domingo, 30 de março de 2008
Respostas ao consultório sexual - semana 9
Sem mais demoras, cá vamos nós ao consultório sexual, semana 9.
Anónimo disse...
Tratando-se da semana 9, especto chegar a meio da proxima, para termos o numero certo e ver o que acontece
Seu indefectivel
Valetorno
28 de Março de 2008 10:04
Valetorno... não entendi!
Anónimo disse...
Abobrinha se tu és um rapaz.. apaixono-me..
29 de Março de 2008 2:48
Anónimo(a?)
É assim: o mais próximo de macho que eu fico é se usar uma coisa destas. Este tem a desvantagem de ser cor-de-rosa (pouco másculo), mas é um “2-strap harness with a multi-function dildo and an internal vibrating egg” (o que quer que isso seja, mas parece-me perigoso). O que é fantástico é que eu pensei que um strap-on dildo era uma coisa fácil, mas afinal tem muita sabedura, como podes ver aqui. Tens ainda o clone-a-willy aqui e aqui, mas não podes usar-me a mim como modelo.
Seja como for, ninguém me apanha a usar uma porra dessas: prefiro pedir um acessório original, com garantia de 10 anos no mínimo (dispenso viatura de substituição). Mas eu não tenho disso.
Em todo o caso não recomendo que ninguém se apaixone por quem não conhece. A Abobrinha é uma coisa, a pessoa por detrás da Abobrinha é mais e menos coisas. Tenta viver a vida real. Pode parecer menos excitante, mas na realidade é muito melhor.
Anónimo disse...
Dra.:
Ando às voltas com uma fantasia: ver a Fátima Lopes a namorar com a Fátima Lopes e depois meter-me pelo meio da coisa. Pensa que isso me poderá penalizar de alguma forma?
Seu
Alberto João
29 de Março de 2008 17:26
Alberto João
Isso não me parece uma fantasia, parece-me um pesadelo. Recomendo trocar a Fátima Lopes da televisão pela Luciana Abreu. Pode ser mais parolona, mas pelos vistos ganha mais e tem as mamas maiores (atenção que metade daquilo é silicone). E é mais loura. E pelos vistos as louras divertem-se mais (não sei porquê).
Penalisar? Não vejo em que é que uma fantasia sexual possa pensalisar seja quem for. Ou por outra, pode mas é se o marido de cada uma das Fátimas Lopes for maior que o Alberto João. Nessa altura é mesmo melhor a Luciana Abreu e outra mulher solteira.
Anónimo disse...
Doutora Abobrinha:
A minha namorada farta-se de se peidar quando estamos a foder..Peidinhos vaginais e peidóes anais!!!Verdes,malcheirosos,sufocantes...O que devo fazer????
29 de Março de 2008 17:35
Anónimo
Mmmm… verdes? Isso é espinafres a mais. Não tem mal nenhum, excepto o facto de andar de caganeira. Recomendo bananas, arroz integral e muita água. Para o problema do flato, uma alimentação mais rica em fibras ajuda. É poupar nas cebolas e alho, que dão mau odor. Há ainda na farmácia à venda pequenas cápsulas de carvão activado, que adsorve os gases e impede a sua libertação intempestiva.
Quanto à libertação súbita de ar por via vaginal, lamento informar-te que a culpa é tua, por estares a fazer mal as coisas e a introduzir ar a mais e teres jeito a menos. Digo eu que se ela aguenta com a tua falta de jeito, não fazes mais que a tua obrigação senão aguentar com esta situação. Mais que isso, se não fazes nada para melhorar a situação... quando tal estás mas é com saudades! Sim, porque ela irá procurar outras paragens! Põe-te a pau... por assim dizer!
Anónimo disse...
Dra.:
É de novo o Alberto João. Voltei mesmo agora a ter a mesma fantasia, só que, no meu lugar, meteu-se o comendador Berardo. O que pensa que isto pode significar?
29 de Março de 2008 19:22
Alberto João
Penso eu de que o comendador Berardo precisa de comprar uns óculos porque há melhor que um par de Fátimas Lopes. Tenho uma dúvida: a fantasia é ver o comendador Berardo no seu lugar e dar uma de voyeur ou ser o comendador Berardo?
Se é o primeiro caso, não desfazendo o comendador Berardo e o seu amoroso sotaque meio sul-africano meio madeirense, há fantasias melhores e com homens mais giros. Mas cada qual come do que quer. Se é o segundo caso, o preclaro Alberto João está claramente a fantasiar com a fortuna do comendador. Ou com esta obra de arte que é sua pertença.
Dra Abóbora:
Como é que a Dra. responderia à questão posta ao dr. Nuno Nodin, da PÚBLICA de hoje? Passo a transcrever:
Há pouco tempo, ao ter relações sexuais com a minha namorada, ela, sem avisar, introduziu um dedo no meu ânus. Apesar de ter ficado surpreendido e de não ter achado muita piada, o certo é que tive um orgasmo verdadeiramente explosivo. Porém, mesmo tendo vontade de repetir, não é algo com que me sinta muito confortável.
Não me parece coisa de homem pedir à namorada para meter o dedo em certos sítios. Quando era rapazola, tive umas brincadeiras com um vizinho, mas nada que envolvesse o meu rabiosque e pensava que essa fase já estava ultrapassada. Tenho motivos para me preocupar?
É que gostava de ter a opinião de dois especialistas...
Anónimoquesefarta
30 de Março de 2008 23:19
Anónimoquesefarta
Nota mental: começar a comprar o Público ao Domingo.
Ora bem, é tudo natural debaixo do sol, pelo que não há com que se preocupar. Depois, se ele teve um orgasmo explosivo, a namorada deu conta. E deu conta porque o provocou e ficou a sentir-se optimamente com isso. E aqui que ninguém nos ouve, se ela pôs lá o dedo, lá sabia o que fazia! E se ainda não repetiu a brincadeira é porque está à espera que ele tenha a lata de lho pedir. As gajas são lixadas e não facilitam nada!
Em todo o caso, parece-me uma prática saudável e de preparação para o inevitável exame à próstata que todo o homem saudável deverá fazer a dada altura. Se o homem está com dúvidas quanto à sua sexualidade, não deve tê-las! Homem que é homem pede o que gosta e entrega-se aos cuidados da namorada, porque tem com ela intimidade suficiente. Por isso ser inseguro é a verdadeira mariquice, não um dedo pela terra de ninguém acima.
Em último recurso recomendo uma coisa que pode prevenir problemas de saúde (e mal não faz): uma consulta a um urologista. Um com o dedo grosso! No limite, largar a namorada e começar a namorar uma urologista (será uma busca e tanto, porque há menos que poucas) e dar numa de hipocondríaco: oh filha, doi-me a próstata! Faz-me uma massagem, se fazes favor!
Só uma coisa: eu não sou especialista. Eu mando uns bitaites e não se aprende nada neste blogue. E ainda não tive tempo para dissecar o vídeo do R&B honesto e não gosto nada de ter posts em falta (mas ultimamente tenho que me habituar).
Um pequeno extra. Eu juro que pensei que a resposta era o epicentro de um terramoto!
Ora bem, uma semana relativamente participada. Gostei! Para a semana há mais!
Das víboras, dos professores e do rei no seu quintal
Considerei seriamente ilustrar este post com o vídeo do Carolina Michaelis. Não pela banalização das imagens, como mencionou no outro dia o Pacheco Pereira na “Quadratura do Círculo” mas por uma coisa ainda pior: as imagens não me chocaram nem sequer da primeira vez, pelo que repetir não faz sentido. Não me despertaram sentimento nenhum, o que me deixou preocupada.
Enquanto aluna do Secundário sempre achei que havia algo de profundamente errado com muitos professores: uma boa parte deles não percebia um boi do que estava a falar. Mas o respeitinho que tinha pelos professores, que os meus pais me incutiram e tinham também fizeram-me nunca levantar para dizer nada. Quando entrei para a Faculdade confirmei que muitos professores queriam era boa vida e vida de funcionário público, com baixas psiquiátricas de 2 em 2 meses, faltas automaticamente justificadsa, ADSE e 4 meses de férias. O que não tinha mal, desde que ensinassem, o que não era coisa que muitos tivessem capacidade.
Na Faculdade convivi com pessoas que foram para o ensino. Coitaditos! Quando se chegava ao estágio pedagógico era um terror! Lembro-me particularmente de um miúdo, todo estiloso, todo cool... algures no segundo período o miúdo tremia que nem varas verdes e gaguejava! GAGUEJAVA!!! Não é normal! Quase invariavamente os meus coleguinhas perdiam peso (das ralações, não do trabalho que envolvia preparar aulas, porque trabalhar eles sabiam), andavam com olheiras e rezavam que aquela tortura acabasse! Não pelos orientadores da Faculdade, mas pelos da escolinha, que não tinham metade da competência científica deles, mas tinham um prazer sádico em torturar os “colegas”.
Os alunos jogavam esta charada porque estas eram as regras do jogo: torturar estagiários era desporto nacional. Alguns chegavam-se depois ao pé dos estagiários e diziam que gostavam mais das aulas deles do que das da “stora”, mas sabe como é... e eles sabiam como era. Engoliam sapos. E a dieta à base de sapos continuava nos mini-concursos, nos quadros de zona pedagógica até efectivarem. E mesmo assim, às vezes a coisa corria mal porque não eram “filhos de algo”. Mas as regras do jogo são estas. Sempre foram! Por estas e por outras nunca foi esse o meu jogo, e até me dava algum gozo ensinar.
Pior que isso, uma vez obtida uma certa estabilidade, e como ainda havia lugar para professores não profissionalizados na minha área (já não é o caso), já falavam de cima da burra para “os outros”, os que tinham habilitação suficiente (ou própria? Não me lembro), porque não sei quê e não tinham pedagogia e mais não sei quê. Esqueciam-se que, na minha área, os que iam dar aulas eram regra geral os que não eram suficientemente espertos para outras coisas. Se mais não fosse, a diferença nas notas seria o suficiente para o demonstrar. Mas há sempre alguém abaixo na cadeia alimentar, por isso dá-se umas bicadas a esses.
E fala-se em avaliação de professores. Pensei eu: isto deve ser bom! E segui o link que deu o Ludwig para o Ministério da Educação. E perdi logo a fé:
“A avaliação incide sobre duas dimensões do trabalho docente: (1) a avaliação centrada na qualidade científico-pedagógica do docente, realizada pelo coordenador do departamento curricular com base nas competências); (2) e um momento de avaliação, realizado pela direcção executiva, que avalia o cumprimento do serviço lectivo e não lectivo (assiduidade), a participação do docente na vida da escola (por exemplo, o exercício de cargos/funções pedagógicas), o progresso dos resultados escolares dos alunos e o contributo para a redução do abandono escolar, a formação contínua, a relação com a comunidade (em particular com os pais e os encarregados de educação), entre outros.
A avaliação faz-se no interior de cada escola. “
A palavra que me ocorre e a mais adequada à ocasião: f***-se! Então a avaliação vem de dentro, por gaitas burocráticas e quando nem se entende metade do que este parágrafo diz, por ser tão subjectivo? Nem li o resto! Para quê?
“P: Quem avalia os professores?
R: Os professores são avaliados nas suas escolas pela direcção executiva e pelos professores coordenadores de departamento curricular. “
Resumindo, toda a gente gosta de ser rei do seu quintal. E há um pequeno-grande ditador no coração da esmagadora maioria dos professores. Eu sei isto experimentalmente! Por isso não senti nada pela professora que foi humilhada pela aluna no Carolina Michaelis, não sabendo nada da senhora. E isto preocupa-me porque eu objectivamente não acho que ninguém mereça aquilo. Como ninguém merece ser humilhado ao ponto de começar a gaguejar junto de uma amiga quando o ano nem a meio vai. Nem de ver o seu peso reduzido a metade nem o rosto a uma única grande e preta olheira porque está em estágio pedagógico. Mas o que eu achei do que aconteceu no Carolina Michaelis é que é... normal! Como é normal toda a paz podre nas escolas e que já dura há tempo a mais.
É ainda normal que nada aconteça a quem agrida deste modo professores novatos e professores mais maduros. Como é normal que Presidentes da Câmara de de clubes de futebol metam a mão na massa. É tudo normal!
O que não acho normal é que os professores achem tudo isto... normal e tenham deixado a coisa chegar a este ponto. À degradação de uma profissão digna. Ao ter que ensinar porcarias cientificamente vazias. A terem programas que vêm do Ministério cuja formulação não se entende por ser vazia de sentido e conteúdo e de mero português correcto! A terem livros de texto mediocres e cheios de erros (mas com muitos bonecos, cores e um papel brilhante). Há coisas que exigem um esforço enorme para ensinar. Não por serem difíceis, mas porque foram tão despidas do seu significado para não sobrecarregar os aluninhos, tadinhos, que se torna difícil explicar!
Não acho normal que os professores só tenham invadido Lisboa quando lhes foram ao bolso! Porque foi isto que aconteceu! Porque finalmente alguém disse “não é normal que todos os professores subam automaticamente na carreira”. Porque não é!
Mas esta avaliação é boa? Não! Mas eu aceito-a, por ser absolutamente consistente com todo o resto do processo educativo: uma fraude! Porque se ninguém reclamou antes, então merece este sistema de avaliação e ele é bom.
As escolas secundárias hoje são pequenos burgos com os seus fidalgos. Fidalgos no sentido muitas vezes literal de “filho de algo”. Este processo de avaliação só vai legitimar ainda mais o que já existe, com a diferença que vai ao bolso de alguns. Coerentemente, dos mais fracos. A única maneira de dominar esta gente (os filhos de algo) é com a avaliação vinda de cima, do ensino superior. Sim, do mesmo modo que um professor universitário é maioritariamente (e com razão) avaliado pelo seu mérito científico, devem os “storinhos” ser submetidos a uma avaliação de cima. Não de pares, mas nos mesmos moldes que eu fui avaliada em 1992: pelo ensino superior, de onde (em teoria) vem o conhecimento. Quem não tem medo desta avaliação deve concordar.
Não senti nada pela professora do Carolina Michaelis porque eu já sabia que isto era assim. Mas não se chega assim por geração espontânea. E não se invade Lisboa por isto, que já ocorre há muito, mas porque deixa de haver progressões automáticas na carreira, o que significa menos dinheiro no bolso.
Estou inquieta porque tenho sobrinhos no início da escola. Eu sei que eu, a minha irmã e o meu cunhado somos capazes de lhes fornecer desafios, mas não podemos substituir-nos aos professores. Simplesmente porque não é essa a profissão de nenhum de nós, e mesmo que fosse não seríamos capazes de cobrir todas as áreas e todos os anos lectivos. Nem que isso fosse possível, não há na escola o incentivo para mais que passar de ano. Não há incentivo para aprender, ser rigoroso e ambicioso: os padrões são demasiado baixos. Uma sociedade só funciona quando todos confiamos no papel que cabe aos outros. E eu não confio nos professores e em quem os tutuela. É grave quando um dos sectores mais fundamentais da sociedade me merece esta confiança e este respeito.
Por isso quando o Ludwig diz neste post “É dos pais a responsabilidade de lhes ensinar a dar valor à educação”, não sendo mentira, é muito pouco. Eu acrescentaria: é do Ministério e dos professores a responsabilidade de se fazerem respeitar e de dar mecanismos para isso mesmo. E dos pais, exigirem que os professores sejam avaliados, no sentido de exigir que se saiba se eles sabem o que estão a dizer e não por critérios burocráticos. E não só pelo abstracto "respeitinho".
sexta-feira, 28 de março de 2008
Como eu a dada altura me envolvi na prática do 69 com as Finanças e quase apanhei tampa
Consultório sexual - semana 9
Tenho andado com pouco tempo esta semana (tenho andado completamente a voar de um lado para o outro), mas o fim de semana será diferente (famosas últimas palavras...) e responderei a tudo mas mesmo tudo o que me perguntarem.
Farei ainda um post especial para o vídeo que o preclaro Mário Miguel deixou a semana passada e explicarei como é que me envolvi na prática do 69 com a Direção Geral de Finanças... e isto é a sério!
quarta-feira, 26 de março de 2008
O estranho caso da relação entre o acordo ortográfico e a proposta de proibição dos pierçings
Desta vez sou capaz de ter ido longe demais! Pois não é que descobri a relação entre o acordo ortográfico e a proposta de proibição dos pierçings? Confusos? Confesso que também estou um bocadinho, mas isso é o meu estado natural e não é de todo preocupante.
Dizia o jornal “Público” um dia destes a propósito do projecto de lei do deputado do PS Renato Sampaio, que “médicos e “body pierçers [...] são unânimes: cada um deve ter o direito de decidir o que fazer com o seu corpo e esta prática não representa qualquer perigo de saúde pública”. Não é bem assim, mas vamos ler mais umas coisas:
“As zonas que poderão oferecer maiores problemas à colocação de um “pierçing” são as áreas mucosas, como a língua ou o nariz, onde a cicatrização poderá ser mais demorada.”
“O problema é que a maioria destas perfurações é feita por jovens que não têm uma higiene oral adequada levando à criação de bactérias e acumulação de cálcio o que se torna prejudicial. “Se a língua do cliente tiver demasiadas veias, vasos sanguíneos ou freios não podemos perfurá-los.”
Portanto, um grande problema parece ser a língua. Digo eu que já há más línguas que cheguem. Não é preciso juntar cálcio, bactérias e sangue à porcaria. Além de que juntar "perfurar" e "língua" na mesma frase... não me parece bem!
Mas o que é que isto tem que ver com o acordo ortográfico? Curiosamente só migrando mais para sul num bom pedaço de carne (aka corpo humano) é que se entende. Aliás, há muita coisa que só faz sentido no meio das pernas e este é um bom exemplo!
“O “Prince Albert”, nome pelo qual é conhecido no meio o “pierçing” genital masculino, é colocado na glande e sai pela uretra.”
Ha! Ha! Ha! Além de um nome parvo (que homem quer ter um “Prince Albert no meio das pernas?), digo eu que isto ainda faz falar mais fininho que um procedimento à Farinelli!
“O feminino, ou “pierçing clítoriano”, é feito, tal como o nome indica, no clítoris.”
Eeeeek! Até dói só de pensar!
“Normalmente cada pessoa faz entre um e três ‘pierçings’ genitais, mas também há quem tenha 100 e isso já não considero saudável” diz um body pierçer… obviamente que a minha noção de saudável e a dele diferem qualitativa e quantitativamente. Mas ele também não me perguntou a opinião!
E o acordo ortográfico? Ah, já me esquecia! Ora bem, o acordo ortográfico foi uma outra iniciativa a nível governamental para defender a lingua portuguesa. Não de cálcio, bactérias e sangramentos mas de… do… dos… … … mmm… de outra cena qualquer que assim de repente não me ocorre. Foi concluído o documento em 1800-e-troca-o-passo ou coisa que o valha e até agora… nicles! Se fosse ao ano, seria como os burros, mas nem isso! Mas 18 anos… pá, está na maioridade! Já pode tratar a professora por "tu" quando a agredir para lhe tirar o telemóvel!
O pierçing genital, ao contrário do que dizem dermatologistas e body pierçers não é um problema de saúde pública, mas um problema de língua portuguesa resolúvel facilmente ao abrigo de uma adenda ao acordo ortográfico: é que “público” tem um “l” a mais! Na realidade, o pierçing genital é um problema “púbico”. Se o instrumento tem muita rodagem, aí o “l” pode ser opcional (mas não convém).
Reparem mesmo na letra que se pode dispensar: o fálico “l”. Não podia ser o “b”? Não! Entre outras coisas porque não creio que exista a palavra “púlico”. Mas também porque a dispensar o “b” estar-se-ia a dispensar uma letra grávida. E isso não pode ser, porque é contra a lei geral do trabalho. A não ser que o “b” seja masculino, e nessa altura é mesmo só uma barriga de cerveja. Que, a julgar pelo afinco de alguns, dir-se-ia ser espécie protegida (embora não em vias de extinção).
A quem duvida que o problema seja de língua portuguesa, considere por um momento sexo oral num equipamento modificado por um pierçing… nem é bom pensar! Um pouco metálico, não? E se a língua também tiver um pierçing? E aquela porra não engata no outro? Mmmm… bem, aí podia ter as suas virtudes! Era definitivamente o fim das rapidinhas! Possivelmente o fim do sexo também, mas eu não disse que era capaz de resolver os problemas todos!
Fica por debater o problema das tatuagens, mas eu acho que já escrevi porcarias suficientes por hoje. Mesmo porque já debati o problema do pi-pi e da pi-linha noutro lado. Só tinha uma vantagem em relação ao pierçing genital: é que o pierçing genital exige a opinião de especialistas em ginecologia, enquanto que para a tatuagem é preciso a opinião de especialistas em problemas… cutâneos…
Já agora, um purista da língua portuguesa pode argumentar que eu escrevi mal pierçings, porque o “c” não leva cedilha (antes de “e” e de “i” não há necessidade e é erro). Dito isto, e dado o exposto anteriormente, se há sítio apropriado para meter um penduricalho pequenino e frouxo ao abrigo do novo acordo ortográfico parece-me mesmo ali! Vou por isso propor que “piercing” seja considerado erro e substituído com muito mais vantagem por “pierçing” numa segunda adenda ao acordo ortográfico! Vendo bem as coisas, foi o máximo de sentido que fiz até agora! E isto porque eu não propus que se considerasse o pierçing medicamente como uma prótese de um pintelho... ooops... acho que acabei de fazer isso mesmo!
domingo, 23 de março de 2008
Respostas ao consultório sexual - semana 8
Esta semana foi atípica porque o pessoal teve receio de deixar questões no sítio certo. Possivelmente por ser Páscoa, houve o receio de ofender, mas não é o caso. Como diz um cristão, “sex is natural, sex is good, not everybody does it, but everybody should”. E não há decoro neste blogue. Nem pecado!
Mas as pessoas funcionam por actos falhados e eu topei as perguntas em outros posts e mesmo uma noutro blogue e juntei-as todas aqui. Cá vai! Segurem-se, que isto hoje está complicado!
Joaquim Simões disse...
Consultório sexual na Sexta-feira Santa?!Oh! dra. Abobrinha...! Que herege me saiu! Ainda se fosse o dr. Ludwig a dá-las... quero dizer, as consultas...!
21 de Março de 2008 14:07
Abobrinha disse...
Joaquim
Eu sou uma herege e vou direitinha para o inferno. À cautela, postei isto ontem! E perguntas, nicles! Eu trato do assunto durante o fim de semana. Mas é mesmo só porque eu hoje trabalho e não estou com inspiração, que eu já abadalhoquei o blogue do Jorge Fiel (que tem um post hilariante sobre o 69!).
21 de Março de 2008 14:42
Anónimo disse...
Querida doutora Abobrinha:Preciso da sua ajuda doutora!!!!
Tenho um gosto especial pelo sexo anal,por isso desde piquena que tenho tendencia a enfiar coisas no meu rabinho... Comecei por cenourinhas pequenas...depois bananas...as garrafas de meio litro depressa deram lugar as de litro e meio...
Gosto de levar no cu, confesso, mas o problema é que com tanta enrabadela e enfianço de objectos de dimensão considerável o dito cujo já se encontra tão aberto que...me tornei incontinente!!!Já não há possibilidade de controlar os gases que se acumulam na peida,eles te~m vontade própria e soltam-se onde lhes apetece...e o problema maiorm é que sai quase sempre molho!!!!Isto quando não sei um cagalhão gigante,pois o tunel de ceuta em que o meu rabo se tornou já não filtra nada...Doutora,preciso de ajuda!!!!
Já não sei o que fazer!!! Existe alguma terapia para encolher o cu? Como poderei deu deixar de enfiar esses objectos dentro de mim se me dão tanto prazer???
Ajude-me doutora!!!!!!!!!!!!
Atenciosamente:
Cu em brasa
PS:Doutora,já agora,ontem perdi o relógio lá dentro...Como recuperá-lo????
21 de Março de 2008 20:08
Cu em brasa
Não estou a ver problema nenhum e passo a explicar porquê:
1. As cenouras têm muitos anti-oxidantes e fazem os olhos bonitos. Suponho que isto seja extensível ao terceiro olho. E não estou a falar daquele que me explicaram no Reiki que era não sei o quê da visão não sei quantas. Estou a falar mesmo no olho de trás, o que é cego! Espero só que as cenouras fossem frescas, senão ainda arranjas problemas com a ASAE.
2. As bananas, além de darem posts fixes, têm também muito potássio, o que previne espasmos musculares. Podem ser cuzinhadas de muitas maneiras (curioso, acho que me enganei a escrever uma palavra qualquer) ou comidas cruas. Não vejo motivos para haver problemas com a tua prática. Sendo que tem a subida vantagem de ser estritamente vegetariana, o que é bom.
3. No capítulo das ausências, destaco as courgettes. Fizeste bem, porque uma abobrinha é uma courgette… e eu preferia que as minhas irmãs não andassem por esse lados, OK? Linda menina!
4. As garrafas também não são problema: desde que as laves e recicles, porque o planeta não precisa de mais merdas a sujá-lo.
5. Se o dito se encontra muito aberto, sugiro que tatues um “B” em cada nádega e arranjes um namorado com o nome BOB. Em contrapartida seria bom que ele tivesse uma tatuagem no pénis com os dizeres “welcome to Jamaica, have a nice holiday”. O tamanho não é tudo, mas aqui devia ajudar.
6. A incontinência também não é um problema por aí além: há muita gente que, abrindo a boca só sai merda. Por isso estás a ver que ao menos a ti sai merda de um orifício mais adequado! Os peidinhos também não são problema, especialmente no Verão porque refrescam. Claro que estar ao pé de pessoas sem olfacto ajuda, mas eu também não posso ter a solução para os problemas todos.
7. Não recomendo que tires o relógio de onde está. Assim ao menos a tua barriga saberá quando deve dar horas.
8. Tunel de Ceuta? Bem, se a saída for para o Hospital de Santo António não tens problema. Se a saída for para a rua D. Manuel II (frente do Museu Soares dos Reis) podes ter problemas com a Isabel Pires de Lima. Eu sei que ela já não é Ministra da Cultura, mas acho que não te deves meter com a malta da Cultura porque se levam muito a sério.
9. Podes sempre consultar um cirurgião plástico e um psiquiatra, mas quando te apresentarem a conta és enrabada outra vez, por isso não vejo o que é que isso adiantará.
Estás a ver que estás bem exactamente como estás e não precisas de mais nada. Lembra-te, claro, que não se aprende nada com a Abobrinha. Eu repito isto porque por vezes pode alguém achar que eu sei o que estou a dizer!
A propósito do meu post do casaco verde um(a?) anónimo(a) deixou o seguinte comentário:
Anónimo disse...
Gaba-te cesta! deves ser cá um bode! o que esta gentinha inventa! além disso o teu gosto para a roupa, cá nojo! O casaco é mesmo a tótó! Tadinha
22 de Março de 2008 9:45
Anónimo
Vamos cá ver várias coisas: eu sou uma Abóbora, não um “abóboro”. Um bode é o macho da cabra. Ou seja, quando muito seria uma cabra! Mas as cabras comem lixo e tudo e eu não meto assim qualquer coisa à boca. Assim sendo, sou no máximo uma vaca. Contudo, as vacas são animais de grande porte, com vários estómagos e muitas emissões de metano, prejudiciais ao ambiente. Aqui quem poluiu foste tu, por isso a piada saiu à casa e vaca é sua excelência. E eu sou uma Abobrinha (ou courgette, se preferires). Um vegetal com forma fálica, sentido de humor e algum mau feitio.
Tadinha também não sou. Tadinho é corno e eu só fui tecnicamente corneada 2 ou 3 dias. Ou seja, não conta.
Outra coisa: não fui eu que me gabei, mas a moça da Lanidor. Pelos vistos temos gostos diferentes. Pesando todos os factores, ainda bem! O que me isenta de justificar porque é que o casaco verde só tem mesmo de errado o nome.
No mesmo post, mas já com o sentido de humor habitual, temos o Herr K, com a seguinte questão:
Krippmeister disse...
Pois, de têxteis não percebo nada. E tenho que dizer que já não estou muito assediável, a merda da apendicite vai-me obrigar a ficar na engorda durante mais uma ou duas semanas.
22 de Março de 2008 23:15
Herr K
A única coisa que um gajo deve perceber de têxteis é a capacidade de gerar calor de uma manta. Isto é útil no bem bom, porque ao sentir a temperatura corporal da moça (e há que tirar fazer amostragem em vários pontos do corpo, de preferência com a lingua), rapidamente se concluirá da necessidade ou não de usar uma manta para continuar o que se está a fazer. De resto não vejo necessidade, porque os têxteis vão mesmo parar ao chão ou ser enrolados à volta da cintura.
O teu drama com a engorda e o grau de assediabilidade do teu rabo só seriam um problema se fosses unicamente um pedaço de rabo. Ora não é o caso: tens mais umas quantas qualidades e atributos altamente assediáveis e perfeitamente independentes da quantidade de calorias que ingeres e não gastas. De qualquer modo, a Dra Abobrinha pode dar-te sugestões de maneiras de gastar calorias, mas quer-me parecer que já sabes o que te vou dizer.
E uma cicatriz pode ser muito sexy. Essa dá particularmente jeito mostrar porque tem uma vizinhança muito interessante.
O Mário Miguel deve ser uma pessoa inteligente. Por dois motivos: porque comenta no blogue do Ludwig e aqui não. Mas mesmo sendo inteligente deixou escapar um pequeno acto falhado neste post, no comentário das 18:12 do dia 21 de Março. E aqui está a música:
Não me venham com histórias: era uma pergunta para o consultório sexual da Abobrinha!
O vídeo é hilariante e aborda vários dramas do homem real. Dramas que explorarei noutra altura porque já estou cansada e este post está um lençol do carago.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Lembram-se da pior tentativa de engate da história?
Hoje o pior engatador da história mudou o foco da atenção dele para outra moça, a ler outra revista. Chegou e dirigiu-se à moça:
- Está tudo bem?
- Sim - com cara de "vai-te matar, mas longe que é para não cheirar mal"
- Está a correr tudo bem com a tua vida, e tal?
- Tudo - com cara de "se quiseres eu dou-te boleia, não custa nada, é só ir ali vomitar e venho num instantinho"
- Então até já
- OK - com cara de "estes foram dos 10 segundos mais aborrecidos da minha vida, mas se quiseres eu ajudo-te a compar um carro para não precisares de boleia para a próxima"
Foi nesta altura que eu cheguei à conclusão que sou mal educada. Esta menina disse palavras inteiras (uma delas com mais de uma sílaba!) enquanto que eu só disse "Mm". Nem sequer "Mmmmm" (que sugeriria interesse), mas só "Mm".
A porra toda é que eu acho que o grunho só desistiu de mim porque entendeu (mal) que eu andaria com um tipo maior que ele. Há que reconhecer que é persistente!
Outra nota: não lhe perguntou pela revista! Ou seja, tem capacidade de aprendizagem.
A Abobrinha acredita numa abordagem científica e optimista das coisas. Daí que, depois de inserir todas as variáveis no "engatómetro" (persistência, inteligência, capacidade de aprendizagem, aspecto físico) e aferir tudo com o coeficiente de cagança (este conceito retirei à engenharia) chegou a uma estimativa realista da idade a que este moço conseguirá engatar alguém: 105.3 anos (e uns trocos)! Como se atrevem a rir? As pessoas vivem até cada vez mais tarde e o amor não escolhe idade... infelizmente, a falta de jeito também não...
quinta-feira, 20 de março de 2008
Foi você que pediu um casaco com o nome de um campo de prisioneiros americano?
A Lanidor tem uma coleção muito gira, colorida e interessante este ano. Eu já comprei umas peças. Tem também um site, muito giro e prático, como podem ver aqui.
Ora recentemente fiquei a saber os dramas de um designer gráfico com um rabo assediável. Mas achei que o drama de um designer têxtil se resumiria a saber se beje é o novo preto, se lantejoulas fazem o rabo grande e se a modelo com ossos em vez de carne é capaz de fazer vender roupa feita para quem tem carne. Não sabia que se dedicava a chamar as coisas pelo nome!
Por outras palavras, sabia que a Julieta não tinha problemas com o nome do Romeu (não sei quê de uma rosa ter o mesmo cheiro se chamada outra coisa qualquer... o que é uma parvoíce, porque as rosas quase não cheiram). Mas eu tenho alguns problemas com o nome deste casaco.
O filho da mãe do casaco é giro, mas será que eu quero um casaco chamado Guantanamo?
Não tenho problemas com a camisola Ceuta. Mesmo porque é muito gira!
Não gosto da camisa Bayona. Não é o nome: é que roxo brilhante não fica bem em abóboras. Nem em courgetes... e estou tentada a dizer que em ninguém mesmo!
Mas por muito que goste de um casaco verde, não sei se consigo ter o casaco Guantanamo. O verdadeiro drama é que eu gosto da merda do casaco e ele ia ficar-me o máximo!
Quem terá sido o palerma que deu o nome do campo de prisioneiros americano a um casaco e ainda por cima foi pago para isso? Há cada uma!
Consultório sexual - semana 8
Em todo o caso, os frequentadores deste tasco ou são ateus ou não têm salvação mesmo, por isso não é isso que vai fazer diferença!
Atirem com as vossas questões, dúvidas e ansiedades que eu respondo. Não se aprende nada, mas ao menos é divertido. Eu, pelo menos, divirto-me muito!
E sim, eu sei que hoje é quinta, mas é a ver se tenho mais audiência antes de a malta ir de férias!
segunda-feira, 17 de março de 2008
A maneira mais segura de prever o tempo
A minha avó olhava para as núvens e já sabia se vinha chuva ou não nos próximos tempos. Tinha também uma série de ditos populares que iam acertando. Um deles era qualquer coisa como "quando a candelária ri, está o Inverno a vir", que era não sei o quê da Nossa Senhora das Candeias aqui perto (e ela riu-se com os dentes todos este ano).
Quando fazia windsurf consultava o windguru (que falhava 2/3 das vezes, mas não estou a ver em que é que isso é relevante).
A maneira mais segura, contudo, de saber que tempo fará é ligar para a Abobrinha de manhã e perguntar: diz lá o que vais vestir hoje! E não tem nada que ver com moda!
Se eu escolher vestir botas, calça de ganga e uma camisola grossa, vai estar quente e solarengo e eu vou assar.
Se a escolha recarir sobre sapatos de salto alto, calças, camisola decotada e um casaquinho por via das dúvidas, vai estar nublado, um pouco para o frio e eu vou bater o dente.
Se a indumentária do dia consistir de sapatinhos, blusa de seda semi-transparente, calça fina e um casaquito não muito quente vai chover calhaus e estar frio. Os meus pés vão congelar várias vezes ao longo do dia, mas eu serei teimosa demais para ir a casa trocar de roupa e terei que trabalhar de casaco de fazenda vestido, o que dá ar de malandra (antes ter ar de malandra que ter frio!).
Portanto já sabem: quando eu vier trabalhar de calção curto e camisola de alcinha, preparem-se para um tornado ou mesmo o maior nevão da História! É certinho!
domingo, 16 de março de 2008
Respostas ao consultório sexual - semana 7
Ora cá vai!
Anónimo disse...
O meu psicanalista disse-me que o Sade detestava mamas. Eu gosto!
Acha que ainda poderei vir a ser sádico?
Seu dedicado
John Smith
13 de Março de 2008 23:16
Caro John Smith
Psicanalista? Mmmm... sádico não sei, mas como masoquista tens futuro de certeza! Vê se te curas e manda o psicanalista para o Freud que o pariu. Toda a gente numa ou noutra altura da vida precisa de um psiquiatra, psicólogo ou afim (alguns para toda a vida e mesmo assim não se safam), pelo que são necessários. Mas só por tempo limitado porque há um limite para o que se pode escarafunchar na mente humana. Uma das opções credíveis é escrever um blogue!
Ou seja, se tens um fundo de masoquista, de certeza que encontras uma sádica para praticar. E depois podem trocar! No trocar é que está o ganho! Ou isso ou opta por uma carreira como psicanalista.
Quanto às mamas e ao Sade, tenho para mim que se ele não gostava muito de mamas é porque as tinha demasiado à vista e o homem era evidentemente demasiado rebuscado. É que na altura os vestidos eram qualquer coisa deste estilo.
Claro que a imagem foi desastrosamente escolhida (e justifica-se porque tive preguiça de encontrar um par de mamas mais volumosas que fossem capaz de transbordar por aquele decote fora), para ilustrar que a Keyra Knightley não consegue mostrar mamas nem que se esforce muito. Ou seja, segundo o teu psicanalista, o marquês de Sade gostaria da Keyra, o que não faz sentido porque aquilo não dá para a cova de um dente (se bem que aqueles ossinhos são excelentes para os palitar). Para veres que vestido nenhum dá mamas à Keyra, vê o próximo... além de tudo é um manifesto anti-drogas e maquilhagem pesada.
Anónimo disse...
Fiz ontem a minha alternativa como toureiro.Que outras me aconselha?
Seu dedicado
Ramón
13 de Março de 2008 23:21
Ramón
Tens a certeza que não és o John Smith? É que se és, definitivamente és masoquista e não sádico: então vens falar de alternativa e toureiros a uma vegetariana de signo touro? Sinceramente o meu conselho é que metas a merda da espada por um sítio que eu cá sei acima, a ver se gostas! Quem sabe não gostas mesmo?
Mas ninguém sai do consultório sexual sem um conselho válido. Reparei que a tua ideia de masculinidade assenta em fatos cor de rosa com lantejoulas, chapéus kitsch e cornos. Assim sendo recomendo uma incursão no terreno dos drag queen: é menos “flamboyant” qualquer coisinha, menos perigoso e os únicos objectos cortantes que implica são lâminas para fazer a barba (para o resto recomendo cera ou laser). Na imagem tens o magnífico Justin Bond, que é um homem lindíssimo e uma mulher extraordinária (e que voz!), que eu conheci no filme “short bus” (ler estes posts). Mas não é qualquer um que tem o aspecto e a voz do Justin Bond! Nem homem nem mulher!
Anónimo disse...
Acha que existem alternativas a ser badalhoco?Se as há, indique-mas por favor, para que eu possa evitá-las.
Seu dedicado
Rafael Bordalo Silva
13 de Março de 2008 23:23
Rafael
Há sempre alternativas. Umas envolvem uma capa de toureiro e uma lâmina, mas não recomendo essas (ver acima).
As alternativa credíveis a ser badalhoco são ser santo ou capado. Suponho que não tenhas dificuldade em evitar essas duas. Para ser santo é ainda necessário pés grandes, senão podes cair do altar abaixo. Para ser capado não é preciso grande coisa e se for feito na altura certa, pode dar qualquer coisa assim. Não que seja mau, mas... às vezes não dá jeito!
Anónimo disse...
Não gosto do primeiro-ministro. Acha que isso é uma perversão?
Seu dedicado
Aristóteles
13 de Março de 2008 23:25
Aristóteles
Espero bem que não, senão temos um país de pervertidos (se bem que já me ocorreu que fosse o caso), dado que nunca ninguém gosta de primeiro-ministro nenhum.
No caso ocorre-me que seja a questão do nome. Não pensei que os filósofos fossem tão inimigos da concorrência. Mas não te preocupes, que há sempre a cicuta, que dá um cházinho bestial!
Anónimo disse...
Cara Abobrinha, é a minha primeira vez !!!! estou tão nervoso...É que lá na terra com uma abóbora a coisa é simples, agora , assim em público...
14 de Março de 2008 11:46
Anónimo disse...
ooops
Seu dedicado
Valetorno
14 de Março de 2008 11:53
Caro Valetorno
O nervosismo pode ser um problema. Mais ainda que a virgindade. Sobretudo quando um gajo não se explica: afinal o que é que queres fazer pela primeira vez? Fala e explica-te. É que pior ainda que o nervosismo são as más línguas!
Anónimo disse...
Doutorinha:
Tenho um fraquinho pela igreja...aliás,uma paixão arrebatadora!!
Excitam-me os edificios em si, robustos, imponentes, a reunião de pessoas na missa, que mais parece uma orgia espiritual...
Já fodi com os padres todos que passaram pela paróquia,os acólitos, duas freiras que ajudavam nas quermesses, com o meu primo Zé António, que é mestre de obras, mas que andou a pintar a igreja e roubou uma batina ao padre para me conseguir dar a provar a sua água benta...
Agora conheci um homem lindo,inteligente,que se quer casar comigo...na Igreja Evangélica Baptista!!!! Ele é evangélico, jamais entrará numa igreja ou vestirá uma batina na loucura para dar azo às minhas fantasias....
Eu gosto tanto dele Doutora...Mas esta fantasia consome-me desde sempre...não sei o que fazer...Ajude-me doutora!!!!
Sua dedicada
Beatinha
14 de Março de 2008 23:40
Cara Beatinha
Aha! Uma verdadeira badalhoca! Acho que ainda não tinha usado a palavra “orgia” neste tasco! Ou tinha, a respeito do “Short bus”? Não me lembro,porque estou a ficar senil e porque já escrevi muita coisa, se bem que nenhuma que interesse.
Mas que grande badalhoca! E que religiosa: já foste à caixa das hóstias de toda a gente! Espectáculo! A verdadeira comunhão de bens! A imponência dos edifícios religiosos é sem dúvida uma referência fálica. E nem é preciso um psicanalista para adivinhar isso!
Não tenho grande conhecimento de evangélicos, mas acho que têm alguma alergia aos padres e à igreja católica. Se o convenceres de que ofende a igreja católica entrar numa igreja de batina e coisa e tal, acho que tens o futuro assegurado... sua badalhoca!
Parece que eles também têm uma coisa por interpretações literais da Bíblia, por isso podes vestir-lhe uma batina de padre e dizer que não é a batina mas as vestes do Noé. Depois perguntas-lhe como é que os animaizinhos fizeram para repovoar a Terra... com todos os pormenores. Se queres que seja mais gráfica, perguntas como fizeram os cãezinhos, os macaquinhos e as lesmas. As lesmas??? É que as lesmas são hermafroditas, o que deve dar para introduzir o tema “69” (ou não, mas não me parece que a imaginação seja um problema contigo, por isso confio que te desenrasques)!!
Outra maneira de fazê-lo vestir uma batina consiste em solidarizar-vos com os meninos de coro. Ele será o padre e tu o menino de coro. Podes mesmo levar a coisa mais longe e castigar o padre por abusar do menino de coro. Mas isso só se estiveres numa de sádica!
E fá-lo rezar... muito! Não digo necessariamente rezar, mas pelo menos ajoelhar-se e fazer qualquer coisinha já que está naquela posição! Afinal, os homens religiosos também conseguem ser uma moca!
Ora bem, e é tudo de consultório sexual. E que bem frequentado! Espero ter correspondido às expectativas. E se não, preencham o livro de reclamações!
sábado, 15 de março de 2008
A verdadeira questão quando se discute direitos de autor
Entre outras coisas, diz o Ludwig que não sei o quê e que quem faz música e filmes deve ser pago à tarefa e não por direitos de autor que eternizam o pagamento. Os autores, actores e técnicos serão pagos em salários e não em suaves e eternas prestações, em função do visionamento e/ou compra de um CD ou DVD ou mp3. E do que eu fui falar! Os CDs e DVDs e ficheiros mp3 são só suportes físicos, não são a obra, que nem devia ser paga às prestações eternas. E não sei o quê com equações diferenciais que agora não interessa para o caso.
Até que recorreu à analogia do jardineiro e do agricultor e eu percebi que ele estava completamente equivocado! Equivocado porque não compreendeu o que vende um músico! O pândego do Ludwig acha seriamente que um músico vende um serviço, um pouco um jardineiro. E não um produto, como um agricultor. Pior: o Ludwig acha que o serviço que os músicos vendem é música e/ou cultura! Mas que engano, rapaz! A Abobrinha, com a lógica que lhe é própria (ou seja: nenhuma) vai provar que muitos músicos vendem produtos mais ou menos palpáveis e perecíveis. Um aviso antes de continuar: algumas imagens poderão provocar taquicardia por um motivo ou outro (mas isso não é necessariamente mau!).
O que vendem as Pussycat Dolls? Música? Não: PERNAS! Pernas desnudas! Um festival de pernas bamboleantes a fazer coisas indescritíveis com cadeiras e a causar aquecimento global (do que vale a pena, não do que dá tão ou mais cabo da neve que apendicites). As pussycat dolls conseguem ainda o feito extraordinário de pôr um mongo com cara de mongo e de nome de mongo (“snoop dog” de sua graça) a avaliar pernas de uma morenaça que faz parar o trânsito de mais perto do que é permitido pela lei de muitos países em que o decoro ainda é cultivado. Música? Sim? E o que é que isso interessa? Não me parece que o produto seja esse!
Patrocínio: vários ginásios + a fortuna que o Snoop Dog pagou para se roçar na Nicole.
O que vende o João Pedro Pais? Não sei! Não é pernas! Não é um rabo musculado e assediável. Não é uma voz decente. Não é certamente um conjunto de letras musicais com sentido. Eu não sei o que vende o João Pedro Pais, mas eu não compro! É música? Não creio! Só se alguém mudou a definição de música enquanto eu me ausentei.
Patrocínio: telenovelas fatelas
O que vende a Kylie Minogue? Muita coisa! A Kylie Minogue vende rabos protuberantes, beiços revistos e aumentados e a ideia de que uma mulher praticamente com 1.50 m pode ser um símbolo sexual (OK, de saltos altos!). Vende ainda a ideia de que se pode fazer um upgrade de uma parolona loura com cabelo aos caracóis parecida com a Luciana Abreu pré-silicone a cantar “I should be so lucky” para uma boazona a roçar-se em vários bailarinos e no gajo que cantou “suicide blonde” (eu não digo que ando senil? Falha-me o nome dele). Não creio que tenha sido ela a dar o mote para o gesto (o suicídio), mesmo porque acho que ele na altura namorava coma Helena Christensen (o que ainda tornaria o gesto mais estranho e disparatado, se isso fosse de todo possível).
Patrocínio: várias sapatarias. Atendendo à contenção na quantidade de tecido dos calções, a indústria têxtil devia andar em crise na altura do vídeo apresentado acima.
O que vende o Ricardo Azevedo? A desilusão de saber que um homem morenaço de olhos de gato também pode ser um parolo a dar-se aos ares de Elvis. O Ricardo é músico? Não, meus filhos: é vendedor de telemóveis (embora tenha desfeito a sociedade, que reabriu com nova gerência) e mediador imobiliário! Pior que isso, não fica bem de calças brancas! Ora eu não discuto opções de carreira de homens que fiquem bem de calças brancas, mas o Ricardo não fica bem de calças brancas (muito menos em cima de um autocarro cor de rosa). Música? Mmmmm... para quê?
Patrocínio: TMN, Millenium, ILGA Portugal
O que vende a Carla Bruni? Aha! A Carla Bruni é a verdadeira vendedora! Depois do anúncio ao novo Lância Muse, o BES anda atrás dela para a nova publicidade ao test price. Mas o Sarkozy apanhou-a primeiro, fez um test drive, fechou negócio, pagou a pronto e respondeu com a pontuação máxima a tudo na satisfação ao cliente. A carreira da moça passou ainda pela moda, o que não deixa de ser extraordinário para uma tábua de passar a ferro com a boca mais feia da história da moda. Onde está a música? Bem, eu não sei o que é que ela canta ao ouvido do Sarko... nem quero saber!
Patrocínio: Lância, presidência francesa
O que vende o Paulo Gonzo? Mmmm... não sei! Mas se ele vier vender à minha porta eu não compro! Aliás: não vou estar nesse dia! Dada a concorrência, o Ricardo Azevedo até fica bem de calças brancas. Mais que não seja por não ter piercings que lhe ficam mais que mal.
Patrocínio: nenhum, por falta de interesse.
O que vendem as Spice Girls?
A ideia de que 4 gajas que não sabem cantar “parabéns a você” numa festa de putos podem ter uma carreira musical muito lucrativa, desde que devidamente promovidas. Essa ideia infelizmente pegou e elas nem sequer foram as originais (nem as últimas). Afinal, quatro vozes menos que fraquinhas, mas todas juntas, fazem monte (e alguma edição de som ajuda). Saber que não ler livros poderia ser um item importante no currículo de uma esposa de um futebolista galáctico (eu já estava desconfiada, para falar verdade) e com voz de menina. Que não se pode ser demasiado rica nem demasiado magra (um conceito já conhecido vindo mais ou menos de Inglaterra) nem demasiado parva (um conceito que começa a vingar). Saber que muito dinheiro não compra bom gosto a vestir, nem que se queira muito.
Patrocínio: Uma qualquer editora discográfica, LA Galaxy, fabricantes de sapatos de plataforma, lojas de roupas usadas
O que venderam os ABBA? O kitsh! O festival eurovisão da canção. Mas convenhamos: a música ainda hoje é muito aceitável.
Patrocínio: a costureira experimental deles, Madonna
E podia continuar por aqui adiante! Como vês, Ludwig, o produto de nenhuma destas criaturas é a música. Como isso não se pode inscrever num CD nem trocar em torrentes de bits, não faz grande diferença a pirata... digo... a troca livre de informação. O problema é quando a música é de facto um dos produtos principais! Os mediocres da música não vão desaparecer se os direitos de autor (ou copyright) forem banidos para os infernos. Isto porque pelos vistos o único produto que não se compra (assim, a pagantes!) ultimamente é mesmo música (só se copia). Em contrapartida, para o mercado de pernas, telemóveis, sapatos e outros que tais .... preveem-se dias animados e de alta no mercado. Porque isso o pessoal compra!
quinta-feira, 13 de março de 2008
Consultório sexual - semana 7
O consultório sexual salvou-se da extinção a semana passada. Se não der um fanico ao meu computador, como hoje de manhã ameaçou e se houver participação dos meus prezadíssimos e mais que muito badalhocos leitores também se safará esta semana.
Ando cansada e com relativamente pouca inspiração (não sei qual deles é a causa de qual), por isso não tenho postado nada com grande relevância nem valor badalhocal, pelo que peço a vossa ajuda.
Só peço uma coisa: afastem-se um pouco dos temas anais e escatológicos, que fizeram gala a semana passada. Invistam na virgindade, na emoção, nas práticas alternativas, cornos... há tantas variantes, porque não explorá-las??
Sejam badalhocos. Mas inspirados!
quarta-feira, 12 de março de 2008
Antes e depois dos blogues
O preclaro Laredo, preocupado com a minha senilidade escreveu:
"Arranja qualquer coisa de jeito para ocupares e espevitares o cérebro, não percas tempo com blogs, por exp"
Este post começou por ser um comentário a esta provocação, mas evoluiu e ganhou vida própria e importância para um post independente.
Os blogues que tenho na lista à esquerda e mesmo este (onde não se aprende nada!) são das coisas que mais me estimulam o cérebro. Sim, às vezes perco-me com eles, mas a maioria das vezes não é uma coisa má.
Tanto os mais "sérios" como os mais no gozo constituem uma rede social estendida que eu mesma criei, com mais ou menos intencionalidade. Como um café (lembram-se de eu ter falado no "Piolho"?) em que meto conversa seja com quem for e onde metem conversa comigo. Os blogues mudaram a minha vida e acho que para melhor. Não substituem de todo a "vida real", mas é tão real a interação que a nível de ideias que nestes blogues tenho com pessoal real como se estivéssemos a tomar um café e a conversar.
Cada resposta que dou, cada post que escrevo obriga-me a puxar pela cabeça, a pensar, a esforçar-me por ser original, por fazer sentido, por ser divertida, por ser séria, por pensar, por não pensar. Obriga-me a mostrar um pouco sem mostrar demais (sem mostrar nada que não queira tornar público, o que nem sempre consigo).
Obriga-me a ler, mas não me obriga a ser acrítica e concordar com ninguém. Ou a discordar só para fazer parte da maralha, que só está a bem a dizer... mal! Permite-me (mas não me obriga) participar de discussões.
Como balanço, posso dizer que os blogues mudaram a minha vida para melhor, precisamente por me permitirem exprimir. A minha vida inspira o blogue, mas o blogue inspira a minha vida.
A brincadeira começou com o blogue antigo do Jorge Fiel, o "roupa para lavar" no Expresso, que agora mudou de casa (para os blogues do sapo) e de nome (para "lavandaria") mas não mudou de interesse nem de talento do autor.
Como não há bela sem senão, a origem e a temática deste blogue implicaram que me escondesse desde início atrás de um nickname. Pensei várias vezes deixá-lo cair, mas nunca o fiz e vou descobrindo todos os dias porquê. Não acredito que seja capaz de manter o segredo para sempre, mas sei que as coisas mudarão quando a minha identidade cair, pois passarei a ter menos liberdade de expressão. Por muito moderna que seja a nossa sociedade, uma gaja não escreve coisas destas com total liberdade.
Aliás, como prova o meu post anterior, raramente uma gaja pode sequer existir com toda a liberdade: há sempre um gorduroso a tentar ter piada ou a sua sorte! Mas há piadas e piadas e eu sei mais que bem o que alguns homens devem pensar da Abobrinha. Alguns escrevem-no, mas eu vou chegando para as encomendas. E tentar a sorte é uma coisa, pensar que se domina as gajas é outra. Se/quando a minha identidade se descobrir, o desafio será diferente.
Dito isto, sempre fui de esticar os limites! E se não escrever sobre estas coisas, escrevo sobre outras: o mundo não se acaba nas badalhoquices... embora sem badalhoquices acabe mesmo! Não sei qual será o futuro deste blogue, ou se será mesmo só ser apagado. Mas as coisas nunca mais serão as mesmas e eu escreverei sempre!
Outra coisa que sou é um pouco espalhafatosa, por isso desconfio que quando a minha identidade cair, será com um grande estouro! A questão é não ser apanhada pela onda de choque.
Porque é que eu vou continuar a ir ao ginásio, mas vou mudar de café de manhã
- Sim. - Sim e não são mais ou menos as únicas palavras com sentido que saem a esta hora.
segunda-feira, 10 de março de 2008
10 Sinais de que estou a ficar senil
Mas eu estou definitivamente a ficar senil! Senão vejam:
1- Tenho uma dificuldade muito grande em fixar os nomes das pessoas (mas nenhum a fixar alcunhas ou maneiras de falar)
2- Um dia destes tropecei nuns posts antigos e dei conta que confundi dois leitores durante montes de tempo
3- Olho para alguém e digo “eu tinha qualquer coisa para te dizer, mas não devia ser importante”, para depois me lembrar... assim que a pessoa vira costas
4- Acho perfeitamente aceitável tentar meter mais uma mudança quando vou em 5ª. O que não seria grave se no meu carro a 6ª velocidade não fosse a marcha-atrás (não se preocupem: dei-me conta a tempo, mas também não entraria)
5- Dou por mim a arrancar em 3ª (um dos muitos motivos porque eu prefiro carros a diesel)
6- Dei por mim a descrever um amigo meu a outro... para chegar à conclusão de que acabei de perder tempo precioso a descrever um amigo comum (e só me dei conta quando ele se começou a rir de mim)
7- Saúdo efusivamente alguém que me saúda efusivamente. Começo a ficar confusa quando me pergunta pelos meus pais e pela minha irmã e pelos meus sobrinhos... e eu continuo sem saber quem é. Ao falar com os meus pais só descrevo um tipo alto, baixo, gordo e magro e eles chegam logo à conclusão que é o tipo que era vizinho do tio da prima do enteado daquele indivíduo que viveu 3 dias ao pé da minha tia-avó
8- Cumprimento alguém efusivamente porque tenho a certeza que o conheço... mas não sei de onde...
9- Numa segunda-feira tentei abrir a porta no emprego. Durante 10 segundos achei mais plausível que alguém tivesse trocado a fechadura da porta durante o fim de semana (o pessoal é muito trabalhador) do que a hipótese de estar a tentar abrir a porta do trabalho com a chave de casa.
10- Desejo "bom fim de semana" à segunda-feira e digo "até amanhã" à sexta
Agora digam: estou senil... ou sou só um pouco distraída?
"Prefiro ser actriz a ser mais um pedaço de rabo"
domingo, 9 de março de 2008
Respostas ao consultório sexual - semana 6
Afinal o consultório sexual desta semana teve freguesia, escapando ao anunciado fecho. Três fregueses não patrocinados pela casa podem eventualmente garantir a viabilidade técnica da coisa... vamos vendo!
Violentadoporummédicochamadovanderlei disse...
Carrissima, mui dignissima Abobrinha,
Fiz um exame à prostata, será que posso acusar o médico de violação?
7 de Março de 2008 17:55
Meu caro Violentadoporummédicochamadovanderlei
Vamos recapitular:
1. solicitaste o serviço (possivelmente até marcaste com antecedência)
2. foste "examinado"
3. pagaste e não bufaste
Ou seja, como qualquer freguês de um estabelecimento médico, foste f*** e ainda pagaste por isso. Isso não constitui violação, dado que se trata de um acto consensual do interesse de ambas as partes. Sendo que o interesse de uma das partes consistia em ter um dedo inserido num sítio por onde normalmente só sai merda (por assim dizer) e verificar uma glândula.
Se queres mesmo acusar (mmmm.... reparaste que a-cusar é uma construção curiosa) alguém de violação poder ir para os EUA. Se não funcionar podes a-cusar o médico de ter atentado contra a tua dignidade, por não te ter estimulado, colocado a mão na perninha, providenciado luz de velas e música ambiente. Não é por mais nada, mas se um gajo vai ser f***, ao menos tem que o ser com classe!
Alternativamente eu dou-te o telefone de uma urologista chamada Roseane Bundafirme e podem trocar cromos... ou mais qualquer coisinha. Não sei nada dos diagnósticos da fulana, mas devem ser bons porque o pessoal sai todo do consultório dela a sorrir, se bem que mais aliviados da carteira...
estouapaixonadopelaabobrinha disse...
Cara abobrinha,
Devo confessar que ultimamente tenho tido uns sonhos húmidos consigo. Gosto muito do seu estilo de escrita e penso como deve ser incorrer na prática do entra-sai entra-sai consigo. Podemo-nos encontrar? Imagino-a prostrada em posição submissa e eu por trás a fazer o meu serviço, ao som dos seus guinchinhos de prazer. Pense nisso!
8 de Março de 2008 13:07
Caro estouapaixonadopelaabobrinha
Esta questão cai claramente na rubrica consultório sentimental e reumatologia (um tema ainda não explorado).
Na net todos os gatos são pardos. Ninguém diria, por exemplo, que eu na realidade tenho os olhos completamente vesgos, 6 dedos em cada mão (sexdigital, portanto) e uma tara por cactos. Os 6 dedos explicam porque é que eu escrevo tanto e tão rápido.
Os sonhos são o espelho da alma (ou isso são os olhos? Não interessa!), mas no caso acho que indicam que o preclaro está a precisar de se mudar de uma casa ao pé do rio para outra mais seca. É que a humidade dá cabo do reumatismo e dos livros. A ligação deste sonho à personagem Abobrinha vem de imaginar o grande Porto e fazer a ligação para o rio Douro e à chuva. Ora Douro, água, humidade. Os sonhos não enganam! Está mesmo a precisar de mudar de casa!
O meu estilo de escrita não dá para me conhecer. Mesmo porque eu tenho vários tipos de escrita (e não se aprende nada com nenhum deles). Seja como for, não dá para ninguém se apaixonar por mim por causa dela. Porque, tudo espremido, eu não digo nada e para se estar apaixonado por alguém pressupõe conhecer a pessoa mais qualquer coisinha.
valetorno disse...
consultório, à sexta isso ate parece sex_tá, o que me parece demasiado explicito.
decididamente não há oportunidade, pra mais fenece a coisa, plo facto de ter dia (e talvez hora) marcado.
não decididamente não.
9 de Março de 2008 23:11
Valetorno
Carago, como é que eu não me tinha lembrado do sex_ta?? Estou a perder qualidades! Estou a ficar velha! Podia ser pior: podia ser como o Miguel Esteves Cardoso que consegue aguentar uma piada um bocadinho mas que depois descamba. Se ainda fosse para a porcaria, mas não: é mesmo para o bocejo! Podia ainda ser pior: podia ser o Zé Diogo Quintela que nem consegue começar a ter piada, mas avança com a segurança de quem a teve desde início. Há que dar-lhe uns pontos pela persistência. E para quem está a pensar, estou a referir-me ao Público especial de 18º aniversário, sobre o qual me debruçarei um dia destes (agora não: estou com preguiça).
Mas eu concordo com o preclaro: estas coisas não podem ter dias e horas marcadas. Têm que ser espontâneas e libertadoras. Um pouco como o sexo... ou os peidos... nunca tinha pensado nisso, pois não? Cabe a si escolher o que liberta e como! Seja como for, este blogue não tem decoro mas tem desodorizante (e sou meia surda do nariz), por isso pode largar-se à vontade, à hora que lhe apetecer! Se quer largar-se à sex_ta, largue-se. Se quer largar-se noutro dia qualquer, também está certo!
Força aí! Mas não muita, senão ainda se caga e este blogue não tem papel higiénico.
valetorno disse...
ah já me esquecia, aquela da Freira da Madeira, não teve piada. Eu cá sou mais adepto das Cagarras dos Açores. Fisionomicamente são parecidas, maso nome é menos efeminado. Ponto.
9 de Março de 2008 23:17
Valetorno
Eu também achei completamente sem piada a da freira da Madeira. Aliás, eu acho que além de não se aprender a ponta de um corno, nenhum dos meus posts tem piadinha nenhuma! Ou seja, estou bem lançada para me pagarem tanto como ao Miguel Esteves Cardoso e ao Zé Diogo Quintela por vomitar palermices em papel. E a isso chama-se wishful thinking, porque ninguém paga pelas minhas alarvidades! O que pode não ser mau, por uma questão de higiene social. Se bem que se eu escrevesse num jornal, ao menos o que eu escrevesse podia ter o digno e subido destino de limpar o rabo a alguém que se tivesse largado um pouco mais. Na net nem essa utilidade tem, veja lá a tragédia!
Em todo o caso, é bom saber a opinião de um preclaro leitor, dado que os comentários ultimamente não abundam.
E este consultório sexual anda definitivamente muito anal: a-bunda-m... cagarras... caga...rras... eu acho que prefiro as freiras: cheiram menos mal, mesmo porque tenho a certeza que ao menos se lavam por baixo (convém, senão deixam o ninho todo borrado).
Vá, vejam se mudam de tema para a próxima semana!
sexta-feira, 7 de março de 2008
Consultório sexual - semana 6
É sexta-feira, dia de consultório sexual.
A Abobrinha segue uma lógica de mercado. Toda a gente sabe que numa lógica de mercado mantém-se o que tem viabilidade económica. Ora os consultórios sexuais têm sido mantidos essencialmente aqui pelo "je" (o último foi patrocinado exclusivamente pelo "je"), o que é economicamente inviável.
Se esta semana não houver questões, não as coloco eu e o consultório entra em processo de falência... é a vida!
Coloquem questões, que eu gosto de responder. E pode inspirar-me para ser badalhoca nos próximos posts.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Freira madeirense trava NATO
Que a nossa realidade no nosso país seja ainda muito moldada pela igreja eu vou aceitando. É uma influência que não se trava de um dia para o outro, mas tem que ser um esforço contínuo!
Eu sou a primeira a reconhecer que as freiras em particular tiveram um contributo muito importante para a nossa cultura: quem não gosta de doces conventuais? Pensando bem, doces conventuais são à base de ovos e ovos e ovos (desconfio que naqueles aviários até os galos poem ovos!). Isso destrói a vesícula de qualquer cristão em condições (e mesmo de ateus!)! E eu sou uma cristã em condições, que gosto de doces conventuais mas fujo deles como o diabo da cruz (por assim dizer).
É a ideia de pecado! Numa ironia suprema, as freiras inventaram a deliciosa barriga de freira, que a minha dieta vegetariana permite (é estritamente vegetariano, mas tem ovos de galo se for preciso) mas a minha vesícula, os meus glúteos (aqui “rabo” ia ter uma conotação estranha) e as minhas coxas não! E o que a minha vesícula não quer, a minha vesícula não tem: é dos órgãos mais nobres do meu corpo, o que reforça a ideia que eu sou um pouco estranha.
Portanto, estabelecida que está a influência das freiras na sociedade nacional, é o cúmulo que afrontem uma instituição internacional. Militar ainda por cima! E será com objectivos inteiramente pacifistas? Não sei! Ora vamos ler a notícia, aqui no Expresso.
"A Freira da Madeira (Pterodroma madeira), embora seja uma pequena ave, é uma espécie protegida na Região Autónoma da Madeira, que poderá travar o arranque da obra para a instalação de um radar do Sistema de Comando e Controle Aérea (POACCS), no Pico do Areeiro."
Oooops... é que isto é que é a freira... possivelmente precipitei-me...
Eu pensei que seria uma destas...
Ou uma destas, capaz de acolher no seu seio (e que seio!) muito santo e muito pecador! E por mais 7 libras pode-se comprar um chicote! O pecado tem que ser punido! Não tem é que ser uma coisa má, não acham?
Agora numa nota mais séria, fiquei com vontade de ver este filme. É que eu tenho fé em Deus, mas a minha fé nos homens é mais complicada. Na realidade, tenho fé que a crueldade dos homens é ilimitada e capaz de se revelar em qualquer altura.
Claro que estas freiras, neste outro filme descritas deste modo:
A convent is gripped by a kind of mass-nymphomania that turns the occupying nuns into depraved pleasure seeking creatures of evil.”
Para quem não percebe inglês, isto significa “num convento uma massa de freiras ninfo-maíacas combate as criaturas do mal”… lá está, o mal tem que ser combatido! E então se envolver ninfomaníacas ainda melhor. Claro que a tradução está “um pouco” distorcida, mas isto é a Abobrinha e tudo o que eu quero que seja distorcido será distorcido! Especialmente se fôr para envolver ninfomaníacas! Isto seria um filme fixe para passar no Fantasporto, especialmente no Sá da Bandeira. Quem não é dos arredores do Porto não entendeu a piada, mas eu um dia destes hei-de dedicar um post a isso (e envolve ninfomaníacas mesmo).