sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Consultório sexual - semana 5
Espero que inspirados pelo rabo do Herr Krippmeister ou por outro qualquer que eu por aqui tenha deixado, eis-nos chegados ao momento mais aguardado da semana: o momento do consultório sexual!
No consultório sexual (anteriormente conhecido por consultório sentimental, antes de eu ter feito um facelift à coisa, para efeitos de marketing agressivo) não se aprende absoluta e rigorosamente nada que valha o tempo e o esforço, mas a badalhoquice e o humor estão sempre presentes. Nem que tenha eu que inventar nicks e perguntas de fazer puxar os cabelos!
Ora questionem (e VOTEM no boneco do Herr Krippmeister, seus desgraçados!). Eu responderei durante o fim de semana.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Eu avisei que o Herr Krippmeister tinha um rabo jeitoso e que tinha fotografias disso!
Ora neste momento estou a cumprir até duas promessas (o que é completamente contra-natura para um político, o que lança dúvidas sobre se serei ou não um deles): divulgar a causa dos bonecos do Herr Krippmeister nesta competição, com a prancha preta e a branca (nesta altura estão em 2º com 2012 pontos e 15ª com 1011 pontos, respectivamente, porque o pessoal é racista e preferiu a preta) e... provar que o Herr Krippmeister tem de facto um rabo jeitoso! O que ninguém contava, porque pensaram que eu estava a regar! Mas cá está, tirado deste post e vê-se que é a mais pura verdade!
Reparem na pose elegante, no rigor do método, na harmonia dos movimentos, no espírito de sacrifício, na ousadia das manobras, que lhe valeu certamente uma série de quedas na neve fria e dura ... e na firmeza daquelas coxas e glúteos!
Não acham que tanta dedicação merece uns votinhos LEGÍTIMOS (o oposto é com batota, o que pode ser descoberto e punido), nem que não seja só para limpar o sorrisinho de parvos dos que lhe chamam batoteiro, só porque têm complexo de "prancha curta"? Se ainda não votaram tentem arranjar, durante esta sexta-feira até às 11 da noite de cá, quem se ofereça para votar do seu próprio e-mail. É por uma boa causa: um rico rabo... digo, um rico menino e um excelente artista (era isso que eu queria dizer, mas fugiu-me a boca para a verdade).
E aqui que ninguém nos ouve, não acham que vale a pena assediar um rabo destes??
Aqui se prova mais uma vez o amor do Herr Krippmeister pela modalidade e o jeitinho que tem para comunicar... se bem que aqui também dê para ver e com outro rabo envolvido, mais do agrado de outros frequentadores deste blogue em que não se aprende a ponta de um corno!
Para as meninas, este é um post na senda do tema "gajos". Para os meninos fica a promessa de me tentar inspirar para um post sobre uma imagem que tenho de duas cidadãs com rabos muito mas muito jeitosos... capazes de derreter toda a neve de Andorra, sem emissões de gases com efeito de estufa... e isso é outra promessa para cumprir! Mesmo!
Votem no Herr Krippmeister ou arranjem quem vote... pleeeeeeeeeeeeeeeeeeeease! É que eu já não tenho margem de manobra!
A promessa de muitos posts com um nível de badalhoquice elevado em troca de um favorzinho
Não gosto de manias de coitadinhos. Detesto pessoas que por um motivo ou outro não têm sucesso em alguma coisa e em vez de fazerem alguma coisa acerca do assunto ou resignarem-se porque houve alguém que foi melhor que eles, disparam simplesmente com as seguintes afirmações:
1. é ladrão
2. Tem padrinhos
3. Teve sorte, não foi mérito
4. Fez batota
É este último que me aborrece neste momento! Para quem tem andado fora deste blogue ou em coma profundo na última semana, o Herr Krippmeister submeteu dois bonecos ao Burton Design Competition, esta preta e esta branca. Ambos os bonecos tiveram uma ascenção meteórica, mas a preta chegou a estar em 2º lugar com quase 2000 votos (se toda a gente tivesse dado 10 pontos, isto implicaria 200 pessoas a votar).
Como muitos casos de sucesso, o do Herr Krippmeister gerou invejas e uma série de participantes chamaram-lhe batoteiro (a ele e a todos os com muitos votos). Seguramente gente insegura e com a "prancha" pequena, Ora se eu não tivesse feito as contas de cabeça e tivesse chegado a um número muito inferior a 20o pessoas nem me chateava muito. Mas com a publicidade que se fez ao Herr Krippmeister e dado o seu talento, acho perfeitamente plausível que (com um votito ou outro ao lado) ele tenha conseguido aqueles quase 2000 pontos.
Ora hoje de manhã o Herr Krippmeister perdeu 700 votos de uma hora para a outra, o que me parece um exagero e me aborrece porque não é justo. O que é um "voto irregular"? Quer-me parecer algo aleatório!
O que vos peço é que verifiquem se os vossos votos foram contabilizados. A única forma que me ocorre é fazendo login e vendo se podem votar de novo ou se o voto está bloqueado. Ocorreu-me mandar e-mails em massa a perguntar se o voto foi contabilizado, mas tenho receio que a organização se aborreça e se vingue no autor (ora bem, a inteção é a oposta!). Peço-vos ainda que façam um último esforço para angariar entre hoje e amanhã votos "legítimos" (o que quer que isto queira dizer) para o Krippmeister: da mãe, do pai, da avó, dos sobrinhos, dos netos, da vizinha. Só porque ele merece e porque foi injustiçado. Em troca eu escreverei posts badalhocos. De fufas, se for preciso.
Dito isto, o boneco é bom. Mesmo que não seja "escolhido" pelo público (as aspas referem-se ao elemento de aleatoriedade que parece envolver o que é um voto "regular", estou em crer que o Herr Krippmeister será escolhido pelo júri. Se não for, devia ser.
P.S: Só não mando o utilizador Austinwoofer para a p**** que o pariu porque já o provoquei demais.
Nota às 15:20 - É inútil! Ninguém entende o que é e não batota, dadas as oscilações na votação! É tentador manipular os resultados, mas o Krippmeister não merece isso: o desenho é bom e merece ser reconhecido por ser bom e não por ser chamado de novo batoteiro (quando nunca o foi, ainda por cima). É esperar pelo desfecho.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
O ponto G da Abobrinha
Aliás, tem cada vez mais visitantes, porque de facto é bom e recomenda-se! A pessoa fica lá completamente em forma. Homens, mulheres e mesmo crianças. OK, as crianças nem sempre gostam, por isso os pais às vezes forçam-nas, o que algumas pessoas acham uma violência.
Mas é longe, tenho que dizer! Demorou um tempo a encontrar: os outros pontos G não me agradavam tanto apesar de ficarem mais à mão. Sim, eu tive outros pontos G: a maioria das mulheres já teve mais que um ponto G e os homens também. E todos pagam para ter acesso ao ponto G da Abobrinha: não há borlas para ninguém! E no fim toda a gente toma banho, senão fica a cheirar mal e pegajoso como tudo! Dá mau aspecto: toda a gente sabe o que se faz no ponto G, mas não é preciso andar a anunciar aos quatro ventos!
Mais que isso: foi a minha irmã que me mostrou onde era o meu ponto G. Ela e o meu cunhado! E como isto está a ficar muito estranho, o ponto G de que falo não é o que dizem os cientistas que se descobriu recentemente, mas o meu Ginásio! Que é grande e tem uma piscina enormesca!
Se bem que o Ginásio não tenha quase ninguém que valha a pena assediar, embora por muitos sinta amor (que interesse não sinto nenhum), é na mesma uma grande badalhoquice! Senão vejam citações de aulas diferentes e o devido contexto. O que é mais giro é que são autênticas e nem fui eu que inventei!!!!
- FECHA AS PERNAS ATÉ AO FIM!!!! - aula de natação, estilo bruços. As maiúsculas são porque isto foi dito aos berros várias vezes por uma professora com bons pulmões.
- AS MAMAS DENTRO DA ÁGUA!!! - mesma aula de natação, mesma professora aos berros para as meninas que teimavam em estar demasiado contraídas a nadar costas, ficando pelos vistos com as mamas fora de água. Eu ia afogando quando ouvi isto as primeiras vezes: é complicado nadar e rir ao mesmo tempo!
- Estás todo duro! - Mesma professora de natação para um menino que não conseguia descontrair a tentar flutuar de costas. Claro que nesta altura ele não ficava duro: desmanchava-se a rir! Foi só aí que lhe dissemos que ela era um bocadinho desbocada! Mas o menino não conseguiu flutuar na mesma: ficava duro, mas era um bocado incompetente no resto! E nem sempre duro é bom!
- Não agarrem as bolas com muita força: é só segurar. - Aula de fitball
- Não deixem cair as bolas! - Aula de fitball
- Estou toda molhada. - Comentário válido para quando a aula está a ser bem puxada, porque uma gaja transpira quem nem um animal!
- Segurem as bolas no meio das pernas. - Aula de fitball.
- Abram bem as pernas. - Várias aulas. Vários contextos.
- Agarrem o pau com as duas mãos. - Algumas aulas de ginástica localizada envolvem um pau (mesmo) para equilíbrio e sabe Deus para que mais.
- O rabo para cima. - Várias aulas. Vários contextos.
- As pernas de uma dentro das pernas de outra. - Eu juro que isto foi um exercício de alongamento e não uma cena lésbica!
- Quero isto aqui bem duro! - Várias aulas e partes de aulas de exercício localizado. Quando foi o professor que vale a pena a assediar, foi seguido de imensos comentários no balneáreo por senhoras que parece que não sairam do liceu! Comentários que não reproduzo porque sou púdica (e porque passei a tomar banho a horas diferentes delas para ver se mantinha os tímpanos até uma idade mais madura).
- Apertem bem o rabo! - Várias aulas e partes de aulas de exercício localizado.
- Apertem bem o rabo e aguentem 8! - Várias aulas e partes de aulas de exercício localizado.
A melhor foi de um aluno e da resposta da professora. O aluno estava a fazer indoor cycling e a professora perguntou "é a primeira vez?". Comentário espirituoso do aluno "sou virgem". Resposta passados 3 décimos de segundo: "não foi isso que eu perguntei", com um sorriso de "who cares?" na cara.
A porra toda é que não sei se amanhã conseguirei fazer ginásio! Acho que me vou desatar a rir! O que é bom: vou ficar com uns abdominais... duros...
Suponho que não é boa altura para revelar que estou com o rabo dorido, pois não?
Ponto da situação em relação ao rabo do Herr Krippmeister
Podem ver as pranchas ordenadas por número de votos aqui (escolham "order by" position). Neste momento a prancha X-Black está em 15ª, com 967 pontos e a X-White em 19ª com 838 votos. Ou seja, o pessoal é racista, mas vai tendo bom gosto. O primeiro classificado tem estranhamente menos pontos agora que quando iniciei esta manobra de marketing agressivo e nem é o mesmo. Isto parece desafiar a lógica, mas quer-me parecer que terá que ver com batota.
O Herr Krippmeister merece ter a prancha dele em primeiro lugar, ou pelo menos nos primeiros 5. Isto porque uma visita rápida ao blogue dele (que não recomendo: recomendo uma visita demorada) demonstra como é um grande artista (tanto a desenhar como a escrever) e porque é que tem dores no pulso: é de escrever e desenhar muito, motivos pelos quais merece ser reconhecido. E este desenho fala: fala da expressividade dele com palavras e com bonecos e de como é bom designer. E que (correndo o risco de me repetir) merece ser reconhecido. Mais que não seja pelos amigos, o que já está a acontecer.
Vá lá, pleeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeas! Votem no boneco do moço! As outras pranchas não são tão boas. É difícil arranjar mais cerca de 500 votos em 2 dias, mas não é impossível.
Prometo que se o Herr Krippmeister ficas nos 5 primeiros coloco aqui uma fotografia do rabo dele*! E olhem que ele é um bom naco de carne!
Mais marketing agressivo no KTreta, Joaninha e Free inspiration.
*Para evitar confusões, é favor ver a credibilidade que esta promessa tem, lendo o post anterior.
Toda a verdade sobre o meu rabo gordo e mais qualquer coisinha
Um dos assuntos mais discutidos e que seria um aparente tabu é o meu alegado rabo gordo! Mas ao contrário da política, eu não tenho tabus! E governo por sondagens, como qualquer político decente (e também não sou engenheira). Por essa lógica criei o consultório sexual, um sussexo, embora tenha que contribuir com grande parte das questões, que esta gente anda muito presa e não suficientemente badalhoca.
Uma das sondagens dizia respeito a essa mesma lógica de mercado, perguntando preto no branco “Que tipo de problemáticas prefiro ver abordadas pelo génio da Abobrinha?”
Numa votação em que 29 criaturas de Deus (entre crente, ateus e agnósticos) perderam tempo, as respostas foram organizadas da seguinte forma, por ordem decrescente de número de votos (num total de 49 votos, 1,7 votos por criatura, em média):
Gajos 10 (34%)
Badalhoquices, sejam elas quais forem 10 (34%)
Qualquer coisa, desde que tenha imagens fixes! 10 (34%)
Fufas 8 (27%)
Se ela se calasse é que era fina! 7 (24%)
Evolucionismo 4 (13%)
As respostas não deixam margem para dúvidas: a minha especialidade é algo vaga! As respostas “gajos”, “badalhoquices” e “qualquer coisa” ficaram com o mesmo número de votos. De perto temos “fufas”, um clássico! Um número desapontantemente baixo de votantes acha que se eu me calasse é que era fina. E se há dúvidas quanto à existência de crentes neste blogue, 4 almas simples acham que eu me devo dedicar ao evolucionismo. Não que eu não goste (e gosto muito, acho fascinante), mas não sou capaz de falar no assunto com a profundidade intelectual que o assunto merece. Dito isto, esses 4 votos podem vir de criacionistas ou de pessoal que votou em tudo ao mesmo tempo.
Mas onde é que eu ia? Ah! No meu alegadamente gordo rabo! Acho curioso como pessoas que não me conhecem de lado nenhum opinaram sobre o meu rabo! Mas o tamanho do meu rabo não é tabu! Nada na Abobrinha é tabu! Já mostrei os meus sapatos, os meus pés, o meu pi-pi e a minha pi-linha, por isso o meu rabo e o seu tamanho não serão nunca tabu!
De tal modo que, em mais uma genial iniciativa da Abobrinha, organizei outra sondagem a fim de tirar a temperatura ao grau de badalhoquice e receptividade deste blogue, que só existe para vós, o meu público fiel (embora se pronunciem poucas vezes nos últimos tempos, seus desgraçados! Horrorosos!).
A pergunta era (de novo) o mais directa possível: “Como têm andado os posts da Abobrinha?”. Desta vez só 16 crentes responderam (para o caso de haver dúvidas quanto à crise de fé que assola o mundo) em 17 respostas (e ainda por cima não votaram em mais que uma hipótese! Que miséria!). Por ordem decrescente:
EU QUERO É FUFAS, CARAGO! 5 (31%)
Pá, está badalhoca como sempre! 5 (31%)
Eu cá para mim ela tem é o rabo gordo e
o resto é conversa para boi dormir! 4 (25%)
Murchitos: está a perder o talento
para a badalhoquice. 2 (12%)
Nota-se que está a ficar velha e carunchosa. 1 (6%)
Bah! Às vezes dá-lhe para ser séria e não gosto disso. 0 (0%)
É reconfortante saber que das duas uma: ou ninguém me leva a sério, ou ninguém se importa que eu de vez em quando fique séria. Ou ambas.
Uma clara minoria acha que eu estou a ficar velha e carunchosa e a perder o talento para a badalhoquice. Uma clara maioria acha que eu sou uma badalhoca, como sempre fui e reclama por fufas!
Mas um número significativo de crentes reclama que o meu rabo tem que ser gordo! Sendo este um blogue com uma lógica de mercado, acho que tenho mesmo que esclarecer esta dúvida. O público assim o exige!
Mas eu tenho para mim que quem votou estava a pensar no oposto! Aliás, a manifestar o seu agrado pelo facto de eu mostrar rabos muito interessantes e mesmo (pela primeira vez na história da literatura moderna) a versão Heineken do rabo da Simone de Beauvoir: provavelmente o verdadeiro rabo da Simone de Beauvoir! Não há certezas, mas a literatura também não é uma Ciência exacta. Nem a Abobrinha.
Abobrinha é política! Claramente! Sem tabus! Incluindo o do meu alegado rabo gordo.
Ora rabos são uma das especialidades da Abobrinha. Também mais ou menos na óptica do utilizador, dado que apresentei aqui um post alegadamente sobre paneleiros (e era, mas ao mesmo tempo não era) e um par de imagens de homens homem-sexuais. Que achei giras! Mas a Abobrinha recusa ser rotulada por um tema. E por um rabo. Gordo ou não.
Não que seja assunto tabu: não há assuntos tabu na Abobrinha! Muito pelo contrário: fala-se de tudo. Na realidade, ultimamente, sou mais eu a falar sozinha, porque vocês não comentam muito. Mas eu nunca tive problemas com isso: consigo falar por várias pessoas e consigo mesmo interromper-me a mim mesma. Como em política!
Mas onde se vê que a Abobrinha é definitivamente política é na quantidade de promessas não cumpridas e na capacidade de ser muito palavroso sem dizer rigorosa e absolutamente nada... como neste post...
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Respostas ao consultório sexual - semana 4
Esta semana isto esteve muito fraquinho de comentários, mas eu vou tentar fazer baixar o nível. Sendo isto a Abobrinha é complicado porque o nível já é muito baixo. Mas tentar não custa.
eufaziagritaraSharapova disse...
Dra Abobrinha
A minha namorada ri-se descontroladamente durante o acto sexual (menos em certas ocasiões, porque falar com a boca cheia é falta de educação). O que se passa? Será a versão dela dos gritos das macacas de Gibraltar? De qualquer modo, ainda não tive dificuldade em entrar em portas por causa do volume dos cornos, pelo que assumo que não os tenho. E parece-me que ela gosta do que fazemos, por isso é naquela!
22 de Fevereiro de 2008 14:21
eufaziagritaraSharapova
Rir é bom. Se chorasse seria bem pior porque, entre outras coisas, poderia significar que estaria com dores ou arrependimento.
Se ela não aponta para o teu centro de gravidade quando se ri suponho que não tenha razões de queixa, por isso estás seguro. Mesmo porque vota para mais, portanto não deve ser por aí.
Ocorre-me que ela tenha cócegas, dado que quando se ajoelha e reza não se ri. Ora lá está uma razão para incentivar a prática... seu sortudo! E não te esqueças de retribuir, que faz parte das regras da boa educação.
euqueroandardesuzikigrandvitara disse...
Dra Abobrinha
Hoje de manhã olhei para o espelho fixamente durande 5 segundos e apaixonei-me pela imagem reflectida. Serei paneleiro?
22 de Fevereiro de 2008 14:24
euqueroandardesuzikigrandvitara
O teu problema não é seres paneleiro mas sim saíres pouco. Se saísses mais, vias mais gente (homens e mulheres) e só aí poderias verdadeiramente decidir se és ou não paneleiro.
Fica-me a dúvida se realmente o reflexo no espelho é alguma coisa de jeito ou uma cara que só uma mãe poderia amar. Tira isso a limpo, senão tu mesmo vais ficar com essa dúvida.
euqueroquemetratemcomoumpedaçodecarne disse...
Dra Abobrinha
Hoje acariciei o meu próprio ténis a caminho do trabalho e gostei. Serei taneleiro? Posso fazer isso de novo hoje à noite sem riscos para a saúde ou fico cego?
22 de Fevereiro de 2008 14:28
euqueroquemetratemcomoumpedaçodecarne
O teu problema não é com os olhos mas com a língua: és disléxico. Ou isso ou tens um fetiche estranho com sapatos. Se for este o caso, recomento que te orientes para sapatos de salto alto, que ao menos são mais mainstream. Isso ou pede um patrocínio a uma marca de sapato desportivo.
testeteste123 disse...
Dra Abobrinha
Hoje de manhã inspirei profundamente, dei um peido e senti prazer. Serei paneleiro?
22 de Fevereiro de 2008 14:29
testeteste123
Sentir prazer depois de um peido é normal, especialmente se este estava entalado, porque é um alívio. Se a sequência fosse 1. dei um peido, 2. inspirei profundamente, 3. senti prazer, isso sim seria estranho mas não teria nada que ver com tendências sexuais.
Recomendo ainda que reduzas o consumo de cebola e alho e/ou consumas cápsulas de carvão. Mais que não seja, reduzes o risco de ser acusado de guerra química.
JPVale disse...
(enganei-me, perdão)agora sim...Abobrinha, respondi ao "...JP é gajo, ...”... com muito gosto e orgulho. :)Hoje não te pergunto nada, mas mesmo que tivesse alguma dúvida perdia logo o tesão com tanta pergunta de papeleiros e afins. ;)Mas para alegrar a malta deixo um vídeo muito giro, o How to Shower Men Vs Women
22 de Fevereiro de 2008 16:30
JP
O vídeo está fixe!
Abobrinha disse...
JPNão digas a ninguém, mas quem colocou estes comentários fui eu...
22 de Fevereiro de 2008 17:30
Batoteira! E badalhoca!
manuel disse...
Carissima Abobora,
primeiro deixe-me dar-lhe os parabens por tão didatico blog.
A minha questão é do foro mais intimo... A minha namorada gosta de me apertar as bolas durante o sexo e eu até gosto, mas tem dias em que mas aperta com tanta força que eu grito mais alto que a Sharapova, será que ela me está a querer arrancar as bolas ou é só entusiasmo?
22 de Fevereiro de 2008 18:56
Manuel
Dizer que este blogue é didáctico é um insulto à sagrada instituição dos blogues. Mas é bom como bajulação à autora, por isso continua que vais bem.
A questão da tua namorada é curiosa e merece uma reflexão cuidada. A tua namorada é apreciadora de música clássica? Ah, bem me parecia. Já te pôs a partitura do "Lascia ch'io pianga" à frente enquanto estavam no bem bom? Se a resposta e esta pergunta é "sim", então preocupa-te: ela está a tentar dar uma de Farinelli. A parte boa é que ganhas fama e fortuna. A parte má é que ficas sem instumento com que a celebrar. Agora se gostas, tá-se bem!
JPVale disse...
Abobrinha
"Mas vota: ... senão estás feito ao bife..."Sua pecadora, não sabes que sou católico?Não sabes que estamos no período da Quaresma? Não há chicha p’ra ninguém."Não digas a ninguém, mas quem colocou estes comentários fui eu"És mesmo badalhoca. :))
Fui mesmo calhau, se tivesse feito mais atenção à maneira como estão formuladas as perguntas tinha topado que eras tu.Só agora reparei que todas elas começam com "Dra Abobrinha"...
O Manuel também és tu ou será um novo freguês?O rapazito para além de ser um adepto da ópera tem um tomatal de fazer inveja a muito boa gente... :)... mas isso deixo ao critério da Sra. Dra. Abobrinha. ;)
22 de Fevereiro de 2008 22:41
JP
A quaresma só impede as sextas-feiras. O resto da semana vale tudo menos arrancar olhos (tomates é omisso, mas assumo que não seja bem visto pela Igreja). De qualquer modo eu disse "feito ao bife" e não "comido como um bife". E sou vegetariana, de qualquer modo.
Eu por acaso era para pôr Dra num comentário, Professora, Arquitecta, Engenheira nos outros, mas deu-me a preguiça.
O Manuel não sou eu, mas desconfio que é um badalhoco encartado. Pelo menos é a minha esperança.
Krippmeister disse...
Dra Abobrinha
Hoje acordei com o pulso dorido. Já li não sei onde que os trintões solteiros são mais propensos a este tipo de lesão pela tendência de bater muitas pulsetas. É verdade?
vaolavotarnokrippmeisterparaeleirpranevecortirnoseujipenovo
Herr Krippmeister
Primeira coisa: andas com más leituras. Para não aprenderes nada tens a Abobrinha.
O trintão solteiro normal pode ter esse problema, mas não creio que seja o teu caso. Isto porque eu partilho o teu problema e é de escrever muito no computador (só porcaria, claro). No teu caso será de te dedicares a fazer bonecos tão giros que põem o gajedo todo e irmãos a fazer posts dedicados a ti. Não é uma coisa má, especialmente porque o pessoal gosta.
Alguns trintões solteiros de facto dedicam-se a outras actividades recreativas com a mão. Isso deve-se muitas vezes a falta de quem os apreciem e eu estou em crer que em Lisboa há muita má língua e gente a ver mal. Sugiro-te que procures quem te aprecie. De preferência que use óculos, que é para ver melhor.
E de consultório sexual estamos conversados. Está pouco badalhoco: estou pouco inspirada. Murcha mesmo...
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Persepolis ou o elogio da liberdade
É sabido que aqui a cabeça de Abóbora volta e meia vai ver filmes alternativos. Já aqui descrevi um par deles (classificados em "cinema") e tanto quanto me lembro gostei de todos os que aqui descrevi. O cinema alternativo também me tem feito chorar dinheiro deitado fora (fora gasóleo), mas se uma pessoa não se arrisca também só vê porras mais ou menos Hollywoodescas. Não sendo bom nem mau, nem sempre me satisfaz e eu ando com falta de paciência para coisas demasiado convencionais.
Fui ainda ver o Darjeeling Limited, mas isso fica para outras núpcias. Mas fica o aviso aos meninos que é uma excelente oportunidade de durante 5 segundos ver a Natalie Portman de meias... só!
Persepolis é a história de vida de Marjane Satrapi, uma artista iraniana com 38 anos e uma mulher linda, como tenho ideia que todas as iranianas são. Faço notar a idade, dado que Marjane é contemporânea de muitos leitores deste estabelecimento (não muito distante da minha idade). A semelhança e diferença da vivência dela em relação a nós faz-me pensar.
Marjane nasceu numa família moderna, educada e politicamente activa, com ligações à esquerda. Em criança viajou para a Europa, foi fã do Bruce Lee e do tio que lutou contra o Xá da Pérsia. Tinha como ambição de futuro ser profeta e depilar as pernas.
Em criança ainda, respirou o ambiente revolucionário que levou ao derrube do Xá da Pérsia, o que incluiu ouvir falar de prisões e torturas na primeira pessoa. Tudo levado com naturalidade, encenando manifestações proletárias no seu quarto e soltando uma exclamação de admiração perante a prisão do seu tio ter demorado mais tempo que a do pai de uma amiga. Seria certamente mais revolucionário!
Criança assiste ainda incrédula à prisão e assassinato político do seu tio (manda Deus embora da sua vida temporariamente, por não ter feito nada), que tanto admira, à revolução islâmica que a cobre de cima abaixo com um véu que não pode mostrar os seu lindíssimos cabelos negros, à guerra Irão-Iraque que leva uma fatia muito grande da juventude do seu país e do vizinho sem que se saiba sequer bem porquê e ao clima de medo interno que faz com que amigos e vizinhos sejam presos e mortos. Ao mesmo tempo viveu festas, álcool e tabaco dos pais proibidos pelos revolucionários (e diligentemente escondidos), ouviu Bee Gees e Abba escondidos nas vestes de corvo que a obrigavam a usar e comprou Iron Maiden no mercado negro com dinheiro emprestado dos pais.
Ser refilona e contestatária pode ser um problema numa república islâmica, pelo que é mandada para Viena para estudar. Marjane identifica-se com os contestatários na escola francesa de Viena, como seria de esperar. Mas contestatários só à superfície: todo o estilo é pura má língua e não ter mais que fazer. Não é ser contestatário nem anarquista: é estar aborrecido! Num desabafo Marjane põe tudo em perspectiva: "sabiam que há pessoas que dão a sua vida pela liberdade?". Ela sabe: alguns são da sua família, outros amigos da família.
Cresce e faz-se mulher no meio de uma crise de identidade típíca de adolescente, mas agravada pelo facto de estar numa Europa despreocupada e frívola (como uma sociedade saudável deve ser) mas não se sentir dali. Muda-se de casa várias vezes até aterrar na casa de uma vienense que vive com um cão escanzelado, estúpido todos os dias, que não está familiarizado com o conceito de casa de banho e que lhe monta a perna. À falta de melhor, serve, mas acha que há algo de profundamente errado com aquela mulher.
A sua beleza não deixa indiferentes alguns jovens. Enquanto um descobre que é homossexual graças a ela, outro perde-se de amores por ela... até que ela o descobre na cama com outra, o que lhe deixa o coração despedaçado. Marjane, que sobreviveu a uma revolução, a uma guerra e a um choque cultural, quase morre do abandono a que se votou devido a este desgosto de amor e da bronquite que contrai depois de 2 meses na rua no Inverno.
Volta a casa, depois das promessas dos pais de não lhe fazerem perguntas. O regresso a casa implica olhar para trás e cair numa depressão profunda, da qual sai com a ajuda de medicamentos e de fazer as pazes com Deus.
A vida na Faculdade de Teerão como aluna de artes é complicada mas curiosa: como é que se aprende a desenhar um nú feminino coberto de cima abaixo com um pano preto? Marjane não perdeu a mania de ser refilona e questionar a autoridade de professores. Numa cena bestial, levanta-se a protestar contra véus mais longos e vestidos mais largos, argumentando que como estudante de artes necessita de liberdade de movimento e que os colegas homens têm toda a liberdade para usar seja o que for, o que lhes pode dar a volta à cabeça. O que, atendendo a que a moda é roupa tão justa que faz quase falar fininho, é chato.
Isto é uma coisa, mas dar a mão em público a um homem que não é da sua família daria direito a umas vergastadas ou a uma multa. Paga a multa, decidem que a solução é casar. Assim, sem mais. O que se revela um erro, dado que o marido é um totó e ela não teve tempo para verificar isso dado o pouco tempo que teve para o descobrir.
Marjane desfruta de uma liberdade clandestina, indo a festas proibidas, pelas quais arrisca a vida. Esse risco revela-se mais que teórico para um amigo que morre a fugir da polícia a fugir de uma festa onde não era suposto estar com mulheres. Nessa altura decide divorciar-se, por recomendação da avó progressista e que encara as coisas com uma naturalidade e rigor desarmantes. A única coisa que pede a Marjane é que seja íntegra nas suas escolhas, porque temos sempre escolha.
A avó é uma figura marcante em Marjane. É a senhora sempre bem arranjada e bem cheirosa. Cheira sempre bem porque todos os dias colhe flores de jasmim e os coloca no soutien, flores que caem todas as noites magicamente quando o tira para dormir. Tem os seios firmes porque os mergulha todos os dias durante 10 minutos em gelo. Odeia o regime que impõe tantos limites de liberdade às mulheres. E diz com um desarmante naturalidade à neta que o primeiro casamento é só para que o segundo dê certo.
De novo se decide que não há ambiente para que Marjane fique em Teerão e ela vai para França, onde acaba a história.
Marjane não vai a Teerão desde 2000 e não volta porque não sabe o que aconteceria. Tem toda a família no Irão e não quer falar em voltar.
Esta mulher é muito parecida connosco na maneira de pensar. E conseguiu ser quem é num regime horrível e sanguinário, sob orientação de uma família progressista. Penso no que seria se não tivesse crescido em liberdade e no que da sociedade me prende ainda. Não tenho ilusões nem nunca tive de que nasci numa altura privilegiada e num país igualmente privilegiado, com liberdade. Não tomo a liberdade por garantida e aborrece-me que haja quem veja radicalismos ideológicos e/ou religiosos com liberdade.
Tenho uma simpatia que não consigo explicar pelo Irão e pelos iranianos e este filme permitiu-me duas coisas: aprender mais sobre uma outra cultura e aperceber-me da minha enorme ignorância sobre a história e cultura dos outros. Eu, que digo como piada que a História é uma Ciência inútil porque não se aprende nada (dado que se repetem os mesmos erros vezes sem conta), reconheço que é necessária para compreender o que somos e para onde vamos. Para dar valor ao que temos, relativizando-o. E nós somos privilegiados! Com toda a crise económica (aliás, uma constante em toda a História, alternando com períodos de abundância), com todos os limites de liberdade, somos livres! A maioria da população mundial de hoje e do passado não pode gabar-se do mesmo.
Só para descontrair, o filme tem ainda a pior interpretação de "Eye of the tiger" de todos os tempos, a banda sonora da recuperação de Marjane da depressão pós-Viena. O que não é propriamente surpreendente, dado que a voz de Marjane no filme é da Chiara Mastroianni, que acumula funções como filha de Catherine Deneuve e Marcelo Mastoianni (prova de que dois pais bonitos não fazem necessariamente filhos bonitos) e totó como o mau gosto de fazer um filme de Manoel de Oliveira em que também entra o Pedro Abrunhosa (a carta, 1999). Pior ainda, não sabe a diferença entre um sinal de beleza e uma verruga no queixo!
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Consultório sexual - semana 4
O que me lembra: já votaram nos bonecos do Herr Krippmeister, a ver se ele ganha um jipinho e aumenta o ego? Não sejam racistas! O preto e o branco são igualmente giros e merecem ambos 10 pontinhos! Já só é preciso votar mais 200 vezes com 10 pontos para ele passar à final! Bute lá!
Espero que o post anterior, ao abordar o tema bolas e gritos vos tenha inspirado para inventarem questões e nicks que não lembrem ao diabo.
E não se esqueçam de votar no Herr Krippmeister!!!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Como serão os gritos da Sharapova na cama quando bem embalada?
Pois se a gaja grita que nem uma desalmada a bater com uma bola e uma raquete, imaginem com duas bolas e um taco! C'os diabos! Não há isolamento sonoro que resista!
Mas porque grita a Sharapova? Possivelmente pelo mesmo motivo por que os cães lambem os tomates: porque podem! Possivelmente para desconcentrar as adversárias. Possivelmente porque a Venus Williams também grita muito alto e de maneira igualmente irritante (senão mais!), mas ninguém fala no assunto porque a Maria é gira e a Venus tem um nome parvo (porque não Uranus?) e parece um cavalo.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Como reconhecer um grande talento, fazer um menino feliz, promover o design e snowboard nacionais e ainda ganhar uma voltinha num Suzuki Grand Vitara
Era uma vez um menino com muito jeitinho para escrever, desenhar e snowboard. O verdadeiro artista!
Além disso tem bom gosto porque lê o meu blogue e manda umas bocas de vez em quando. Tenho-o como bom amigo. E os bons amigos ajudam-se, está bom de ver!
O Bruno precisa de um empurrãozinho: submeteu um desenho para a Burton Freeride Design Competition (podem encontrar aqui o desenho e aqui em abaixo) e precisa do maior número possível de pontos para ficar nos 5 primeiros lugares desta eliminatória e ir competir com outros para ganhar esta prancha de Snowboard e um Suzuki Grand Vitara. O mais votado está em 2147 votos (um voto pode ir de 1 a 10 pontos), pelo que para o ultrapassar precisaria de 200 e tal votos de 10 pontos. Não é fácil, mas não é impossível (mas ele só precisa de ficar nos 5 primeiros)!
Digo eu que o boneco do Bruno (aka Herr Krippmeister) é, além de um boneco bem conseguido, uma expressão gráfica do que ele põem em palavras tão bem: o boneco é a radiografia de um surfista com o osso do braço partido. Com os dedos a dizer "radical", que isto não é um ossito partido que impede um gajo de continuar a surfar! Ora quem gosta, gosta e o Bruno gosta mesmo. De desenhar e de snowboard e é um grande talento nos dois.
Bute lá registar no site (aqui) para poder votar quando o boneco do Bruno estiver disponível (o dia limite para votar é dia 28, que é muito próximo!). A galeria completa está aqui, para poderem analisar a competição. Tendo uns quantos giros, convenhamos que aqui o Herr Krippmeister tem muito jeitinho e merece um lugar ao sol!
Para não pensarem que isto será completamente altuista, arriscam-se a ganhar uma t-shirt (OK, podia ser outro jipe, mas é melhor que um pontapé nas costas!), conforme se pode ver aqui.
Pela minha parte, quando gosto, gosto! E gosto do Bruno e do talento dele, por isso quero promover o boneco dele.
Podem copiar este post à vontade. Desde que renda mais votos, tá-se bem!
NOTA: O desenho ainda não está disponível para votar! Estou em cima do assunto e darei o site assim que souber.
ACTUALIZAÇÃO: Para votar na preta, aqui; para votar na branca, aqui. Eu já votei nas duas e dei a pontuação máxima.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Como tratar um homem como um pedaço de carne
Depois da verdadeira problemárica do assédio sexual do ponto de vista de uma mulher, a Abobrinha vem explorar meios de tratar um homem como um pedaço de carne. Eu que até sou vegetariana! Mas uma coisa não tem nada que ver com outra: homem de vez em quando é para ser tratado como um pedaço de carne! Tenra! E comido à mão!
Há muito tempo que os homens tratam as mulheres como pedaços de carne. Como têm dificuldade com o todo, dividem a coisa em partes ou pedaços facilmente identificáveis. Não é bem assim, mas fica a ideia (e depois, há pervertidos para muita coisa).
O Hannibal Lecter ao menos era um mister: lavava as mãos (neste filme foi conveniente, mais que não seja porque teve que a reimplantar) e cozinhava como um gourmet. E gostava de cenouras. Pelo menos de cabeças de cenoura (a Juliane Moore é linda, só tem bom gosto o homem).
A Eva Mendes pode até não usar peles (por acaso não sei se é vegetariana), mas tem todo o aspecto de saber esfolar um homem. E digo eu que há quem não se importe e até se ofereça para estrada, refeição principal e sobremesa! Como um pedaço de carne!
Acho que a Cristy Turlington é vegetariana, pelo que tratar um homem como um pedaço de carne se torna logisticamente complicado. Mas com dois pães faz-se uma sandezinha num instante. É prático, não se suja as mãos, não tem muitas calorias e não engorda muito. Quando os pães são deste calibre, entra-se verdadeiramente no regime gourmet! Para uma menina tão magrinha, logo tão frugal, trata-se bem a moça!
Há grandes argumentos para o vegetarianismo, como este cidadão. Embora para saber se o argumento era grande ou não eu precisasse de o ver de frente). Mas promete! Já vi melhor, já tive muito melhor e não gosto das tatuagens. Dito isto, aquelas agulhas hão-de ter tornado a carne mais tenra.
Há homens que têm um problema com a comida: comem tudo o que lhes aparece à frente e metem tudo à boca. Mas estes 4 cidadãos têm o aspecto de queimar muitas calorias no processo. Estão no seu direito! Mesmo! Embora eu tenha problemas (meramente logísticos) com ter homens a tratar outros homens como pedaços de carne: isso é o meu departamento, caramba!
As bananas são excelentes para matar a fome quando não se tem salsichas ao pé. Há quem não goste muito de bananas, mas as salsichas engordam muito. Sendo assim, não há grande problema em não comer: chupa-se só. E lambe-se!
Os homens não têm problemas em comer pito (é termo cá de cima para frango). No caso deste cidadão, eu abandonaria o vegetarianismo na boa por uma horinha e tal. E ainda o deixava próprio para consumo (mas sem saber de que terra era!). Podia tratá-lo como um pedaço de carne, mas no fim ele ia gostar. De novo, a merda das tatuagens não é lá muito a minha missa, mas à meia-luz também não se nota muito.
O que seria bom era mesmo que os homens viessem embaladinhos, prontinhos a preparar e comer, certificados e com prazo de validade.
Finalmente os perigos da carne e da poluição debaixo da ponte Vasco da Gama: a salsicha pode ser boa (OK, mal vestida) e parece ter pouco colesterol, mas a vaca louca tentou montar uma árvore, o que não pode ser normal na maioria dos países. O que é que vocês andam a pôr debaixo da ponte para causar este tipo de comportamentos?
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Um post mais que XL sobre o aborto e sem ponta de badalhoquice
Não vou usar argumentos de ninguém nem lei nenhuma. Isto é o meu ponto de vista e o assumir de responsabilidades pelo que fiz ao votar “sim” ao aborto. Também não vou usar imagens de abortos porque é horrível demais e qualquer um pode “googlar” vários termos e encontrar algumas das imagens que eu vi. Como ia preparada, tinha o coração fechado já: o horror tem que ser controlado, e eu consegui por auto-defesa. Mas parei a busca, porque não sou assim tão forte e controlada.
Antes de prosseguir, eu sou contra o termo IVG e não o usarei nunca: significa o mesmo que aborto e não o torna menos grave, por isso para quê andar a fazer festinhas às palavras?
Antes de mais o que acredito:
1. A vida começa no momento da concepção. É o momento em que o homem e a mulher verdadeiramente se fundem num ser único e irrepetível.
2. A mulher tem o direito de dispor do seu corpo. Mas um bebé não é o seu corpo: é outro corpo sobre o qual nem ela nem ninguém tem direito de decidir se vive ou morre.
3. A informação está aí: como alcançar maior satisfação sexual, como evitar uma gravidez e uma DST. Em teoria não há desculpa para uma gravidez não programada (note-se a subtileza: em teoria!!!).
4. Uma criança deficiente ou uma não desejada têm tanto direito à vida como uma criança querida. Não há vidas de primeira e de segunda.
Acho que como princípios estas 4 chegam e cobrem tudo. Parece-me simples e nem sequer me parecem discutíveis, venha quem vier. Mas isto implicaria que eu votaria “não”. Mais que isso, implicaria que eu fizesse campanha contra as regras de aborto em vigor anteriormente.
Para baralhar a coisa ainda mais, vamos ver o que eu faria ou não:
1. Eu nunca tomaria a pílula do dia seguinte. Porque pode ter havido concepção e eu estaria a matar. É, em princípio, um método abortivo.
2. Em princípio eu abortaria uma criança com certas deficiências. Isto faz sentido? Aparentemente não. Aliás, não faz sentido de todo! Mas eu fa-lo-ia por motivos extremamente pessoais e em certas circunstâncias. Agora não me perguntem quais porque eu não quero saber: rezo para nunca na vida ser confrontada com uma questão dessas. Acho que nem os ateus terão coragem de rir desta abordagem de rezar: é tão aleatório como outra coisa qualquer, e ninguém no seu perfeito juízo quer ter uma criança com deficiências.
3. Eu não abortaria de uma gravidez não planeada. Foi sempre ponto assente na minha consciência e sempre soube que os meus pais me apoiariam se me acontecesse uma coisa dessas.
Se a minha vida estivesse em risco por uma gravidez eu poderia optar pela vida da criança. Não por ter ou não o direito, mas por não ter a certeza de conseguir viver com a escolha. Também rezo para nunca ter que decidir uma coisa destas.
4. Se uma amiga quisesse abortar e me falasse eu tentaria convencê-la a não o fazer. Iria ao ponto de me oferecer para ficar com a criança. Mas se não conseguisse, não a julgaria e apoiaria a sua decisão.
Já estão suficientemente confusos? Eu também! Sempre foi para mim tão claro e tão confuso assim. Sempre tive este tipo de opinião, mas nunca estive envolvida em dramas de nenhuma espécie. Por sorte e cuidado (mais do segundo, mas o primeiro ajuda sempre).
Contudo, eu gosto de me pôr nos pés de outros para imaginar o que faria e até que ponto é defensável o que se faz. Sempre soube que havia casos inenarráveis de vidas de mulheres para quem a única solução menos má é um aborto.
Votei “sim” por estes casos que não conheço e nem quero conhecer.
Votei “sim” por meninas-mulheres que são coagidas ou forçadas a não usar protecção porque o homem as enrola e estão emocionalmente frágil. Ele quer não perder sensibilidade. Ela quer agradar e demonstrar confiança e amor. Muita gente não tem ideia de quão frágeis são ou estão algumas mulheres. Não sabem como um homem só aponta para situações que controla. Implicando na mesma uma vida, é um erro demasiado grave. E uma menina-mulher assim tão sensível pode ser convencida a não querer abortar. Vou ignorar, por conveniência e por não querer fazer moralismo pelo castigo, que se arrisca a contrair uma DST. Uma amiga médica, quando ambas tínhamos 26 anos, veio desanimada do hospital quando se apercebeu da quantidade de mulheres da nossa idade com SIDA e só um companheiro ao qual sempre tinham sido fieis e no qual sempre tinham confiado.
Votei "sim" porque a maioria dos homens só quer saber da sua pila e não do que dela resulta. E ainda são capazes de se achar machos porque não fazem paneleirices como usar preservativos e foram capazes de fazer um filho (mas ela que o ature!). E a mulher pode não estar em condições de assumir um filho (sendo ponto assente que foi co-responsável por ele) nem a sociedade pronta para ajudá-la a assumi-lo.
Votei “sim” porque alguns casos poderiam ser reversíveis por uma palavra ou uma atitude de um profissional de saúde conscienciosos. Numa “abortadeira” este cuidado não existiria: o que interessaria seria o pagamento do aborto. Por isso tive esperança de que não fossem permitidas clínicas de aborto (mas não muita esperança: não sou assim tão parva!).
Irritou-me celebrar-se a vitória do “sim” como uma vitória da dignidade da mulher e de avanço dos direitos humanos. O tanas! Estamos numa fase avançadíssima da sociedade humana, em que existem métodos contaceptivos, solidariedade social, aceitação de mais comportamentos que os descritos no livro colectivo da moral (não escritos e escritos) e uma compreensão do que é uma gravidez. E reconhecer que ainda assim pode haver necessidade de fazer abortos é um avanço??? Com todo o respeito pelos ateus: pelo amor de Deus!!! É um retrocesso, uma declaração de incompetência. O que é que há para celebrar?
Uma celebração da vitória do “não” seria igualmente hipócrita. Porque autista. Porque sim. Nem vou alongar-me.
O que eu sempre soube que ia acontecer:
1. Mulheres que iam usar o aborto como método contraceptivo. Aqui eu não tenho toda a culpa: quem fez a lei devia ter prevenido isso, não eu ao votar “não”.
2. O aborto ilegal nunca iria acabar. Há gente muito marada. Mas não tive ilusões que iria diminuir e não me parece discutível.
3. A lei não implicaria nada em termos de melhorias de cuidados de saúde e de esforço informativo.
4. Que haveria mulheres que fariam um aborto contra a vontade do companheiro. E isto não é justo, porque o bebé é de dois. Só há um caso descrito de concepção virgem e nem toda a gente acredita.
Nos últimos dias li notícias que não me apanharam de surpresa porque sempre soube que iam acontecer: mulheres que em 6 meses de lei fizeram 2 abortos (o que me merece como comentário f******-se!), mulheres a quem foram dados (d-a-d-o-s, assim tipo o oposto de vendidos) métodos contraceptivos e que não ligaram puto, mulheres que não compareceram a consultas de ginecologia dadas para evitar mais casos desses, mulheres que não vão ao centro de saúde por vergonha de serem apontadas (não merece comentários) e uma mulher que matou um feto de 5 meses apesar de ser o segundo aborto e ser uma menina com acesso a informação.
Este último caso foi o que me bateu mais forte porque me fez sentir de forma pura e simplesmente animalesca e depois pensar mais objectivamente. Pensar se é crime, se recrimino, se tem que ser presa. Eu que defendo sempre as mulheres não consigo encontrar espaço no meu coração para a defender. Aquilo simplesmente não podia ter acontecido e nem havia necessidade para tal.
Não é sequer o caso que descrevi no post do filme romeno: é outra coisa inteiramente diferente! Não compreendo como é que alguém lhe deu comprimidos para o aborto. Não compreendo como é que colegas (mulheres, mães em potência) assistiram impávidas e serenas ao destruir de um bebé e só ficaram aflitas quando correu mal. Não entendo como é que não pediu ajuda! Simplesmente não me entra na cabeça! Aquilo não podia ter acontecido e a menina terá que ser punida! Dito isto, entramos no terreno escorregadio que é a justiça, a sua lentidão e a sua injustiça (não, eu não me enganei: era mesmo isto que eu queria dizer). E páro por aqui mesmo a análise a este caso.
Não conheço quem tenha feito um aborto. O que não significa que amigas minhas não o tenham feito. Simplesmente não sei de nenhuma. Lembro-me de uma amiga da minha irmã, mas essa história é horrível demais e acaba com ela morta e praticamente podre por dentro. Houve vários criminosos, mas só ela a punida pela lei natural. Eu era muito novinha quando isto aconteceu.
Conheço casos de mães solteiras que assumiram orgulhosa ou tristemente a gravidez. Vi-as apontadas como putas (e eu não costumo usar estas palavras por extenso) ou como heroínas. De pequenina sempre as achei heroínas e merecedoras de ajuda (não se esqueçam que eu tenho 33 anos e o meio em que eu vivia ainda era menos urbano em pequenina que agora). Conheço casos de companheiros que assumiram a gravidez e casamentos que resultaram felizes mesmo começando de um modo tão estranho. Uma das meninas tinha aí 16 ou 17 anos e ele aí uns 18 e sempre olhei para ela e para ele com uma admiração que só me coibi de exprimir porque não os conhecia bem. Eram pessoas com informação e meios, podiam perfeitamente ter ido a Espanha “tratar do assunto”.
Conheço ainda casos de pessoas que sabem que não foram desejadas e que eram para ter sido abortadas. Como é que uma mãe diz uma coisa dessas a um filho? Sobretudo quando era uma informação que não era necessária e as faz sentir... indesejadas. Uma delas tinha um certo ressentimento em relação à mãe, porque foi só o desejo do pai que impediu o aborto. Como é que ela sabia isso? Para que é que ela sabia isso?
Este post é comprido demais, que é para evitar falar muito mais no assunto. Porquê? Porque me dói! Sei o que votei, sempre soube as consequências e assumo-as hoje como há 1 ano. E como há 1 ano, estou satisfeita e insatisfeita com o assunto. Mas as coisas são como são e não há volta a dar-lhes.
Este post também é comprido demais porque não é para ser lido por qualquer um, mas só para quem quer mesmo. Eu queria e não queria escrevê-lo. Mas agora já está.
Respostas ao consultório sexual - semana 3
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Provavelmente a pior tentativa de engate da história da humanidade!
Estava eu no café, com 3 ou 4 revistas de decoração a tentar encontrar formas, materiais ou lojas para embonecar a minha linda mas vazia casa quando entra um homem. Estão a ver o Adónis? Não tem nada a ver! Estão a ver o Einstein? Não tem rigorosamente nada a ver. Estão a ver o Zezé Camarinha? Nem isso!
Cumprimentei-o porque cumprimento quem me cumprimenta e ele é uma presença assídua deste estaminé em particular, o que me levou a pensar (estava com a cabeça noutro lado) que já teria conversado com ele. Não era o caso, mas eu não sou selectiva a esse ponto: eu falo com as pessoas só porque sim, não porque me tenham apresentado o curriculum vitae e os vários certificados de habilitações.
Além disso estava com a cabeça enterrada nas revistas e tentar olhar para os vários sofás e a pensar se queria uma cama com ou sem arrumação por baixo, quantos sofás,... tudo coisas que prendem a atenção de uma mulher, porque pouco antes do jantar e depois do trabalho a pessoa ainda está meia loura!
De repente ouço uma voz:
- Gostas de ler revistas de decoração?
O que me apeteceu dizer: Vai para o c***. O que eu disse: Mm! Não desistiu.
- Cada um tem os seus gostos.
- Mm!
Tenho que admitir que era persistente. Mas uns furos abaixo de fraquinho.
- Há quem goste de ver aquelas revistas de manequins e assim.
- Mm!
O meu sorriso nº 3 estava a fazer efeito.
- OK, continua a ler.
- Mm!
Como podem ver, eu sou sempre muito conversadeira. Quando fui pagar ainda insistiu:
- Já leste tudo?
- Não, não tudo. - Se bem que o que me tenha apetecido dizer tenha sido "mm!", mas o meu sorriso nº 5 tenha dito tudo.
Para vocês não pensarem que eu sou má, um amigo meu respondeu com a maior das calmas "eu não fumo" a uma moça que lhe pediu lumes. O que não seria grave se ele não fumasse à época como um animal e se não estivesse com um cigarro na mão naquele preciso momento. Possivelmente o que ele teria respondido se fosse mau teria sido "para que é que te vou dar lumes se não me puseste a ponta em brasa?".
Nota 1: Ainda não escrevi nenhum dos posts a que me propus porque ando pouco inspirada. E ainda tenho um de bónus para as meninas. Possivelmente não ando pouco inspirada mas com vontade de conversar, pelo que tenho ido a outros blogues ver a opinião das outras pessoas e dar a minha.
Nota 2: O consultório sexual não está esquecido. Mas o meu compromisso é responder ao longo do fim de semana.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
De mais um dia de histeria colectiva
Resumindo, ontem estava desinspirada. Ou então estou a ficar velha e carunhosa (mas ao menos a tendinite não atacou, por isso está-se bem!).
Eu não sou contra nem a favor do dia de São Valentim nem de dias nenhuns. O que sou contra é a servidão ao mercantilismo que apela ao coração. O apelo das lojas ao consumo dos apaixonados não é visto como "sei que queres exprimir amor, por isso tenho isto que pode ajudar a dizê-lo sem ser em palavras" mas como "se não comprarares isto vais pensar que não sentes, que não és como os outros, que não és tão bom como os outros e ela/ele vai sentir o mesmo e pôr-te os cornos".
Sentiremos as coisas, na realidade? Ou sentir-nos-emos pressionados a senti-las porque o comércio e a comunicação social apertam o cerco?
Quem leu os meus posts de Natal reparou que para além das fufas e da javardice havia um sentimento de profunda insatisfação face à histeria colectiva, mercantilismo excessivo e vazio do Natal. Um sentimento que cresce de ano para ano. Eu que até restrinjo as compras ao mínimo. Reparei que o Crestfallen tinha posts idênticos com a mesma mensagem: é tudo na base do "deve ser" e não no "é". E foi tudo dominado pelas lojas. Os meus posts tinham uma outra motivação mais grave, que era um sentimento de solidão no meio de uma multidão de felizes, mas isso agora não interessa e está controlado.
O que se passa é que se o dia de S. Valentim é uma boa desculpa como outra qualquer para exprimir o amor que deveras se sente, óptimo. Mas deixar de se fazer o que se está a fazer em função de um dia, sobretudo quando não se está com vontade, isso não me parece bem. Entre outras coisas porque é falso. Se o amor ou qualquer outro sentimento é falso, o que nos resta?
Os "dias de" são interessantes para nos lembrarmos de algo: das crianças que não têm o que deviam, das mulheres que ainda sofrem por não terem os direitos de que não deviam ser privadas, da SIDA e porque mata como mata, dos animaizinhos abandonados. Tudo isto serve como um post-it que metemos de vez em quando a sugerir que pensemos em qualquer coisa e em meios de melhorar o mundo. Se é só para marcar calendário, então é escusado. Um calendário, além de nos organizar serve para marcarmos a passagem do tempo (e isso é importante, para não nos esquecermos de que ele de facto passa).
Mas uma história inteiramente diferente é a histeria e o carneirismo de fazer o que fazem os outros, só porque sim. Sem pensar sequer. Isso não tem valor nenhum: pode-se pagar com mastercard, mas não é "priceless" no sentido de não ter um preço que se possa pagar. É que priceless também pode ter visto como "valor zero". E zero não é nada. Sentimentalmente é prejuízo. Se uma relação amorosa não é uma relação de negócios, tem que dar lucro na mesma. Ao casal, não às lojas (abro uma excepção para a indústria de contraceptivos).
Celebrar o dia do aniversário é mais personalizado que um dia que o comércio definiu como bom para fazer compras. Eu também prefiro esponteneidade e seriedade nos sentimentos, mas por vezes podemos embrenhar-nos no nosso dia-a-dia e esquecer a passagem do tempo: as datas estão lá para soar o alarme. Mas para nos fazer pensar, não para vivermos em função delas.
O outro aspecto é o kitsh que é o dia 14 de Fevereiro: casais com cara de palermas debaixo de uma decoração foleira e à luz de velas mal cheirosas ... se a ideia de romantismo desta gente é essa, estamos mal (nota mental: as velas com cheiro fazem-me chorar, mas porque sou alérgica a um componente qualquer)!
Agora se é como a proposta que recebi de Serralves, poderia ser outra história (porque Serralves é um pedacinho de céu na Terra). Mas mesmo assim eu não quereria ter que competir com o arrulhar dos outros casais ao lado. Para falar verdade, um jantarinho em casa parece-me mais romântico e mais apropiado em muitos casos. Ou uma taça de cereais para cada, a casa sem aquecimento e os dois enrolados numa manta só a existir e a fazer mais qualquer coisinha (ou nada: também faz parte). A parte da taça dos cereais tem duas vertentes: dá energia e é menos louça para lavar. Energia para quê? Ora adivinhem!
O outro aspecto perverso do dia de São Valentim tem também que ver com quem se sente excluído. Ou porque dava valor ao dia (não é o caso) e perdeu o parceiro de algum modo. Ou porque está sozinho e se sente mais sozinho ainda nesse dia. Ou porque leva a sério coisas como "este é o dia dos encalhados".
E pronto, acabei por carneirar como os outros ao fazer um post sobre o dia dos namorados. Mas não é desprovido de sentimento, muito pelo contrário. Se vocês festejaram este dia com amor, parabéns. Se vos soube a nada... pensem!