E pronto, começou oficialmente a época dos filmes melosos de Natal! Aqueles que dá todos os Natais, como se este fosse o último! E é: é o último Natal do ano, não se pode desperdiçar. Sobretudo com mau cinema!
Claramente "Ghost - o espírito do amor" não é mau cinema: chorei baba e ranho a ver o Jack morrer e subir ao céu, ao mesmo tempo que me fartei de rir a ver os disparates da Oda Mae. E um bom filme tem por norma um moral da história. E qual é o moral da história do Ghost? Que se a pessoa se porta mal vêm as luzes pretas que a arrastam para baixo, mas quem faz potes de cerâmica a dois (com pouca roupa e ao som de músicas românticas) e não rouba enquanto trabalha em alta finança vêm as luzes brancas e levam-na para cima? O filme é relativamente omisso quanto à rectidão e moral de fingir que se fala com os mortos e se leva dinheiro por isso, pelo que é de certo modo um espelho da sociedade.
Não, meus caros, o moral da história do Ghost é que devemos andar sempre bem vestidos. Isto porque, se repararem, o Jack anda sempre de calças pretas e camisa vermelha: a mesma indumentária que tinha quando se finou. Com a vantagem que o sangue se limpou sozinho. Ou seja, não é preciso uma pessoa preocupar-se com a manutenção da roupa quando no estado de fantasma (mas eu desconfio que vocês já sabiam disto antes de eu vos dizer), só com ter o estilo e a atitude certas, porque é para a eternidade.
E pronto, agora que já disse o meu disparate bimensal, já posso retirar-me discretamente. Bom Natal e bons filmes! E vistam-se bem: aumenta as vossas hipóteses de viverem bem, de qualquer modo!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
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