyungwoo Chun tem, como qualquer gajo, pelos vistos, fantasias com fufas. Ora não creio! Aliás, o homem não tem grande categoria para tarado sexual! A fotografia que apresentei no post anterior é só para enganar (e aproveito para dizer que na altura que carreguei a não fotografia não tinha reparado no “bushism”, mas agora é tarde demais).

Se o Kyungwoo Chun tivesse categoria para tarado sexual moderado (em tudo se exige moderação) ou mesmo para artista, teria elaborado a obra com nudez. Porque de vestidos estamos nós todos fartos (e a moda está a virar-se perigosamente para conceitos de anos 80, como algumas combinações horrorosas de calções ou calças com leggings). Por exemplo, esta imagem destas duas cidadãs (uma de cada cor, e numa fotografia a preto e branco) demonstra que a relação com o outro é de apoio para a que é mais baixinha! E que apoio!

Motra ainda que a amizade é mais que o monocromatismo de uma imagem estilizada pela visão de um artista com mais visão que a do Kyungwoo Chun (como se isso fosse difícil). Pode-se deduzir ainda que o autor da fotografia não é um autor mas uma autora, e que todas estas cidadãs têm preferências sexuais por cidadãs do mesmo sexo, e nessa altura entramos no campo do bacanal! Esticando ainda mais a imaginação, podemos deduzir ainda que a fotógrafa terá envergará um fato idêntico ao das duas modelos... e que a seguir foram bebericar cházinho com waffles com chocolate fundido... e toda a gente sabe que o chocolate fundido por vezes se escapa e vai cair teimosamente na roupa... e depois tem que se limpar, senão mancha!


Onde é que eu ia? Ah! Na arte! Há quem não goste do nú integral mas opte pelo minimalismo indumentário. Nessa altura estas duas cidadãs não chegaram ainda a abraçar-se nem a aperceber-se do apoio de uma na outra. Mas têm todo o aspecto de estarem dispostas a receber a carga uma da outra! E que carga! A Milla Jovovitch com ligueiros mais básicos que estes deu cabo de tudo no Resident Evil 3. E olhem que era na secura do deserto!



O cidadão Tom Ford é que as sabe todas, porque apanhou a Keira Knightley e a Scarlett Johansson nestes preparos. Não contente com isso, mandou que lhe tirassem a fotografia e a escarrapachassem na capa da Vanity Fair. Há quem mande MMS para os amigos, mas a capa da Vanity Fair não é para qualquer um. E ainda conseguiu que lhe pagassem para isto e lhe chamassem arte! Claro que eu acho que a Keira Knitley parece um pau de virar tripas, tem um cabelo fraquinho e um sorriso de choca. Em contrapartida os meninos podem argumentar que ela andar sempre com a boca aberta é bom augúrio e que com a luz apagada são todas iguais. E que a Scarlett compensa! E aí já não tenho argumentos! Mesmo porque a Scarlett é espantosa.


Mais vestida, mas mais fufa, temos a Ellen DeGeneres, que eu adoro por vários motivos: é linda, inteligentíssima, tem olhos de gato, tem um humor bestial... e vive com uma mulher com idênticas características! Neste caso, o abraço da Ellen é como quem diz: “apoio o carago! Quem anda a comer a Portia de Rossi sou eu, e vocês podem ver mas não mexer!”.


No campo de nudez temos ainda o especialista Stanley Kubrik. Claro que nem todos os nús são iguais! O nú imediatamente abaixo reporta-nos para a noção que o empilhar (cuidado com a falta que pode fazer um “h”) de corpos poder significar a redução corpórea de um monte de indivíduos que no seu dia-a-dia se distinguem social e profissionalmente pelo que levam vestido e por todas as convenções humanas... a um monte de carne! Digo, a uma obra de arte dentro de uma obra de arte! Não se pode assim reduzir a arte a um monte de carne! Ou pode, mas ainda ninguém disse que isso era genial, por isso não vale!

Já a imagem seguinte pode significar que o Stanley não tem grande cuidado quando vai ao balneário e o sabonete lhe escorrega! Problema dele, mas não me apanhava nestes preparos (nem na anterior, mas isso não vem ao caso)! Por outro lado, pode ser uma crítica fugaz ao modo de oração muçulmano, mas de certeza que não quis problemas com aqueles cidadãos. E porque, ao contrário do Herr Krippmeister, poucas pessoas são capazes de avaliar pelo rabo a nacionalidade ou religião de cidadãos desprovidos de roupas!




Este post vai longo, pelo que quero aproveitar a ocasião para relembrar a necessidade do diálogo. Ilustro com um suposto monólogo, mas a avaliar pela participação, deve ser mas é uma grande tertúlia! E que tertúlia! Mas o tema ainda não se esgotou: tenho muitas mais imagens e estou a tentar forçar o badalhocómetro para níveis decentes antes de activar o lamechómetro! Ou não (ainda não decidi).


O que é preciso é estupidez natural!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A arte a nú - parte 1

Aviso à navegação: posso ter induzido em erro em relação ao objecto deste post. É que este post não é sobre fufas, mas sobre arte. A minha visão da arte! Dito isto, acho que já ficou estabelecido que eu sou míope (pelo que a minha visão do que quer que seja não é necessariamente grande coisa), que eu não percebo a ponta de um corno de arte (e de pouca coisa de pouca coisa em geral), o que nunca me impediu de emitir uma opinião. Dar à língua, portanto. Ou no caso, dado o veículo de comunicação ser o escrito... dar ao dedo! E olhem que com a quantidade e qualidade de imagens que recolhi, acho que isto vai ser mais uma saga que um post! Ou seja, várias não-rapidinhas em vários actos! Como todas nós gostamos! E aqui vai a primeira parte!

Ora bem, normalmente a arte moderna consegue despertar em mim várias emoções: enfado, vontade incontrolável de me enrolar a um cantinho e dormir o sono dos justos, vontade de me rir, vontade de chorar pelo tempo perdido e um eventual interesse moderado. Ocasionalmente há qualquer coisinha que goste, mas acho que isto de arte já não se restringe aos circuitos espartilhantes das galerias e museus. Em alguns casos é pena, porque assim o mundo seria um pouco menos feio!

Este post fala um pouco acerca da violenta reacção de protesto contra uma certa pseudo-arte que anda por aí. E vou desmascará-la! Não só isso, como vou ainda mostrar como se faz arte a sério.

No Público de 9 de Novembro:

“O que estão 18 mulheres a fazer sentadas, de olhos fechados, num longo banco preto no meio da feira ArteLisboa? A dormir? A pensar? Têm a cabeça apoiada no ombro da mulher que está à sua frente, e há uma pequena máquina de filmar apontada. Ahh, e, vendo melhor, há um homem com ar oriental a olhar atentamente. Às 19h30, o homem avança e diz que terminou.“

Confusos? Eu também! Continuando:

“A performance do coreano Kyungwoo Chun começou às 19h15, e havia mais duas previstas para essa noite - foi um dos acontecimentos da inauguração da ArteLisboa, na quarta-feira ao fim do dia, na FIL. O convite era simples: "Escolhe uma pessoa que não conheças. Sentem-se uma em frente à outra. Apoia a cabeça no ombro direito da pessoa que está à tua frente. Mantenham-se descontraídas durante 15 minutos"."

Portanto, é mais ou menos isto (não consegui tirar a imagem original).


“O artista já fez a mesma performance em Seul e Barcelona, e o resultado, explica a galerista, é um trabalho sobre "as relações entre as pessoas e o significado do tempo, a necessidade que temos uns dos outros". Os quinze minutos são o tempo suficiente para as pessoas poderem relaxar, as cabeças tornam pesadas no ombro de quem está à frente, e só assim se pode perceber se "a relação com o outro é um apoio ou uma carga"”.

Ora bem, isto é uma grandecíssima treta, que eu já explicarei num dos vários actos desta badalhoquice... digo, blogue!

Ainda por cima, diz uma tipa:

“"Ele é um filósofo! Não acham?", pergunta, no final, entusiasmada, Cristina de la Fuente, a responsável da Arteko, a galeria de San Sebastian que representa Kyungwoo Chun.”

Ora aqui está um caso crónico de uma mulher com falta de sexo! Ao fim de um tempo afecta os neurónios! Não, filha, não é um filósofo: é um coreano com a mania que é artista e que nem categoria tem para ser tarado sexual! Põe 18 mulheres a jeito e só consegue fazer isto?? Daah! Ao menos percebeu a importância dos 10 minutos e até os prolongou para 15. Mas 15 minutos de nada é... nada! Um dos únicos casos em que uma rapidinha seria preferível à coisa feita em condições. E depois entramos no reino do não-ser, mas não vamos entrar em badalhoquices!

Depois a notícia tinha mais umas paneleirices sobre instalações, recreações, experimentações e desconstruções. Ou seja, nada que interesse. O que me preocupa é que ele conseguiu vender a mesma treta de falta de interesse em vários sítios, um dos quais Lisboa onde me parecia haver um público com elevada cultura badalhocal. Suponho que não me enganei, mas que simplesmente aquela cena de arte andaria mal frequentada.

EU PROTESTO!!!! Andam a dar subsídios a gajos destes para fazer destas tretas e chamá-las arte?? O que é que eles percebem de arte? Nada! Eu também não, pelo que me considero igualmente em condições de receber dinheiro pelo que não percebo!

Arte que é arte tem nudez! Isso já sabiam os antigos (ora vejam as imagens dos frescos de Pompeia que eu aqui reproduzi), mesmo porque parece que o sexo não é uma invenção recente! A arte moderna ainda mais nudez tem, muitas vezes nem sequer se percebendo qual é o objectivo (o que é parte da piada!).

Como uma ópera que fui ver há um tempo na Casa da Música (Medea), em que a propósito de absolutamente nada uma gaja novinha (e jeitosa!) fica completamente descascada em palco! Pode ter contribuído para o prestígio da ópera e para o aumento do número de fregueses dessa bela arte e da casa da música, mas... ... não me convenceu. Mesmo porque eu estava distraída a ver quando é que davam os calores a um pianista com bom aspecto, mas com um cabelo tipo cogumelo (venenoso? Who cares?) e cara de louco. Claro que nada disso aconteceu, mas eu e a amiga que foi comigo temos a posição que se desejarmos muito uma coisa, ela acontece. Até agora não deu resultado, mas estamos esperançosas na mesma: gaja que é gaja mantém a fé! De novo, protesto: então a arte agora, além de falta de nudez, agora discrimina na nudez quando realmente a há? Mau!

Portanto, falava eu da nudez na arte... e é aqui mesmo que vou ficar, porque o post das fufas fica... para amanhã, se tiver tempo e inspiração! Está a marinar!

P. S. 1: Como qualquer estabelecimento comercial, o estabelecimento Abobrinha tem livro de reclamações (que guardo junto da caçadeira, carregada com tiros de zagalote). Estejam à vontade para reclamar da eventual falta de qualidade do post, ou mesmo da falta de badalhoquice. Não me responsabilizo é pelas consequências.


P. S. 2: Só para não ficarem a seco (por assim dizer), cá vai uma foto de uma fufa: a Rosie O'Donnell. Não é difícil de ver que a partir daqui é sempre a melhorar! Um dia destes vou mostrar a nova ilustração possível para o livro "O adeus às armas". Um verdadeiro manifesto anti-bélico! O verdadeiro "make love, not war", mas sem o cheiro a sovaqueira e charros!


P. S. 3: Para não ficarem de mal comigo, encontrei outra foto de um trabalho do coreano. Mais interessante qualquer coisinha, mais que não seja porque insinua fufice e tem rabos. Dos que interessam na óptica da maioria dos meninos, claro. Mesmo assim, continuo a achar que ele sofre de falta de sexo! Mas não se esqueçam que tenho outras fotografias e com um elevado teor badalhocal para apresentar nos próximos dias, por isso sejam cuidadosos nos comentários...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Amostra...



Isto, meus caros, é só uma amostra!!!!!! Eu depois acrescento texto! Mas vem mais!


(Continuado)


Isto, meus amigos, é um alerta para o flagelo da obesidade: as mulheres tendem a meter tudo na boca e os homens comem tudo o que apanham pela frente. Depois queixam-se que engordam!


Um dia destes noticiava o público que afinal não fazia mal ter um pouco de excesso de peso. Não sei, mas falta de peso é notoriamente pior (como provarei nos posts seguintes... possivelmente). Se levado para a badalhoquice, claro está! A língua portuguesa é muito traiçoeira. E há más línguas, mas não vamos por aí!


Não é traiçoeira a língua desta cidadã oriental (chinesa? Seja como for, a sombra verde não está com nada!), dado que a PSP se aguentou (ou ainda está nos preliminares?). Como força de manutenção da ordem pública, acho bem que não se excite assim com qualquer coisinha, senão tem que ser a GNR tem que pôr tudo na ordem. E não sei se o Rui Reininho aguenta (está com bom aspecto, mas tem uma idadezinha!). Nem que seja à bastonada... e olhem que aquele bastão tem uma conotação fálica, pelo que quem faz asneiras de modo a apanhar umas bastonadas poderá estar a exteriorisar um certo desejo recalcado vindo das suas pulsões edipianas da inveja do pénis (para as mulheres) ou do medo e o perder (para os homens).


Ora eu não sou invejosa, pelo que não quero GNR nem PSP ao pé de mim, e muito menos bordoadas de nenhuma das forças da ordem. Mas acho piada à PSP cor de rosa. Claro que nesta altura não está claro de que PSP eu estou a falar, nem interessa: o resultado é o mesmo discurso sem sentido, por isso não vale a pena aprofundar!


Poderá dar-se o caso de o namorado da moça lhe ter dito que queria que ela lhe falasse ao microfone... e ela está a praticar! Só que na volta pensou que o microfone seria a sério e não na badalhoquice!


Claro que se a pessoa prestar atenção, a posição não é muito orientada para as cousas fálicas... o que introduzirá (salvo seja) o tema do lesbianismo!


E pode dar-se o caso de eu estar a ganhar tempo para procurar mais umas imagens e mais umas ideias de uma carga badalhocal imensa! Ou não...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A queca real!!

Finalmente, a pedido de várias famílias, produções Abobrinha apresentam "A queca real", um espectáculo em alguns actos e cheio de badalhoquice. Sexo explícito, nudez, justiça... e uma parolice sem fim!

Atendendo ao público relativamente adulto suponho que todos sabem como se fazem bebés. É através no mui nobre, íntimo e esforçado acto da queca, se bem que depois de ler o post do Desidério Murcho no De Rerum Natura tenha ficado com algumas dúvidas. Uma das quais sendo que não me lembro de o tipo andar comigo na escola, se bem que de certeza que leu humor de fontes idênticas. Isso ou ele tem andado a ler o meu blogue. Ou então, o que eu escrevo aqui é mesmo Filosofia e eu não sabia! Só tenho a fazer o reparo que a imagem de um planeta de José Cids clonados me força a pôr o badalhocómetro a trabalhar horas extraordinárias por não conseguir acompanhar tamanha badalhoquice (não para fazer os clones, entenda-se!).


Entendido que está que se fazem filhos por quecas ou actos médicos equivalentes, não há duas quecas iguais. Mas há quecas reais!


Esperem um bocadinho só por um pequeno parênteses, porque esta do acto médico equivalente parece-me roçar a genialidade (isso! Roça o que quiseres, mas não lhe chames genialidade!). Imaginem um engate com a seguinte linha de pensamento lógico:


-Queres encetar comigo um acto médico equivalente com vista a futura ou hipotética procriação por métodos naturais?

-Depende: só se fores religioso!


-Porquê?

-Gosto mais dos que se ajoelham e rezam!


Como podem ver, a religião não é só beatas! Quando há devoção também há espaço para deus: "oh, meu deus!" é uma exclamação válida quando a oração é bem feita. E respeita a não-crença de ateus porque eu escrevi deus com minúscula.


Dizia eu que se fazem filhos por quecas ou actos médicos equivalentes, não há duas quecas iguais. Mas há quecas reais! As quecas da família. As quecas reais da família real (que giro, q.r.f.r., como f.r.v.r., que em matemática era função real de variável real! Matemática também é badalhoquice!)! Qual é o espanto? Pensavam que um membro da realeza encomendava bebés assim à plebe? Ou que a expressão "sangue real" significava que havia algum tipo de altar da fertilidade em que os membros das famílias reais derramavam sangue e zás! nascia um rebento? Não, os reis e príncipes fazem filhos da mesma maneira que os plebeus: quequinhas, como todos nós gostamos! A badalhoquice é a mesma, os actores é que mudam!


Já estão a ver onde é que isto vai dar, certo? Pois cá está: a queca real, ao vivo e a cores no Abobrinha, como publicada no jornal satírico El Jueves (o jornal que sai "los viernes"!)! Se quiserem passar directamente para a parte da badalhoquice sem o sermão da liberdade de imprensa, é favor saltar 4 (!!!) parágrafos.


É natural que não se tenham dado conta que isto aconteceu, porque isso eu explico: este cartoon bestial foi publicado no dia 20 de Julho a fazer pouco da medida eleitoralista do Zapatero que promete 2500 euros por criança nascida em Espanha. Ao mesmo tempo faz pouco do que quer que faça o príncipe das Astúrias ao pô-lo a dizer "já viste que se engravidares, isto será o mais próximo de um emprego que eu tive?". Não percebo a dúvida, mas compreendo parte da indignação: o emprego do príncipe é mesmo fazer a mulher parir filhos para o suceder na inutilidade do seu cargo, mas é ultrajante dizer que o faz por 2500 euros! Toda a gente sabe que um príncipe custa muito mais que isso, e isso sem contar com o resto da famelga! Insinuar que um príncipezinho minorquinha só custa 2500 euros é um insulto!


Possivelmente por causa deste falso testemunho, todos os exemplares desta revista foram apreendidos, numa manobra altamente eficiente que tem o nome técnico de censura. Mas o pessoal já perdeu a prática com estas cenas da censura, porque a única consequência prática desta porra foi que pessoas como abóboras sem-vergonha reproduzem o cartoon nos seus blogues. Mais: o El País também!


Porque é que acredito que não tenham sabido disto? Porque isto foi noticiado praticamente em nota de rodapé! Se ainda fosse um cartoon acerca de Maomé que fosse condenado por pessoas que não respeitam a liberdade de expressão dos outros, aí sim. Mas a santa Letizia e o S. Felipe não! Isso não pode ser! E, num dos julgamentos mais rápidos da história de Espanha, o cartoonista e o guionista do "El jueves" foram condenados a pagar cada um 3000 euros por ofensas ao príncipe e à coroa espanhola. E eles ainda gozam com a situação! Que mau feitio!


O próprio Felipe sai ao paizinho dele que, num acto de profundo provincianismo e desrespeito pela liberdade e diplomacia mandou calar o Hugo Chavez na cimeira Ibero-Americana quando nem sequer tinha a palavra. O Chávez é um burro todos os dias, várias vezes ao dia, mas é um chefe de estado que estava a ser camelo. Ser camelo por cima dele em vez de agir com a dignidade do Zapatero (e os seus lindos olhos de gato) é só... ser camelo! O rei provou que um burro só por ter uma coroa não deixa de ser burro. O filho irá pelo mesmo caminho? Não sei se terá sequer categoria para tanto, pois não li em lado nenhum que tenha reagido a esta porra do cartoon.


Agora que terminei a omilia, cá vai a badalhoquice! É que eu esqueci-me de escrever que... concordo com a retirada da revista das bancas! É de facto "objectivamente insultuosa" (foi o que argumentaram os juízes) para a família real e eu passo a explicar porquê.


1. Insinua que o príncipe é peludo. Isso é blasfémia, no mínimo! O príncipe, o sex symbol de Espanha, com pelos nas pernas? Ele é o Adónis de Espanha, o príncipe encantado! Com tantos pregaminhos e com esta carreira de estrela porno, faz a depilação de certeza absoluta! E como pode, a laser! Partes íntimas incluídas!


2. A Letizia não pode ter as mamas descaídas, nem naquela posição: a Letizia não tem mamas de jeito! É crime fazer uma insinuação daquelas! Não se faz!


3. O principe com pneuzinho? Não pode! Pois se ele não faz a ponta de um corno, não há-de passar muito tempo no ginásio ou a fazer tratamentos de emagrecimento? Daaah! Eu não o vi como José Castelo Branco a combinar uma dietinha rica em proteínas (eu não disse nada da origem das proteínas) para tonificar e reafirmar? Esta gente não pensa quando levanta falsos testemunhos destes!


4. Para insinuar que a Letizia possa ter o cabelo tão direitinho em pleno acto sexual era preferível ter chamado paneleiro ao príncipe! Não acredito que o herdeiro real tenha deixado a consorte com este ar de enfado e de cabelo saído do cabeleireiro: como é praticante da nobre e distinta arte da queca real, a esta hora teria a Letizia a trepar pelas paredes, desgrenhada, a deitar os bofes (ou outra coisa qualquer) pela boca e a dar graças ao criador, com letra maiúscula ou minúscula (ver observação sobre sexo e religião). Esta insinuação não vale menos que pena de morte! Por decapitação! Com um machado rombo! No mínimo!


5. Os príncipes, como profundamente católicos que são, tinham ao menos que ser caricaturados na posição do missionário. O que é que o missionário tem que ver com isto gostaria eu de saber. Mas isto são daqueles mistérios que não são para cabeças de abóbora perceberem. Esse e o virar para profundamente católica de uma gaja que se estava tão a cagar para o assunto que o primeiro casamento até foi só civil! Seja como for, caricatura só na posição do missionário e com uma nota de rodapé a dizer que o casal real dá quecas reais em várias posições. A ser verdade o que escreveu num comentário o preclaro António uns posts atrás acerca de recomendações para sexo pós-parto em civilizações pré-colombianas e atendendo a que o pós-colombiano implica espanhol e coroa espanhola e partindo do princípio que os espanhois aprenderam umas coisas com os índios... muita sorte teve o casalinho em ser caricaturado ANTES de fazer o bebé!


E acho que é mais ou menos isso! O Saramago também fez uma caricatura de uma queca real com imensa piada no "Memorial do Convento". Mais tarde, e porque um tipo parece que tinha dificuldade em ler sem pontuação, fugiu para Espanha, esse bastião da... eeeeeeeeeeeee... liberdade... de... expressão! Pois! Mas quem é que disse que ele fazia sentido?


A indemnização de 3000 euros por artista também não é coincidência: é o preço de duas quecas reais (eles têm dois filhos, que custam a criar como os outros) + juros + taxas de justiça! Os espanhóis são muito bons de contas! Por isso é que andam a lixar-nos pela medida grande... ou seja, de novo a queca real! Mesmo assim acho que 300o euros por queca é muito: há senhoras que fazem o servicinho por menos e fica bem feitinho à mesma!


Por isso, meus caros, dada a celeridade da justiça espanhola, não se supreendam se este blogue de repente desaparecer e uma abóbora aparecer brevemente no banco dos réus a responder por injúrias à coroa espanhola. Não, eu não tenho BI espanhol, mas isso é um pequeno pormenor técnico: assim como assim eles já invadiram muito isto!
Uma nota positiva: o facto de o "Contra Informação" e o "Inimigo Público" ainda existirem e não haver notícia de processos judiciais ou encomendas com gatos mortos para a direcção ou para os criativos indica que ainda somos uma democracia funcional. Falida, mas funcional! Ou por outra, tesa!

Coincidência ou não, a infanta Helena anunciou hoje a separação do marido. Cá por mim, depois de ver o cartoon do mano mais novo, concluiu que ele era má língua...
P.S. Isto saiu assim um bocado sério demais. Se vir que tal, vou ter que lançar a piada do 69!

domingo, 11 de novembro de 2007

Como eu saí de casa sem destino e acabei na Ribeira com um casal de meia-idade americano com um estilo de vida dink

Este sábado decidi celebrar a minha vesícula funcionante, o meu elixir da juventude (objecto de um post um dia destes), a minha não-gripe (dá assim um ar pós-moderno, não acham?), o preço do gasóleo e saí da porta fora com o firme intuito de não ter destino.


Vou ignorar para efeitos de simplicidade que mantive sempre em mente o sofrimento de um grande amigo por quem não posso fazer mais que desejar sorte e ouvi-lo se for o caso. Ignoro ainda o facto de não ter presenciado duas tragédias em dois dias consecutivos por uma questão de 2 minutos, dado que me cruzei com elas depois de terem acontecido e imediatamente antes de ter chegado socorro (o que, bem contado, deve dar exactamente 2 minutos). Mas isto é um post positivo.


Podia descrever-vos as emoções que senti durante esse saudável passeio (a butes), a melancolia, a declaração de amor à cidade do Porto, mas isso é um bocado seca! E eu tenho uma reputação a manter! Além disso, o Jorge Fiel já fez a declaração de amor à cidade do Porto muito melhor do que eu conseguiria, por isso leiam a dele e coloquem dúvidas se for o caso. Vou então cortar as partes seca e passo directamente às curiosas e/ou badalhocas. Omito também a parte em que é a segunda vez que escrevo esta merda porque o blogger achou por bem apagar o texto e as imagens... que tristeza!


Começamos pelo facto já conhecido que aqui o "je" tem um fetiche pelas línguas. Há doenças piores! Acho ainda a linguagem gestual super-sexy (por simplicidade vamos esquecer que resulta da necessidade de comunicar de pessoas que não são capazes de ouvir) porque envolve algum jeitinho com as mãos. O que é sempre bom e pode ser útil! A imagem mostra uma mensagem em linguagem gestual (com a vantagem que foi deixada obviamente por um extra-terrestre), uma em árabe (a sombra é a minha mão a segurar na máquina) e uma em português.


As três mensagens encontram-se no ou perto do Largo de S. Domingos, pelo que ignoro se a imagem da direita é a tradução das outras. Pode ter perdido em elegância, mas ganhou em eficiência!


Continuando no tema línguas, temos... ... ora bem... eu não sabia que isto entupia! Nem que também havia fogões envolvidos! É o que dá: há aí muita mulher incompetente e muito más línguas! Também ignorava que havia gases envolvidos (o que nos leva à anedota do 69). Como os portuenses e nortenhos em geral sempre foram muito empreendedores, para a problemática dos gases abriu outra casa em 1850. Ignoro se uma mana Salgado é frequentadora da casa para resolver sublimantes problemas (para quem não sabe, a sublimação é a passagem de uma substância do estado sólido ao estado gasosos. Não especifica o cheiro, que é propriedade da substância em si). Pode-se argumentar que também não interessa minimamente para o caso!

No largo S. Domingos ficamos ainda a saber que a Mona Lisa ou sorri por causa da qualidade da "bejeca" ou porque pode pintar com tintas adequadas a qualquer temperatura. E todos nós sabemos como a pintura de construção civil é sensual por nesta altura do campeonato (em que ainda por cima o Benfica deu uma cabazada de 6-1 ao Boavista; não vem a propósito, mas não é todos os dias!)! Pode também pôr-se a hipótese de ela estar a rir e não a sorrir. E nessa altura está a rir-se de haver palermas que perdem tempo a pensar porque é que ela sorri.
Quem não sorri muito é o Narigudo Sá Betudo, o ranhoso (literalmente) anfitrião da exposição "Que nojo" em Lisboa. Mesmo quando tenho para lhe mostrar o primo tripeiro que ele não conhecia da Casa Neves. O que é o máximo é que, mais nariz ou menos, eu conheço pessoas com aquele tipo de expressão. Don't we all??
Tenho ainda para mostrar-vos umas imagens de baixo valor badalhocal mas com muita beleza. Fizerm parte da minha caça a pormenores de grande beleza no Porto. Mas aviso já que os pormenores são muitos!


E nesta altura a questão: então... e o título? É parte daquela tendência de falar, falar e não dizer nenhum? Não! É parte da tendência de deixar o título para o fim (há pior: não ter o título nada que ver com o texto, mas eu não sou jornalista para fazer isso).


Na verdade, fui desaguar à Ribeira a dada altura desta minha caminhada. Concretamente à casa do Infante (que eu tenho vergonha de dizer, nem sabia que existia). Lá encontrei o casal de americanos com quem conversei o resto da tarde toda acerca de política.


Eram uns queridos: professores reformados (ele de história das religiões, ela de inglês) e que deram umas quantas de voltas ao mundo. Eram ambos de ascendência 100% sueca e viviam numa pequena cidade (acho que) do Illinois (tive vergonha de perguntar, porque a isso seguia-se a constatação de que não sabia onde é o Illinois), onde os únicos estrangeiros que lá desaguavam eram os que eles levavam em programas de intercâmbio de professores e alunos.


Falamos, falamos, fomos para uma esplanada e continuamos na conversa até estar frio demais para se poder estar confortável. E até que uma amiga me ligou a arranjar programa (comprar uma rã, mas isso é outra história). Tiramos uma fotografia (por motivos óbvios não a reproduzo aqui) e trocamos e-mails. O endereço de e-mail deles é a coisa mais kitsch do mundo: um compósito do nome dele e dela! Eeeeeeeeeeeeeeek! Mas perdoa-se porque eles realmente são uma doçura! E ainda fizeram questão de abraçar um hábito muito português: despedir-se de mim com dois beijinhos.
Quando for aos Estados Unidos já tenho onde ficar durante 2 ou 3 semanas (foi o que eles disseram). Pode ser um bom ponto de passagem para Los Angeles, onde procurarei o estilo de vida "letra L" (nem por isso, mas não tenho falado de fufas). Pena não saber onde é a cidade deles!


Perguntei-lhes se eram conotados como esquerdistas. Bem, depois de sairem à rua com faixas anti-Bush e anti-guerra no Iraque, trazerem estrangeiros para uma cidade rural esquecida por Deus... qual era a dúvida?


Acresce que era a terceira vez deles em Portugal. Estiveram aqui em 75, mas disseram que não conseguiam encontrar um hotel em lado nenhum porque estavam todos ocupados. Pôs-se a hipótese de ser por causa de termos que receber o fluxo de refugiados absurdo que se seguiu à perda das colónias. Faz sentido ou é muito rebuscado?


Já agora, dink não tem nada que ver com coisas sinistras como swinging ou outros hábitos sexuais. Significa somente "Double Income, No Kids", que era precisamente o que eles tinham: trabalhavam os dois e não tinham filhos. E ela tinha uma mãe sueca de 90 anos, completamente para as curvas e com todo o aspecto de durar muito tempo sem precisar grandemente do seguro de saúde de que também falamos. Há pessoal assim! Claro que de vez em quando toda a gente tem uma mazelita por outra, mas vai passando!


Fiquei também supreendida com a revelação que me fizeram: antigamente os professores não tinham um currículo para seguir. Ou seja, o que ensinavam era ao seu próprio critério. A cena dos "guiões" do que se ensina era coisa recente. O que explica umas coisas. Se eu fosse cínica diria que quase podia jurar que cá, na prática, era o mesmo! Mas não vamos por aí!

E foi mais ou menos isto (as partes interessantes) para animar as hostes e a mim mesma e começar a semana com saúde e alegria... e muita estupidez natural! BOA SEMANA!

P.S: Não está esquecida e queca real, que ganhou ainda mais interesse face a desenvolvimentos políticos recentes nem a importância da nudez na arte. Simplesmente, não tenho tempo nem inspiração para fazer tudo de uma vez!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A minha fixação pelo cabo da vassoura nos velhos tempos de pintora de construção civil

A vida de pintora de construção civil é muito rica e variada em experiências humanas e outras. Assim de repente não me lembro quais, mas é só ir aos posts que escrevi na altura a propósito da pintura da minha casa para recordar. Não posso fazer tudo por vocês, ou posso? OK, não respondam!


Estive a ver a saga de posts que se referiam à minha vida como pintora de construção civil e apercebi-me que não estavam ilustrados. Como o badalhocómetro daqui do sítio anda avariado, é uma boa maneira como outra qualquer de fazer descolar o gajo. Aqui vai disto.


Era uma vez uma casa com uns aninhos no pêlo. E cujas paredes desenvolveram rachas! Muito se pode dizer e já se disse sobre as rachas. Tudo com elevado valor de badalhocómetro! Neste caso, elas foram cheias com uma pasta esbranquiçada (muito se pode dizer acerca de massas brancas esbranquiçadas que enchem rachas também!). Como se pode comprovar aqui mesmo!


Como para muitas outras coisas, não precisei de um homem para nada e fiz o servicinho eu mesma, com as minhas próprias mãos e uns acessórios que comprei em lojas da especialidade. Nada de super-mercados: não deixo destas coisas ao acaso e não compro assim a uns sapateiros quaisquer. Para mim e para as minhas coisas (nem que sejam as rachas das paredes), só quero acessórios de primeira qualidade!



Chegados a este ponto, há que isolar os rodapés e outras coisas que não podem ser pintadas, no que eu na altura chamei de preliminares. Esta operação, como qualquer preparação para um evento importante, é demorada e se não for feita com cuidado é receita garantida para o desastre. O sexo, os relacionamentos e a pintura de construção civil têm muito em comum, como se pode ver!



Como em muita coisa, depois de verificar bem, verifica-se mais três vezes. Impulsiva como eu sou (e bem que me lixo com isso às vezes), esta é das partes mais difíceis. Pois há que verificar todas as superfícies e lixar rugosidades. A minha especialidade não costuma ser lixar nada nem ninguém, mas desta vez fiz um esforço e compensou. Convém é não fazer disso um hábito!


E toca de molhar o pincel! E a trincha! Oooooooooooooooooooooo... sexy! Nem por isso, mas há cabecinhas para tudo e que veem em qualquer substância viscosa branca motivo para fazer piadas. Gente muito triste, mas que irá longe na vida!


E pintei! Ainda se pode ver nesta imagem os restos do que lixei e o pincel a esgueirar-se por um canto mais estreitinho e apertadinho (o que foi uma COMPLETA coincidência na escolha da imagem!!!).


E neste contexto que surge a minha fixação pelo cabo da vassoura: é que ser pequenina tem essas coisas! Se na horizontal somos todos do mesmo tamanho (claro que uns são mais do mesmo tamanho que os outros e eu tinha um colega que dizia ser mais alto na horizontal que na vertical), na vertical a coisa muda de figura! Normalmente compenso isto com uns sapatos de salto ou uma pose altiva ou ambas, mas o mundo da pintura de contrução civil é muito mais honesto: não dá! Nenhum destes subterfúgios me faz chegar mais longe na vida. Longe para cima, claro.


Desanimada ante a dolorosa e penosamente demorada alternativa de dar à trincha em cima do escadote, olhei para o cabo da vassoura com um interesse que nunca havia manifestado antes. E olhem que já me agarrei ao cabo da vassoura muitas vezes.



Assim em repouso e no chão não diz o que é! Mas erecta é altiva! Peguei-lhe com carinho mas firmeza e arranquei-lhe a cabeça com um gesto firme. Como se fosse já habitual manipular desse modo cabos de vassoura! O que me interessava era a parte vermelha e delgada. Dava jeito que fosse mais grossa porque dava para agarrar melhor (mas também ficaria mais pesada), mas o comprimento era o ideal! Muito mais que 20 cm... e o cabo era telescópico! Oh, se era!


Substutuí a inútil esfregona pela tricha e ergui o meu novo troféu! Sim, eu sei que objectifiquei um acessório que merecia mais dignidade e que foi feito para a respeitável função de limpar o chão e outras superfícies (essencialmente planas). Mas o efeito inebriante de tapar rachas nas paredes ainda se estava a fazer sentir! E eu sinto tudo com muita intensidade!




Esta imagem é muito explícita e deve ser escondida de mentes mais puritanas. Tenho outras, mas a decência impede-me de as mostrar (é mesmo só porque a iluminação ficou uma merda, mas como não digo isso aqui, vocês ficam a pensar que é algo de realmente interessante; posso ir para jornalista: consigo fazer um drama de nada!).


E pronto, depois foi acabar o trabalhinho e deixar secar! Ficou um trabalho bem feito! O cabo da vassoura serviu-me bem e foi reatarrachado à esfregona. Hoje em dia quando agarro no pau da vassoura lembro-me sempre desses momentos especiais que partilhamos (sim, eu estou consciente que tenho que sair mais vezes).


No final, como em outros actos, há que remover a protecção. Aqui está ela, ainda com a substância branca já seca e feia. Sem viço, e sem cumprir o papel fecundador da parede! Mas a sua passagem pelo mundo teve uma função importante.



Apesar de não terem já préstimo para a sociedade, há que dar a estes restos um fim digno. Uma das hipóteses seria expor estes resíduos numa galeria de arte com um título pomposo (aposto que o Herr Krippmeister se lembra de algo com nível. Fica o desafio aberto a todos). Isto é no mínimo uma instalação e deve dar origem a reflexões muito profundas! Afinal, um amontoado de sopas em lata e detergentes para a roupa faz isso, porque não restos de fita crepe depois de uma pintura com estas características? A emancipação feminina, os preliminares, a sociedade de consumo são todos tópicos de reflexão para esta instalação!


Dito isto, embrulhei-os cuidadosa e carinhoramente nos restos de jornais e deitei-os ao lixo. Lixo já tem muito em galerias de arte!


E pronto, era este o segredo da minha relação com o cabo da vassoura. Se repararam, não era bem uma vassoura mas uma esfregona, mas é tudo a mesma coisa. Pau é pau!

O peão tem sempre razão


(é o que diz nesta passadeira, mas não consegui tirar a fotografia à frase toda)


... simplesmente por essa altura já pode estar esborrachado debaixo do carro! Mas tem razão, sim senhor! Ninguém lha tira, mesmo porque o sangue é difícil de raspar do asfalto!
Ontem fiz uma coisa que já não fazia há muito: conduzir sem destino! Conduzir só por conduzir, a velocidade constante mas segura (em via rápida, à noite, que dentro da localidade não ando com velocidade e tenho que estar atenta a 50 coisas ao mesmo tempo; sou muita coisa, mas não sou assassina nem irresponsável), de maneira a abafar os pensamentos, os sentimentos e a solidão, que de vez em quando incomodam para além do que é suportável. Existir só, portanto! Existir por existir.
Suponho que há modos de meditação mais amigos do ambiente, mas não posso salvar o mundo sozinha. Sim, eu sei que contribuí para o aquecimento global, mas posso sempre fazer como os outros e culpar os chineses e a sua fome de petróleo pelo que já estava antes de eles começarem a querer viver como nós (menos a democracia, que pelos vistos também não interessa ao menino Jesus nem à vaquinha do presépio: é só para enganar!). Além de que dizem que os chineses têm uma pilinha pequenina! Eu sei que não vem a propósito, mas tinha que meter um bocado de badalhoquice, que senão isto descamba de novo!

domingo, 4 de novembro de 2007

Badalhoquice na imprensa

Continuo sem inspiração, mas vou tentar compensar com transpiração. Usando um artifício muito moderno, assim muito sociedade do conhecimento, vou optar pelo "copy-paste". E lá vou eu para mais uma revista de imprensa.

Antes de mais, reafirmo a minha falta de fé na Cosmopolitan. Nem aqui figura, por manifesta falta de badalhocómetria suficiente. A Happy, que me sugeriu a Annita, também me deixou €1.5 mais pobre, mas nem por isso mais badalhoca. Uma tristeza!

O Público, contudo, tem sido fértil em títulos-maravilha. A semana passada chamou-me o Joaquim a atenção para um título fantástico:

"Forma de lidar com pilinhas dos bebés não reúne consenso entre a classe médica".


Bem, muito se poderia dizer acerca do assunto, mas não li o artigo por isso não sei do que tratava. E ainda estou com o badalhocómetro muito em baixo! Mas o que dizer deste:




Hoje mesmo, fresquinho! Refira-se que é uma declaração de amor à gaita de foles. Mirandesa. Não sei se é de qualidade superior às restantes, mas aqui estou a apelar à badalhoquice: é que a diferença entre os meninos e as meninas é que os meninos têm gaita de foles e as meninas gaita de beiços! E cada qual toca o que pode e a mais não é obrigado!


O Público tem ainda o destaque para uma exposição muito peculiar... há mais que uma semana, diga-se! Trata-se de uma exposição no Barbican Art Gallery sobre... sexo e arte! Não percebo grande coisa de arte, mas o artigo está ilustrado com figuras tão peculiares como um vaso em que mostra uma grega a apanhar qualquer coisa do chão; ora nesse preciso momento um indivíduo atraca-se a ela como uma lapa! Não se faz: apanhou a senhora desprevenida!


Noutra ilustração um nativo de Pompeia concorda com a afirmação de não há festa sem gaita... de beiços! Esta tenho-a aqui:


Sim, eu sei que isto mal se vê, mas não consegui apanhar a figura maior que isto.
Esta folha serviu para esconder as vergonhas de uns nús masculinos da rainha Victória. Se não me falha a memória, ela teve 9 filhos... digo eu que ela devia saber para o que é que aquilo servia! Parece que, ao contrário da classe médica, ela sabia o que fazer com as pilinhas!
E o que dizer deste comboiinho? Bem mais fixe do que aquele do qual foi atirado o Gandi!
Atenção que isto não é porcaria: é arte! Do mesmo modo, um desenho de um rabo não é um rabo mas um (pelo menos é o que diz o Herr Krippmeister)!
O Expresso tem a sua quota-parte de títulos fantásticos. Como este:
O sobre-título diz: "Medida visa reforçar o papel da família", mas eu acho que é para atrair turistas, ao afirmar que Singapura é uma cidade moderna e sem complexos. Senão vejamos: em que é que o sexo oral e anal contribuem para a família? Em nada! É como disparar munições secas! Não é produtivo! Pode-se argumentar que isto é a interpretação lata demais da afirmação que diz que o caminho mais rápido para o coração de um homem é pelo estómago... o que pode querer dizer que uma gaja tem que aprender a cozinhar... com "o" ou com "u".
Fica-me a dúvida: como é que se fazia antes de ser livre? Pedia-se autorização à polícia ou ia-se à Malásia? E se não é livre... quem é que vai denunciar? Não valia mais a pena proibir os gays? Ou isso ou ir para o Irão (ir... irão... olha que trocadilho fixe!), onde diz o mongo que manda naquilo que não há gays... estou em crer que ele está equivocado, mas ele é que sabe!
Possivelmente ainda, estamos perante um governo de Singapura muito preocupado com o aquecimento global , dado que o Expresso também noticia a afirmação de um tal Alan Weisman:
E é tudo por hoje! Não está ao nível dos posts de fufas (e duvido que chegue a esse ponto tão cedo), mas posso atribuir a culpa à Milla Jovovitch. Como? Porque na tentativa de recuperar a inspiração, fui ver um filme "calmo" (para mim um filme calmo é um filme cheio de sangue, mortes e cenas que tais, desde que de ficção). Ora o Resident Evil 3 - Extinction não é tão sangrento como o 1 (não vi o 2), além de que o gajo giro morre.
E fico por saber como é que se anda de calções e meias de ligas assim para o retro no deserto, mas pronto! É a Milla Jovovitch, por isso tudo se perdoa (mesmo porque um saco de serapilheira nela fica sexy, se for preciso). E porque vai ser mãe. O fim do filme tem que ver com a maternidade da Milla, mas não como vocês julgam. Mas estou em crer que os meninos vão gostar! Ai vão, vão!
Não foi muito inspirado, mas a intenção foi boa! Mas de boas intenções está o inferno cheio, certo?